Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 33
Felix Felicis


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo para vocês, acho que vão gostar desse.



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Chloe parecia estática enquanto via o copo agora vazio em suas mãos, acabara de beber algo que lhe daria sorte caso fosse falar com Lorcan, mas será que seria capaz dela mesmo encontrar coragem para deixar as palavras que queria dizer a ele para sair? Ela começara a tremer, enquanto Lily sorria vitoriosa e orgulhosa de si mesma pela grande idéia que tivera.
A cena era todas as garotas encarando Lily, ainda não acreditando na ousadia que a garota tivera. O vidro de Felix Felicis se encontrava em sua mão, com um pouco da poção faltando. Chloe ainda permanecia sem dar a devida resposta para a amiga, era muita coisa para se pensar, parecia facil para a ruiva dizer para a grifinória chegar em Lorcan e dizer que gostava dele, palavras eram fáceis, mas as atitudes seriam difíceis de tomar.
Rose se levantara, e caminhara até Lily, podia se ver uma face corada em fúria e um olhar realmente raivoso que muitas vezes as garotas viram ser dirigido a Scorpio Malfoy e outros que desafiassem ou confrontassem a ruiva, mas a primeira vez que era dirigida a uma delas.

_ Como pode fazer isso Lily? – disse Rose, nervosa – Você não tem noção garota da gravidade que fez?
_ Ah, qual é Rose, não foi tão grave, é apenas Felix Felicis – disse Lily, jogando as mãos para cima e as colocando atrás da cabeça – Eu não daria algo ruim para minha amiga, e isso é apenas para mostrar que eu sou boazinha e quero ver os dois juntos.

_ Ela não precisa de sorte para ter o homem que quer – disse Rose – E isso seria injusto com os dois...

_ Para alguém tão inteligente, Rose, às vezes você é burra – disse Lily – A poção traz sorte, não amor... É apenas um incentivo para os dois ficarem juntos, sabe? Ela ter coragem de se declarar a ele. Porque, fala sério, se formos depender desses garotos, todas nos vamos acabar solteiras...
_ Eu sei o que quer dizer com isso – disse Alice com a voz cansada, e revirando os olhos pensando em Alvo e todas as chances que ele desperdiçara dos dois ficarem juntos.

_ Eu também, ninguém nunca disse, mas fui eu a dar o primeiro passo para meu namoro com Wagner – disse Roxanne – E nunca me arrependi daquilo, para dizer a verdade, foi uma das coisas mais certas que eu fiz em toda a minha vida.

_ Não dê trela para as ideias da Lily, por Merlin, Roxanne não a apoie com algo desse tipo – disse Rose mais que nervosa – Nem você Dominique, permaneça calada.
_ Ei, eu não ia dizer nada – disse Dominique – Apenas que não era para a poção ser usada para esses fins Lily...
_ Foi você que deu a poção para a Lily? – disse Rose, surpresa – Como pode fazer isso?
_ Olha, antes que também me acuse de ser culpada, vamos a algumas explicações. Primeiro, a poção era minha e eu decido o que fazer com ela – disse Dominique, seriamente – Segundo, eu não tenho dons premonitórios, então não venha me dizer que sabia que algo desse tipo poderia acontecer, e terceiro, estou do seu lado, beleza?
_ Dá para todas vocês pararem de discutir – disse Raven, andando até a irmã e se sentando a seu lado – Vão é preciso tanto, e vocês só estão piorando as coisas falando desse modo. Você não precisa fazer isso se não quiser, ninguém vai obrigá-la a chegar no Lorcan e contar, podemos esperar aqui até o efeito da poção passar, não precisa se sentir pressionada a nada.

_ Raven, eu vou... – disse Chloe, olhando nos olhos da irmã – Desculpe, mas eu tenho que ir, algo dentro de mim me manda fazer isso, talvez, não sei...

_ Ela está te pressionando, não precisa fazer – disse Raven.
_ Sou eu, não ela... – disse Chloe, se levantando e saindo do quarto.

Scorpio encarava alguns sons, vindos de algum dos quartos do corredor, abrira a porta e encarara as varias portas e concluiu o que já imaginava de quem era o tom da pessoa que estava ao ponto de quase berrar se fosse tirada mais do serio.
_ Rose – disse Scorpio para si num murmúrio e fechara a porta, retornando para seus amigos que estavam prestes a iniciar mais uma partida de Poker – Sua prima está sendo carinhosa, Al – seu tom soara no puro e melhor sarcasmo - Alguma das meninas deve ter feito algo que a irritou, e muito...
_ Não deve ser grande coisa – disse Alvo, distribuindo as cartas – A última partida da noite, aí vamos dormir, todos concordam com isso?
_ Tudo bem para mim – disse Lysander, dando de ombros – E vocês?
_ Mesmo que adore ganhar de vocês, estou com sono também – disse Scorpio.
_ Galera, não sei o que há de errado comigo, mas parece que esqueci alguma coisa – disse Lorcan com um olhar estranho, quando de repente seus olhos se estalaram e ele deu um salto da cadeira fazendo ela cair de encontro ao chão num sonoro ruído  – Espere, onde está Andy Jr.?

