Percy Jackson E Os Olimpianos 7-Recomeço escrita por GBriel


Capítulo 9
O Conflito de Robert


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Viram que eu cumpri o que eu falei? Não vou mais parar de escrever!! Bom, esse cap ficou incrivel! Ele é totalmente direcionado ao Robert, e eu já planejei umas aventuras bem legal para ele, até lá embaixo!
GBriel



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POV Elizabeth


Sentei no sofá da casa que eu estava no momento, eu vinha mudando de casa toda a semana para que aquela traidora da Santana não me achasse, minha cabeça doía, tinha algo me incomodando, por que Vick não havia morrido? Meu Oráculo havia mostrado que Vick sobrevivera, mas como isso é possível? Tinha alguma coisa muito complicada acontecendo, o que não é novidade, tenho certeza que essa será uma das lutas mais complicadas da história... Tinha algo naquelas pessoas que me assustava, Victória, a poderosa, James, o habilidoso, Mariana, a forte, Benjamin, o gênio... Mas aqueles Robert e Sophia, o que eles tinham?

Peguei meu celular e disquei um numero que já havia decorado.

–Alô? –Falou a voz do outro lado do telefone.

–Santana! Minha querida, como vai você? Não, não responda, senão eu teria que fingir que estou interessada, sabe, me informaram que você está no acampamento dos mocinhos... Há quanto tempo você não está mais do meu lado?

–Eu nunca estive.

–Vou fingir que isso é uma surpresa, mas você realmente vai tentar me derrotar? Que fofa! –Falei terminando de lixar minhas grandes unhas que no momento estavam vermelhas... Adoro essa cor.

–Olha Elizabeth, você pode achar que é mais poderosa do que qualquer um do mundo, mas os Salvadores... Eu os vi treinando um dia e eles são fenomenais, todos os seis.

–O que o Robert e a Sophia têm de mais?

–Não vou lhe contar, isso só te daria vantagem. –Respondeu ela, que grosseria, eu só queria destruir ela, as coisas que ela amava e o mundo, é razão pra não gostar de mim? –Nunca mais me ligue!

E ela desligou, eu precisava achar um ponto fraco naqueles dois, acho que posso começar pelo Robert.


POV Robert


Eu estava no campo de treinamento, com James, Ben e nossos pais, eles estavam nos ajudando a dominar nossa magia. E como tudo na minha vida, eu estava sendo o pior, meu pai tentava me incentivar com frases positivas, depositando toda a confiança em mim.

Eu não sabia direito o porquê de estar indo tão mal, talvez uma das razões fosse que James estava sem camisa. Ah droga, e como aquele peitoral me desconcentrava...

–Vai Robert! Você consegue filhão! Eu confio em você! –Gritou meu pai, porcaria, toda a vez que ele era legal comigo me fazia lembrar que eu estava mentindo para ele, e toda a vez que eu comentava que eu tinha uma amiga nova na escola, ele perguntava se eu estava afim dela, e eu dizia que sim... Merda, eu não queria mentir para ele, ele é um pai incrível, sempre confiou em mim e me ajudou não importava a situação.

–Eu não consigo, tem alguma coisa me impedindo. –Falei para ele. Meu pai trocou olhares com Gabriel e Felipe. –O que eu estou fazendo de errado? –Eles chegaram perto de mim.

–Rob, tem alguma coisa te incomodando? –Perguntou Gabriel, James e Ben notaram a conversa e vieram ouvi-la.

–O que está havendo? –Perguntou Ben e... Caramba, por que eu não conseguia parar de olhar para James?

–Robert, nós temos uma hipótese de por que você não consegue utilizar de sua magia como os outros. –Falou Felipe.

–Você quer nos contar alguma coisa? –Perguntou meu pai e minha cabeça começou a ficar quente.

–C- como assim? –Gaguejei assustado.

–Nós achamos que talvez a sua magia esteja bloqueada por você estar guardando algum segredo. –Respondeu Felipe.

–O que? I- isso não faz sentido, o que uma coisa tem a ver com a outra?

–A sua magia é controlada por uma parte do seu cérebro que também controla as suas emoções. –Explicou Gabriel.

