Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 26
Primeira Prova do Torneio Tribruxo


Notas iniciais do capítulo

Ai vai o que tantos esperavam, a primeira prova do Torneio Tribruxo. Certamente que gostei desse capitulo, teve um bom resultado (apesar de que ainda aguardo a opinião de vocês)
Espero que gostem.



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Rose havia acabado de ouvir a explicação dos gêmeos sobre o que acontecera, ela antes se encontrava em seu quarto onde próximos a lareira estava a ler o livro que Lysander citara mais cedo “Poções para todas as ocasiões” quem diria que existiria algo daquele tipo na biblioteca do Trem, ela tivera olhando e vira varias poções interessantes, desde que alisava cabelos a uma que fazia quem a bebesse pudesse dançar a noite inteira sem se cansar, agora a ruiva entendia o porque de Fred já ter lido aquele livro, era bem útil e poderia se tirar varias idéias dele para futuras pegadinhas ou até mesmo invenções. Fora quando ambos os loiros chegaram trazendo consigo o material que usariam no preparo da poção que ajudaria Tiago a se recuperar daquela situação. Ao ouvir toda aquela historia, ela simplesmente ficou perplexa com tamanha ousadia de Fred em sugerir algo do tipo ao primo Sonserino, e se algo desse errado?Alvo não estava preparado para enfrentar aquelas criaturas como Tiago se preparou por tanto tempo, naquele momento a ruiva sentiu um enorme ódio do ruivo, queria socá-lo, azará-lo, puni-lo pela grande idiotice que fizera, agora seu irmão mais novo se arriscaria em seu lugar, e se algo acontecesse com ele seria toda a culpa, inteiramente dos dois Grifinorios que o levaram a fazer isso. Lysander permanecia calado, afinal o feitiço do silencio ainda estava em vigor, impedindo-o de falar qualquer coisa, mas certamente que seus pensamentos eram os mesmos da ruiva. Lorcan se jogara na cama de Rose que era a que ficava mais próxima da lareira e começou a encara-los enquanto preparavam a poção.

_ você está tão calado, há alguma coisa errada Lysander? – disse Rose e Lysander olhou para Lorcan que parecia distraído encarando o caldeirão, cujo fogo da lareira o aquecia, a ruiva também começou a olhar o loirinho que percebeu os olhos nele.

_ ah, sim esqueci de dizer que o Andy está sobre o feitiço do silencio, quem lançou foi o Fred – disse Lorcan, a ruiva pensou que isso devia ter sido uma das primeiras coisas ditas pelo loirinho em seu discurso sobre o que acontecera, mas preferiu dizer nada, erguera a varinha e apontara para o pescoço de Lysander – o que vai fazer?

_ não podemos fazer a poção com o seu irmão mudo – disse Rose murmurando um fentiço, um pequeno filete azul saira da garganta de Lysander entrando na varinha, e ele respirou profundamente aliviado – pronto, acho que pode falar agora.

_ obrigado – disse Lysander – onde foi Scorpio?

_ ele não disse para onde ia, apenas saiu – disse Rose simplesmente, como se fosse algo sem muita importância – vamos começar então?

Logo haviam começado a poção anti-ressaca, não eram muito de conversar um com o outro ou dar atenção a outra coisa enquanto trabalhavam juntos, Rose lia os ingredientes e o modo de preparo, enquanto Lysander os seguia a risca, para que nada desse errado. Lorcan começara a ficar entediado com aquilo, se pelo menos tivesse com Andy Jr. para lhe distrair ou com alguma das edições do Pasquim para ler, poderia ficar ali sem correr o risco de ficar num sono, acabou por se levantar e se retirar do quarto, deixando os dois sozinhos trabalhando na poção. Caminhava em direção a seu quarto, quando encontrou uma garota de cabelos ruivos muito vivos e longos, espancando com força a porta de um dos dormitórios, ao se aproximar conseguira a reconhecer como sendo Lily Potter e se aproximou dela cauteloso, a garota no passado já ameaçara atacar seu irmão, não seria uma atitude muito inteligente se arriscar dessa forma.

_ algum problema Lily? – disse Lorcan e a ruiva se voltara para encará-lo, parecia cansada, e um tanto nervosa, mas diferente do que esperava, ela não gritou ou foi rude com ele.

_ Chloe se trancou no quarto desde... – disse Lily fazendo uma pausa, não seria justo contar sobre os pais da amiga, ela ainda não sabia que atitude a garota tomaria, se manteria aquilo em segredo, o que era mais provável, talvez isso ajudasse a amenizar a dor – ela... se trancou desde ontem... tive que dormir no dormitório da Rose e da Alice pois ela não quis me deixar entrar.

_ vocês brigaram? – disse Lorcan que achara aquela a única explicação plausível para a loira da grifinoria não deixar a melhor amiga entrar no dormitório que a elas pertenciam.

_ não, ela apenas queria ficar um pouco sozinha – disse Lily e Lorcan a olhou confuso, para então suspirar, era isso, ela estava triste, novamente, por que garotas como Chloe tão doces e de coração tão bom tinham que ficar tristes desse modo? Ele agora possuía um olhar triste, que nunca antes a ruiva a sua frente havia visto – quer que eu fale com ela? – a voz do garoto saiu simples, e com um tom um tanto piedoso, não tinha como a garota dizer não, então ela saira do caminho e deixar o garoto em frente a porta, pensara em usar magia, mas obviamente que a Corvinal havia tentado, e não conseguira, a garota por de trás da porta usara feitiços que a lacraram – Chloe? – ele batera na porta, mas ninguém respondera – Chloe, abra quero falar com você...

_ quem está ai? – disse Chloe, por de trás da porta num sussurro quase inaudível se aproximando da porta para ouvir melhor quem era, parecia ser a voz dele, mas não tinha certeza.

