Segredos De Uma Vida Quase Normal escrita por Mago Merlin


Capítulo 15
Capitão Lobo Mau e Detetive T




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Capítulo 15 – Capitão Lobo Mau e Detetive T

Mais alguém entrou no corredor, e escutou a risada do moreno.

- Tiago, é você?

Harry sentiu algo familiar naquela voz, mas não conseguiu descobrir de onde. Ele ia perguntar de onde ele conhecia o seu pai, mas Tiago foi mais rápido.

- Eu sou o Tiago aqui. Ele é somente filho de um.

- Harry? Harry Potter? – perguntou Remo.

- Você já foi melhor em deduções, Capitão Lobo Mau. – disse Tiago, e vendo que ninguém reagia, ele continuou a falar. – Vamos a apresentações então. Capitão Lobo Mau, esse é Harry Potter, filho de Tiago e Lilian Potter, e integrante atual dos Marotos. Pontas, esse é Remo Lupin, maroto da antiga geração e amigo dos seus pais, Aluado.

- Nós te procuramos por todos os lugares. – disse Remo visivelmente emocionado abraçou o menino. – Almofadinhas via ficar contente que nós te achamos. E justamente aqui em Hogwarts.

- Senhor Lupin. – disse Mione. – acho que isso pode esperar. Eles estão te esperando.

- Sim, você tem razão. – disse o policial corando. – Eu ainda quero falar com você depois que isso acabar.

Ele entrou na sala de reuniões, depois que Luna indicou onde ele devia ir.

- Como você sabia isso tudo, Tiago? – perguntou Gina, ao ver que o namorado ainda estava assimilando que conheceu um amigo do seu pai.

- Hogwarts tem muitos segredos, mas revela todos para aqueles que se propõem a descobrir. – disse ele. – Eu achei por ai um livro escrito pelos Marotos, ou pelo menos algumas gerações deles. E o último grupo era contido por Pontas, Almofadinhas, Aluado e Frankstein. Foram eles que fizeram os anéis. Eu conheço pessoalmente Almofadinhas e Aluado. Já Pontas como vocês podem ter deduzido era o pai do Harry e Frankstein vem a ser seu pai, Neville.

- Então foi por isso que ele ficou feliz quando viu o anel no meu dedo. – disse o menino.

- Mas como você descobriu isso tudo? – perguntou Gabrielle. – Digo o Livro.

- Algumas pessoas vêm para escola estudar, outras para ver os amigos. Depois que descobri o primeiro segredo, passei a tentar descobrir os outros. E por incrível que pareça, o livro e os anéis estavam no fundo falso do meu armário, que o liga diretamente ao do Pontas.

- Mas porque você nunca contou para ninguém? – disse Gina visivelmente aborrecida com ele.

- Os segredos devem ser descobertos, não contados. Agora que vocês sabem de um, basta procurar que os outros aparecem. – disse Tiago. – Essa foi a regra colocada pelos fundadores. A única que não é quebrada pelos desordeiros da escola. Foram eles quem criaram a maior parte disso tudo.

Eles entenderam que Tiago não podia falar sobre as passagens secretas para Gaby, que estava boiando.

- Por que você não disse nada disso para o Harry antes? – perguntou Gina.

- Eu não sabia que eles não tinham se encontrado. – disse ele simplesmente. – E não encontrei com Snuffles, que vem a ser o Almofadinhas, desde que conheci o Pontas.

Eles ficaram em silêncio esperando.

Gabrielle foi chamada logo depois. E Lilian saiu sem dizer nada, apenas abraçou Tiago.

Ela não demorou tanto quanto a irmã, e saiu rapidamente, seguida do pai e da madrasta.

Lilian não fez menção em soltar o motoqueiro, quando os pais chegaram perto.

- Eles disseram que podiam ir embora. – disse Julia, olhando a cena com interesse.

- Rainha é melhor você ir com eles. – disse Tiago, mas ela negou com a cabeça. – São seus pais, você vai estar segura com eles. Agora eles não têm mais por que me expulsarem.

Relutante ela se soltou. E em seguida abraçou o pai, que ao contrario da esposa, não estava gostando assim da cena e deixava isso bem claro na sua expressão.

Lilian, Julia e Pierre já estavam virando o corredor quando Gabrielle passou por Tiago.

- Obrigado por salvar a minha irmã. – disse ela dando um beijo na bochecha dele.

Isso oi muito estranho, já que a loira não reconhecia a ruiva como irmã. Bom, até aquele dia.

- Eles querem falar com você, Harry. – ela disse antes de seguir a família.

Harry entrou na sala de reunião, e encontrou Remo brigando com o diretor.

- Ele estava o tempo todo com vocês e não fomos avisados. – disse o policial, e Harry pode ver um dos motivos pelo qual o amigo o chamava de lobo, ele quase rosnava.

- Acalme-se Sr Lupin. – disse Dumbledore. – Acreditávamos que vocês sabiam. O seu tutor está trabalhando para um dos membros do conselho da empresa do Black.

