Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 37
O Enigma da Esfinge


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estava sem tempo para postar um novo capitulo, e escrever realmente tem se tornado dificil pelo mesmo motivo.
Espero que gostem do capitulo.



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Fred encarava a tudo aquilo surpreso e nervoso, era horrível ver seu melhor amigo numa situação como aquela sem poder fazer nada para ajudá-lo. Ele se erguera de seu lugar, encarando o grande telão de onde todos viam a realização da prova. Ao seu lado nas arquibancadas, Rose falava o quanto aquela prova era perigosa.

_ Eles estão em sério perigo, como se as esfinges não fossem perigosas ainda tem que passar por coisas desse tipo para chegar até elas – disse Rose nervosa, falando para qualquer um próximo a ele que quisesse ouvir.

_ Aquilo é visgo do diabo, por que não usam fogo? Eles são bruxos ou não? – disse Alice confusa, próxima a Fred.

_ Realmente tenho que concordar com você – disse uma voz vinda de um lugar vazio que todos estranharam, com exceção de Fred.

_ Quem disse isso? – disse Lorcan para o espaço vazio ao seu lado – que tipo de criatura é você...

Fora então que para surpresa de todos, um casal surgira do nada, todos ali os conheciam muito bem e não os viam já fazia muito tempo desde que haviam deixado Hogwarts para trás.  Frank sorrira para todos enquanto Molly parecia realmente séria com o namorado.

_ Não devia ter nos revelado, e se alguém nos vir? Vamos, volte a colocar a capa sobre nós – disse Molly brava com o namorado, que dera de ombros.

_ Eles iam descobrir de qualquer forma, e eu não estava a fim de ficar ali com ameaça de alguém sentar no meu colo – disse Frank, o que fez os outros rir.

_ Estava com saudades de você, Frank – disse Alice, abraçando o irmão que se encontrava a sua frente enquanto o monitor-chefe ria, e puxava a irmã mais nova para seu colo a abraçando calorosamente.

_ Também senti sua falta, Lice, agora me responde: onde está o sacana do Alvo que te pede em namoro em nem manda uma carta para nossos pais ou para mim que sou seu irmão mais velho? – disse Frank se fazendo de sério, o que fez a morena revirar os olhos.

_ No momento, Longbottom, meu melhor amigo se encontra numa enrascada. Quando ele sair dessa, pode ter a conversa com você – disse Scorpio fazendo todos se calarem e voltarem a encarar a grande tela que agora mostrava Tiago, que afundava rapidamente no Pântano.

Tiago ia afundando. Podia ver sobre ele a claridade quase impossível de se penetrar nas águas daquele pântano, ele era arrastado para as profundezas pelo vários galhos de visgo do diabo, ele se sentia sufocar quando um dos cipós se fechou em um grande e apertado laço ao redor de sua garganta, em uma grande e selvagem forca que certamente lhe seria letal, havia outros ramos da planta que atavam suas pernas e seus braços, dificultando que ele se mexesse, era desesperador, ainda mais sentir o horrível gosto que era aquele que o invadia pelas vias aéreas, as águas imundas que pareciam lutar para matá-lo antes da asfixia.

Ele conseguira livrar os braços, mas o quanto mais puxava os cipós parecia que apertavam cada vez mais e ele sentia suas unhas arranhando sua garganta em agonia tentando respirar. Fora o momento que percebera algo vindo em sua direção. Pela pouca claridade que vinha da superfície e passava pelas águas negras, iluminava a silhueta de alguém que lutava para chegar até ele a tempo, ele sentira alguém frente a frente com ele, não pode reconhecer de inicio de quem se tratava, mas pode ver muito bem seus olhos eram verdes-folha e de certa forma familiares. Depois disso pode sentir uma forte rajada de um feitiço disparado de uma varinha em direção a planta que estava o prendendo, e sentiu um par de braços o envolver e ser puxado, juntos o ruivo e seu salvador nadaram para fora daquele grande e profundo pântano e com desespero e aflição conseguiram emergir das águas, agora respirando apressadamente ansiando por ar mais que tudo naquele momento.

Sentira-se sendo colocado sobre um dos destroços do antigo barco onde estavam, e agradeceu a quem quer que fosse que tivesse feito isso, pois tinha certeza de que afundaria sem hesitação caso continuasse daquela forma.

_ Potter, não nos deixe mais assim, está legal? – disse uma voz ao seu lado, e o ruivo encarou seu salvador pela primeira vez, Eduard Zabini estava ali totalmente enlameado assim como Tiago se encontrava também, e parecia tão cansado quanto o Grifinório, pois sua frase saíra em meio a algumas pausas para recuperar fôlego.

Fred acreditava que assim como todos de Hogwarts, ele estava surpreso pela atitude de Eduard Zabini em salvar seu adversário, mesmo ele sendo da mesma escola que ele, afinal ambos nunca se deram bem e isso nunca fora segredo para ninguém. Agora não só Tiago devia uma a Zabini, como Fred também afinal ele acabara de salvar seu melhor amigo.

_ Você está bem? – disse Dominique a Tiago algum lugar às suas costas, mas o ruivo não respondera, ainda estava chocado com o fato de ter sido salvo pelo Sonserino que tanto odiava, ele apenas fez um pequeno aceno com a cabeça.

_ Precisamos sair daqui – disse Tiago com a voz séria – alguma ideia para chegarmos até aquelas rochas, antes que algum de nós se torne novamente brinquedinho daquelas plantas assassinas?

O ruivo olhara cada um dos outros três campeões, todos permaneceram em silêncio absoluto, não se podia ouvir nada naquele momento que não fosse o barulho das águas lamacentas que batiam contra os destroços do antigo barco. Tiago suspirara fundo, eles tinham que encontrar uma forma de sair daquela armadilha, fora quando ele pode reconhecer nos olhos de Dominique uma expressão que ele já conhecia há algum tempo, uma face pensativa que denunciava que ela deveria ter alguma ideia.

_ Dommy? Alguma coisa que queira nos dizer nesse momento? – disse Tiago com um sorriso questionador.

_ Hum... Eu tenho uma ideia, mas é loucura – disse Dominique – não sei se pode funcionar, seria necessária muita magia.

_ Não estamos em circunstâncias para criticar ideias loucas aqui – disse Tiago, seriamente.

_ É sua ideia louca ou morrermos, e eu não quero isso, ainda sou bastante jovem – disse Eduard.

_ Devo concordar com eles – disse Nickollaus.

_ Está bem, só parem de falar ok, estou tentando colocar as informações no lugar – disse Dominique – eu li há algum tempo atrás O Conto dos Três Irmãos, e estava me lembrando dele...

_ Que coisa linda, só falta ela dizer que devemos aceitar a morte como uma velha amiga – disse Eduard sendo irônico, e Tiago e Nickollaus lançaram a ele um olhar frio e ameaçador.

_ Deixe-me terminar, Zabini, antes de demonstrar suas opiniões bobas. Que aliás, não vão ajudar em nada e são completamente desnecessárias  – disse Dominique – como eu ia dizendo, eu me lembrei da parte em que os três querem atravessar um rio perigoso, e para isso usam magia...

_ Criando uma ponte, isso é brilhante – disse Tiago, surpreso.

_ Lógico, eu sou brilhante – disse Dominique.