–E existem dois tipos de magia. –Começou meu pai. –Uma é movida por pensamentos bons e felicidade, que é o caso da maioria dos magos bons, e aquela que é movida pelo ódio e pensamentos ruins, que é o caso de Elizabeth e seus capangas.

–Ainda não entendi. –Falei.

–Nós não temos nada confirmado por enquanto, mas nós achamos que talvez, se você estiver segurando seus sentimentos, possa também segurar sua magia. –Falou Gabriel.

–Espere, deixe-me ver se entendi, o quanto menos coisas nós escondemos, mais forte a magia. –Perguntou Ben e nossos pais confirmaram com a cabeça.

–E o quanto mais feliz estivermos também fica mais forte a magia? –Perguntou James.

–Essas são as principais razões, mas ainda existem outras variáveis, por exemplo, não importa se sua magia é boa ou ruim, o quanto mais bravo você estiver, mais forte ela será. –Respondeu Felipe.

–Então Robert, tem algo que você queira contar? –Perguntou Gabriel.

–Talvez alguma garota na escola... –Brincou James e todos deram um sorriso.

Eu fiquei quieto por um tempo, eu queria tanto contar, mas era tão difícil, só de pensar em falar eu já sentia uma bola maciça enchendo minha boca e me impedindo.

–Pai... –Antes mesmo que eu começasse meus olhos ficaram marejados, e parece que ficou bem nítido. Deuses gregos, por que eu tinha que ser tão fraco?

–Filho, calma, por que está assim, não importa o que esteja acontecendo, nós vamos te ajudar. –Falou meu pai botando a mão no meu ombro. –Afinal, é uma garota?

Gritei mentalmente, que porcaria, não sei por que, mas quando ele disse aquilo, meu coração começou a doer, eu queria gritar: “Não é uma garota! Eu sou gay! EU SOU GAY!”, mas não conseguia, no final, eu tomei a pior atitude que eu pude, empurrei o braço dele e corri para longe, quando tive certeza que eles não estavam mais me vendo, me permiti deixar as lágrimas caírem...


POV Luke


Eu, Thalia e Sophy estávamos na cozinha de nossa casa, sabe, uma das vantagens de se ser um dos lideres do Acampamento, é que você pode tomar várias decisões para seu beneficio, como, por exemplo, construir uma casa para você e sua família.

Eu tomava uma xicara de café enquanto contava para Thalia e Sophy o que havia acontecido com Robert.

–Será que foi ou não por uma garota que ele ficou assim? –Indagou Sophy, ela usava uma camiseta simples com calça jeans, com uma mecha de seus cabelos loiros pintada de rosa, era um visual simples, mas nela, dava inveja nas filhas mais lindas de Afrodite.

–Acho que sim, afinal, pelo que seu pai contou, ele não negou nada, talvez fosse difícil de falar sobre isso por que ela provavelmente deve estar comprometida. –Deduziu Thalia.

–Eu não sei não, não me pareceu isso. –Respondi.

Eu estava muito preocupado com ele, Robert sempre foi meu filhão, eu havia o ensinado a andar de bicicleta, a jogar futebol e a lutar esgrima, nós sempre fomos muito chegados, mas, nos últimos meses, ele tem se afastado de mim, ele vem escondendo alguma coisa. Logo que eu acabei de pensar ouvi a porta sendo aberta e Robert entrou desanimado, pela sua aparência, ele passou o dia inteiro chorando.

–Robert! –Falou Thalia, que foi rapidamente até ele e o abraçou. –O que está havendo com você? Por que você anda tão distante.

Isso foi o bastante para faze mais lágrimas caírem do seu rosto, ele tentava parar de chorar com todas as forças, mas pareceu não conseguir.

–Nós estamos muito preocupados com você. –Falou Sophy.

–Robert, por favor, alguma vez eu já lhe dei motivos para não acreditar em mim? Ou em nós? –Perguntei, ele fez um sinal de não com a cabeça, sem olhar diretamente para nenhum de nós, ele sussurrou alguma coisa. –Como é? Não escutei. –Ele falou a mesma coisa mais alto, mas sem clareza nenhuma.