_ sou eu, Lorcan – disse a voz do outro lado da porta e a garota se surpreendera, era definitivamente ele, mas o que fazia ali? Ela erguera a varinha para desfazer o feitiço, em meio a murmúrios o feitiço que lacrara a porta ia se desfazendo – quero entrar, você poderia abrir a porta? – ele deve ter escutado o barulho da chave destrancando pois deu um passo para trás e quando a viu, sorriu simplesmente, doce e inocente que a loirinha tinha certeza que seria capaz de derreter um iceberg – posso entrar? – ela não respondera dando espaço para que ele entrasse no quarto, o que fez Lily pensar que seria uma boa oportunidade para os dois terem uma conversa a sós e se retirou.

_ o q-que você quer comigo? – disse Chloe encarando o rapaz, enquanto ele andava até a cama totalmente desarrumada dela, e se sentava logo Sir Todd apareceu por sobre os lençóis e Lorcan o pegou de forma cuidadosa e começou a fazer carinho por de trás de sua orelha, era nítido que fora a própria dona o gato parecia gostar apenas do Sonserino.

_ vim saber se realmente estava bem – disse Lorcan encarando a garota enquanto falava, ela tinha os olhos muito vermelhos, e estava claro que mesmo a cama estando desarrumada ela não dormira, respirara fundo tristemente, o que ele podia fazer para mudar tudo aquilo, era o que se perguntava – você esteve chorando não foi?

_ ah... isso... bem, eu não estava chorando – disse Chloe, a quem ela queria enganar, passara a noite em claro chorando descontroladamente, mas qualquer garota em sua situação choraria não? Seus pais haviam sido atacados por dementadores, apenas uma pessoa sem coração não se comoveria, apesar de estar se achando uma fraca, e bem na frente de Lorcan ela agia assim, sempre.

_ não é o que parece – disse Lorcan se levantando, e andando até ela a garota recuou alguns passos, até que ele lhe pegou pela mão, era um simples gesto, mas fora muito importante para ela, pois sentia que não estava sozinha – venha, vamos nos sentar... – ele a puxara para a cama da garota, e ambos se sentaram um ao lado do outro, se encarando por alguns segundos em silencio – você quer me contar o que está acontecendo? – era idiota perguntar aquilo, se não contara para Lily que era sua melhor amiga, o porquê de fazer com alguém como ele? Mas não havia mais o que fazer, ele queria ajudar aquela garota, acalmá-la, algo em vê-la daquela forma, o machucava demais, a garota ficara em silencio, estava nítido que não responderia – você não quer me contar não é mesmo?

_ Lorcan, eu... Não estou preparada para falar sobre esse assunto com você ou qualquer outra pessoa – disse Chloe e o garoto parecia ter compreendido, ela suspirou enquanto encarava Sir Todd que viera se aconchegar em seu colo, ela alisava seus pêlos ruivos – espero que entenda... Estou passando por um momento difícil da minha... Vida... – ele lhe tocara a mão esquerda que ela usava para fazer carinho no gato, e fechara a sua, maior sobre a dela, com a outra levantara seu rosto, para que a garota pudesse encarar, as mãos dele eram quentes, talvez tenha sido o contato com elas que deixou a face da garota quente, ou o simples fato de ter corado.

_ eu sei, você não quer falar sobre isso – disse Lorcan tristemente, o garoto imaginara que poderia ter haver com os pais da garota, da ultima vez que haviam conversado a sós juntos ela havia descoberto que eles haviam sido seqüestrados, a pior idéia possível chegou a mente do Sonserino, e essa idéia era de que eles pudessem estar mortos – mas mesmo assim eu quero tentar te ajudar...

_ por quê? – disse Chloe, ela não entendia todo aquele interesse de Lorcan por ela – você tem pena de mim? – fora a idéia que a garota teve, afinal de contas, por qual outro motivo o loirinho demonstraria interesse nela? Ela tinha certeza de que não era porque gostasse dela, não, ela não podia se iludir que talvez um dia o Sonserino fosse retribuir o sentimento que possuía por ele – é isso que sente por mim não? Pena?

_ eu não sinto pena de você, eu... Apenas me sinto mal de ver você assim – disse Lorcan surpreso e ao mesmo tempo constrangido com a frase de Chloe, a verdade é que ele não sabia ao certo o motivo de se preocupar tanto com a garota, mas sabia que não era por dó, era algo diferente, ele simplesmente não conseguia deixar de se importar por ela, era algo que ele nunca imaginara sentir por outra garota – posso... Fazer algo para mudar? Ou tentar te ajudar de alguma forma?

_ você aqui... Já está me ajudando bastante – disse Chloe desviando novamente o olhar, e com sua voz no tradicional sussurro – por favor... Fique... Eu... Quero você do meu lado... – ele a abraçara, é estranho se abraçada dessa forma, era algo tão bom ter ele assim tão perto, sentir o cheiro de terra e grama molhada que vinha de suas roupas, e a respiração em sua nuca, não havia como se sentir mal naquela forma de carinho.

_ sempre vou estar ao seu lado... – disse Lorcan num sussurro nos ouvidos da garota que sorrira, assim como ele, sentira as mãos dela sobre seus cabelos, os tocando com tanta simplicidade e cuidado como se fossem preciosos – você é muito importante para mim Chloe... – ela se surpreendera com aquilo, não acreditando nas palavras que ele dissera, sentira um fraco sorriso tomar conta de seus lábios, sentira um pingo de esperança a tocar, agora sabia que podia ser que ele gostasse dela – não gosto de te ver chorando... espero poder fazer você melhorar, de alguma forma...

_você já conseguiu... – disse Chloe se separando do abraço, e ambos se encararam novamente, e ela pode notar melhor o garoto, seus cabelos loiros haviam ficado levemente bagunçados pelo cafuné involuntário que a garota lhe fizera, possuía os olhos azuis celestes um tanto grandes, e um sorriso timidamente infantil no rosto, lhe dando sua natural aparecia de criança, vestia uma camiseta verde sob um moletom cinza envelhecido e calças jeans velhas e surradas, mesmo nessas roupas, a garota nunca pensara em ter visto outro rapaz tão belo antes – obrigado por estar aqui comigo... – ele sorrira ainda mais, agora lhe segurando as suas duas pequenas mãos de forma delicada.