_ Mas será que somos capazes de fazer isso? – disse Eduard, desconfiado – Parece muito avançado mesmo para nós, que estamos no sétimo ano.

_ Para a magia não existem limites – disse Nickollaus.

_ Exato, e outra somos bruxos ou não? – disse Dominique.

_ Claro que somos, e está na hora de mostrarmos porque fomos escolhidos para esse torneio – disse Tiago e os outros três concordaram, retirando as varinhas e as apontando para algum lugar a alguns centímetros acima da água.

_ Só tem um problema – disse Tiago – Que feitiço vamos usar?

Todos no estádio podiam ouvir a conversa entre os campeões, e se perguntavam a mesma coisa, pelo menos os de Hogwarts, pois os de Beauxbatons e Durmstrang riam da pergunta de Tiago como se ela fosse idiota demais.

_ Por que eles estão rindo? – disse Chloe se sentindo incomodada com a reação das duas outras escolas.

_ Eles sabem o feitiço. Idiotas, não deveriam desfazer da nossa escola – disse Lily irritada.

_ Por que eles não fazem um barco? – disse Scorpio confuso – é mais fácil do que uma ponte.

_ Talvez porque não queiram passar pela mesma coisa novamente? – disse Rose irônica, encarando o loiro com as sobrancelhas arqueadas – eles seriam destruídos novamente pelos visgos do diabo, como aconteceu antes...

_ E acha que terão mais sorte com uma ponte? Fala sério – disse Scorpio pessimista.

Rose dera de ombros para o loiro, não iniciaria uma discussão com o mesmo sobre aquilo, era desnecessário num momento tenso como aquele. A imagem no telão se focara em Dominique, que possuía uma feição de questionamento enquanto soltou finalmente o que pensava.

_ Fala sério, o que ensinam para vocês na Inglaterra? – disse Dominique erguendo a sobrancelha – Sabe o feitiço, não é Nick? – o campeão de Durmstrang acena postiviamente – Ótimo. Vocês dois, prestem atenção nas palavras que vamos usar e façam o mesmo movimento de varinha... – e após algumas explicações rápidas todos já possuíam a varinha nas mãos e sabiam o que fazer – vamos nessa...

_ Bridge Facere – todos disseram ao mesmo tempo.

Da ponta das varinhas de cada um dos três surgiu um jato de luz que atingiu a água e começou a borbulhar. De repente, como sementes brotando do solo, os visgos do diabo surgiram na superfície e, iluminados por uma estranha luz, começaram a se entrelaçar uns nos outros, alguns eles puderam ver se prendiam nas paredes do estádio e a outra aos rochedos onde estavam as esfinges e os reféns, formando grossos entrelaçados verdes que foram se unindo cada vez mais, até que se formou uma grande estrutura que se assemelhava muito com uma grande ponte suspensa a alguns metros da água.

Scorpio estava boquiaberto com aquilo, e ele podia ver que não era o único. Ao seu lado, Frank e Molly possuiam feições parecidas e o mesmo podia se ver no rosto de Lorcan, que parecia maravilhado com tamanha estrutura.

_ Rápido, temos que ir – disse Tiago no telão, que começara assim como os outros a nadar em direção à ponte.

Todos os quatro já se encontravam sobre o novo meio que usariam para chegar à ilha, mesmo com a aparência firme era estranho caminhar sobre algo que parecia vivo como um embaraço de serpentes verdes. Ao olhar para baixo e ter a imagem das águas, que pareciam um pouco furiosas com tudo aquilo que acontecera, dava para sentir o medo tomar conta, cada um deles sentia-se inseguro de permanecer parado no mesmo lugar, e logo estavam correndo velozmente com os olhos nas ampulhetas onde a areia caia e eles podiam ver o reflexo das miniaturas de seus reféns, já cobertos pela metade na areia.

Os campeões chegaram à ilha, possuía uma aparência sinistra e terreno que parecia de difícil acesso. Por uma pequena passagem criada à encosta das pedras, havia no alto uma pequena gruta onde todos sabiam que estavam os reféns. Os quatro se olharam naquele momento, sabiam que teriam apenas uma chance, que seria se arriscarem pelo caminho perigoso, ou seja, escaparem pelas fissuras.

_Funis scandens – disse Nickollaus e de sua varinha um grande gancho preso a uma corda surgiram e foram lançados para o alto da montanha, onde se prendera às rochas, o garoto de Durmstrang encarara os outros sorrindo satisfeito – Sempre com as mesmas expressões de surpresa... Então, quem vai primeiro?

_ Vamos – disse Dominique, afastando Eduard e Tiago para tomar passagem, logo fora a primeira que iniciara a escalada.

Fred sorrira, não importava como fosse, sempre Dominique gostava de tomar a frente. Ele pode ver que os outros pensavam o mesmo que ele. Algumas arquibancadas de distância ele pode ver Madame Máxime ao lado de Hagrid sorrir orgulhosa e o mesmo valia para Gabrielle Delacour.

Nickollaus seguira há ruiva alguns poucos segundos depois, podia se ver que já deveria ter tido contato alguma vez com o alpinismo, pois sabia muito bem o que estava fazendo. Eduard e Tiago foram em seguida, respectivamente. O vento batia contra o rosto deles, e ao olhar para baixo os bruxos puderam ver a ponte de visgo do diabo se desfazer com certa dificuldade por conta da neblina.

Quando chegaram ao alto das pedras, puderam avistar enfim o objetivo daquela prova. Os objetos imensos de madeira e vidro estavam ali, a areia caía sobre seus prisioneiros que dormiam docemente, quatro imensas ampulhetas em cada uma trazia rostos que o ruivo conhecia muito bem. Nas ampulhetas das pontas havia duas garotas, ambas loiras, a primeira possuía a pele bronzeada pelo sol e o cabelo loiros escuro, vestia as vestes da Sonserina e possuía traços delicados mesmo que várias vezes tentasse disfarçá-los. Quando a viu, Nickollaus murmurou seu nome.

_ Raven. – disse Nickollaus entre dentes.

Chloe engolira em seco ao ver a imagem da irmã naquela situação, ela havia notado que a garota não se encontrava no estádio, mas em momento algum pensara que poderia estar ali, participando daquela forma na prova do Torneio. Alice, assim como a loira ao seu lado, empalidecera, se a prova tivesse ocorrido algumas semanas atrás seria ela, e não Raven ali dentro daquela ampulheta. A imagem do telão agora focalizava as outras ampulhetas.

A outra possuía os cabelos muito claros e platinados, pele palida e rosto que lembrava o de uma boneca, suas vestes eram da Grifinoria, e ao vê-la Tiago sentiu seu coração bater um tanto mais forte de preocupação, mas tentou não demonstrar nenhum sentimento. Ignorando o impulso que pedia para que ele fizesse algo para libertar Narcisa, o ruivo encarara Zabini que parecia indiferente à imagem de sua noiva ali aprisionada.

Scorpio não demonstrara, mas ficara preocupado em ver a irmã ali naquela situação, mesmo que tivesse agindo de modo estranho nas últimas semanas, ainda a amava muito e não queria que ela estivesse numa situação como aquela. Ele não notara, mas Rose o encarava com o canto dos olhos, como se esperando alguma reação sua, mas o loiro se mantinha indiferente a cena por fora, como aprendera a ser em situações como essa de tempos para cá.

