A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 29
Merry Christmas!


Notas iniciais do capítulo

Nem adianta pedir desculpas pela demora né?
Enfim...
Queria agradecer às pessoas que ainda acompanham a história. Estamos na reta final.
Espero que gostem. Beijos



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- Precisamos conversar? – Ele ergueu uma sobrancelha.

 - É. – Franzi o cenho. – Precisamos.

 - Ok. Vamos conversar então, Connor. – Ele disse, indo até a porta e a fechando. – Deixe-me ter a honra de começar o assunto. – Ele disse com ironia. Estava com tanta raiva assim? – Faz um mês que você está me evitando. Um mês que não olha na minha cara, me ignora, finge que não me conhece e pior; Finge que eu não sou seu namorado.

 - Nicholas, eu... – Comecei a falar, mas ele me cortou.

 - E além de tudo, eu ainda tenho que aguentar a Nadia no meu pé. E O PIOR! – Ele sorriu, mas ali não havia humor nenhum. – O pior foi te ver abraçada com o irmão do Andrew. Eu estaria com o coração quebrado, se eu não soubesse que você é assim.

 - Olha, me desculpa, ok? – Falei, sentindo uma lágrima descer por minha bochecha. – Eu sei que tenho te evitado e admito que fiquei com raiva quando soube que você viria para a viagem também, mas você tem que entender que...

 - Que eu não sou um professor? – Ele perguntou, elevando um tanto a voz. – Entender que eu não sou seu tipo? Não sou formado, não sou burro, não sou muito mais velho que você, não dou aula de nada e nem sei se vou ser alguma coisa na vida. Porque você iria me querer então?

 - Nicholas, eu te amo, seu idiota. – Falei, agarrando a raiz dos cabelos.

 - Ama mesmo? – Ele se aproximou de mim. – Ama de verdade? Então me explica, porque eu nãoto conseguindo entender... Porque diabos você parou de falar comigo e começou a fingir que eu não existia? Porque passou a me tratar como uma pessoa que você não conhece?

 - Eu não... – Comecei a falar, mas ele me cortou.

 - Por quê? – Ele perguntou, ficando de frente para mim.

 - Nicholas...

 - Acho que não estou mais tão apaixonado por você como já fui. – Ele disse, me olhando com olhar duro.

 - Está terminando comigo? – Perguntei, sentindo meu rosto ficar inundado de lágrimas.

 - Estou.

Acordei assustada e suando.

 - Jenny, você está bem? – Vi Piper na porta do quarto.

 - Tive um pesadelo. – Falei, passando a mão no rosto. – Estou bem, juro.  Sonhei que estava brigando com o Nick.

 - Mas vocês estão bem, certo? – Ela perguntou, preocupada.

 - Estamos. – Sorri, passando o lençol na testa e no pescoço. – Estamos sim.

 - Que bom. – Ela sorriu também. – Vamos, se troca e desce porque estamos te esperando. – Ela sorriu.

 Olhei pela janela e me espantei. O sol estava se pondo.

Peguei meu celular e vi em que dia estávamos.

24 de dezembro.

Noite passada eu e Nicholas conversamos até depois de o sol nascer. Todos já estavam tomando café e nós dois ainda não tínhamos pregado os olhos. Fui dormir lá para meio dia e pouco.

 Olhei ao redor e vi a mochila preta e surrada de Nick, jogada de qualquer jeito no chão. Eu estava no quarto dele.

 - Está bem? – Ouvi a voz rouca dele e olhei para a porta.

 - Estou. – Falei, sentando na cama e colocando os pés no chão.

 - Piper me disse que você teve um pesadelo. – Ele disse chegando mais perto de mim.

 - Preciso comprar uma fita isolante para colocar na boca dela. – Falei, ainda tentando secar o suor com o lençol.

 - Então você teve mesmo?

 - É... Não foi nada. Não precisa se preocupar. – Sorri, mas ele apenas levantou uma sobrancelha e sentou ao meu lado.

 - Não preciso me preocupar? – Ele repetiu.

 - É... Pesadelos acontecem e... – Comecei a falar, mas ele me cortou:

 - Pesadelos nos mostram o que está nos preocupando. – Ele falou, entrelaçando seus dedos nos meus. – Com o que você sonhou?

 - Sonhei que você estava terminando comigo. – Murmurei, olhando para meu próprio colo. Minhas bochechas estavam começando a corar.

Nicholas sorriu e me deu um beijo na cabeça.

 - Não pense nisso. Estamos bem agora. E não importa que o Peter seja meu filho, eu nunca te deixaria para ficar com a Nadia. Ok? – Ele colocou os dedos em meu queixo e me forçou a olhá-lo. – Eu te amo, Jenny.

 - Eu também te amo, Nick. Por isso tenho medo. – Respondi, encolhendo os ombros.

 - Não precisa ter. – Ele sussurrou no meu ouvido. – Agora vamos. Toma um banho e se troca, daqui a pouco vamos começar com toda essa coisa de Natal e entrega de presentes e tudo mais. – Ele revirou os olhos.

 - Isso é o que eu chamo de espírito natalino. – Sorri, enquanto ele levantava da cama.

