Harry Potter Mudando A História escrita por Mago Merlin


Capítulo 37
Labirinto e Armadilha




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196214/chapter/37

Capítulo 37 – Labirinto e Armadilha

A tarde passou correndo. E eles continuaram a vagar pelo castelo, algumas vezes encontrando com algum grupo de alunos fora da sala ou com a família dos outros campeões. Sempre que encontrava com os Delacour, Fleur olhava para Harry e sorria, mas seu olhar sempre acabava em outra pessoa do grupo.

- Harry, está na hora. – disse Tonks surgindo do nada.

- Vejo vocês no fim do labirinto com a taça na mão. – disse Harry para o grupo e seguiu a auror.

Eles foram colocados em uma tenda próxima a entrada do labirinto. Ali podia se sentir toda a tensão da prova final.

- “Anjo, estou na entrada da tenda.” – disse Cris para ele pela ligação.

- “Pra que?”

-“Sem perguntas.”

Ele se voltou para os outros competidores e percebeu que nenhum deles prestava atenção nele. E saiu sem fazer barulho.

- Você tem que ser rápida, logo eles me chamarão. – disse para a ruiva.

- Eu só vim desejar boa sorte. – disse ela dando um beijo nele. – E acompanhar ela.

Saindo de debaixo da capa da invisibilidade, surgiu Gina.

- Boa Sorte, Meu Campeão. – disse Gina se lançando nele e dando um senhor beijo.

- Assim você desconcentra ele. – disse Cris. – Vamos temos que ir.

- Obrigado. – disse Harry parecendo mais a Luna.

- Você estragou ele. – disse Cris. – Vamos para a torcida, meus avôs chegaram.

Harry ficou ainda alguns segundos olhando para onde as duas tinham sumido, antes de voltar para a tenda. Foi bem a tempo, logo o Sr Crouch entrou.

- A prova começará em poucos minutos, vim aqui para reafirmar as regras. O Sr Potter será o primeiro a entrar, depois de cinco minutos, entrarão os Srs Krum e Diggory, mais cinco minutos entrará a Srta Delacour. Vocês só poderão usar suas varinhas, não poderão convocar nenhum objeto para ajudar vocês. O primeiro a chegar à taça será considerado o vencedor. Caso alguma coisa ocorra e vocês quiserem desistir e vocês podem soltar uma rajada de fogos vermelhos e um dos aurores irá resgatá-los. Entendido?

Todos balançaram a cabeça confirmando, parecia que eles não aguentariam abrir a boca.

- Vamos, a Sra Bones está terminando de explicar as regras para o público.

Eles esperavam alguns visitantes, mas parecia que metade dos bruxos da Europa estava ali, as arquibancadas se estendiam por quase todo o labirinto.

Harry conseguiu reconhecer seus avôs, ao lado dos Weasley, que estavam todos presentes agora.

- Ao meu sinal. – disse Crouch.

Com um estampido de varinha ele deu início à tarefa.

Harry correu para o labirinto, ele tinha que acabar com isso rápido. Assim que passou pelo portão do labirinto o som que vinha das arquibancadas sumiu, assim como a luz que vinha dos archotes que estavam do lado de fora das paredes. Agora ele só via as altas paredes e um pedaço do céu estrelado.

Acendeu sua varinha e continuou correndo, ele sabia que a taça estava mais ou menos no meio do labirinto, e que existiam vários caminhos que levavam a ela, assim como caminhos sem saída.

Alguns metros a sua frente apareceu uma bifurcação, ali realmente começaria a prova. Decidiu pela esquerda, ele sabia que assim que Krum e Cedrico entrassem, eles se separariam ali, seria o mais lógico.

Correu mais algum tempo, quando escutou o estampido indicando que os dois entraram.

Ele continuou seu caminho, passando por outras entradas, indo para direita, esquerda, duas vezes esquerda e pelo centro em uma que tinha três entradas. Tinha passado por dois feitiços ilusórios e por uma lançadora de flechas, como nos filmes, quando Fleur entrou na disputa.