As duas ampulhetas que estavam no centro traziam dois rapazes, ambos regulavam de idade mas não possuiam muita coisa em comum. O primeiro era loiro dos cabelos de ouro pálido caídos contra os olhos fechados e a pele branca como a neve, vestia as vestes azuis celestes de Beauxbatons. Ao ver o irmão naquela situação, Dominique grunhira de ódio, o que fez o ruivo a encarar pelo canto dos olhos para ver sua face totalmente raivosa.

Fred e os Weasleys sentiram que Dominique poderia fazer besteira caso não se controlasse. O moreno então queria estar ali ao lado dela para dizer que não deveria se preocupar, pois o rapaz estava bem, que nada aconteceria com ele e que era para que a ruiva se concentrasse no Torneio.

A última ampulheta fora a que Tiago tinha nas mãos, era idêntico à imagem que via. Um garoto de cabelos negros como o carvão e despenteados em varias direções diferentes, rosto fino e magro, pele clara e vestindo as vestes da Sonserina. Os olhos do campeão Grifinório encararam por alguns segundos o irmão inerte e adormecido, que parecia não se importar com a areia que caia ao topo de sua cabeça e que já havia dominado quase inteiramente, para então desviá-la para as estranhas criaturas que surgiram de repente de trás de algumas rochas.

Alice então sabia aonde iria afinal, já suspeitava de que aquilo fosse acontecer desde o momento que Louis viera falar com Alvo no café da manhã, mesmo que tivesse dito que voltasse logo ela sabia que não era verdade. Lily ao seu lado lançava vários xingamentos ao irmão, ao que a morena só pode ouvir o final.

_ Idiota, retardado, burro, lerdo – disse Lily – Como ele pode aceitar participar de algo assim? Não precisava ser ele, não precisava...

_ Se acalme, ele está bem, não deixariam que nada de ruim acontecesse com ele – disse Lysander que até então a garota não notara que estava ao seu lado – está sobre um transe que o protegerá durante a prova... Se preocupe com Tiago, ele que merece sua atenção...

_ Acha que não me preocupo com Tiago também? – disse Lily, ríspida.

_ Eu sei que se preocupa, só não deve... Não deve se preocupar com o Alvo – disse Lysander.

_ Mas Alvo não devia ter aceitado isso – disse Lily

_ E quem seria então, você? Alvo nunca aceitaria isso, eu sei muito bem, pois se estivesse no lugar dele teria aceitado só para te manter fora desse jogo – disse Lysander que completara mentalmente, ‘e também para não te ver ferida ou machucada. ’

Quatro criaturas surgiram, elas possuíam a aparência de leões, se não fossem pelas feições humanas. Não tinha como serem outras se não as esfinges que teriam de enfrentar, três delas possuiam a face de belas mulheres com traços típicos de egípcias: pele moura, lábios carnudos e sobrancelhas finas, alem de imensos olhos amarelos. Mas havia uma, a maior delas possuía pelos negros e uma juba imensa, sua face era robusta, de pele clara, olhos imensamente prateados e uma barba e bigodes densos e negros, ele sorrira revelando grandes e perigosos dentes pontiagudos.

_ Vós demorais a chegar a essa ilha – disse a esfinge negra, falando com um pouco de sotaque que os campeões não puderam definir qual – A areia do tempo estás quase em seu término, vós fores muito demorado...

_ E você nos está fazendo perder ainda mais tempo – disse Nickollaus desembaiando a espada, o que fez as outras três esfinges abrirem as bocas e liberarem um poderoso e assustador rugido, demonstrando para os campeões suas grandes presas – Por que não cala sua boca, e vai logo à maldita charada, ou enigma que você tem para nós... – o rapaz ainda mantinha a espada erguida, não parecia ter medo daquelas criaturas.

_ Abaixe a espada, idiota, quer que venhamos a virar comida dessas coisas? – disse Eduard irritado, puxando Nickollaus para trás, deixando-o fora do alcance das criaturas.

_ Não gostamos de espadas, rapaz – disse uma das esfinges.

_ Guardei-a ou terás a chance de ver do que somos capazes – disse uma outra.

_ Com aqueles que nos desafia – disse a última.

Então o aluno de Dumstrang guardara sua arma, e as criaturas pareceram se aquietar um pouco e caminhara até atrás do grupo, podia se ver sua expressão ainda séria e encarando com ódio as esfinges e mais ainda as ampulhetas. A atenção de todos foi chamada pela esfinge negra que parecia ser o líder daquelas criaturas.

_ Isso mesmo, merecemos respeito, humanos – disse a esfinge, como se tivesse grande desprezo por aquelas pessoas ali, as olhando com um olhar superior.

_ Poderia nos dizer o enigma então, oh... Grandiosíssima e adorável criatura mitológica egípcia? – disse Tiago sendo irônico, o que fez Dominique lhe dar uma cotovelada e murmurar um “cale a boca, antes que você piore as coisas”, mas por sorte do ruivo os felinos pareceram não ter notado o debochar com que ele se referira a eles, do contrário teriam sido atacados.

_ Então, vós se preparais para ouvistes ao enigma – disse a esfinge negra, limpando a garganta.

Para surpresa de todos, no lugar de uma charada simples, ou uma frase qualquer que fosse o enigma, as criaturas fizeram o que todos menos esperavam naquele momento, que era cantarem. A esfinge negra começara a cantar, sua voz grave e profunda ecoava no vazio, logo as outras três esfinges se uniram a ele fazendo um coro de fundo dando ainda mais profundidade a voz e deixando a cena ainda mais sinistra.

On a dark desert highway, cool wind in my hair

Warm smell of colitas, rising up through the air

Up ahead in the distance, I saw a shimmering light

My head grew heavy and my sight grew dim

I had to stop for the night

(Numa estrada escura e deserta, vento fresco em meus cabelos

Cheiro morno de baseado, se erguendo pelo ar

Logo a frente a distância, eu vi uma luz trêmula

Minha cabeça ficou pesada e minha visão embaçou

Eu tive que parar para dormir)

There she stood in the doorway

I heard the mission bell

And I was thinking to myself

This could be Heaven or this could be Hell

(Lá estava ela na entrada da porta;

Eu ouvi o sino da recepção

e estava pensando comigo mesmo:

"Isso poderia ser o Céu ou o Inferno".)

Then she lit up a candle and she showed me the way

There were voices down the corridor

I thought I heard them say

(Ela acendeu um candelabro e me mostrou o caminho.

Havia vozes pelo corredor,

Eu acho que ouvi-las dizerem...)

Welcome to the Hotel California

Such a lovely place

Such lovely place

Such a lovely face

(Bem-vindo ao Hotel Califórnia,

Que lugar encantador

Que lugar encantador

Que rosto encantador.)

Plenty of room at the Hotel California

Any time of year

Any time of year

You can find it here

(Vários quartos no Hotel Califórnia,

Qualquer época do ano

Qualquer época do ano

Você pode nos encontrar aqui.)

Her mind is Tiffany-twisted, she got the Mercedes-Benz

She got a lot of pretty, pretty boys, that she calls friends

How they dance in the courtyard, sweet summer sweat

Some dance to remember, some dance to forget

(Sua mente é depravada, ela tem um Mercedes-Benz,

Ela tem vários lindos, lindos rapazes, que ela chama de amigos.