_ Não está em seus bolsos? – disse Alvo.

_ Pijamas não tem bolsos, Al – disse Scorpio e o moreno lhe mostrara a língua, fazendo o loiro rir em deboche.

_ Estou falando dos bolsos do casaco que ele estava usando – disse Alvo, com o tom de algo muito obvio – Não está lá? – Lorcan já estava revirando a roupa que acabara de tirar a momentos atrás, mas o sapo não estava lá.

_ Olhe, ele estava nesse bolso e ele está com um buraco – disse Lorcan, assustado.
_ Acalme-se, vamos procurar ele – disse Lysander, colocando a mão sobre o ombro do irmão.

Um silêncio começara a reinar entre as garotas, os olhares novamente se dirigiam a Lily que se jogara em sua cama e encarou o teto, sem ligar para todas as garotas que ainda a questionavam por sua atitude.  Fora quando o clima tenso que se arrastou pelos quase dois minutos fora quebrado por Alice.

_ Onde conseguiu a poção? – disse Alice para Dominique – Ou foi você que preparou?

_ Eu? Nunca que conseguira fazer algo desse nível, sou boa em poções, mas não é para tanto – disse Dominique – Era da minha tia, ela estava usando em mim durante esse tempo, foi desse modo que consegui ser a campeã de Beauxbatons, ela me deu aquilo na noite que coloquei meu nome no Cálice, e repetiu isso na noite que foram revelados os campeões,  e pingou algumas gotas no dia da primeira prova...

_ E você conta isso tudo como se fosse normal? – disse Alice, surpresa – Se alguém ouvir, você pode ser desclassificada...

_ É, eu sei... Por isso resolvi me livrar, dando para a Lily, esperando que ela fizesse bom uso – disse Dominique, arrependida.

_ Oh, claro, grande uso – disse Rose, sarcástica.

_ Não foi uma atitude tão ruim assim, Weasley – disse Raven – Ela poderia ter feito algo pior, como dar uma poção do amor para o rapaz fazendo-o se “apaixonar” pela minha irmã – Ela fizera aspas com os dedos quando falou a palavra apaixonar – Mas não fez...

_ Ela está com inveja porque eu escolhi a Chloe como privilegiada, e não ela ou o Scorpio, mas não se preocupe prima, ainda coloco vocês dois juntos – disse Lily, sorrindo marota, e Rose corou, fechando a cara em seguida.

_ Não se atreva – disse Rose e a outra ruiva rira – Estou falando sério, Lily...

_ Se acalme, talvez seja Alice e meu irmão os próximos – disse Lily, rindo feito criança – Eles estão precisando ainda mais que vocês, pode ter certeza disso...

_ Muito engraçado, Lily – disse Alice, bufando.

_ Isso foi traição Lily, não era justo o que você fez com ela – disse Rose, agora se sentando ao lado da prima na cama – Você praticamente a obrigou a ir falar com o Lorcan.

_ Obriguei nada – disse Lily, tornando a se deitar dessa vez abraçando o travesseiro.

No quarto dos rapazes, Lorcan olhava debaixo da cama em busca de seu tão querido animal de estimação, mas parecia simplesmente que o anfíbio tinha evaporado no espaço, os outros três também procuravam, mesmo que fosse quase que provável que o sapo não estivesse mais ali, ou mesmo tivesse ficado em outro lugar. O chão estava coberto de roupas que foram arrancadas do armário, malas de viagem reviradas, materiais de escola, como pergaminhos e tinteiros haviam sido revirados assim como a própria escrivaninha, até a coruja de Alvo havia tido sua gaiola revistada para se saber se havia algum sinal que pudesse indicar que o animal tivesse feito um lanche de Andy Jr. aquela noite. Lysander se jogara exausto numa poltrona, após se certificar que não havia nenhum pequeno animal verde ali, ele suspirara de cansaço e encarara os outros três, Alvo parecia tão cansado quanto ele, e Scorpio arrumava o quarto com feitiços que ele nunca sonhara que o rapaz soubesse. Lorcan então se sentara no chão do quarto e mantera as pernas juntas do corpo as abraçando, enquanto fazia a pior cara de tristeza que tanto Lysander odiava que aparecesse no rosto de seu gêmeo, e que fez os outros dois rapazes sentirem pena do amigo.
_ Andy... Andy Jr. – disse Lorcan com uma voz esbagaçada, agora não estava mais assustado ou com medo, mas sim triste por não encontrar seu sapo.
_ Temos que fazer alguma coisa – disse Lysander, com um tom preocupado.
_ O que? – disse Scorpio, questionador.
_ Encontrar o sapo? – disse Alvo com um tom de obvio na voz.
_ É vingança agora? – disse Scorpio, dando um tapa de brincadeira na cabeça do amigo – Mas sério, o que podemos fazer se não estamos encontrando o sapo? Espere, por que não arranjamos outro para ele?
_ Não, eu tenho Andy Jr. Desde meu primeiro ano – disse Lorcan firme, encarando os amigos – Nenhum outro pode substitui-lo, pois nenhum outro é como ele – Scorpio encarara Lysander que possuía um olhar de compaixão para com o irmão.
_ Vamos encontrá-lo para você – disse Lysander, andando até o irmão e colocando a mão em seu ombro.
_ Sabe o que estava pensando? – disse Alvo, e Scorpio fizera uma cara de espanto.
_ Você pensa? Meu Merlin, isso é um sinal do fim do mundo? – disse Scorpio, com um tom falso de surpresa e desespero.
_ Vai a merda Scorp, não é momento para brincadeiras bobas assim – disse Alvo, revirando os olhos – Passamos a tarde toda ensaiando, talvez esteja lá na sala de música.
_ É, pode ser que esteja lá – disse Lorcan sorrindo animadamente.