_ eu... – disse Lorcan, pela primeira vez ele não sabia o que dizer, ele não podia dizer mais nada, ou se podia as palavras haviam se perdido no exato momento que olhou para a garota a sua frente, vestia um roupão azul sobre uma camisola da mesma cor, seus cabelos loiros estavam despenteados e amassados, certamente pela noite mal dormida se revirando na cama, seu rosto inocente e frágil porem triste, estava iluminado pela luz que entrava pelas janelas do dormitório, e seus olhos agora refletiam um brilho nunca visto, ele podia ver seu reflexo nos dois céus límpidos de verão que se pareciam os olhos dela – eu... Eu... – ele agora sabia o motivo de se importar com ela, sim, ele sabia, a garota a sua frente era aquela por quem ele se apaixonara sem saber, mas agora isso era claro, ele a amava muito e queria estar sempre ao seu lado.

_ você está bem? – disse Chloe, enquanto observava uma expressão um tanto surpresa se formar no rosto do rapaz, ele levara a mão ao rosto da garota lhe passando a ponta dos dedos trêmulos pela face branca dela como se ela fosse algo que ele não acreditasse, ela sentira a face corar ao toque do loiro, os olhos de ambos ficaram por alguns instantes se encarando, o contato visual continuava a medida que ele se aproximava, o coração batia mais forte conforme seus rostos se aproximavam.

Lorcan não sabia ao certo o que ia fazer, na verdade era algo impulsivo, ele iria beijá-la, precisava fazer aquilo, seu coração pedia para que ele juntasse os lábios rosados da garota com os seus, vira o momento em que os olhos dela se fecharam, logo os seus fizeram os mesmos, não precisava olhar para saber que estava no caminho certo, quando sentira seu nariz roçar com o dela, um grande barulho os fez se separar um do outro, como se o que estavam prestes a fazer fosse algo errado. Com a força que foi a porta batendo contra a parede Chloe deu um salto para trás, caindo para fora da cama em direção ao chão, agora mais que nunca se mostrava envergonhada, acabara de fazer algo tremendamente ridículo como cair em frente ao garoto que ela gostava. O Sonserino voltou seus olhos para a porta, onde encontrou uma figura alta de cabelos ruivos rebeldes e uma face um tanto esverdeada pelo enjôo alem de abatida. Tiago olhara de Chloe no chão, para Lorcan na cama da garota, seu olhar era um tanto confuso, mas seu estomago produziu um forte rugido que lhe lembrou o porque de estar ali.

_ será que eu poderia usar o banheiro de vocês? – disse Tiago levando a mão ao estomago – acho que a privada do nosso dormitório entupiu, e agora está transbordando... – os dois assentiram e o outro correu em direção a uma porta aberta, e um urro idicou que ele estivesse botando para fora tudo que lhe restava dentro.

_ acho que... Devo procurar a Lily e me desculpar por ter feito com que ela dormisse fora do nosso quarto – disse Chloe timidamente com o rosto queimando de vergonha, se levantara rapidamente do chão, saindo dali.

_ Certo – disse Lorcan, e encarou furioso a porta do banheiro, amaldiçoava Tiago mentalmente por ter atrapalhado o que poderia ser o primeiro beijo dele e Chloe. Se deixando jogar deitado sobre a cama, e sir Todd pulou sobre o colo e se embolou em uma bola de pêlos ruivos para poder dormir ali.

Scorpio observava ao longe Fred conversar com Alvo, havia encontrado ambos no jardim e haviam caminhado por um tempo juntos, até que o Grifinorio disse que mostraria ao primo a tenda onde os campeões ficariam. O loiro não gostara muito da idéia de Alvo se passar pelo irmão durante a primeira prova do torneio, mesmo para ele, aquilo não parecia algo muito confiável de se fazer, era arriscado demais, mandar alguém como seu melhor amigo para enfrentar um monstro que nem ao menos sabe como derrotar, no entanto entendera que não adiantaria muito dizer alguma coisa sobre aquilo. Ele logo vira Fred caminhando em direção a arena e resolveu segui-lo, pensara em falar algo a respeito da conversa que ele e Alvo haviam tido, mas a expressão na face do Grifinorio demonstrava que não estava muito para conversas, e em silencio ambos continuaram seu caminho, entrando por um grande portão onde vários estudantes pareciam quase entupir a passagem. Dentro da Arena puderam ver a grandiosidade daquele lugar, não era como quando os sonserinos haviam estado ali a uma semana, na noite que foram espionar para saber qual eram as criaturas da primeira prova, agora havia grandes luzes que iluminavam toda a arena, que por sua vez continua alguns grandes blocos e rochedos pontiagudos colocados ali, o Sonserino pensara poder se tratar de alguma espécie de proteção para os campeões, para que eles pudessem usá-las de escudo, ou simplesmente estavam ali numa tentativa de fazer o jogo ficar mais emocionante na concepção deles, resolvera ficar com a primeira hipótese, já que a segunda lhe parecia algo realmente cruel demais, mesmo sabendo que poderia ser essa a mais provável . Ele continuara subindo as escadas por um tempo, até chegarem ao topo das arquibancadas mais altas, pensara em Lysander e em seu medo de altura, não se sentira intimidado ali, mesmo que soubesse que se aquilo desabasse não haveria escapatória, ambos encontraram lugares em meio a um amontoado de alunos de Hogwarts e caminharam para lá, antes de sentar o loiro novamente observara o campo, e a trombeta anunciando que a primeira prova começaria, fora quando uma voz soara vinda de algumas arquibancadas atrás de Fred e Scorpio.

_ ei filhote de doninha, senta ai está atrapalhando minha visão – disse uma voz que Scorpio conhecia de algum lugar, quando se virara se deparou com um homem ruivo, vestindo um suéter de lã vermelho com as suas iniciais na gola, bordadas em dourado, estava de jeans, e parecia comer algo, que acabara engasgando quando a mulher sentada a seu lado lhe dera um tapa nas costas – Hermione, por que fez isso?