Como eles dançam no jardim, doce suor de verão,

Alguns dançam para lembrar, alguns para esquecer.)

So I called up the Captain

Please bring me my wine

He said: "we haven't had that spirit here since nineteen sixty-nine"

And still those voices are calling from far away

Wake you up in the middle of the night

Just to hear them say

(Então eu chamei o Capitão,

"Por favor, traga-me meu vinho".

Ele disse: "Nós não temos essa especiaria aqui desde 1969".

E ainda assim aquelas vozes estão chamando, à distância,

Te acordando no meio da noite

Só para ouvi-las dizerem...)

Welcome to the Hotel California

Such a lovely place

Such a lovely place

Such a lovely face

(Bem-vindo ao Hotel Califórnia,

Que lugar encantador

Que lugar encantador

Que rosto encantador.)

We're livin' it up at the Hotel California

What a nice surprise

What a nice surprise

Bring your alibis

(Nós estamos vivendo no Hotel Califórnia,

Que surpresa agradável

Que surpresa agradável

Tragam seus álibis)

Mirrors on the ceiling

The pink champagne on ice

And she said: "we are all just prisoners here, of our own device"

And in the master's chambers

They gathered for the feast

The stab it with their steely knives

But they just can't kill the beast

(Espelhos no teto,

Champagne Rosê no gelo,

E ela disse: "Nós somos todos apenas prisioneiros aqui, por nossa própria conta”.

E no aposento do mestre,

Eles se reuniram para a festa.

Eles apunhalavam aquilo com seus punhais de aço,

Mas simplesmente não podiam matar a besta.)

Last thing I remember, I was

Running for the door

I had to find the passage back

To the place I was before

"Relax", said the night man

(A última coisa que me lembro, eu estava.

Correndo para a porta

Eu tinha de encontrar a passagem de volta

Para o lugar onde estava antes.

"Relaxe", disse o porteiro,)

We are programmed to receive

You can check out any time you like

But you can never leave

("Nós somos programados para receber

Você pode assinar a saída quantas vezes quiser,

Mas você nunca poderá sair!”)

A canção das esfinges se extinguira e um silêncio se instalou entre os quatro campeões que ainda se encontravam, de certa forma, atônitos com o fato de terem acabado de presenciar um coral de criaturas mágicas egípcias e sanguinárias cantarem uma musica de Rock n’ Roll.

_ Mas que merda de enigma é esse? – disse Fred, irritado – Ô seu gato vira-lata tamanho família, eles por acaso tem cara de roqueiros para saberem a resposta dessa coisa?

_ Se controle, Fred – disse Frank, sendo racional ao seu lado – eles encontrarão um jeito para passar por essas criaturas.

_ Só espero que não façam besteira, Tiago tem feito muita coisa sem pensar ultimamente – disse Rose seriamente, todos apreensivos encararam o telão.

_ Certo, hã... Daria para ser mais direta, tipo... O que essa música tem haver com o enigma? – disse Eduard mesmo já sabendo a resposta que viria, a esfinge sorriu malignamente e falara bem lentamente.

_ Vós já tendes o enigma, agora nos dar-te a resposta – disse a esfinge negra.

_ Venham, precisamos pensar na resposta – disse Tiago, chamando os outros três campeões.

 Os quatro estudantes se fecharam em uma roda, onde por alguns segundos o silêncio os rondou, pois todos esperavam algo fácil para aquela segunda prova, mas agora aquilo parecia ter sido feito de uma forma para que eles fossem mortos, como uma verdadeira armadilha suicida e o pior é que haviam levado pessoas que gostavam junto com eles. O ruivo encarou novamente o rosto de Alvo e a areia que já estava na metade de seu peito, e suspirou tristemente. Não fazia ideia do que poderia ser aquela história.

_ E então, alguma ideia de como vamos responder esse enigma dessas esfinges desgraçadas? – disse Dominique nervosa, e Tiago sabia que ela tinha se controlado para não soltar um pior insulto que aquele, afinal podia correr o risco de estar sendo ouvida por uma delas.

_ Nick, você sabe sobre o que essa música tem demais para eles terem a escolhido como uma charada? – disse Tiago encarando o estudante de Durmstrang que ainda encarava as ampulhetas, em especial a que estava Raven Skeeter, ele despertara um pouco confuso e desconcertado, se havia alguém que talvez soubesse responder uma charada como aquela, poderia ser Nickollaus, já que ele era o único ali que possuía mais contato com o mundo musical. 

_ Sim, eu... Bem, sempre teve uma polêmica envolvendo essa música, que por si só é um grande enigma – disse Nickollaus – Para começar, pelo fato de não ser um Hotel ao que ela se refere realmente, digo... Está na cara que o autor estava usando figura de linguagem, agora ao que realmente se refere é um mistério... Tem quem diga que se refere ao inferno, ou a morte... Mas não sei, seria óbvio demais, mas que droga... Nunca fui muito bom com charadas... – o rapaz bufara desanimado, alisando a bainha da espada.

_ Algum de vocês pensou em outra coisa? – disse Tiago encarando Dominique e Eduard que permaneciam em silêncio. Ambos pareciam quebrar a cabeça para tentar resolver aquele problema.

Scorpio também procurava responder o enigma, seus pensamentos corriam pelas lembranças das revistas de Rock que havia lido há muito tempo, ele sabia do enigma do Hotel Califórnia e sabia que também já havia lido a resposta, bastava lembrar dela. Fora então que ela surgira em sua mente, com um forte estalo. Claro, era bem simples, bastava que os rapazes analisassem a letra com clareza e talvez descobrissem.

Tiago caminhara até a beirada do rochedo, encarando o pântano e o nevoeiro com um olhar desanimado tentando buscar algo que lhe desse a luz para a resposta antes que a areia acabasse. Afinal, o que aconteceria se não respondesse ou conseguissem concluir aquela prova? Certamente teriam outra, e essa poderia ser mais fácil que aquela, ou pior até, mesmo que parecesse impossível.

O que a musica se referia, o Hotel, seus hospedes, qual era a resposta para aquele enigma? Ele fechara as mãos com força. Sentia vontade de acabar com aquelas esfinges de vez, ele podia sentir o riso debochado delas para os campeões.

Talvez não fosse exatamente a morte em si, talvez fosse um Hotel assombrado, os hospedes fossem fantasmas, seria isso? Não, fácil demais e óbvio demais, tanto quanto as duas que Karkaroff falara há pouco. ‘Pense, vamos’, dizia o ruivo a si mesmo. Não é o inferno, eles fizeram uma referência a isso, não pode ser a morte mesmo que eles tenham dito que não se podia sair. Não havia resposta, não, ele não conseguia encontrar uma resposta que parecesse mais certa que as outras, todas pareciam corretas. Ele estava ao ponto de gritar, tamanho era o ódio que sentia naquele momento das esfinges e de si mesmo por não ter a resposta.

_ Ei, Potter... – ele olhara para trás, vendo seus colegas de Torneio, todos eles pareciam cansados e exaustos, além de estarem muito sujos, e fora nesse momento que ele soube que não podia desistir, não depois de terem chegado tão longe.