–Robert, não estamos entendendo. –Falou Thalia, então ele soltou a bomba, ele tomou fôlego e se obrigou a falar:

–Eu sou gay, ta bom? –Gritou ele com todas as suas forças.

Todos na cozinha ficaram boquiabertos. Eu nunca imaginei que... Meu filho... Depois de um tempo de silêncio, ele nos observou preocupado, Thalia já havia o soltado á um tempo.

–Por favor, digam alguma coisa. –Falou ele com uma voz fraca e chorosa.

–Rob, eu... –Começou Sophy, mas as palavras entalaram em sua garganta. Ele olhou para mim, eu ainda imobilizado pela surpresa.

–Pai?

–Eu não sei o que dizer. –Respondi perplexo. Ele começou a chorar de novo.

–Só diga que está tudo bem, diga que vai ficar tudo bem. –Ele fez uma pausa esperando que eu falasse. –Diga que você entende... Que eu ainda sou seu filho...

–Não sei se posso falar isso.

–Luke! –Gritou Thalia.

–Pai! –Falou Sophy logo em seguida.

–Vocês querem que eu minta? –Gritei um pouco alto demais, aquilo pareceu destruir Robert por dentro, pois agora, ele só conseguia ficar de pé se apoiado na parede.

–Pai... Eu não acredito que você disse isso.

–Eu não quis dizer que não te aceito, eu quis dizer que...

–Não! Foi exatamente isso que você quis dizer, eu nem acredito que você, o ídolo da minha vida, não me entende.

–Robert, eu só quis dizer que não sei direito como me sinto em relação a isso.

–Ou você aceita ou não aceita.

–Pois então eu não aceito! –Explodi. Olha, eu sei que eu fui cruel quando disse isso, mas eu fiquei desnorteado no momento, Robert franziu o lábio inferior ameaçando chorar mais. –Filho...

–Não me chama de filho, não fala comigo nunca mais! –Ele saiu correndo pela porta, nós até tentamos segui-lo, mas não conseguimos passar da porta, quando ele revelou o segredo, a magia dele começou a trabalhar junto com ele, e havia nos prendido aqui, e a única coisa que podíamos fazer era observá-lo sumir no meio da chuva.


POV Robert


Eu corri, não, não tenho mais nada a falar, não sei nem mesmo direito para que direção eu estava correndo, só sei que tentei fugir daquela tortura, não acredito que o herói da minha vida havia dito para mim que não me aceitava, meu coração doía demais, talvez ser apunhalado não doesse tanto quanto aquilo, eu sentia meu coração desmoronar.

Eu fiquei correndo por muito tempo, não tenho nem noção de quanto, talvez dez minutos, talvez uma hora, eu não sei, só sabia que depois de um tempo, eu não conseguia respirar, o mundo começou a girar, as árvores se destorciam e as gotas de chuva batiam em mim com tanta força que pareciam cortar, então eu desmaiei no meio da grama.

...

Eu acordei na manhã seguinte, não conseguia dizer se eu ainda estava no mesmo lugar onde eu havia dormido, não tinha prestado atenção, mas tinha uma coisa diferente no lugar, um cheiro de bacon.

Eu me levantei com dificuldade, e quando consegui, minha visão ficou escurecida por um tempo, acho que eu havia pegado um resfriado ontem à noite, quando minha visão voltou ao normal eu olhei em volta, atrás de mim, mais ou menos a uns cinco metros, havia uma mulher que preparava um café da manhã em uma fogueira, com bacon, ovos e suco de laranja que sabe-se lá onde ela havia conseguido, pois nessa área não tinha laranjeiras, ela vestia jeans vermelho com uma camiseta preta, e um salto da mesma cor da calça, parecia um visual simples, mas aquelas roupas em contraste com seus cabelos negros e pele branca a deixavam a altura de uma Miss Universo.

–Ah! Finalmente acordou. –Falou ela.

–Quem é você?

–Vamos deixar a conversa para depois do café. –Ela se levantou e trouxe tudo para mim em uma bandeja feita com um tronco de árvore com folhas costuradas com teias de aranhas. –Você parece faminto.