Chloe caminhava pelo trem tendo apenas a ponta da sua varinha para iluminar seu caminho, ainda se perguntava se teria coragem de fazer isso, ela sabia que estava confiante o bastante para falar com ele, mas estava um tanto receosa de bater na porta, os outros garotos estariam lá no quarto deles e não gostaria de dizer tudo que sentia por Lorcan na frente das pessoas, pelo menos, quando estaria se declarando para ele esperava que estivessem a sós. Ela suspirara ao se lembrar que não conseguira bater na porta, e por isso decidira dar uma volta pelo trem e aguardar até que os rapazes estivessem dormindo.
Tudo fazia sentido agora, sim, ela havia formulado um plano e este era muito claro, quando todos tivessem ido dormir ela entraria no quarto e iria até a cama de Lorcan e o acordaria assim revelando por meio de um discurso que ela ainda não havia feito, até que decidiu que falaria o que visse a sua cabeça na hora, era o melhor do que algo ensaiado, seria mais verdadeiro pelo menos.  Acabara por ser levada por seus pés, sem ao menos perceber a onde ia, para um vagão que a impedia de continuar a circular pelo trem, a única passagem era uma porta fechada, ela iluminou a pequena placa e pode ler os dizeres ‘Sala de Musica’ em uma letra inclinada gravada em no bronze.  Ela abrira a porta, e acendera as luzes da sala com um movimento de varinha, a sala era cheia de instrumentos musicais de diversos tipos, havia uma prateira onde se encontravam vários instrumentos de sopro, como flautas, trombones, saxofones, tudo devidamente lustrado capaz de refletir tanto a luz quanto o rosto das pessoas num perfeito espelho metálico, havia ainda um balcão com outros instrumentos, uma serie de suportes com baixos, violões e guitarras se estendiam numa verdadeira escadinha em uma das paredes da sala, havia ainda um pequeno palco, e sobre ela aquilo que a fizera passar bons momentos com Lorcan, a bateria.
 Lembrou-se das aulas que tivera com Lorcan, a primeira tentativa de Lily para aproximar ambos, funcionara, mas não do modo que a ruiva esperava que fosse, agora os dois eram amigos, para não dizer melhores amigos. Talvez, fora a própria Lily, fosse aquele garoto de olhos grandes e imensamente azuis o único que podia entendê-la em muitos momentos, se não o único. Podia não parecer, mas ela adorava conversar com ele, mesmo que na maioria das vezes fosse ele quem mais falasse, o simples som de sua voz já a acalmava e a fazia se sentir bem e segura, como se todo o tempo que passassem juntos fosse  seu refugio, como se o simples fato de estar com ele impedisse qualquer coisa ruim de acontecer, ou mesmo se acontecesse ela não se importaria.
Chloe se sentara no pequeno banco da bateria, deslizara seus finos e pequenos dedos pelos pratos que soltaram um leve trepidar e um som baixo e fino. Ela ficara ali vendo seu reflexo nos pratos, e sorrindo com as próprias lembranças de Lorcan, todas as vezes que o vira tocar, e as vezes que lhe lançara o sorriso infantil que ela tanto amava do palco. Podia parecer estranho para uma garota de a sua idade pensar em amor, mas ela sabia que o amava, não no início, pois tudo que houve no início fora um encantamento pelo jeito de como ele era, o seu jeito doce e um pouco infantil, o modo como tratava Sir Todd a havia chamado sua atenção, além é claro da sua beleza quase que angelical, e chamá-lo de anjo era a comparação mais que correta.
Ela começara com um par de baquetas que se encontrava ali perto, treinar algumas batidas e movimentos que o garoto ensinara, não se sentia segura ainda para tocar algo mais complicado que aquilo, mas com o tempo Lorcan disse que talvez ela superasse todas as suas expectativas. Fora quando sentira algo frio em seus pés descalços, era algo que se encontrava perto do pedal da precursão, era algo levemente pegajoso. Quando encostara a ponta dos dedos, o que quer que fosse produziu um leve som que ela identificou como um coaxar. Foi quando o que estava ali dera alguns saltos e se escondera atrás de uma das caixas de som do palco, quando iluminara com a varinha pode ver, era um sapo grande até para os padrões, de uma coloração verde musgo, e os olhos negros saltados que piscavam para ela quase como uma saudação, junto com alguns coaxos que soltava.  Chloe sorrira para ao vê-lo, como não reconhecer aquele que era um dos seus mais prestigiados modelos, ela adorava desenhá-lo, assim como Sir Todd.
_ O que faz aqui? – disse Chloe estendendo a mão para pegar Andy Jr. quando algo lhe cortou o movimento, e isso fora o som de uma porta se abrindo, seus olhos se dirigiram a porta e ela logo reconhecera a pessoa que estava ali, ela sabia que o encontraria mais cedo ou mais tarde, e ali estava ele.