_ Eu estou bem – disse Tiago seriamente.

_ Oh, claro... Sabe, eu cheguei a imaginar que você estava ao ponto de explodir por não ter a resposta – disse Eduard ironicamente.

_ Calado, Zabini – disse Dominique com raiva, ameaçando o sonserino com a varinha.

_ Temos que encontrar a resposta, não podemos deixar o tempo acabar sem termos concluído essa prova, não depois de termos chegado até aqui – disse Nickollaus mexendo novamente com sua espada na cintura, dessa vez brincando de tirá-la algumas vezes, dava para ver que estava inquieto, talvez pela preocupação que tinha naquele momento por ter Raven naquela situação.

_ Por que você trouxe a espada, afinal? – disse Tiago, encarando a arma medieval.

_ Eu sabia que enfrentaríamos criaturas poderosas, e foi dito no baile que poderíamos levar algum outro objeto de poder além da nossa varinha – disse Nickollaus surpreso ainda com a pergunta do ruivo – Escolhi a espada, pois ela tem poderes mágicos especiais, libera raios muito parecidos com os de uma tempestade, além de ter uma lamina incrivelmente afiada...

_ Espera um pouco, tinha me esquecido que podíamos trazer coisas – disse Tiago colocando as mãos no bolso e sentindo ali as esferas com o gás do sono que Fred lhe dera momentos antes da prova se iniciar.

Fred sorrira, é exatamente a isso que Frank se referia que Tiago encontraria um jeito para resolver os problemas. O próprio moreno se esquecera que entregara as esferas para o primo antes da prova, mas agora as imagens vinham a sua mente.

Flashback on:

_ Que são essas coisas? – disse Tiago, curioso.

_ São minha mais nova invenção, bolas com gás do sono – disse Fred e Tiago ficou um tanto admirado, pois seu primo não havia lhe contado sobre aquele invento – foram criadas com um líquido explosivo que tinha desenvolvido algum tempo atrás com os esporos de cogumelos atordoantes que temos em Hogwarts, lembrasse daqueles em que trabalhamos antes de vir para a França? – o ruivo franzira as sobrancelhas tentando se lembrar, quando teve a lembrança das estufas da sua escola onde eles cuidaram daquela grande planta, onde em meio à aula do professor Longbottom eles haviam sido selecionados para a viagem a Beauxbatons para assistir o Torneio. Fora ali que começara tudo, se pudesse ter pedido para ficar em Hogwarts talvez as coisas fossem diferentes.

_ Lembrei – disse Tiago - mas então, como essa coisa pode me ajudar nessa prova do torneio? – Fred sorriu, enquanto retirava uma das pequenas esferas e a trazia a frente dos olhos do primo começando a explicação.

_ Caso você tenha dificuldades para descobrir o enigma, use uma delas contra a esfinge e então, você terá posto fim na prova – disse Fred sabiamente – entendeu o que quis dizer?

_ Claro, a Esfinge vai para o mundo dos sonhos – disse Tiago sorrindo marotamente – brilhante, realmente brilhante – Fred fez uma pequena reverência em agradecimento.

_ Agora pegue algumas, e as coloque no bolso – disse Fred e o ruivo o fizera.

Flashback off

Fora naquele momento que Tiago percebera o que deveriam fazer, ele finalmente tinha um plano para concluir aquela tarefa.

 – Vocês trouxeram o que? – disse Tiago tentando não demonstrar que estava animado.

_ Eu perdi o que trouxe quando o barco afundou – disse Eduard e Dominique lançou um aceno de cabeça, confirmando que havia acontecido o mesmo com ela – Mas afinal, o que isso tem haver Potter?

_ Tem haver, Zabini, que eu tive uma ideia – disse Tiago sorrindo marotamente e tomando a frente, caminhando até próximo das esfinges novamente e chamando a atenção dela.

Rose fizera uma cara de derrota e de inconformada assim como muitos ali, eles sabiam muito bem como eram as idéias de Tiago.  No entanto, não havia nada que pudessem fazer para impedir dessa vez.

A esfinge negra encarara os quatro campeões com o mesmo olhar de superioridade que eles haviam se acostumado. Ele focou seus olhos em Tiago de um modo profundo, afinal o ruivo lhe encarava de um modo intenso mais do que os outros.

_ E a resposta ao enigma é? – disse a Esfinge aos campeões.


_ Não fazemos a mínima idéia – disse Tiago e todos o olharam surpresos.


_ Garotas – disse a esfinge e as outras três saíram das sombras – jantar...


_ Obrigado, Potter – disse uma voz atrás dele – Condenou todos nós...

Os quatro saíram correndo enquanto as esfinges avançavam em direção a eles, fora então que o ruivo se virara para elas, retirando das vestes do short que usava as bolas com gás do sono, arremessando muitas de uma só vez contra as criaturas mágicas. Ao atingirem o chão, as pequenas esferas explodiram em um denso nevoeiro amarelo. As criaturas pararam, começaram a tossir, mas aquilo parecia ter apenas deixado-as zonzas ao invés de colocá-las para dormir realmente.

_ Mas que merd... – disse Tiago, mas foi interrompido ao ver uma grande sombra saltar sobre ele aterrissando as suas costas, o ruivo se virara encarando a esfinge negra que rugia em fúria, salientando suas afiadas presas na direção do grifinório – Pode vir, coisa feia, eu não tenho medo de caretas, seu gato supernutrido – ele sorrira arrogantemente com um olhar ameaçador, enquanto retirava das vestes a varinha e apontava em direção a esfinge de quase três metros, e que naquele momento estava em uma posição que podia indicar que atacaria em breve quando menos se esperasse.

O estádio se mantinha em silencio, ninguém esperava que a prova fosse tomar rumos como aquele. Scorpio abafara o riso, odiava admitir, mas estava começando a se afeiçoar ao irmão de seu melhor amigo, o idiota do Tiago Potter.

Os outros três campeões corriam para longe da cena, quando Dominique voltara as costas para o primo, que havia ficado para trás, e percebeu que ele estava com problemas, também percebeu que o caminho estava livre por conta das  outras três esfinges estarem zonzas, podiam chegar as ampulhetas desse modo e resgatar os reféns. Tanto Eduard quanto Nickollaus haviam parado de correr no mesmo momento que a ruiva, e agora viam aquilo, e sem dizer nada sabiam exatamente o que deveriam fazer.

_ Funcionou muito bem, não acha? – disse Frank num sussurro para Fred, se referindo as bombas de fumaça ao que o moreno respondera.

_ Poderia ter sido melhor – disse Fred se repreendendo a si mesmo pela sua falha do objeto, mas seus olhos se focaram em Dominique que surgira no telão.

Eduard e Dominique correram em direção as ampulhetas, enquanto Nickollaus correu em direção a Tiago para ajudá-lo com a esfinge negra. Começara então o real desafio, Tiago e Nickollaus lançavam feitiços contra a fera tentando atrasá-la e distrair sua atenção dos outros dois campeões que estavam tentando libertar os reféns. Aos poucos as outras três esfinges pareciam voltar ao normal conforme a fumaça se dissipava pelo local, e correram para alcançar e dar apoio ao seu líder.