_ aprenda a tratar melhor as pessoas Ronald – disse Hermione, que se voltara para o Sonserino e sorrira, ele logo viu que se tratavam dos pais de Rose, a mãe da garota lembrava vagamente a figura da filha, apesar de os genes Weasley terem sido dominantes, havia algo de semelhante entre as duas, e o loiro logo concluiu que era o sorriso – como está Scorpio? – ele voltara a terra, encarando novamente a mulher de cabelos castanhos volumosos a sua frente.

_ muito bem, obrigado por perguntar – disse Scorpio e encarara novamente o ruivo sentindo-se intimidado pelo olhar que lhe era dirigido, e por isso resolveu sentar, não entendia muito aquela implicância que o Sr. Weasley tinha por ele.

_ devia se desculpar com ele – Scorpio pode ouvir a voz severa de Hermione se dirigindo ao marido, não houve resposta, pelo menos ele não escutara qualquer índice que pudesse sinalizar a resposta do homem, e a morena completara o que dissera, em um tom mais baixo, mas com um pouco de esforço o Sonserino pode ouvir – ele não é o pai, você não devia tratá-lo como o Draco, pois os dois são bem diferentes um do outro, mesmo que de aparência, não possamos dizer isso.

_ eu não gosto dele, não me engana com esse jeito que ele finge ser – disse Rony seriamente – vejo mais do Malfoy do que simples aparência nele.

_ você deve desistir Hermione, meu irmão é muito cabeça dura nesses pontos – disse uma voz que Scorpio reconheceu como sendo de Gina, mãe de Alvo, olhara por sobre o ombro e logo vira à ruiva, sentada de mão dadas ao lado do marido que parecia trazer no rosto uma expressão preocupada – é uma batalha perdida se você me permite dizer, precisava vê-lo quando Harry leu a carta que Alvo lhe mandara, falando da amizade dele com Scorpio... – o loiro ao ouvir seu nome sorrira arrogantemente, imaginando o surto do pai de Rose, não pode deixar de rir a respeito daquilo – você parece nervoso... algum problema?

_ eu não vejo o Alvo em lugar algum – disse Harry e Scorpio sentira um pouco de pena ao ver o tom preocupado com que ele dissera aquelas palavras, e se voltara para Fred que parecia ter as escutado também e trazia uma expressão semelhante no rosto.

_ É também estranhei a ausência da Rose... – disse Rony – e dos outros amigos do seu filho, onde eles se meteram afinal? Acha que estão aprontando alguma coisa? – o moreno não respondera, e não houve conversa depois disso, pois as provas do Torneio haviam se realizado.

A primeira prova fora com o campeão de Durmstrang, Nickollaus Karkaroff, o portão com um grande numero um fora aberto e de dentro dele garotas com uma beleza de longos cabelos platinados, elas cantavam uma canção muito bela, e por alguns instantes Scorpio sentira-se atraído até elas, queria descer até a arena para poder ver mais de perto aquele magnífico som, fora quando sentira alguém o segurando e sentando novamente no seu lugar, olhara para ver quem era e reconhecera Lily acompanhada de Alice e Chloe, as três garotas haviam sentado nos lugar atrás deles e quando ia questioná-las para saber o porquê de ela ter feito isso, percebeu que havia outros rapazes a maioria deles de Hogwarts, sendo muito poucos os das outras escolas, estavam na mesma situação que ele a momentos atrás, hipnotizado pela canção das Veelas. Com muita destreza Nickollaus conseguira derrotá-las, apesar é claro de ter recebido certamente uma ajuda dos alunos de sua escola, que em momento algum deixaram de tocar os tambores de guerra, de certa forma anulando, ele usou um feitiço paralisante muito forte em algumas, e em outras lançou um que as confundiu, impedindo que o atacasse assim que haviam acabado de assumir a forma de grandes aves, e por ultimo, criara um pequeno tornado que as sugara e as prendera ali naquela pequena jaula de vento, o medalhão que tinha que pegar, praticamente voara em sua direção sendo lançado, ele o pegara, e o publico foi ao delírio. Não fora tão fácil quanto parecia, o búlgaro havia conseguido se machucar durante a prova, sendo levado após ela para um pequeno espaço ao lado do estádio onde seria tratado, enquanto as notas dele apareciam sobre o campo em forma de fogos lançados pelas varinhas dos professores, não fora de todo ruim, pensara o loiro, mas certamente que esperava que Alvo fosse melhor que ele.

Dominique fora a próxima, entrando assim que o segundo portal abriu, ele pode ver um bando enorme de acromantulas irromper pelas paredes e andarem e em direção, algumas mais espertas saltaram sobre ela e prontamente as partiu ao meio com feitiços de corte rápido, a garota apontara sua varinha para o alto, e a mexera num movimento que lembrou como se ela quisesse arremessá-la para longe, da ponta da sua varinha saira um grande jato de fogo, que ficou girando sobre sua cabeça, como em espiral, até que ela dirigiu o jato as aranhas, que queimaram até não restar nada alem de cinzas, ainda quente ela pegara o medalhão com um pouco de cuidado, e o mostrara ao publico que aplaudiu, suas notas assim como de seu adversário apareceram em forma de fogos, ela parecia ter ido bem também.