Lorcan usava uma calça de moletom preta e uma camiseta cinza de mangas longas tudo escondido sobre um roupão verde escuro, seus cabelos estavam despenteados como se tivesse acabado de acordar, ele se surpreendera ao ver Chloe ali, isso era fato, mas logo abrira um sorriso que encantou imensamente a loirinha.

_ Boa Noite Chloe, não esperava encontrá-la aqui – disse Lorcan – O que faz fora da cama?

A garota suspirara e encarara o chão por alguns segundos, enquanto ele se aproximava do palco, e subia o degrau que os separava, sentando em um pequeno banco alto e encarando a Grifinória. Ela podia sentir seu olhar sobre ela, e confirmou isso quando voltou a encará-lo nos olhos, e que par de olhos eram aqueles, azuis celestes capazes de transmitir uma imensa paz a ela nas situações mais difíceis.

_ Eu... Bem, eu... – disse Chloe, tornando a encarar o chão – Eu... – seus olhos tornaram a subir, dessa vez focalizando o garoto por inteiro, parando novamente em seus olhos - Devia lhe f-fazer a mesma pergunta...

_ Vim buscar algo – disse Lorcan, e Chloe então pegara o sapo no chão e caminhara até o gêmeo.

_ Isto? – disse Chloe e o rapaz sorrira lançando um cumprimento de cabeça.

_ Exatamente, passamos a tarde toda ensaiando e devemos tê-lo esquecido aqui, quando soube vim aqui buscá-lo – disse Lorcan rindo enquanto tentava encontrar a melhor maneira de pegar o sapo, parecia querer ter cuidado no modo como o pegava por alguma razão.

_ Entendo, então como está sendo a noite com os rapazes? – disse Chloe, tentando puxar assunto.

_ Estamos jogando Poker, e Scorpio está ganhando, depois de eu vir aqui vamos dormir, já é tarde para ficarmos acordados, e amanhã tem aula – disse Lorcan – Mas fora isso está sendo legal, menos quando percebemos que havíamos esquecido ele. E você, como vai a noite das garotas com a Lily?

_ Boa... – disse Chloe e tornara a encarar o chão, como diria a ele, como? Felix Felicis havia lhe dado sorte para que ambos se encontrassem aquela noite, e agora dependia dela para falar o que precisava ser dito.

_ Aconteceu algo? – disse Lorcan arqueando a sobrancelha, confuso.

_ Sim, aconteceu, e tem acontecido já algum tempo – disse Chloe, suspirando.

_ Eu poderia te ajudar com alguma coisa? – disse Lorcan sendo gentil.

_Claro, por favor, me ouça – disse Chloe sentando a beira do palco e o mesmo fizera o rapaz se colocando ao lado dela – D-d-desde q-que... – ela dera uma pequena pausa, tentando juntar um pouco de coragem para continuar e tentar se manter calma – Desde que eu conheci... Uma pessoa, tenho tido sentimentos que... N-nunca esperei sentir, pelo menos não tão cedo... Não com onze anos, sou uma criança ainda, eu sei... As pessoas podem não levar a sério, podem dizer que é imaturidade minha, que eu não sei o que quero... Mas estão erradas – ela soltara e se surpreendera com sigo mesma por dizer aquilo – Eu sei o que sinto é verdadeiro, pois algo desse tipo não poderia ser tão falso... Muito menos algo imaturo que minha cabeça inventou... Na época que conheci essa pessoa, era mais nova que sou hoje, foi algo de relance, umas poucas palavras trocadas, eu nem lhe disse meu nome na época, naquele momento me encantei por ele, seu jeito, seus gestos, seu coração... Passou o tempo e não viemos a nos encontrar novamente, até esse ano, quando o vi novamente dessa vez eu lhe disse meu nome, e ele se surpreendeu ao saber que eu me lembrava dele... Nos tornamos amigos bem próximos, e ele esteve comigo quando precisei muito de alguém... Estava lá, para me animar, enxugar minhas lagrimas, e mostrar que a vida valia à pena... Pode parecer loucura, mas amo muito essa pessoa, muito e quero que ela esteja comigo... Sempre... – ela terminara encarando pelo canto dos olhos o garoto que encarava o chão, como se pensava em cada uma das palavras que ela havia dito – O que você pensa sobre isso...?

_ Eu... Não esperava que você fosse... – disse Lorcan a encarando novamente, mas ele não terminara a frase pois a garota lhe beijara.