As ampulhetas possuiam cerca de três metros de altura e dois de largura, eram de madeira vermelha e vidro, como uma tradicional, e a areia se encontrava quase que por completo em seu fundo. Os quatro prisioneiros estavam apenas com a cabeça de fora naquele momento, Dominique tentava ver alguma falha na estrutura, o vidro parecia resistente demais, ela olhava para o rosto de Louis do lado de dentro e para a areia que escorria por seus cabelos e se sentiu uma grande inútil por não saber o que fazer.

Eduard encarava a garota que estava ao lado da ampulheta do irmão, estática, e isso de certa forma tocou o Sonserino. O moreno se aproximou da ruiva e tocou seu ombro, que o encarou confusa. Ele fez um sinal com a cabeça para que se afastasse e logo que fez isso o rapaz retirou a varinha das vestes e apontou para a ampulheta.

_ Bombarda – disse Eduard e o feitiço bateu no vidro da ampulheta fazendo com que seu vidro rachasse um pouco.

_ Você poderia tê-lo atingido, idiota – disse Dominique nervosa, enquanto corria em direção ao vidro o quebrando e puxando seu irmão para fora, a areia começara a vazar e continuava a escorrer pela ampulheta quebrada se espalhando pelo altar de pedra.

_ De nada para você também, ruiva. Deveria aprender a ser um pouco grata – disse Eduard sorrindo arrogantemente.

A esfinge negra fora jogada com um feitiço contra a parede rochas, se recompondo em seguida e lançando um olhar ameaçador para Tiago, que sorria cinicamente para ela, a chamando novamente para a luta. A fera olhara em direção às ampulhetas e notara que os outros dois campeões estavam ali, ela rugira para suas companheiras, que entenderam a ordem e seguiram em direção a Eduard e Dominique. Duas das esfinges deixaram de cercar e tentar atacar Nickollaus, que usava o feitiço escudo contra as criaturas.

Eduard apontara novamente a varinha, dessa vez para a ampulheta onde se encontrava Narcisa inconsciente, ele murmurara o feitiço e o vidro se rachara. Dominique quebrara o vidro e já estava retirando a loira quando escutou um rugido, e então percebeu duas das esfinges vindo em sua direção. Ele apontara a varinha para fera e tentara lançar alguns feitiços estuporantes de que facilmente a esfinge desviara com seus movimentos felinos. Engolindo em seco, o sonserino correra, tentando fugir do seu adversário.

Dominique pode ouvir o som dos passos da outra esfinge, que se aproximava. A ruiva fora esperta e conseguiu se esconder por de trás das ampulhetas, permanecendo ali parada esperando para poder atacar a criatura quando ela se aproximasse.

_ Incendio – disse Tiago, fazendo um jato de fogo ser lançado contra a esfinge que desviara facilmente, mas o local onde o feitiço atingira agora se encontrava uma grande labareda ardente, ele repetira o feitiço novamente e acontecera a mesma coisa – Mas que droga, vamos lá Potter, você consegue... – o ruivo falava consigo mesmo, pensando numa forma de se livrar daquela fera, ele tentara muitos feitiços até agora – Estupefaça – o feitiço passara rente à juba da criatura, a esfinge soltara um rugido muito semelhante a uma gargalhada e tornara a avançar, batendo de frente com um escudo que o grifinório conjurara.

_ Estás a me cansar-te com vossos jogos – disse a esfinge negra num rosnado, tornando a avançar contra Tiago que desviara novamente da investida – Não devias ser assim, sabes que podias ter sido diferente.

_ É, mas onde estaria a graça? – disse Tiago, rindo – Quantas vezes temos a chance de brincarmos com tapete de leão de mais de mil anos? – a criatura rugira com a afronta.

Eduard corria apressadamente, lançando feitiços por sobre o ombro, não conseguindo atingir em momento algum a esfinge que se aproximava muito rápido aos saltos. Fora então que o moreno entrara em uma pequena fissura entre as rochas, o suficientemente grande para que ele coubesse e a criatura ficasse do lado de fora. A esfinge tentava alcançá-lo com as patas e suas garras afiadas começavam a arranhar seu rosto, o que fez o garoto se espremer mais contra a parede para não ser atingido.

Nickollaus estava a poucos centímetros da esfinge, que o encarava e ainda saltava contra ele batendo contra o feitiço escudo que ele mantinha, fora quando a criatura caíra longe e ele aproveitara para atacar finalmente, depois de tanto tempo apenas se defendendo.  Ele apontara sua varinha, pronto para lançar um feitiço. Quando estava muito próximo foi surpreendido pelo salto da criatura, que lhe arranhara o braço com suas garras, causando cortes profundos, e lhe fez lançar um grito de dor, a esfinge se aproveitara da situação e com um movimento rápido conseguira fazer com que o jovem campeão ficasse desarmado. A varinha de Karkaroff caíra longe, deslizando livremente pelo chão de pedra cinzenta. Ele tentara correr, mas o felino fora mais veloz, saltando sobre suas pernas e o derrubando com um grande e estrondoso baque no chão, ele sentira o momento em que os dentes da criatura prenderam em sua perna e começaram a arrastá-lo em direção ao precipício.

Dominique espiava com seus belos olhos azuis se a criatura ainda se mantinha ali, continuava escondida atrás das ampulhetas, oculta pelos grandes objetos. Através do vidro da que guardava Raven, ela pode ver quase que claramente a área ao redor do altar, estava livre, sem qualquer sinal da esfinge. Então foi surpreendida quando sentiu uma respiração pesada próxima a ela, pelo canto dos olhos então notara um par de olhos amarelos com fendas negras a encarando, e pontiagudos dentes à mostra.

Engolindo em seco, a ruiva movera lentamente a mão em direção à varinha, no exato momento em que as pupilas amarelas da fera seguiam cada movimento seu, e eriçava os pêlos das costas preparando o bote que se aproximava. Quando a esfinge saltara sobre a garota, ela com um gesto rápido estuporara o animal de um jato muito poderoso que arremessara seu alvo por vários metros. A esfinge caíra sobre as quatro patas, e rugira ameaçadora enquanto corria em direção à garota que tentava acertá-la novamente, fora quando felino saltara sobre si, o corpo da garota de Beauxbatons se chocara contra uma das ampulhetas atrás dela, e ela sentira o espatifar do objeto contra o chão, assim como uma dor eminente quando caíra sobre os estilhaços. Ela se erguera do chão com dificuldade, procurando ao redor a fera egípcia, mas não havia sinal dela, uma de suas mãos segurava fortemente a varinha, mas mesmo assim limpava com o punho um fino corte que surgira em seu queixo, enquanto a outra explorava seu corpo até encontrar o que lhe causava dor, em sua perna esquerda havia um grande fragmento de vidro preso muito próximo de seu joelho, assim que o tocara sentira um imenso sentimento de tortura, mas seus dedos finos se envolveram em volta do fragmento e ela lentamente começou removê-lo fazendo ainda mais sangue escorrer pela ferida.

Fred encarara preocupado o corte na perna da garota, tanto que se levantara sem perceber assim que o corte fora mostrado pelo telão, agora estava ali querendo estar ali para cuidar dela.