Eduard entrara, e o portão número três se abriu, e um grande Trasgo montanhês fora libertado, com um grande porrete nas mãos tentara atacar o Sonserino que desviava com cautela dos vários golpes, que transformavam os grandes rochedos da arena, em mil fragmentos pequenos, com um feitiço certeiro ele conseguira mandar o bastão de madeira para longe, e com outro congelou por completo seu atacante, o transformando em uma bela estatua de gelo, antes que ele conseguisse escapar, mesmo que pudesse não conseguiria, pois o campeão lançara um grande feitiço explosivo que o fez explodir, não restando nada alem de um monte de sangue misturada com os pedaços de carne congelada que haviam restado do monstro, em seguida o rapaz foi visto procurando por algo no chão, quando conseguira encontrá-lo mostrara a todos, era o medalhão que os quatro campeões deveriam conseguir. Fora então que o rapaz se retirara, segurando um braço ferido durante a prova, enquanto alguns bruxos responsáveis entravam para limpar o banho de sangue que ele havia causado, após a arena se encontrar novamente limpa, fora a vez de Alvo, entrar em ação.
Alvo respirara fundo, enquanto caminhava por um corredor longo e escuro que era a entrada dos campeões, olhara em suas mãos, seus dedos estavam escorregadios, sua respiração rápida, e o coração batia muito fortemente como se estivesse animado com o que estava por vir, ele apertava fortemente a varinha do irmão, podia ouvir os gritos da platéia nas arquibancadas sobre sua cabeça, suspirara, o Sonserino sabia que tinha que fazer seu melhor, e era isso que o preocupava, e se seu melhor não fosse o bastante. O portão da entrada dos competidores se abriu, e os gritos dos estudantes podiam ser agora ouvidos com mais nitidez, alem de que os sons demonstravam ainda mais a animação deles, muitos ali queriam que ele conseguisse o medalhão, outros não se importariam nem um pouco de vê-lo morto, por ter sido sorteado para aquele torneio, quando na verdade quem era para ser o único, e verdadeiro campeão de Hogwarts era Eduard Zabini, acabara sendo escolhido por pura sorte, ou azar, não havia decidido ainda, não exatamente ele havia sido o escolhido, na verdade era Tiago, mas como estava como irmão naquele momento, resolvera buscar ver as coisas como o Grifinorio, algo muito difícil na opinião dele, pois o irmão não ficaria tão nervoso numa situação como aquela, pelo menos era assim que pensava.

_ Pronto rapaz? – disse uma voz atrás dele, e ao olhar para o lado reconheceu o rosto de Rolf Scamander, o homem parecia preocupado com o jovem, e o Sonserino reconhecera que seu amigo Lysander possuía a mesma face em ocasiões difíceis e tensas como aquela – espero que esteja preparado para o que vai enfrentar aqui Tiago...

_ eu estou Sr. Scamander – disse Alvo com uma voz tentando demonstrar confiança, certamente não deu muito certo, pois a expressão do homem parecera não mudar – mas caso não consiga, conto com a eficácia sua e da equipe para me tirar de lá com vida – o homem sorrira, mas fora um sorriso triste, ao que parecia ele não confiava muito que o jovem a sua frente estava preparado para aquilo.

_ boa sorte Tiago – disse Rolf e Alvo entrou na arena.

Ao som das palmas e vivas da torcida, e de gritos desafiadores e rudes das outras escolas, o garoto andou em direção ao centro da arena, ele vira varias pedras e rochedos pontiagudos ali, como pontas de flechas e lanças que brotavam do solo, seus olhos encontraram uma grande poção de sangue que estava em frente ao portões, sendo que três deles já estavam abertos, faltando apenas um para se abrir e revelar a criatura que ele teria de enfrentar. Ele girara o anel entre os dedos, estava confiante de que poderia sair dali vivo, e sem muitos ferimentos, mesmo que fizesse o possível para não se ferir, algo quase nulo para uma prova como aquela, e a criatura que teria que enfrentar. O quarto portal se abriu, e ele pode ver a o Grifo Imperial saindo de dentro dela, seu pêlo de leão intensamente vermelho e as asas de águia grandes e majestosas, elas se abriram quando ele saiu revelando serem na verdade, três vezes o tamanho delas fechadas, suas garras parecia arranhas o solo enquanto caminhava, e a luz do sol brilhava em contato com seu bico como se ele fosse a lamina de uma espada bem afiada, ao encarar por instantes o garoto profundamente nos olhos a fera soltara um alto e agudo rugido, ou seja, lá o nome que se pode dar ao som produzido por um animal como aquele, mas Alvo sabia muito bem o que aquilo significava, era que a primeira prova, oficialmente tinha começado, e o primeiro contato entre os dois naquela arena queria dizer que teriam de se enfrentar e isso não seria algo fácil para o garoto, que se via em muita desvantagem naquela situação. Alvo engolira em seco, no momento que o Grifo começou a correr em sua direção, um Grifinorio de verdade seria corajoso, ou burro o bastante para enfrentar o monstro de frente, mas o Sonserino que ele realmente era, resolvera correr e se esconder, para poder salvar sua pele temporariamente, era algo deprimente de se ver, muitos que conheciam Tiago sabiam que ele nunca correria ou se esconderia daquela forma, ele honra suas qualidades vermelhas e douradas mais que nunca, mas o entendiam, sabia que era diferente quando estava correndo risco de vida. Alvo se jogara no chão a tempo de se defender de uma das garras de seu monstro, que atingiram um grande pedregulho o partindo em três partes, ele agora se encontrava por baixo da criatura que continuava a tentar arranhá-lo, quando suas garras estavam roçando as vestes dele, e as rasgaram e parte de sua pele, o rapaz sentira como se três facas estivessem cortando seu couro, fora arremessado contra a parede, caindo no chão, ele apontou a varinha para o rosto do animal, que agora o tentava sufocar com a pata, era patético, pensara, patético o modo como estava perdendo, parecia um brinquedo qualquer nas mãos de um gato domestico comum.

Scorpio engolira em seco, enquanto Lily escondia o rosto contra seu ombro para não ver o que acontecia, Chloe ao lado da garota estava muito pálida, quase que sem cor alguma e Lorcan a abraçara de modo a confortá-la de que tudo acabaria bem. Fred sentira um nó no coração, não estava nada feliz pelo que estava acontecendo, se algo acontecesse com Alvo, seria culpa dele, inteiramente dele. Gina abraçara fortemente o marido, Harry não queria demonstrar, mas temia pela vida do filho, e não poderia fazer nada para protegê-lo naquele momento, era horrível ver Tiago ou qualquer um dos outros em perigo e não poder fazer nada.

Alvo estava perdendo a cor, a grande pata do Grifo pressionava sua pata contra seu tronco, ele sentia seus pulmões sendo prensados contra a parede das costas. Com a mão livre que restava apontara para o rosto do Grifo, diretamente para o branco dos seus olhos de águia, e gritara o feitiço com o que lhe restava de ar.