Eu não podia discutir com ela, eu não comia desde ontem antes do treino, meu estômago parecia estar murcho de tão vazio, eu comi tudo com uma velocidade incrível, e teria até pedido mais, se não estivesse tão depressivo.

–Estava bom? –Perguntou ela e eu afirmei com a cabeça. –Ótimo, então, podemos ir para as apresentações! Meu nome é Elizabeth. –Despois disso, ela fez aparecer um alicate de unhas na sua mão e começou a tirar cutículas.

–Espera, você é A Elizabeth? A maga que é nossa inimiga?

–Ai querido, a própria, mas não vamos falar disso agora. –Ela fez um gesto com a mão e o alicate sumiu. –Por que um menino tão bonito corre no meio da chuva até desmaiar no meio da floresta? Isso não é uma coisa que acontece todo o dia.

–Eu briguei com a minha família. –Falei secamente.

–E foi uma briga tão feia assim?

–Eu contei para eles que eu sou... Homossexual, e eles não aceitaram bem.

–Gay? Isso é perfeito! Então o Marco pode... –Falou ela.

–Marco? Quem é Marco? E por que isso é perfeito?

Antes de me responder, Elizabeth levantou-se e se sentou atrás de mim.

–Você vai me agradecer por isso, vai adorar conhecer o Marco!

Antes que eu pudesse raciocinar, ela materializou uma faca e enfiou nas minhas costas, antes de eu perceber, ela estalou os dedos e nós estávamos em uma sala escura, e eu desmaiei com a dor, de novo...


POV Marco


Era um corredor muito longo, por que Elizabeth insistia em ter um covil grande e majestoso no subterrâneo? Por que não podia ser uma casinha bonitinha no lago? Mas acho que isso não iria impor muito respeito. Depois de terminar o corredor, fiquei em frente a porta do quarto em que Elizabeth havia me pedido para encontra-la, abri a porta e vi ela com um menino desmaiado nos braços, ele era... Atraente, cabelos castanhos, pele clara, mas não muito pálida, os lábios eram rosados e bonitos.

–O que você quer Elizabeth? –Perguntei sem paciência. –Eu estava no meio de uma experiência importante.

–Ah! Meu querido Marquinho!

–Não me chame assim!

–Certo, tudo bem. –Falou ela e começou a mexer nos cabelos do garoto. –O que acha dele?

–O que que tem? Quem é?

–O nome dele é Robert, é gay como você.

–Não ligo. –Respondi secamente, sinceramente, não lembro a ultima vez que eu havia demonstrado alguma emoção.

–É isso que eu adoro em você! O jeito que você faz pouco caso de tudo! Isso é genial!

–O que você quer Elizabeth? –Ela deu um sorriso cruel.

–Quero que você se encarregue de cuidar deste paciente. –Falou ela e eu o analisei rapidamente.

–Por quê? Eu sou o médio chefe, esse garoto não tem nada mais grave que um resfriado e umas costelas quebradas pela sua faca.

–Eu não quis dizer exatamente cuidar da saúde dele... –Eu franzi a sobrancelha por um momento até perceber do que ela estava falando.

–Ah. Entendi, você quer que eu brinque com os sentimentos dele? –Ela deu um sorriso malicioso, o que, na língua dela, significava sim.

–Leve-o para um quarto privado e mexa com ele, seduza-o, até conseguirmos fazer ele ficar do nosso lado. –Ordenou ela e saiu andando pelo imenso corredor.

–Sim, minha senhora... –Falei ironicamente, baixo demais para ela poder escutar, em seguida peguei o garoto no colo, ele era quente, sua magia emanou pelo meu corpo com rapidez, a sessão foi... Calmante e relaxante, eu senti alguma coisa naquele menino, alguma coisa incrivelmente boa.

Robert, né?


CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, eu não vou mais parar de escrever, mas eu acho que o numero de reviews ainda pode melhorar, no ultimo demorou um pouco e ainda foram só três, espero que eu possa conseguir mais nesse cap, claro que eu entendo que eu não posso exigir receber o mesmo numero de reviews que eu recebia antes por ter parado por um ano, mas é isso, se vocês não entenderam alguma coisa, é só perguntar em um review, até mais! (o que vocês acharam do Marco?)
GBriel



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