 - Claro. Vou até me vestir de Papai Noel. – Ele respondeu, me fazendo rir. – Ho, ho, ho. Que quer de natal esse ano?

 - Sua conta bancária. – Respondi, com cara de inocente.

 - Que? Que interesseira! – Ele se fingiu de ofendido, me fazendo gargalhar.

 - Por quê? Você perguntou o que eu queria! Se o Papai Noel consegue dar brinquedos para todas as crianças do mundo, eu quero a conta bancária dele. Deve ser muito rico pra conseguir essa proeza.

 Nicholas revirou os olhos e sorriu, indo até a porta.

 - Nick. Se você não gosta do Natal, porque veio pra cá? – Perguntei, estreitando os olhos.

 - Só vim por sua causa. – Ele piscou um olho.

 - Me sinto lisonjeada. – Ri, enquanto seu sorriso desaparecia na medida em que a porta fechava.

Fechei os olhos e joguei meu corpo para trás, batendo a cabeça no travesseiro.

***

 Desci as escadas e encontrei todo mundo em uma roda. Somente Piper e eu estávamos mais arrumadas que o normal. Os garotos não tinham se esforçado muito para passar o natal bonitos. Embora Nicholas e Andrew não precisassem muito...

 - Olha só quem ressurgiu das trevas! – Andrew exclamou, assim que sentei no braço da poltrona, ao lado de Nick.

 - Cala a boca. – Mostrei a língua para ele e o garoto fez o mesmo.

 - DUAS CRIANÇAS. – Piper reclamou.

 - Então... Sete horas da noite. Vamos fazer um brinde? – Phillip perguntou, ficando em pé.

 - Ham... Claro. – Respondi. Enquanto Phillip foi para a cozinha pegar uma garrafa de vinho e taças, Nicholas me puxou para seu colo.

 - Estou me sentindo um castiçal aqui. – Amani reclamou, fazendo os quatro rir.

 - Um dia você dá sorte. – Piper respondeu, ainda abraçada com o namorado.

 - Quem quer fazer o brinde? – Phillip perguntou, entregando uma taça para cada um.

 - Eu! – Piper levantou. Ele encheu a taça dela com a bebida e ela sorriu para todos nós. – Então... Eu queria agradecer por vocês. Por todos serem amigos verdadeiros, por estarem comigo nas horas boas e principalmente quando eu precisei. Quer agradecer pela Jennifer ser minha amiga há mais de dez anos e me aguentar por todo esse tempo. Por seguir meus conselhos e me dizer quando estou errada. Eu te amo, sua chata.

 - Eu também, insuportável. – Sorri.

 - Queria agradecer ao Nicholas por ter me mostrado que as aparências enganam e que, por trás de toda essa fachada de motoqueiro rebelde e bad boy...  – Ele olhou para ela com uma sobrancelha levantada, fazendo todos rirem. – Mesmo com essa cara de mau e esse jeito um tanto arrogante...

 - Dá pra falar o elogio logo? – Ele pediu, me fazendo rir ainda mais.

 - Então, mesmo com isso tudo. Por dentro, você é um grande amigo, um grande homem, um garoto muito inteligente e que merece ser feliz. Creio que a Jennifer consegue te fazer assim. – Ela sorriu, e ele levantou sua taça, como se brindasse o que ela tinha acabado de falar. – Queria agradecer ao Amani. Mesmo com todas essas vezes em que eu fui dura demais com você, ou que eu briguei contigo por motivos que nem eu sei... Mesmo parecendo que eu nunca vou te considerar como amigo, eu queria falar que você é sim um amigo para mim. E queria agradecer por todo esse tempo que você tem me aguentado e aguentado minhas crises de TPM. Você merece muito, Di Mario.

 - Às ordens. – Ele sorriu, fazendo o mesmo gesto de Nicholas.

 - Queria agradecer ao Phillip. – Ela falou, virando para o loiro Alfa. Phillip olhou para ela com as sobrancelhas levantadas de espanto. – Mesmo eu não te conhecendo muito bem, dá para ver que sua noiva tem um bom gosto. Você é um cara legal, embora viva enchendo meu saco.

 - Faz parte. – Ele deu um sorriso torto.

 - E, por fim, queria agradecer ao Andrew. Primeiro por ter se tornado o meu melhor amigo. E depois por ter se transformado em meu namorado. Com você, meus dias são mais felizes e eu me sinto realizada, como se nada no mundo pudesse me tocar. – Seus olhos estavam marejados. – Acho que nunca vou encontrar outra pessoa como você, Andy. Obrigada por ser tão único.

 Ele sorriu e levantou, ela o abraçou e os dois se beijaram. O resto do pessoal bateu palmas.

 - Bom, não trouxemos presentes, mas acho que esse valeu muito mais que um embrulho. – Andrew disse, ainda abraçando a namorada.

 - Feliz natal. – Falei, olhando para todos na sala. – E um brinde ao próximo semestre, pois, a partir de agora, não somos mais crianças... Bom, talvez sejamos um pouco, mas sei que os problemas e decisões ficarão menores a partir de agora. Um brinde à nossa capacidade de crescer, mesmo que não percebamos isso.

 - Saúde. – Todos responderam.


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