_ Lumus Maximus – disse Alvo com um grito sufocado, e uma grande rajada de luz saira de sua varinha, e as pupilas do Grifo se dilataram, ele havia ficado cego temporariamente, tirando a pata de cima dele que rolou para longe – “ a visão dos Grifos e Hipogrifos é ao mesmo tempo sua maior arma, e seu maior defeito, pois enxergam tudo, no entanto luminosidade muito intensa pode cega-los” – ele sorrira com o pensamento que tivera, haviam sido palavras de um trabalho que ele havia feito no ano passado, e graças a Lorcan haviam conseguido nota máxima, mas não fora por causa da pesquisa, e sim por essa frase que o loirinho soltara no final da apresentação.
Ele se levantara do chão, correndo para longe da criatura, que a qualquer momento iria recuperar a visão.

O publico fora ao delírio, gritando o nome de Tiago a altos e claros sons, Scorpio suspirara fundo, ainda havia esperança de tudo aquilo acabar dando certo. Alice percorria os olhos pela arquibancada, buscava alguém de quem sentia falta até aquele momento, mas preferira não dizer nada, não podia pensar nele agora quando Tiago corria risco de vida na arena, mas seu coração estava apertado por uma estranha razão, e isso fazia com ela pensasse que fosse ele, Alvo, que precisasse dela, de sua ajuda e preocupação naquele momento.

_ Scorpio? – disse Alice e o loiro se voltara para ela – onde está Alvo? – ele parecia meio confuso, como se estivesse pensando no que dizer, ou se realmente iria dizer a verdade, ou então simplesmente procurando uma mentira plausível.

_ é mesmo, não vi meu irmão desde que chegamos – disse Lily que agora encarava Scorpio, o loiro desviara o olhar das duas, suspirando, teria que encontrar rapidamente uma desculpa para a ausência do melhor amigo.

_ ele está fazendo um dever de poções com Rose e Lysander – disse Scorpio, afinal de contas, os outros dois estavam ausentes assim como o moreno, nada mais justo que explicar de uma vez o sumiço dos três.

_ que dever? Não me lembro de Gabrielle ter pedido nenhum dever – disse Alice, e Scorpio percebera que esquecera novamente que a lufa-lufa fazia as aulas ao lado deles – está mentindo para nós?

_ onde está meu irmão de verdade? – disse Lily o encarando severamente – vamos me responda, onde está o Alvo? E espero que não minta dessa vez – ótimo, pensou Scorpio, tudo que ele precisava aquele momento, enfrentar o furacão ruivo.

_ é verdade – disse Lorcan e todos encararam o gêmeo – vocês devem ter percebido, que essa não é uma das matérias que o Alvo mais se dá bem, por isso a professora passou um trabalho extra para recuperar a nota dele, que estava um tanto baixa, ele é para entregar amanhã, por conta disso que ele não esta aqui, deixou para ultima hora, por isso que a Rose e meu irmão tiveram que ajudá-lo – Scorpio encarara o amigo espantado, era a primeira vez que mentia sobre algo, e incrivelmente tinha dom para isso, se não soubesse da verdade acabaria acreditando no que ele disse.

_ e por que não contou para a gente? – disse Alice ainda duvidando que fosse verdade, apesar de que a idéia de Lorcan contar uma mentira estava fora dos precedentes.

_ ele estava sem graça e envergonhado de ter que usar de um trabalho extra para aumentar as notas – disse Lorcan de uma vez, estava se odiando naquele momento, por ter dito aquelas mentiras para as garotas, mas era por uma boa causa.

_ bem típico do Alvo – disse Lily – sentir-se envergonhado por conta de uma coisa dessas, o que ele pensou que íamos fazer zoá-lo? Ele não é, nem será o primeiro que precisara fazer algo para obter credito extra – Lorcan suspirara fundo, elas haviam acreditado, todos voltaram o olhar para prova – Tiago está realmente estranho hoje, não está agindo normalmente.

Alvo corria rapidamente, o Grifo corria em sua direção, fora quando ele se virara e apontara a varinha em direção aos dianteiros de pés de águia, teria mais chance de vencê-lo se ele não corresse tanto assim. Com um feitiço detonara um bom pedaço do chão da Arena. Voara pedras e areia para todo o lado, mas antes que o feitiço atingisse as patas da criatura, ela abrira suas grandes asas alcançando vôo, droga, pensara, agora seria um ataque aéreo com toda a certeza. O monstro avançara contra o rapaz, num rasante quase o alcançando, se ele não tivesse se jogado no chão antes que as garras pudessem transpassar seu corpo. Ele estava nas alturas dos céus novamente, assim que sua primeira investida aérea não dera certo, Alvo sentira uma grande dor lhe atingir na região abdominal, algo lhe dizia que estava com algumas costelas quebradas por conta da pata do Grifo, quando percebera uma enorme sombra sobre si, e erguera os olhos para cima, vira o grande animal lhe rodeando, como um abutre sobre a carcaça. Ele apontara a varinha para si próprio e gritara o feitiço.

_ Apparatus – disse Alvo e sentira um leve comichão na altura do queixo, onde a varinha apontava, em seguida sentiu como se estivesse sendo sugado para dentro dela, como uma forte ventania o atraísse para dentro da ponta, fechou os olhos, quando sentiu que estava bem leve, e que o transporte se iniciara, nunca soubera de outro bruxo que havia tentado algo assim – Ai... – após sua vista ter ficado escura por alguns segundos, e sua respiração cessado, ele abrira os olhos, estava em um lugar diferente da arena, mesmo assim podia vê-la, ele estava dentro de um daqueles portões que antes guardavam as feras – “apparatus, é um feitiço usado para transportar um objeto de um lugar ao outro, é um modo muito pratico para bruxos não levarem muito peso quando se mudam e para transportar pessoas que não usam magia ou estão incapacitadas de usá-la, ou sem a permissão dessas pessoas, apesar de não recomendados pois isso causa nas pessoas um mal estar horrível, causando problemas como vômitos, tonturas entre outros, mas é algo passageiro e a pessoa rapidamente se recupera” – a voz de Rose soara em sua cabeça, e realmente se sentia muito péssimo depois daquele feitiço, não sabia se poderia tornar a usa-lo, ficara de pé, e agora poderia perceber que o Grifo voava em sua direção, rapidamente apontara a varinha para o portão que havia sido erguido e gritara – Reducto – as correntes que a sustentavam caíram sobre a cabeça de águia do Grifo, que gritara de dor, ele tentara se libertar, mas antes que fizesse isso, Alvo apontara a varinha para algumas correntes ali perto e elas levitaram, em seguida apontou para a criatura e murmurando um feitiço as correntes se envolveram ao redor de seu bico e se prendeu no portão – acho que... Consegui?! – fora então que ele conseguira arrebentar as correntes, e agora estava próximo de avançar seu bico voraz e partir ao meio Alvo.