Chloe sentira sua face ficar vermelha, mas ela não se importava, naquele momento não importava se fosse parecer tão vermelha quanto os cabelos de Lily, ela queria provar tudo que disse, e selar seu discurso do mesmo modo que agora beijava Lorcan. O beijo da garota fora bem leve e romântico, ela lhe deu uma série de selinhos em meio a ele, uma mão ia à nuca do garoto que estava arrepiada e a outra ela colocara contra o peito dele, sentindo seu coração pulsar rapidamente com a surpresa. Mas por alguma razão Lorcan não correspondia, não aproveitava o espaço que ela deixava para que ele fizesse, era algo estranho, como se o garoto estivesse assustado com tudo aquilo. Ela mesma começou a sentir algo estranho durante o beijo, não era como imaginava, não tinha aquele calor, não tinha aquela paixão, pensava que se beijasse o garoto seria correspondida, mas não estava sendo, e isso a fazia se sentir estranha, como se não fosse o garoto que amasse, fora então que algo passou por sua mente, uma ideia louca, mas que podia ter fundamento. Ela se separara assustada e pode após abrir os olhos novamente, a face sem cor do garoto, que estava sem qualquer reação possível.

_ Lorcan, você... – disse Chloe.

O que veio a seguir não foi uma resposta do garoto, mas sim uma série de acontecimentos, de uma das prateleiras mais altas pode se ouvir um ruído estranho, enquanto todos os instrumentos caiam no chão, com fortes estrondos metálicos, logo Chloe desviara seu olhar para a estante e pode ver um par de olhos amarelos de fendas negras encarando ambos, e foi ai que um vulto ruivo que saltou sobre o casal. Não sobre o casal em si, mas sobre o garoto, com um grande rugido Sir Todd atacara o gêmeo com fúria, se prendendo ao roupão dele e o fazendo cair no chão se debatendo enquanto tentava se libertar.

_ Sai de mim, me solta, criatura – disse o gêmeo puxando o gato que parecia colado a suas roupas, os fortes e agudos miados do gato deviam ecoar por todo o trem, pois era assim que estava sendo na sala.

_ Saia de cima dele – disse Chloe desesperada, tentando tirar o gato que possuía as fortes garras prestas no rapaz, que tentava puxá-lo, foi quando os ataques da pequena fera tornaram a se dirigir ao rosto do rapaz, fora quanto o loiro retirara a varinha do bolso e apontara para o felino – O que você vai faz...

_ Estup... – disse o gêmeo, mas uma outra voz bradou antes dele outro feitiço.

_ Expelliarmus – disse uma voz idêntica a do garoto no chão, os olhos de Chloe se ergueram e o encararam.

Na porta estava o outro gêmeo, com o mesmo pijama que aquele que estava no chão vestia, se não fosse o roupão que era azul marinho. Chloe escancara a boca sem palavras, quando o garoto de cabelos loiros se ajoelhara e começara a chamar pelo gato imitando miados, Sir Todd soltara finalmente e correra aos saltos para aquele recém-chegado se esfregando em suas pernas em busca de carinho.
_ Não ia deixar você estuporar um animal que não te fez nada, Andy - foram as palavras que ele disse quando pegara o animal no colo, que ainda se esfregava nele e ele fazia carinho atrás de sua orelha.

_ Você não era o Lorcan? – disse Chloe, encarando o outro que se erguia do chão com alguns arranhões no rosto, o tom da loirinha era mais alto do normal – Mas... – o gêmeo lhe lançara um aceno negativo com a cabeça, agora ela sabia o erro que havia cometido, tinha beijado Lysander - Por Merlin, eu sinto muito... Eu... – ela saira correndo, antes que qualquer um lhe desse uma resposta.


Ela andava pela escuridão do trem, tinha esquecido sua varinha no vagão, ‘ótimo’, mas não voltaria lá para buscar, não queria encarar Lorcan nos olhos depois do que ela tinha feito. Finalmente encontrara uma porta que levava aos jardins, e por ela saíra. A noite era fria, lá fora um forte vento cortava os ares como uma lamina gélida, fazendo voar as folhas secas amareladas e alaranjadas ao seu lado.

Mesmo com frio ela continuara, caminhando por aquela noite de lua cheia e varias estrelas, que lhe iluminavam o caminho. Esfregava os braços para se aquecer, enquanto sentia suas pernas congelaram pelo vento, mas nenhum fenômeno climático tirava de sua cabeça a imagem do que havia feito. Se amaldiçoava por não ter percebido. A garota parara na ponte do lago e se encostara ao corrimão, ao longe observava o trem negro praticamente encoberto pela escuridão.
Como ela se sentia? Estava assustada, envergonhada, e por Merlin, agora tudo fazia sentido, como não fora reparar que não era o rapaz que gostava e sim o irmão gêmeo dele? Isso a fazia ser idiota, só podia, Lysander, como ela não pode perceber aquilo tudo? A imagem do beijo passava novamente em sua mente, o modo como ele não retribuíra indicava que não era ele, e fora esse pensamento que pensara no momento em que se interrompera, se ela não tinha cometido esse erro horrível e imperdoável.
Oh Merlin, por que fora a fazer cometer um erro tão cruel como aquele? Fora quando a imagem das coisas que aconteceram aquela noite vieram novamente, tudo que acontecera antes do beijo, as garotas discutindo, Lily contando que havia colocado Felix Felicis na bebida dela. Mas se isso tivesse acontecido, queria dizer que tudo ia dar certo, o que não ocorreu, ela não tivera sorte aquela noite, o que significa que Lily não colocara a poção para ela beber, então, tudo não passara de um truque da ruiva para fazer a garota se declarar a Lorcan aquela noite. Antes que os pensamentos maus ao respeito da sua melhor amiga surgissem, ela foi interrompida, alguém lhe chamara.