Parou para analisar o ambiente, usou seus poderes para ver onde estavam seus adversários, não que ele queria espioná-los, mas garantir que eles estivessem bem, e se também havia mais alguém no labirinto. Não encontrou ninguém além dos três, menos mal.

De repente tudo ficou frio, e na frente do moreno apareceu um ser encapuzado flutuando na sua direção. Sem pensar ele conjurou seu patrono.

O cervo prateado rompeu da varinha do moreno e correu na direção do dementador. Ao ver o dementador, que ele sabia não serem mais usados pelo ministério desde que se aliaram a Voldemort, tropeçar, Harry percebeu que não era verdadeiramente os antigos guardiões de Azkaban, era um bicho-papão. Lançou um feitiço para paralisar a criatura, seria burrice eliminara algo que poderia atrapalhar os outros competidores.

Continuou por aquele caminho que parecia ser o mais rápido, caso não tivesse que enfrentar muitos problemas.

Mais para frente encontrou um buraco enorme no chão que inviabilizaria seguir por aquele caminho. Voltou a sentir a presenças dos outros, e percebeu que Fleur já havia tirado o atraso com relação aos outros dois, mas ainda estavam longe dele ou da taça.

Parou para pensar um pouco sobre o que fazer, ele poderia passar sobre o buraco usando sua forma animaga, mas isso poderia revelar seus poderes, as pessoas poderiam relacionar essa forma com Lorde Gryffindor e poderia colocá-lo em apuros com o ministério por ser ilegal, assim como os seus pais.

Haveria uma forma de passar por ele, todas as armadilhas e feitiços usados tinham uma forma de passar. Pegou uma pequena pedra no chão e lançou contra o buraco para ter certeza de que não era mais uma ilusão, mas a pedra caiu e demorou para achar um fundo, tirando da mente do menino a ideia de pular para dentro e depois escalar o outro lado.

Uma imagem de um filme passou pela cabeça dele, conjurou um punhado de areia em sua mão, e aproximando a borda lançou tudo em um movimento que jogaria a areia alguns centímetros da borda. No canto direito a areia ficou parada no ar, em um espaço de vinte centímetros. Uma passagem para o outro lado poderia começar por ali.

Não querendo pensar na possibilidade de não haver nada mais para frente, se aproximou e começou a atravessar a pequena ponte. Felizmente ela ia até o final. Chegando ao outro lado, Harry respirou fundo, e se virou e fez a areia desaparecer, não daria pistas para os outros de como passar.

Continuou um pouco e escolheu por duas vezes um caminho sem saída, o que fez ele ter que voltar e acreditava que perdeu tempo com isso.

Em um corredor que parecia ser mais largo ele começou a escutar algo rosnando, ou melhor várias coisas rosnando. Pensando ser este o caminho para a taça, juntou a coragem e andou.

Quando sua varinha iluminou o que vinha a sua frente, ele tomou um susto.

- Fofo, e você? – disse ele.

O Grande cachorro como três cabeças começou a lamber o rosto do menino. Ele conhecia o “bichinho” de estimação de Hagrid desde que ele conseguiu com um turista.

- Você tá aqui para evitar que a gente chegue ao final do labirinto?

As três cabeças fizeram que sim.

- Mas você vai me deixar passar, né?

 Nova confirmação.

 - Obrigado, Fofo.- disse ele fazendo carinho na barriga dele.

Passou belo cachorrinho e continuou seu caminho, agora ele sentia que estava muito perto mesmo de chegar a taça. E foi o que aconteceu quando ele chegou a um salão circular, onde a taça estava em um pedestal bem no centro, ele reparou que ali havia mais duas entradas, possivelmente de outros caminhos.

Sentindo que a ameaça dos comensais era furada ele correu para pegar a taça e acabar com aquilo de uma vez. Sua desatenção custou caro, algo pulo sobre o moreno, derrubando-o.

Conseguiu ver o que era, quando foi erguido do chão, pelo tornozelo. Era uma acromântula, uma daquelas que viviam na floresta proibida.

