Segredos De Uma Vida Quase Normal escrita por Mago Merlin


Capítulo 24
A vingança




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Capítulo 24 – A vingança

Tudo estava diferente na casa dos Dursley, se bem que chama-la assim não era mais correto. Duda dormia na sala, já que seu pai fora expulso do seu quarto. E ocupou o do filho.

- Por que você não vai para o quarto do Harry? – perguntou o menino quando soube da decisão. – A culpa de tudo isso é dele, não tenho que sofrer por isso.

- Sua mãe não permitiria isso, caso eu tentasse, nem na casa eu ficaria. – disse Valter. – Sem contar que a casa é dele, tem mais direito sobre qualquer coisa que eu ou você.

Valter sabia que aquela situação era temporária, e o pior para ele só pioraria. Petúnia já havia contatado uma advogada, amiga do sobrinho, Dorcas alguma coisa, e Malfoy não se interessou pelo seu caso.

Ele já estava procurando um lugar para ficar com a irmã. A pesar de Guida acreditar que poderia ficar com o sobrinho. Valter sabia que Harry a expulsaria na primeira oportunidade, e Petúnia só a aguentava por ser da família.

- Eu posso não gostar deles. – disse Harry para a tia num jantar que os dois compartilharam, onde ele via a tristeza no olhar dela. – Mas era uma situação que não desejo para ninguém.

- Eu posso ainda gostar dele, mas percebi que tudo isso foi apenas uma vida comum, nada de especial como foi o casamento dos meus pais, e dos seus. – disse ela. – O que aconteceu foi a gota d’água, apesar de ser o corpo do iceberg. Valter pode ter aprendido a gostar de mim, mas sempre amou a sua mãe. Ele me disse isso. O jeito com que ele te trata, e a forma como ele criou Duda mostram isso. Tomei a minha decisão. Vai doer, mas a dor passa.

Petúnia não se preocupava muito com o futuro dela. Ela recebia uma boa pensão do pai, que foi da Aeronáutica, e poderia cuidar da casa, ainda mais com a ajuda de Harry, que dava sinais de que poderia fazer alguma universidade na cidade.

A situação parecia estar estável. Até que alguém bateu na porta.

Harry foi atender.

- A Sra Dursley, digo Guida Dursley se encontra? – perguntou o homem de terno.

- Sim. Irei chama-la. – disse Harry.

Alguns segundos depois, aparece Guida. 

- Menino idiota. Nem para perguntar quem era. – resmungava ela. – Em que posso ajuda-lo?

- Guida Dursley? – perguntou o rapaz.

- Sim. Sou eu. – disse ela.

- Aqui está a notificação do leilão de suas terras para pagamento de suas dívidas com o governo. – disse o homem entregando o papel para ela. – Tenha um bom dia.

O sorriso dele era irônico. Bem próximo do sorriso de Harry que havia ouvido tudo.

- Então é por isso que sua visitinha se estendeu por meses, para fugir de cobradores. – disse ele. – Uma pena que as coisas podem andar rápido quando o assunto é dinheiro.

Ele deu o assunto por encerrado e já ia saindo. Mas aparentemente Guida não.

- Quem é você para me dar sermão? Um pirralho que nem saiu da escola.

- Eu não dei sermão. Só comentei que quando tem dinheiro envolvido, as coisas tem tendência a se resolver mais rápido. E se você quer saber, venho ganhando meu dinheiro há cinco anos, e para ter mais que somente dinheiro, aprendi a investir. Sem mesmo a minha herança eu poderia ir para uma boa universidade. Aproveite o resto de sua estadia.

- O que você quer dizer com isso? – perguntou ela perplexa.

- Você não acredita que ficará nesta casa quando seu irmão sair daqui? Fala sério. – disse ele.

- Essa casa também é do meu sobrinho.

- Será. – disse Harry. – Mas somente quando Tia Petúnia morrer. E nem mesmo ele atura você, só faz isso pela grana, que agora fugiu.

Harry estava feliz, anos de sofrimento foram vingados. Nada melhor que deixar que a vida de uma lição. E melhor ainda mostrar que saiu por cima.

Harry achou estranho o clima na escola. As meninas estavam em rodinhas maiores que o normal, lendo algo em pedaços de papeis ou nos celulares. Os meninos riam de algo.

Ele logo percebeu o que estava causando isso.

Num dos murais de avisos estava uma caricatura de Malfoy, nem havia um balão com a seguinte frase.

“Bati o carro do meu pai, porque comprei a carteira na dúzia.”

Com certeza não era a única. Pelo que ele entendeu dos murmúrios, alguém andou espalhando boatos sobre o loiro. Alguns ele já tinha ouvido antes. Só estavam de volta.

O dia passou assim. Mensagens de texto, bilhetes, novas caricaturas.