_ Chloe – disse Lorcan, se aproximando da proteção da ponte – Eu acho que precisamos conversar...
_ Lorcan, eu... Desculpe, eu sei que devia dar uma explicação sobre tudo aquilo, e vou dar, mas só peço que me perdoe pelo que fiz – disse Chloe num tom de voz baixo, e o garoto sorrira.
_ Eu ouvi tudo que disse, sabia? – disse Lorcan, cruzando os braços sobre a madeira e encarando o lago e o reflexo prateado da lua nele.
_ Ouviu? – disse Chloe, corando muito – Então você viu...
_ O beijo? É, vi. – disse Lorcan serio – E... – ele fizera uma pausa – Eu senti ciúmes daquilo... Como nunca tinha sentido de algo antes.
_ Deve estar furioso comigo – disse Chloe, o encarando.
_ Não estou, porque suas palavras ainda estão aqui na minha cabeça – disse Lorcan, sorrindo – E mesmo que você tenha beijado o gêmeo errado, eu sei que era a mim que você falou aquelas coisas, e que era a mim que queria beijar, e admito, isso me surpreendeu.
_ Você? – disse Chloe – Ficou surpreso?
_ Bem, sim... E ainda estou com isso tudo – disse Lorcan – Estou tão nervoso quanto você quando se declarou, mas acho que tenho que dizer alguma coisa a você, são tantos sentimentos, que não sei se conseguirei fazer o certo, mas espero que você goste do que vou falar... – ele suspirara e virara para ele segurando ambas as mãos da garota – Eu não posso dizer que me apaixonei por você no exato momento que a vi, do contrário estaria mentindo, na época que nos conhecemos eu era um garoto bobo de onze anos, bem... Estou mais velho, mas isso não faz de mim menos bobo do que a anos atrás, bem, naquela ocasião, seu gato quase matou meu irmão, fora um momento muito tenso, como o de agora pouco – ela riu ao lado dele, um riso leve e descontraído que logo acabou – Mas no momento que fomos apresentados oficialmente no Duende Irlandês, devo dizer que senti algo estranho no estômago, você me chamava atenção, algo em você me encantava, não sei dizer o que podia ser isso... Eu adorei poder revê-la no trem, mas você sempre fugia de mim, eu falava, mas você não me respondia e isso me fez pensar por um tempo qual era o problema, até notar que esse era seu jeito... Tímido, quieta, envergonhada, e foi isso que me fez me apaixonar, eu amo você, do jeito que você é... Pena que demorei tanto para perceber, nunca fui muito bom com sentimentos, e pode se dizer que não sabia como era gostar de uma pessoa dessa forma, mas algo dentro de mim dizia para protegê-la dos outros, para não deixar nada de ruim acontecer com você, estar lá para você para animá-la quando estivesse triste, sua felicidade era necessária para mim, entende? A nossa amizade foi evoluindo, até o dia que eu vi que estava apaixonado, e foi bem... Naquele dia da primeira prova, quando eu vi o quanto eu me importava com você, e queria você comigo...

_ Ela estava certa... – disse Chloe num sussurro, e um sorriso tímido surgira em seus lábios, afinal de contas Lily estava certa, ambos gostavam um do outro, só faltava a oportunidade de revelar isso.

_ Quem? – disse Lorcan, confuso.

_ Ah, bem... não importa – disse Chloe – Então, você gosta tanto assim de mim?

_ Garota, eu estou apaixonado por você – disse Lorcan e a loira abriu o maior dos sorrisos – E você... – ele se encontrava em frente a ela, colocando as mãos ao redor da cintura da grifinória.

_ Duvida do que eu falei agora pouco? – disse Chloe.

_ Não, apenas quero ouvir você dizer – disse Lorcan e a garota sorrira muito mais, colocando os braços ao redor do pescoço dele e o puxando para baixo, para que alcançasse seu ouvido.

_ Eu estou apaixonada por você – disse Chloe e o garoto sorrira, levando uma das mãos ao rosto da garota e a puxando para próximo dos seus lábios, unindo-os com os da garota.
Os lábios de Lorcan estavam quentes, e o beijo fora tão doce em seu início, e lento como se cada segundo fosse para durar para sempre, sendo aproveitado lentamente como se fosse o último que fossem dar um ao outro. Logo foi se intensificando, eles cortavam algumas vezes os beijos para darem pequenos selinhos, para tornarem novamente a se beijarem, ela deixara que ele avançasse mais um pouco e penetrasse ainda mais, ela colocara suas mãos ao redor do pescoço dele, o apertando ainda mais contra ela, Chloe sentira se levantada do chão pelo garoto que agora a rodopiava no ar sem separar os lábios de ambos. Eles se separaram finalmente, e se olharam nos olhos, ele tornou a repousá-la no chão, e em meio a sorrisos de ambos e olhares sem graça assim como a face extremamente corada dos dois, fato que a garota nunca vira fora o garoto daquele jeito, e tinha que admitir que gostara de ver pelo menos que ele podia sentir-se sem graça com alguma coisa.
Ele tornara a puxá-la de volta, e ambos se beijaram novamente, e foi o mesmo tipo de beijo, só que mais intenso, e novamente se separaram, mas dessa vez permaneceram abraçados por um tempo. Lorcan beijava a testa de Chloe, e todas as outras partes de seu rosto, a fazendo ficar extremamente vermelha com aquilo.  O garoto se se encostara à proteção da ponte, e a abraçara contra seu peito, a protegendo do frio.
_ Chloe? – disse Lorcan próximo ao ouvido dela, a fazendo arrepiar muito mais que o frio que sentia.
_ Sim? – disse Chloe, no mesmo tom baixo.
_ Quer ir ao baile comigo? – disse Lorcan e a garota abrira um novo sorriso.
_ Adoraria – disse Chloe e eles trocaram um novo selinho.
_ Queria poder fazer essa noite nunca acabar – disse Lorcan.
_ Por quê? Se amanhã será um novo dia para estarmos juntos? – disse Chloe sorrindo e o fazendo sorrir.