_ Droga, eu odeio sangue – disse Dominique, encarando o fragmento de vidro agora em mãos, sendo que ambos estavam manchados de escarlate. O fragmento era de um tamanho muito significativo, quase que como uma faca – Pelo menos... Você está bem – ela encarara aos seus pés uma Raven Sketter inconsciente, a ruiva sorrira mas não por muito tempo, pois o sorriso se desfez assim que ela viu a esfinge no topo da ampulheta que restava, a de Alvo.

_ Surpresa, querida? – disse a esfinge ironicamente.

_ Para dizer a verdade... Não – disse Dominique, arrogante – Venha, vamos ver se gatos tem mesmo sete vidas – ela erguera a varinha, ficando em posição de duelo, enquanto sua mão enxugava o suor de sua face, mas a manchava de sangue.

Fred sorria, era naquele momento que ele sabia exatamente porque se apaixonara por Dominique, ela era uma garota incrível e a única naqueles últimos tempos que parecia ser a certa para ele.

Nickollaus ainda estava sendo arrastado pela fera, ele podia sentir a imensa perda de sangue. À medida que o caminho que seguia em direção ao precipício, sua visão estava ficando turva, poderia desmaiar a qualquer segundo. Fora então que vira, a alguns metros sua frente, próximo de onde Dominique agora lutava contra uma esfinge, Raven caída, e ele então percebera o real motivo de tudo aquilo. Ele tinha que salvá-la, algo se acendera dentro dele, o fazendo chutar com a perna livre a esfinge, vários pisões fortes que só fazia com que a fera o mordesse mais intensamente, ele urrava de dor, enquanto deslizava pelos rochedos. Fora nesse momento que por coincidência do destino, ele passara próximo do lugar onde deixara cair sua espada, ofegante e suando frio, ele levara a mão tremula até a arma tentando agarrá-la, mas seus dedos pareciam nunca chegar ao cabo, fora então que ocorrera, ele conseguira finalmente puxar a sua lâmina para si.

Um sorriso cruel surgira nos lábios do campeão de Durmstrang, enquanto ele continuava a chutar a fera, dessa vez mais forte que nunca, o que fez a esfinge largá-lo por alguns segundos, o que foi tempo suficiente para que ele conseguisse tentar ficar em pé novamente, o que era muito difícil pelo estado em que sua perna se encontrava, ele agora usava a espada como uma espécie de bengala, e se encontrava respirando rapidamente. A esfinge começara a rodeá-lo, como se o analisasse, podia ver o quanto sua presa estava cansada e aflita, não resistiria por muito tempo mesmo que tentasse. Foi então que Nickollaus caíra no chão, com um grande estrondo, tempo suficiente para que a esfinge se aproximasse dele lentamente, o farejando, sentindo o cheiro de seu corpo e tentando escutar sua respiração. Ela então com a cabeça o virara de frente, agora encarando seu rosto, pálido e morto, olhos fechados e boca entreaberta. Inesperadamente os olhos do campeão se abriram e com um movimento rápido o rapaz a decapitara, fazendo a cabeça voar nos ares enquanto o corpo tombava ao seu lado.

O estádio vibrou, principalmente o pessoal de Dursmtrang enquanto muitos começaram a entoar o nome de Nickollaus Karkaroff aos berros e os sons de tambores podiam ser escutados vindos do mar vermelho, que era os estudantes da escola Búlgara com suas vestes de gala.

_ Essa foi muito radical – disse Frank de boca aberta.

_ Nem me fale – disse Scorpio – Me tornei fã do cara depois disso.

Eduard se desesperava à medida que a fera conseguia se espremer por entre a fissura nas rochas, suas patas e cabeça com dificuldade conseguiram passar pela abertura e agora tentavam alcançá-lo. Os dentes pontiagudos da esfinge estavam bem próximos, se aproximando perigosamente do rosto de Eduard.  O seu coração disparava, seus olhos com aspecto que transpassava seu medo, encaravam os cantos sem saída daquele lugar, sua respiração pesava cada vez mais que os dentes se aproximavam dele, ele tinha que fazer algo rápido, não queria morrer daquela forma, não em um Torneio idiota como aquele. O sonserino então pegara a varinha, e fincara no olho direito da fera, com toda a raiva que sentia, ele ia aprofundando a ponta, quase que como um punhal, ele fincava várias vezes até que por fim usara um feitiço que iluminara todo o corpo da criatura interiormente, um brilho vermelho, à medida que o calor aumentava cada vez mais, a fera queimava de dentro para fora, isso Zabini podia sentir, logo o inevitável aconteceu, ele removera a varinha do interior da fissura do olho da fera no exato momento em que ela explodia em cinzas.

Dessa vez não houve comemoração do estádio, havia sido um grande choque para todos aquela atitude do jovem sonserino. Minerva McGonagall encarara com seriedade o que um dos campeões de sua escola havia feito.

Com os olhos estalados, ainda espantado com o que fora capaz de fazer, o rapaz sem perceber se arrastara para fora da fissura entre as duas rochas finalmente encarando o lado de fora e percebendo o caos que estava ali. Ele encarara a si próprio todo sujo do que parecia fuligem, assim como sua varinha manchada de sangue. Ele encarara por alguns segundos o antebraço esquerdo, e pode ver ali a marca negra visível e queimando para então desaparecer.

Dominique mal conseguia ficar de pé, ela podia ver o sangue manchando os degraus do andar à medida que batalhava contra a esfinge. Vários feitiços ela lançava contra a fera, feitiços que não atingiam a criatura, ou então não tinham muito efeito quando atingia, pois estava já muito fraca para isso, fora então que acontecera. A ruiva caminhava para trás, tentando sair de perto da criatura, então ocorrera, com um passo em falso no degrau, a garota caíra, rolando a pequena escadaria. Ela sentira sua perna doendo, e o momento exato em que a varinha se perdera em meio a areia que cobria o piso, fora então que ela pode escutar o rugido muito semelhante a uma gargalhada se aproximando. A Weasley teve tempo suficiente para se virar e sentir as garras da fera entrarem em seu abdômen, o que a fez soltar um grito de dor, enquanto encarava a face da criatura que sorria diabolicamente com seu par de olhos amarelos. Ela pode sentir sangue quente escorrendo sobre sua barriga enquanto sentia uma grande fraqueza a atingir e uma dificuldade imensa de respirar.

_ DOMINIQUE – disse Fred em um grito, enquanto encarava o telão aflito o rapaz podia sentir a mesma dor que a garota sentia naquele momento, no entanto tentava transmitir a ela um sentimento que a protegesse, que passasse uma força para que ela resistisse e sabia que ela sentiria isso.

_ Então, criança, pronta para se render? – disse a esfinge a Dominique que parara de se debater no chão e tentar remover as patas que cada vez mais entravam.

_ A-ainda... p-p-pergunta? – disse Dominique fracamente, enquanto a esfinge se aproximava, a ruiva então retirara o fragmento de vidro que momentos atrás a perfurara e com ele golpeara a garganta da criatura, que a encarara surpresa enquanto a ruiva a removia de sobre si – Eu... sou... uma...Weasley... n-nós... n-nunca...  n-nós... n-nunca... n-n-nos rendemos – A ruiva apagara então, cerrando os olhos, e deixando os cabelos caírem sobre sua face cansada, a última coisa que vira fora Eduard parado próximo a ela ajoelhado, mas por alguns segundos teve a estranha imagem de que não fosse ele, e sim Fred ali ao seu lado.