- O tutor legal é o Sirius, e você sabe que ele foi sequestrado quando saiu do hospital pelo idiota do Dursley para tentar ficar com a herança dele.

- É melhor vocês discutirem isso depois. – disse Minerva.

Foi quando perceberam a presença de Harry.

- Ele realmente é igualzinho ao pai, não sei como não reconheci antes. – disse Tonks. – Mas temos trabalho e teremos tempo para isso depois.

- Você é muito distraída, Ninfa. – disse Remo. – E está com razão, vamos terminar esse caso antes.

Eles fizeram perguntas sobre o baile, e sobre o que aconteceu no dia.

Remo pegou o endereço de Harry, e disse que infelizmente naquele dia eles não poderiam conversar, mas que esperasse uma visita dele e do padrinho.

Os outros foram dispensados, Remo e Tonks teriam que interrogar Scott, no hospital.

Harry não queria voltar para casa, não depois do que ouviu. Ele havia sido sequestrado pelo ‘tio’ só por causa de sua herança. Ele ficou rodando pela cidade e acabou em um lugar que ele não conhecia. Estava perto do SeaWord, ele podia ver a entrada principal dali. Já tinha ouvido Gina falar do lugar e queria fazer um passeio com a ruiva por lá. Mas não era o momento.

Perto dali, viu uma quantidade de motos, inclusive uma que lhe parecia familiar.

Era um bar para motoqueiros, com decoração voltada para esse público. Mas não era um destes de beira de estrada. Apesar da entrada ser num beco, lá dentro era bem arrumado, com algumas mesas de sinuca, alguns fliperamas e algumas mesas. Não havia mais que dez pessoas lá dentro, mas tinha capacidade para mais. Ele se aproximou do balcão onde havia uma bartender. Não havia ninguém fumando ali dentro, e o cheiro de comida foi muito convidativo.

- Desistiram do cinema então. – disse alguém assustando Harry.

Tiago havia acabado de descer uma escada escondida.

- E você que mão quis ir para vir a um bar - acusou Harry.

- Não é um bar qualquer. – disse Tiago sem ligar para o tom de voz do amigo. – Eu sou o dono dele.

- Dono?

- Sim. Meu pai achou que eu devia aprender a mexer com dinheiro. E depois que assumi meu lado ‘rebelde’, ele achou que poderia usar isso de maneira útil, e me deu esse bar, e uma boa quantia para começar. O resto é comigo.

Harry não duvidou que o bar ia bem.

- E por isso que você está sempre com sono.

- Sim, algumas noites eu tenho que vir aqui. Sabe trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro e mais interessante que receber de bandeja. Você deve ter começado a trabalhar cedo. Entregando jornal, cortando grama, essas coisas que eles permitem crianças fazer.

- Sim. Era isso ou não ter dinheiro para nada. – disse Harry. – E o Duda era só pedir que tinha. Algumas vezes ele fazia só pra provocar a pedir também. Ele nem imagina que eu recebo bem mais que ele com o que faço.

- Aqui é bem comum mesadas. São poucos os que trabalham. Eles não precisam. – disse Tiago. – Só vão aprender quando precisarem, e não é o melhor modo.

Eles ficaram pensando por alguns segundo enquanto Harry analisava um cardápio e Tiago as pessoas no bar.

- Faça um pedido que eu tenho que resolver algo. – disse Tiago, indo em direção as mesas de sinuca e pegando um taco que parecia danificado.

- Você é o primeiro amigo do Vampiro que eu conheço que tem a idade dele. – disse a Bartender.

- Estudamos juntos, e você sabe, louco atrai louco. – disse ele.

- Você me parece muito com ele, digo, não fisicamente, mas o comportamento. – disse ela. – Meu nome é Rosmerta. Mas pode me chamar de Docinho.

- Sou Harry Potter, ou como ele me chama Pontas. – disse ele. – Não entendi o seu comentário.

- Você fez o mesmo que ele faz quando chega. Analisou todo o ambiente, no primeiro passo. – disse ela. – Claro que ele foi se tornando mais sutil e os óculos facilitam a vida dele e o tornam mais perigoso.

Harry olhou para o amigo e ele estava parado encostado em uma pilastra, olhando para uma dupla que jogava e um deles estava meio exaltado.

- Não sei se ele gosta mais e acabar com os conflitos ou ser a razão deles. – disse Rosmerta. – Bom, se você não sabia que ele tinha um bar, não deve saber da minha historia. Não gosto de contar isso, mas acho que para um amigo do Vampiro, eu devo. Muitos o julgam pelas aparências, e acho que você deve sofrer com isso também. E essa conversa sobre ganhar dinheiro, eu já ouvi antes. Eu estava desesperada por dinheiro e achei que vendendo meu corpo eu conseguiria algum. Escolhi um bar novo, onde não existiam prostitutas já estabelecidas. Existem mais que você imagina. Depois de dar uma olhada em todos, vi alguém que me chamou atenção, Tiago. Fui até ele, na verdade era o único que prestou atenção em mim. Eu fiz a minha proposta, e ele apenas me indicou a escada. Fiquei com medo, mas subi, e cheguei no escritório dele. Ele abaixou os óculos para me analisar e ai sim eu tremi toda. Mas ele ao invés de investir como supus, ele me perguntou por que eu estava fazendo aquilo. Como eu respondi que era pelo dinheiro, ele fez uma contraproposta, já que ele não ia permitir prostituição aqui dentro. Ele me mandou fazer alguns cursos e estou aqui. Recebendo bem mais que eu pretendi, ao entrar pela porta.