Chloe retornara ao quarto, se despedira de Lorcan o dando um último beijo de boa noite para então abrir a porta. Dentro estava as garotas já dormindo, o chão praticamente todo ocupado por colchonetes, sacos de dormir e cobertores, nas pontas dos pés a loirinha teve que andar para não acordar nenhuma, acabara por chegar em sua cama improvisada ao lado de Lily, e se deitara ali. Os olhos da ruiva se abriram, e se apoiando sobre os cotovelos se erguera para encarar a amiga que estava deitada ao seu lado.
_ Onde esteve? – disse Lily sonolenta.
_ Onde você me mandou a ir – disse Chloe e Lily estalara os olhos, mas tornara a adquirir uma outra expressão facial, desta vez era algo como um sorriso maroto.
_ Você falou com ele? Declarou-se? – disse Lily animada.
_ Sim... E não... – disse Chloe e a ruiva pareceu confusa.
_ Como assim? – disse Lily – Como pode ter declarado para ele e ao mesmo tempo não?
_ Eu me declarei, para quem pensei que era ele, mas... Não era – disse Chloe e o sorriso de Lily se desfez.
_ Era o Lysander? Você se declarou para ele? – disse Lily e a loira não respondeu – Por Merlin... Por essa não esperava... – ela soltara uma risada.
_ Você não colocou, não é? A poção na minha bebida? – disse Chloe e a garota maneara a cabeça negativamente.
_ Não, foi um truque que meu pai disse uma vez que fez com o Tio Rony para ele ter confiança – disse Lily – Tentei usa-lo com você, e consegui, não? Mas, infelizmente teve esse problema, mas não foi nada demais, pelo menos não chegou beijando o Lysander, que seria realmente péssimo...
_ Lily... Eu me declarei primeiro – disse Chloe sem graça – E depois o beijei...
_ VOCÊ O QUÊ? – disse Lily, mas a garota a silenciara antes que alguma delas acordasse com o grito – Você o quê? – ela tornara a perguntar em um sussurro.
_ Sim, eu beijei – disse Chloe – Eu não sabia que era o Lysander, pensei que fosse o Lorcan...
_ Os dois são gemeos, mas não são iguais, como não foi perceber que não era ele?
_ Eu estava muito segura, nem reparei que era ele, como eu ia imaginar isso? – disse Chloe – Você fez de conta que tinha me dado Felix Felicis, então é meio que culpada do que aconteceu... Eu nunca que ia pensar que era o irmão dele...
_ E o que o Lysander fez? – disse Lily interessada e Chloe sorrira.
_ Ele não correspondeu, estava assustado – disse Chloe e Lily parecera se acalmar um pouco.
_ Desculpe, não queria que isso tivesse acontecido, a Rose tinha razão te dar Felix Felicis e falar para você falar com o Lorcan – disse Lily – Foi meio que forçar você a algo que não estava preparada...
_ Tudo bem – disse Chloe.
_ E agora, o que ele vai falar para o Lorcan? – disse Lily.
_ Ele falou comigo, o Lorcan – disse Chloe – Ele tinha me ouvido falar com o irmão dele...
_ Vocês brigaram? – disse Lily – Por conta do beijo que...
_ Não, ao contrario ele se declarou a mim também – disse Chloe e Lily sorriu.
_ Que bom, baixinha – disse Lily abraçando a amiga ambas já deitadas – Fico feliz por você... - e as duas dormiram abraçadas.