Ele reagiu a dor que sentiu com a mordida, lançando um feitiço sem sua varinha imobilizando a aranha, que com o impacto do feitiço largou o menino.

- Agora sei o porquê o Rony odeia essas coisas. – reclamou ele da dor, mas não desistiu de pegar a taça.

Ele foi chegando perto da taça e a luz começou a aumentar no local.

Tudo aconteceu muito rápido quando ele pegou a taça. A parede a sua frente abriu revelando os juízes do torneio e parte da arquibancada. E ele sentiu como se um anzol o puxasse pelo umbigo e desaparecesse.

A taça do torneio era uma Chave de portal.

Harry não conseguiu aparecer de pé, por causa da mordida da acromântula. Mas assim que percebeu que tinha aterrissado ele ficou de pé, se mantendo sobre a perna boa. Estava atento, pois sabia que isso era coisa dos comensais. A sua volta ele via túmulos, e logo percebeu que aquele era um cemitério.

Ele riu da ironia, ser morto em um cemitério.

- Vejo que está se divertindo. – disse uma voz das sombras.

- Estarei mais quando voltar para casa e comemorar a minha vitória no Tribruxo. – disse ele ficando de costas para um túmulo grande para não ser surpreendido pelas costas, onde via escrito o nome Riddle.

- Não haverá comemorações hoje. – disse outra voz.

- Ah, haverá sim. Uma grande festa no Salão Principal, todo ornamentado com as cores da Grifinória, todos gritando meu nome. E é claro eu estarei erguendo a taça na frente de toda a escola.

- Você sonha de mais, moleque. – disse a primeira voz.

- Não, isso é a realidade, meus sonhos são mais interessantes que isso. – disse o menino de forma marota. – Será que dá para vocês aparecerem, sabe é falta de educação não receber um convidado. Acredito que o Voldemort tenha ensinado isso para vocês.

- Não fale do Mestre com essa boca suja. – disse o primeiro encapuzado a aparecer.

- Me lembro de ter escovado meus dentes antes de ir para a prova. – disse ele de forma que parecia estar confuso, nitidamente zombando dele. – Eu falo daquele idiota como eu quiser, Malfoy.

- Impressionante, conseguiu me reconhecer. Isso não vai adiantar de nada, você morrerá aqui. – disse Lucio.

- Você devia então esconder esses cabelos, assim ninguém saberia que é você, mas sinto te informar de que eu não morrerei hoje, ainda não esfreguei na cara do seu filho mais um título para os leões.

- Você fala de mais, Potter, assim como seu pai.

- Obrigado. Mas pelo menos eu não trouxe um bando de perdedores para enfrentar um simples adolescente. Isso tudo foi porque vocês foram humilhados pelo meu pai e seus amigos e você ficou com medo.

- Calado moleque. – disse novamente Malfoy. – Essa foi uma oportunidade de ouro que caiu em nossas mãos, boa de mais para desperdiçarmos.

-Então foi você quem armou para que eu participasse desse torneio.

- Não, mas agradecemos quem fez isso. Apenas criamos a armadilha para você cair aqui. Um novo partidário, que será honrado quando sair daquela escola comandada pelo Velho, que verá um de seus alunos aparecer morto dentro de seu circulo de proteção.

- Seu espião vai matar alguém? – perguntou ele fingindo estar preocupado.

- Não. Você morrerá hoje e conseguiremos honrarias de nosso novo Mestre.

- Vejo que lealdade não é uma coisa forte para vocês, correrem para aquele que parece ser mais forte.

- Ora seu. – disse alguém lançando uma maldição nele.

Como não teria tempo para um escudo, e ele sentia os efeitos do veneno da aranha, Harry se jogou no chão, parando de pé perto de onde a taça jazia no chão. Agora ele se viu cercado.

- E isso que vocês têm para tentar me matar, já vi calouro lançar feitiços mais fortes que esse.

- ATAQUEM. – ordenou Malfoy.

Harry fez o que achou mais lógico, deitou no chão, sentindo uma leva de feitiços partir por cima dele, atingindo os túmulos, e também os próprios comensais do lado inverso daqueles que lançavam.