Os Weasleys vibraram com as palavras da ruiva, enquanto Fred caia abatido no seu lugar, sorrindo levemente com aquilo e ele pode sentir seus olhos marejando de alivio por ver que no final a garota estava bem. Os estudantes de Beauxbatons vibravam também. Por enquanto pelo menos já que ela estava muito ferida, e aquilo tornara a preocupá-lo queria estar lá, mas não estava e novamente se amaldiçoava mesmo que não pudesse fazer nada, e era isso que mais odiava ser incapaz de fazer algo.

Eduard erguera a garota nos braços, sentindo seu corpo mole e frio, ele a carregara até próximo de onde Nickollaus estava caído e a depositara próximo ao campeão de Dumstrang. Ele fazia isso com calma, não parecia chocado com o que via, ou com o estado em que eles se encontravam. Para falar a verdade, não parecia chocado com coisa alguma, sua expressão era completamente neutra. Seus olhos então se focaram em Tiago que a poucos metros ainda enfrentava a esfinge negra, parecendo cansado.

_ Maldito Torneio, meus irmãos não mereciam passar por isso – disse Lily mais para si mesma do que para os outros, mas alguém ao seu lado acabara por ouvi-la e agarrara sua mão fortemente.

A garota encarara ao seu lado, para encontrar um par de olhos azuis celestes a encarando com carinho, o que fez por alguns segundos seu coração disparar. Mesmo tendo o maltratado aquela manhã, parecia que Lysander não se afetara com suas palavras, e estava ali ao seu lado para lhe dá apoio.

_ Não se preocupe, tudo acabará bem... Seus irmãos são fortes, vão sair dessa – disse Lysander sorrindo docemente, ao que a ruiva sorrira mesmo que tentasse reprimir o ato.

Tiago encarava a fera apoiado-se numa rocha, seu adversário assim como o próprio ruivo, parecia imensamente cansado. Seu corpo estava doendo, ele sentia os vários cortes que ganhara em seu corpo. A fera caminhava ao seu redor, fazendo o movimento tão bem conhecido por ele que dizia que a qualquer momento iria receber uma investida novamente. Fora então que para sua surpresa ouvira banidos de feitiços, e jatos luminosos vindos de uma direção oposta a sua.

Eduard Zabini corria em direção a eles, mas mesmo assim a esfinge negra parecia não se abalar com os feitiços, isso só servira para que ela antecipasse seu ataque a Tiago, o que fez o ruivo pensar que a criatura nem sequer soubesse de onde estavam vindo os ataques. Fora então que com um impulso o sonserino saltara sobre a fera, envolvendo seu pescoço com os braços o que fez a esfinge soltar um rugido irritado pela tentativa do campeão de tentar estrangulá-lo sem sucesso.

_ SUA VARINHA, POTTER, USE SUA VARINHA – disse Eduard em meio a gritos, o que fez o ruivo erguer a varinha e apontá-la em direção a esfinge com dificuldade, pois seu alvo se movia rapidamente, não poderia lançar um feitiço ameaçando acertar o sonserino.

Pela mente de Tiago surgiu um pensamento horrível, que talvez tivesse a sorte de matá-los ao mesmo tempo. Não seria acusado, seria um acidente de Torneio, como tantos outros que causaram a morte de campeões. Seus dedos se prenderam firmemente ao redor da varinha, enquanto seu maxilar trincava, “vamos lá Potter, é fácil, você pode fazer isso...” ele escutava sua própria voz dentro dele, mas não era como se fosse ele falando, era outra pessoa, outro Tiago Potter que ele não queria ser. Eduard Zabini lhe tirara o amor, conquistara Narcisa no final, era mais que justo se vingar dele por conta daquilo, mas não era o certo e sabia disso, mas o que importava afinal? Ele já tentara matar Zabini uma vez, e sabia exatamente que se arrependeria depois. Não, ele era melhor que isso, não era um assassino, não teria coragem para fazer isso.

Fora então que o ruivo abaixara a varinha, no exato momento em que a esfinge lançava Zabini contra ele, jogando os dois campeões contra as rochas. Tiago sentira o momento em que suas costas se chocaram contra a grande parede cinza, assim como o choque que fora o corpo do sonserino sobre o seu.

_ Você tem merda de hipogrifo na cabeça, Potter? – disse Eduard irritado em meio a um sussurro, enquanto erguia-se lentamente do chão – Nós o tínhamos no papo – mas o ruivo não tivera tempo para responder, pois a fera avançara sobre o local onde se encontravam, Eduard fora rápido o bastante para correr para longe, mas Tiago agora se encontrava por debaixo da criatura.

Tiago tentara segurar as patas da esfinge longe de si, mas a força da mesma era muito grande, assim como seu peso que sobre o seu corpo parecia que esmagava seus ossos facilmente o que ele não duvidava que poderia ser verdade. Ela rugia à medida que ambos se arrastavam no chão, enquanto o rapaz tentava se esquivar da investida de várias mordidas em seu rosto, era quase impossível manter aquele monstro longe de si. Ele pode ver Eduard correr na direção de Nickollaus e Dominique, que estavam bem longe de onde a esfinge negra se encontrava com o ruivo tentando derrotá-la.

_ Ótimo Potter, você acaba de poupar a vida de um covarde – disse Tiago para si mesmo, mas não por muito tempo, pois pelo canto dos olhos pode ver Zabini retornando correndo, mas trazia algo consigo que ele não sabia ao certo o que podia ser, pois ainda continuava rodando com a esfinge pelo chão, fora quando o ruivo conseguira se livrar do felino com uma joelhada entre as costelas, e um arremesso contra as rochas.

Rapidamente a esfinge se levantara e agora corria contra Tiago velozmente, fora nesse momento que o ruivo notara que estava sem sua varinha. Ele olhara para o colega de escola com um rosto que pedia que ele fizesse algo, como se atendendo seu pedido o sonserino arremessara o que trazia consigo no ar e brandira palavras em direção ao grifinório.

_ Ei Potter, pensa rápido – disse Eduard enquanto Tiago se lançava para agarrar o objeto, que agora ele identificara como a espada de Karkaroff.

Depois disso, tudo fora muito rápido, a esfinge negra se lançara sobre ele no exato momento em que Tiago erguia a espada e a fincava contra o tórax da criatura, transpassando o corpo que tombara sobre o dele no exato momento morto. Tiago ofegante empurrava o animal para longe, respirando rapidamente ele. Então encarara Zabini ao seu lado, o moreno lhe estendia a mão para ajudá-lo a se erguer, e mesmo que achasse que não deveria, o grifinório acabou por aceitar.

_ Venha, você tem que libertar seu irmão – disse Eduard e o rapaz então percebera que a única das ampulhetas ainda inteiras era de Alvo, e que esta se encontrava com a areia totalmente na parte inferior do vidro, cobrindo por completo o refém.

Tiago correra o máximo que podia devido ao cansaço, quando chegara próximo o suficiente usara a espada de Nickollaus para partir o vidro, que se espatifara e a areia começou a correr pela fissura que ele fora aumentando. Até que ele puxara para fora da prisão de vidro seu irmão, ainda inconsciente. Ele agora o pegava no colo e descia o altar. Fora então que uma grande corneta soara, dando por encerrada a prova.


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Notas finais do capítulo

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