- Sempre me perguntei quantos anos ele tem. – disse Harry.

- Isso vai depender da situação. Ele pode agir como um ancião, ou como o moleque que ele é. – disse ela.

Os dois pararam para olhar para Tiago que se mexeu, e com um golpe certeiro, terminou de quebrar o taco nas costas do jogador exaltado.

- Eu te disse, ele não gosta de briga, mas é o primeiro a bater. – disse Docinho.

Logo dois brutamontes chegaram perto, e Harry se levantou para ajudar Tiago.

- Fica ai, eles são os seguranças. – disse a atendente. – nem sempre o Vampiro está aqui para solucionar os problemas.

- Mas eles pareciam clientes, e dos mais marrentos. – disse Harry.

- São marrentos. Billy é um ex-presidiário, cumpriu pena por roubar comida, e o Teddy é um lutador de boxe. – disse ela. – E a cerveja deles é sem álcool, para que eles pareçam clientes. Eu sou a responsável pelas bebidas, o Vampiro não pode mexer com elas até ter 21 anos.

 - Problema resolvido. – disse Tiago. – Mande uma cortesia para o outro jogador.

- Agora mesmo. – disse Docinho, se virando e pegando uma caneca de Chopp, o que permitiu que Harry visse uma sombra em seu pescoço.

- Já escolheu o que comer? – perguntou Tiago para Harry. – Winky fica magoada quando alguém vem aqui e não pede nada para comer.

- Acho que vou pedir um destes sanduíches. – disse ele.

- Winky, um Special para o meu amigo aqui. – berrou Tiago para a cozinha.

De repente o bar ficou silencioso. Os dois amigos se viraram para porta.

- Detetive T, a que devo a honra? – perguntou Tiago, fazendo Billy e Teddy rir do suspiro dado por todos os clientes.

- Tenho algumas perguntas sobre o que aconteceu hoje. – disse ela num tom profissional.

- Não fui eu quem pintou bigodinho na foto do prefeito. – disse ele apontando as escadas.

- Eu querendo ser o Tira Mau uma vez e você não deixa. – disse ela. – Sr Potter, acho que você deve vir.

- Claro. – disse ele.

- Winky.Fritas. Escritório. – berrou novamente para a cozinha o dono do bar.

Harry ficou impressionado com o escritório. Parecia uma mescla de biblioteca e quarto. Tudo arrumadinho. Tinha uma tv grande, vídeo game, alguns jogos. O sofá era grande o suficiente para dormir, apesar de acreditar que viraria uma cama. Dois computadores, e muitos livros.

- Passo muito tempo aqui. – disse Tiago para ele. – Algumas noites, tenho que dormir aqui, principalmente se tem jogo na tv.

Tiago pegou as fritas no elevador de comida e três refrigerantes do frigobar.

- Eu queria um Chopp. – disse ela com um beicinho.

- Me desculpe, mas tem uma policial que não deixa eu ter bebidas aqui em cima. – disse ele.

- Sabia que ser responsável por você não ia dar certo. – disse ela. – Eu sou a pessoa que fiscaliza esse bar, e vê se ele segue a lei de proibição de venda para menores, o que inclui ele mesmo.

- Então foi por isso que ele te ligou quando tentaram destruir a minha moto. – disse Harry.

- Sim, eu venho aqui algumas vezes com meu primo, Sirius, mas você deve conhecer como Almofadinhas ou Snuffles, Seu padrinho.

- Já ouvi falar. – disse Harry.

- Primeiro a obrigação e depois a diversão. – disse Tiago.

Tonks pegou seu bloco de notas e começou a fazer perguntas. Perguntou sobre o baile, o que tinha acontecido, depois sobre a semana, e finalmente sobre o que tinha acontecido depois da aula.

- O único depoimento conflitante é do Scott, ainda assim, ele mudou para ser a vítima depois que os pais dele chegaram. – disse a policial.

- Não vai ter problema por ele ser menor? – perguntou Harry.

- Ele não é menor. – disse Tonks. – Por isso não esperamos pelos pais, e sua confissão logo que acordou para o Lupin está valendo. E o advogado dele já está tentando um acordo.

- Menos mau. – disse Tiago.

- Agora eu tenho que ir. – disse ela já oferecendo o pescoço para Tiago que apenas o beijou. – Tchau Harry, nos vemos por ai.

- Sem marcas? – perguntou Harry para Tiago.

- Lobo Mau é ciumento. – disse ele. – Se não fosse pelo Snuffles, teria brigado comigo.


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