- PAREM. – ordenou novamente o líder, ao sentir que o companheiro ao lado ser arremessado longe.

- Vocês não são espertos. – disse Harry, ele tinha que sair dali rápido, ele não conseguiria vencer a todos eles e escapar dali. – Conseguiu incapacitar metade desse grupo ridículo, sem erguer minha varinha. Sabe o problema de usar chave portal para sequestrar alguém? Ela pode ser usada para fugir.

Ele fez um movimento com a varinha e a taça voou para sua mão, ativando a chave. Ele ainda viu um raio verde vindo em sua direção antes de sumir e aparecer nos gramados de Hogwarts.

Lilian se desesperou quando viu Harry desaparecer, sua mente logo voou para a ameaça recebida.

- Foram eles, Ti, os comensais me tiram meu filho. – disse ela chorando.

- Calma, Lírio, eu ainda sinto ele. – disse Tiago abraçando a mulher. – Ele treinou muito para isso, ele sairá bem, ele tem a sua inteligência. Lembra do que ele fez antes. Ele ainda tem que se acertar com a ruiva dele.

- Ele não deixaria ela sozinha de novo. – disse a ruiva mais calma.

- Dumbledore, quem teve acesso a taça hoje? – perguntou o auror para fazer seu trabalho e desviar a atenção da esposa para algo mais prático.

- Foram os monitores chefes que trouxeram para cá. Depois que eles saíram o caminho se fechou.

Os monitores chefes eram uma menina da Corvinal e um menino da Sonserina. No momento em que os olhos de Tiago passaram pela parte verde da torcida, o monitor começou a correr. Ele não conseguiu ir muito longe e se viu cercado pelos professores e aurores.

- Para onde aquela chave de portal levou meu filho? – perguntou Tiago tentando se segurar, mas deixando claro que não se intimidaria pelo menino.

- Não sei, me levaram lá no último passeio, era um cemitério. E só o que sei. – disse o menino.

- Será que levaram para o mesmo cemitério? – perguntou Sirius depois que se afastaram do menino.

- Acredito que sim, já que o corpo de Voldemort foi destruído pelo ministério para que não houvesse peregrinação. – disse Remo.

- Temos que ir para lá. – disse Tiago com urgência.

- Temos que sair do castelo. – disse Sirius. – Nem todos nós conseguimos aparatar aqui, e não podemos deixar que os juízes desconfiem dos poderes de Harry. Nem mesmo os comensais para que eles não o associem com o Fenrir e seu álter ego nobre.

Foram em direção aos juízes para expor os planos, viram Fleur conversando com Madame Maxime, e Cedrico acabando de chegar ao pedestal onde a taça estava.

- Sabemos onde ele está. – disse Tiago. – Estamos indo atrás dele.

- Tomem cuidado, eles estão com a vantagem de estarem com o Harry. – respondeu Dumbledore.

Foi neste instante que o barulho de algo caindo chamou a atenção de todos. Harry apareceu caído ao lado da taça. Essa cena era extremamente familiar para aqueles que viram a carta.

Gina olhou para aquilo e não aguentou, desmaiou nos braços do irmão mais velho. Cris berrava na sua mente tentando chamar seu irmão, mas nada acontecia.

Lilian foi a primeira a chegar no corpo, não sabia como tinha forças para isso.

- Comensais... Cemitério.... Riddle... Espião em Hogwarts – disse o menino assim que sentiu a presença da mãe.

- Calma, anjo. – disse a ruiva aliviada. - Vai dar tudo certo. Ele já foi capturado. O que aconteceu com você?

- Veneno de Acromântula. – disse ele apontando para a aranha ainda paralisada num canto do labirinto.

- Hagrid leve ele para a enfermaria. – disse a medibruxa. – Ele receberá seu prêmio amanhã, durante a festa.

Hagrid levantou sem problemas o menino que foi levado para a enfermaria. Ele passou pelos outros campeões. Passou pela francesa e deixou um recado para Gina.

- Avisa para ela que eu to bem. 

Mesmo assim ele manda um beijo na direção dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!