A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 3
Quando se namora um delinquente...


Notas iniciais do capítulo

Hi dears!
Como vão?
Esse capítulo é dedicado à todos os leitores de A Preferida 1 e 2.
Todas as pessoas fofas que me fizeram creditar nessa história com seus reviews, sugestões (Né não, Vince?) e recomendações :3
Obrigada por tudo, e aproveitem!



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– Eu juro! – Ele me olhou nos olhos e, pela quinquagésima vez, jurou que aquela garota era apenas uma parte do passado.

– Eu posso confiar em você? – Perguntei, enquanto sorria. Nicholas fazia cara de espanto.

Mas é Claro que sim! – Ele respondeu ofendido.

Eu ri e nós nos deitamos na grama. Quando se namora um desordeiro, temos certos privilégios.

Como naquele momento.

Eu estava com o Nick, deitada no gramado da escola, no lugar onde nós normalmente comemos. Sim, fazemos o intervalo ao ar livre.

Observávamos as estrelas e a lua. A escola estava totalmente deserta e silenciosa, a não ser eu e meu namorado conversando.

– E então, como você conseguiu as chaves da escola mesmo? – Virei para ele, que sorria. Seus cabelos lisos e pretos refletindo a luz do luar.

– Um mágico não revela seus segredos. – Ele se virou para mim. – Assim como um “vândalo” não revela seus truques.

– Ok. – Respondi, ironicamente. – E eu vou fingir que não sei, que o Mark te deu a senha do armário dos professores. Só porque ele não queria ter a cabeça enfiada no vaso sanitário. – Eu sorri maliciosamente. Já falei que a Piper é demais? Ela consegue saber tudo, antes de todos.

– E eu vou fingir que não sei, - Ele retrucou, virando seu corpo de lado, para poder me encarar. – que você ficou com ciúmes da Nadia.

Senti meu rosto corar.

– Eu? Ciúmes? Dela? – Perguntei, rindo sem nenhum senso de humor. – MAS É CLARO QUE SIM! – Fechei a cara e olhei feio para ele. – Eu não estou acostumada a dividir o que é meu. – Empinei o nariz e virei meus olhos para olhar a lua.

Nicholas riu.

Seu, é?

Claro. Você é meu namorado.

Ele riu mais ainda e virou meu rosto com uma mão.

– Jenny? – Ele chamou, sedutoramente.

– Hn? – Respondi. Juro que isso foi o mais inteligente que consegui dizer. Olhando para aquela imensidão de verde, que pertencia ao homem que eu amava, não era nada fácil pensar em coisas coerentes.

– Eu te amo. – Ele continuou se aproximando de mim. A penumbra da noite cobria-lhe metade do rosto, mas ainda sim, podia ver seu sorriso metido. – E nada. Nada. Vai mudar isso.

– Bom saber. – Sorri e beijei-lhe a boca. – Mas eu tenho razão em ter ciúmes. – Franzi o cenho.

– Não. Não tem. – Ele respondeu, sorrindo e me beijando delicadamente.

– Isso não foi uma pergunta. – Retruquei, enquanto sorria.

– Cara. Você é impossível. – Nicholas sorriu e deitou-se novamente. Me acomodei em seus braços, enquanto continuávamos a olhar as estrelas. Ainda era verão, então a noite estava quente e serena. O céu, impecável, cheio de estrelas salpicadas.

Passamos, mais ou menos, dez minutos em silêncio. Aproveitando um dos poucos momentos que tínhamos, para ficarmos tão próximos.

Olhei no meu celular, e vi que eram oito horas. Olhei para meu namorado e vi que ele estava com os olhos fechados.

– Está dormindo? – Perguntei delicadamente.

– Não. – Ele respondeu imediatamente. – Estou pensando.

– Em que?

Observei até Nicholas abrir os olhos e me olhar serenamente.

– Pensando em quem vou levar, para ser meu par, na formatura. – Ele sorriu e eu bati em seu peito.

– Como você é palhaço! – Fingi irritação. – Pensei que era algo profundo e importante!

– Mas é algo profundo e importante! – Ele sorriu, falhando em tentar parecer indignado.

– Hey. – Chamei. - Qual a sua história com a tal de Nadia?

– Hnn... – Ele encostou novamente a cabeça no gramado, puxando-me mais para perto de si. – Eu sabia que você ia me perguntar isso, mais cedo ou mais tarde.

– E você vai me responder? – Apoiei meu queixo em seu peito.

– Porque você quer saber? – Ele juntou as sobrancelhas.

– Porque não? – Retruquei.

– Não confia em mim?

– Eu ia te perguntar a mesma coisa. – Estreitei os olhos. – Porque não quer me contar?

– Não é que eu não queira te contar... – Ele me olhou suplicante. – É que eu não quero fazer você ficar preocupada, com coisas que já passaram.

– Não vou ficar preocupada. Eu prometo. – Sorri docemente. – É só você não se fazer de fácil para ela. – Dei de ombros. – Se não eu acabo com vocês dois.

– Como você é vingativa. – Ele sorriu e me beijou a testa.

– Vamos. Conte-me. – Pedi mais uma vez. Nicholas revirou os olhos e sorriu, derrotado.

– Ok. Mas só porque você é muito chata.

Esperei até ele começar a contar.

– Bom... Quando eu estava na 7° série, acho. – Ele franziu o cenho. – Entrei em uma nova escola, lá no Brooklin, e então eu a conheci. – Ele deu de ombros. – Não foi nada demais. Dois estudantes se tornando mais que amigos.

– E vocês só ficaram naquele tempo? – Perguntei.

– Hn... Não. – Ele fechou novamente os olhos. – Ficamos juntos por anos.

Fiquei paralisada.

– Sério? Quantos?

– Desde a sétima série, ao primeiro colegial. – Ele deu de ombros. – Mas isso tudo já é passado. Agora, tudo que me importa é você. – Nicholas sorriu e me beijou delicadamente.

Ficamos em silêncio, deixando aquelas últimas palavras pairarem pelo ar.

– Você acha que ela ainda gosta de você, Nick? – Não conseguia parar de pensar, no medo de perdê-lo.

– Você acha que o novo professor, aquele italiano, tem chances com você? – Ele me olhou bem nos olhos.

– Não. – Murmurei.

– Então. – Ele sorriu. – É a mesma resposta para sua pergunta. Não acho que ela goste de mim. Principalmente depois de nossa última conversa... – Ele olhou a lua pensativamente.

– Vai me deixar curiosa? – Fiz biquinho e ele riu.

– No nosso último mês juntos... – Nicholas explicou. – Chegamos a falar de noivado, casamento, e até filhos. – Ele sorriu, seu olhar cravado na lua. – Mas então... – Ele ficou sério de repente e seus olhos irradiavam frieza.

– Nicholas? – Chamei, com medo que ele me respondesse com palavras ignorantes. – Está bem?

– Estou sim. – Ele falou vagamente.

– Porque vocês não ficaram juntos?

– Porque eu descobri que ela estava grávida.

Paralisei na mesma hora.

– G-grávida? – Gaguejei. – De você?

– Esse é o motivo de não estarmos juntos ainda. – Ele me olhou com pesar. – Ela teve um filho com outro cara.


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Notas finais do capítulo

*o*
Até eu me surpreendi kkk'
XD
Beijos! Até amanhã!
♥♥