Todo o publico olhava apreensivo para a cena que ocorria na Arena, o Grifo estava pela cabeça pelo pesado portão de ferro, enquanto o campeão se mostrava encurralado pelo monstro, dentro do pequeno espaço. Lily estava muito pálida, seu irmão estava ali, a ponto de ser morto por uma das piores criaturas que o mundo já viu, e ela não poderia fazer nada para mudar isso, sentira algumas lagrimas correrem por sua face, estava chorando, odiava ser uma inútil em situações como aquela. Fora quando sentiu alguém sentar ao seu lado, e uma mão segurar a sua. Ela olhou para quem se tratava e viu um par de enormes olhos azuis celestes a observar, com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo confortante, ele apertou novamente sua mão.

_ ele ficara bem – disse Lysander sorrindo fracamente para ela, temia pelo amigo, afinal de contas, Alvo não estava preparado para algo do tipo, mas tinha que confortar Lily, não gostava de vê-la assim tão preocupada – não se preocupe... – ele soltara sua mão, e envolveu-a pelos ombros com um dos braços, trazendo-a para mais perto dele, numa tentativa de confortá-la – não precisa ter medo, tudo acabara bem...

_ eu... – disse Lily, mas ela não sabia ao certo o que dizer, poderia dizer simplesmente como ele tinha certeza que tudo acabaria bem, ou que não acreditava nele, mas a voz do garoto era tão doce, que algo lhe dizia que suas palavras eram sinceras e verdadeiras – obrigada... – e se aconchegara melhor contra o corpo quente e macio do loiro.

Alvo apontara novamente a varinha sobre si, e murmurara o feitiço de teletransporte, logo havia sentido novamente a mesma sensação horrível de ser sugado em um redemoinho sem fim, após abrir os olhos constatou que estava em algum ponto da arena, podia ver as costas do Grifo ainda preso pelo portão. Ele se erguera do chão, gemendo de dor pelas costelas quebradas, sentira o sangue lhe escorrer pelo canto da boca, e o limpou, antes de pegar sua varinha e apontá-la para algumas pedras as fazendo levitar com um feitiço, e as arremessando contra as costas da criatura, como se fossem balas de canhão. O monstro soltara gritos agonizantes de dor e raiva, e com enorme força, conseguira se soltar do portão que o prendia e agora avançava para cima de Alvo, o garoto então vira algo reluzir no pescoço da criatura, era o medalhão, teria que pega-lo, olhou para sua mão, e vira o anel, no entanto seu rosto se contorceu numa aparecia de incredulidade, ao constatar que a pedra havia quebrado, não teria como usá-lo, ou será que teria, ele apontou para a pequena pirâmide dourada que balançava como uma coleira de cachorro no pescoço do Grifo, sentira um pequeno choque na mão, e o que restava do objeto em seu dedo começara a ficar quente, antes que explodisse, arrancou-o e jogou longe, houve uma pequena explosão e ele se desfez em cinzas.

_ nada bom – disse Alvo para si mesmo de olhos no lugar onde antes caira o anel – nada bom mesmo – ele agora olhava para o Grifo que soltava algo semelhante a um rugido rouco correndo em sua direção, o rapaz teria que pensar rápido antes que o animal já estivesse com ele na boca – pense vamos, pense... – os seus olhos percorreram o lugar, como se estivesse pensando que algo ali pudesse ajudá-lo, fora quando seus olhos se encontraram com os grandes holofotes do estádio, e uma idéia um tanto maluca surgira em sua cabeça, o Grifo saltara sobre ele, e apontando a varinha para ele, brandiu novamente o feitiço – Apparatus – surgindo novamente só que dessa vez em uma das extremidades do estádio - é isso... Agora só preciso... – ele então vira algo reluzindo em uma das arquibancadas, ao ver melhor reconhecera o que procurava, e um sorriso brotou – ora de mostrar de quem sou filho – ele apontara a varinha para o objeto e gritara – Accio vassoura – e ela fora atraída rapidamente para suas mãos.

Rony vira o momento que o sobrinho convocara a vassoura e sorriu, encarando Harry que estava com uma expressão extremamente concentrada, seus dedos estavam roxos e praticamente apertavam a mão da mulher quase que a quebrando, e seus olhos verdes percorreriam cada passo que o filho desse dentro da arena, temendo pelo que podia acontecer. O ruivo sorrira quando percebeu o plano do sobrinho, uma batalha aérea, como quando Harry enfrentara o dragão no ultimo Torneio Tribruxo. Hermione estava angustiada ao lado do marido, encostando a cabeça em seu ombro.
Alvo subira na vassoura, e uma expressão de dor veio de seu abdômen, suas costelas quebradas pareciam estar cutucando seus órgãos internos, uma sensação péssima e que só pioraria quando ele voasse, e comprovou isso quando segundos depois alcançou vôo pouco antes do Grifo destruir parte do lugar onde ele estava antes. Sobre a vassoura alcançou os céus rapidamente, sentira como se qualquer momento fosse cair, pela dor descomunal que sentia, mas segurara firmemente na vassoura voando em direção aos holofotes do estádio que iluminavam a arena, como esperado, a grande criatura voara em sua direção pronta para pega-lo com seu gigantesco bico afiado como laminas de uma guilhotina. Quando estava próximo o bastante do holofote, o rapaz fez um contorno brusco na vassoura, que quase o fez cair, e a ave se viu de frente com a luz intensa que aquele objeto emitia, e seus olhos ficaram cegos novamente, um grande rugido rouco surgira de sua garganta, enquanto o Grifo tentava se manter ainda voando mesmo sem ver. Alvo apontara a varinha para a corrente ainda envolta ao redor do pescoço do grifo e a atraira com um feitiço, para que se prendesse ao pedestal que era a grande torre de aço onde ficava o holofote, ele estava preso. Finalmente havia o derrotado, mas a prova não chegara ao fim ainda precisava do medalhão, ele o reconhecera preso a criatura, e balançando estridente sobre seu peito, respirara fundo, sabia que feitiços de convocação não funcionariam, pensara em algo rápido, então uma imagem se formou em sua cabeça, ao olhar para o estádio, muito semelhante a um campo de Quadribol, era isso, tivera uma idéia, bastava confiar em seus talentos para apanhador.