O tempo passou normalmente, logo o final do mês chegara e com ele o tão esperado baile de dia das bruxas. O quarteto sonserino se preparava em seu dormitório, após todo aquele tempo de ensaios estavam preparados para arrasar aquela noite, mas o nervosismo dos últimos instantes antes da apresentação estava dando o tão famoso frio na barriga e a ansiedade os consumia. Alvo se encarava no espelho, ajustando os últimos detalhes de sua veste de gala.
Alvo vestia um grande casaco negro que batia na altura de seus joelhos, possuía botões de prata, sua camiseta era negra e tinha algo nela que a fazia brilhar contra a luz, por de baixo se encontrava um colete verde escuro com alguns detalhes em prata que lembravam escamas de réptil, calças também negras combinando com os sapatos lustrosos em bem colocados. Ele agora dava os últimos ajustes na sua gravata borboleta da mesma cor que o colete, num verde escuro.
_ Hoje é o dia, rapazes – disse Scorpio e Alvo encarou o amigo pelo espelho, que também dava os últimos retoques nas vestes.
Scorpio vestia um sobretudo, calça e sapatos negros, terno e colete com algumas riscas simples, camiseta social branca com uma gravata tradicional da Sonserina em verde e prata, mas estava frouxa propositalmente, ele ajeitava o cabelo de um modo que parecesse rebelde. Alvo olhava para o amigo e não o via mais como o filho de uma família puro-sangue e tradicional de bruxos, estava tão simples que mais se parecia com um garoto de colegial qualquer, um desses rebeldes sem causa ou atletas populares.
_ Você está muito trouxa hoje, sabia disso Scorp? – disse Alvo rindo e o amigo o acompanhara.
_ Eu que não ia vestir a veste de baile que meu pai me mandou, parece uma batina de padre com aquela gola alta – disse Scorpio – Preferi ficar no mais simples, eu gastei meu próprio dinheiro, mas acho que valeu a pena...
Lysander vestia um smoking com colete em tecido preto brocado e gravata plastron em cetim preto. Era algo normal a primeira vista, se não fosse pelo fato de suas vestes parecerem assim como as de Alvo brilhar contra a luz, e caso se aproximasse mais poderia notar alguns desenhos e sombreamentos como se houvesse alguma coisa escrita ali. Ele lia um livro em uma das poltronas de pernas cruzadas, estava apenas esperando os dois amigos terminarem de se arrumar.
Lorcan vestia um terno cinzento, a camisa era branca, mas o colete e a gravata eram de cetim e prateados, brilhando contra a luz, ele usava um lenço que cobria seus ombros e ia até a altura de sua cintura como um cachecol de seda prateada. Havia alguns babados na manga de suas vestes, mas isso parecia não incomoda-lo, e também não destruíam o conjunto que mais parecia às vestes de um noivo. Ele estava comendo um pacotinho de feijõezinhos de todos os sabores.

_ Bem pessoal, vamos para o grande salão principal esperar nossas garotas – disse Alvo se virando para eles.

_ E você nem apresenta seu par Al, quem é a garota, afinal? – disse Scorpio – Sabemos que é de Beauxbatons, mas você nunca nos disse o nome dela.

_ Vocês vão conhecê-la – disse Alvo.
_ Beleza, vamos então... – disse Lorcan após esvaziar todo o pacotinho de feijõezinhos de todos os sabores de uma vez só, e amassar a embalagem -  Eu quero ver como o vestido que a mamãe mandou ficou na Chloe...
_ Quem diria, o Lorcan foi o primeiro a conseguir – disse Scorpio – e olha que ele conhece a Chloe menos de um ano, diferente de certo casal que se conhece desde pequenos e andam fazendo graça para namorar um com o outro – ele lançara a Alvo um olhar e o moreno revirara os olhos.

Eles caminharam pelos corredores do castelo, até chegarem no grande salão principal, estava totalmente diferente de todas as formas que já vira, suas paredes estavam claras em um tom de pedra rustica mas ao mesmo tempo trabalhada, a porta de carvalho estava aberta e havia uma grande escadaria que levava a pista de dança feita de mármore negro. O salão era incrivelmente enfeitado, havia alguns globos que flutuavam iluminando o lugar, pareciam bolhas de sabão, pois refletiam a luz, fazendo um fenômeno multicolorido. Eles desceram a escadaria de mármore negro em direção à pista, e ficaram lá a espera de seus pares.  Havia as varias mesas distribuídas pelo salão, grandes estatuas de gelo circulavam o lugar representando diferentes animais, e algumas criaturas magicas, era tão perfeito que chegava a parecer real, e o gelo não derretia. As mesas eram as tradicionais redondas, mas dessa vez, de apenas quatro lugares cada, possuíam enfeites de flores no centro e uma toalha de mesa azul claro.

 E ao fundo ficava o palco, em toda a sua grandiosidade, com os instrumentos musicais e equipamento de som que usariam. E atrás do palco, havia um grande painel feito pelas garotas, nele havia o desenho dos quatro reis do baralho, aberto em leque, uma serpente verde agua com os olhos prateados assim como a da Sonserina envolta em uma espada, e uma coroa sobre a cabeça dela, os dizeres “Prince’s Slytherin” estavam escritos na base, logo abaixo dos reis.  Chloe realmente sabia desenhar, pensou Alvo ao ver o painel, devia agradecer a cada uma, pois todas haviam ajudado, como Lily e Alice que haviam pintado, e Rose que havia enfeitiçado para ter aquele brilho incrível contra a luz.  Agora é só aguardar as garotas, que estavam demorando muito para chegarem, fora quando Lorcan dissera.

_ Olha, estão vindo. – disse Lorcan.

Alvo se virara para encarar no alto da escadaria, a primeira das garotas que havia acabado de chegar ao baile. Ela já descia as escadas, mas Alvo ainda não conseguia identificar quem era.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo?
Espero Reviews.