Boatos aumentaram, pessoas falaram que eles próprios eram testemunhas de alguns deles.

- Alguém está com raiva do Malfoy. – ele comentou com Gina.

- Não podemos dizer que ele não tenha dado razão para quem quer que seja. – disse ela. – Metade da escola não gosta dele, a outra metade é paga para gostar.

Uma das mensagens de texto dizia que ele pagou para muitos atletas faltarem ao teste para o time de futebol para que ele fosse escolhido.  O que revoltou os jogadores que não faziam parte do grupo dele.

Uma caricatura que apareceu depois do almoço, dizia que arrombava armários para ler diários das meninas. Meninas que tiveram o armário arrombados, foram na diretoria para ver ser isso era verdade, mesmo que elas não tivessem diários.

- O pior é que esses boatos parecem verdade. – disse Rony, ao ver a caricatura que Harry viu quando chegou.

- Nem precisaram aumentar alguns. – disse Mione. – Só apontaram a direção e mais podres dele aparece.

- De quem é essa música, Luna? – perguntou Lilian, sobre o toque do celular da loira.

- Um artista coreano, que não consigo pronunciar o nome, mas acho legal.  – disse ela lendo a mensagem.

Neste momento, Draco apareceu com seu grupo bem reduzido, somente os dois capangas e Pansy Parkinson.

- Essa é meio apelativa. – disse Luna. – Diz que Malfoy usa uma meia na cueca para dar volume.

- Muita maldade. – disse Gina. – Pegaram pesado desta vez. Quem mandou?

- Sem identificação.  – disse ela.

- Vocês deveriam parar de dar ouvidos a essas bobagens. – disse Malfoy havia ouvido tudo e já estava com muita raiva de quem começou a espalhar essas coisas.

- Estranho. – disse Neville. – Quando é você quem fala, todos devemos escutar, mas quando é sobre você, nada é verdade.

- Ora seu. – disse Malfoy quase partindo para cima de Neville, mas uma rápida olhada para Tiago, que estava com um soco inglês na mão, o fez desistir.

- Ninguém aqui disse que acredita em algo. – disse Harry. – Mas que algumas chegam a parecer verdadeiras pelas suas atitudes.

- O que você quer dizer com isso? - perguntou o Slytherin.

- Eu já te vi dirigindo, e duvido que alguém daria carteira pra alguém assim. – disse Harry.

- Vocês não podem provar nada. – disse Malfoy.

- Não estamos acusando de nada. Só achamos algumas coisas poderiam ser verdade, mas outras são mentiras mesmo. – disse Tiago.

- Eu vou acabar com mais um boato. – disse Pansy.

A menina sem dar tempo para Malfoy reagir, ela coloca sua mão dentro da cueca dele.

- Aqui não há nada... Estranho. – disse ela, puxando a mão.

Com ela veio uma meia.

- Eca. – disse ela jogando a meia longe. – É verdade. Engana a todas as meninas, por isso que sempre quer que as coisas sejam feitas no escuro. Ridículo.

Ela sai dali, revoltada.

- Não é bem assim. – disse Malfoy correndo atrás dela.

- Um boato verdadeiro. – disse Mione.

- Deve ter surgido de alguma ex vingativa. – disse Rony.

- Ou decepcionada. – disse Lílian.

- Bom isso é problema do Malfoy e da Parkinson. – disse Tiago. – Melhor irmos embora antes que Filch apareça por aqui. Ele está doido para pegar quem está espalhando os folhetos e caricaturas.

Cada casal foi para um lado, Neville acompanhou Luna até a biblioteca onde marcou com a Hannah.

Harry parou perto da moto.

- Confesse. – disse ele.

- Não mandei nenhum SMS. – disse ela. – Não tinha a mínima ideia de que poderia ser um boato isso.

- Não é disso que estou falando. – disse ele. – Depois que parei para pensar, percebi que você ficou muito quieta enquanto Malfoy te ofendia. Não parece coisa que você faria.

- Tá certo. Mas como vingança é um prato que se come frio, deixei passar o tempo para que ele se esquecesse de mim. – disse a ruiva. – Convenci algumas pessoas a começar a espalhar esses boatos. Tem muita gente com vontade de destruir a Doninha Falante. Parece que a ideia pegou e tem mais gente ajudando. Tiago é o responsável por espalhar os folhetos e cartazes. Ele tem esse poder de estar em vários lugares ao mesmo tempo. E melhor ninguém perceber que ele está por lá. Um verdadeiro Vampiro.

- Tenho que me lembrar de nunca entrar na sua lista de vingança. – disse Harry.

- Bom mesmo.

- E pior e que você é má, e tem gente que te apoia. – disse o moreno. – Outro que melhor não contrariar é o Tiago. Ainda bem que Lílian pode controla-lo.

- Nada melhor que uma ruiva.


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