_ Reducto – disse Alvo e a pequena corrente que segurava o medalhão se partiu, e ele caira daquela grande altura em direção ao solo, numa velocidade extremamente alta, o rapaz empinara sua vassoura para frente, mergulhando voraz atrás da pequena pirâmide, o vento podia ser ouvido, suas mãos mais que nunca se prenderam no cabo de vassoura, fora então que a pouco mais de cinco metros do chão conseguira apanhar o pequeno objeto, como se ele fosse um pomo de ouro - consegui – ele sorriu vitorioso, pouco antes de bater forte mente sobre o chão, a dor fora imensa, tivera certeza que havia quebrado o braço que segurava o medalhão, pois escutou um pequeno barulho que denunciava isso, assim como a dor que sentia, no chão ficar imóvel, logo notara algumas pessoas ao rodeá-lo, reconheceu uma delas como sendo Teddy que parecia incrivelmente preocupado, já que seus cabelos estavam castanhos escuros, como geralmente ficava quando ele ficava assim – olá... – ele tentara sorrir, mas até isso parecera fazê-lo sentir dor, logo se entregou o cansaço, e ofegante fechara os olhos, dormindo ali mesmo.

Scorpio havia conseguido um par de bisbilhoscopios e olhava atrás deles para ver a cena dos professores de Hogwarts assim como alguns medibruxos andando até o centro da arena para resgatar o corpo inerte do campeão caído, ele ajustara melhor e pudera ver o medalhão preso fortemente em seus dedos, o loiro sorrira, afinal de contas tudo dera certo no final.

_ será que eu poderia dar uma olhada Scorpio? – disse Alice e o rapaz assentira, entregando os bisbilhoscopios para a lufa-lufa, que clicou ao lado para rever a cena da queda, parecera ter visto algo estranho enquanto Tiago mergulhava com a vassoura, poderia ver melhor agora, agora via com clareza, a cena em câmera lenta, realmente estava ali, um brilho em meio às vestes do ruivo, ela usara o zoom e agora podia saber o que era, a imagem limpa e clara mostrava um cordão de ouro em volta do pescoço do rapaz, e poucos segundos depois, a ponta dela revelara possuir uma miniatura de pomo de ouro – não... Pode... Ser... – a imagem de anos atrás viera a sua mente, ela no expresso entregando aquela mesma corrente a um garoto da Sonserina, dotado de olhos verdes e cabelos negros despenteados, muitos poderiam dizer se tratar de uma coincidência mas ela sabia que não era, afinal, mandara fazer especialmente para ele, não havia outro igual – Alvo... – ela sussurrara apenas para ela, e entregara o objeto mágico para Scorpio com certa brutalidade, que quase os partiu e se levantou em seguida, tinha que ver tudo aquilo de perto, para ter certeza.

Alvo acordara, estava na tenda montada próximo o estádio que estava servindo de enfermaria, sentira uma enorme dor quando tentara se levantar, e alguém veio ao seu auxilio empurrando novamente para se deitar, ao olhar a mulher conseguira reconhecê-la como sendo sua professora de Feitiços, ela deveria estar ajudando as outras enfermeiras com os campeões, o Sonserino sorrira para ela que retribuiu, como sempre vestia vestes negras em sua maioria, como sua capa de viagem que geralmente não se via ela sem, saia e espartilho negros e uma camisa de mangas longas com alguns babados, ela parecia mais jovem do que realmente era, podendo se passar perfeitamente por uma aluna.

_ descanse Tiago – disse Stella deixando-o novamente na marca – já cuidamos de suas costelas quebradas e de seu braço – Alvo olhara em um pequeno recipiente de poções e vira que ainda estava com a aparência do irmão, a pergunta era por quanto tempo, devia ter levado pelo menos meia hora para derrotar o Grifo, e se não mais, como ele conseguira continuar como ele mesmo? – ouvi os diretores falando muito bem de você, e soube que não teve notas nada más também, ao que parece gostaram da sua atuação por não ter matado a criatura, no entanto perdeu pontos por ter saído com alguns ferimentos... – ela colocara um pouco de água em um copo e entregara ao rapaz – beba – enquanto ele bebia, ela continuava a contar a respeito do Torneio, Alvo se perguntava se a professora não conseguia ficar calada nem um segundo - Mas eu não ligaria, afinal ninguém conseguiu a nota máxima de nenhum dos juízes, boa jogada a da vassoura, mostrou o porque de ser o apanhador da Grifinoria...uma pena não estar na Corvinal, soube que o time de lá é bom, mas precisamos de um apanhador novo – ela continuaria a falar se Alvo não a tivesse interrompido.

_ professora – disse Alvo imitando a voz de Tiago – quanto tempo estou aqui exatamente?

_ aqui? – disse Stella surpresa – acho que uns dez, vinte minutos, só sei que foi tempo o suficiente para eu te curar, você precisa treinar mais suas aterrissagens, foi uma batida feia, teria ficado mais algumas horas desacordado se não tivesse usado uma poção revigorante em você – nesse momento alguem chamou a professora, e ela se levantou da marca de Alvo – agora tenho que ir, se cuide sim?

_ claro, sem problemas – disse Alvo e a morena sorrira para ele, andando em direção as outras enfermeiras, ele olhara para os lados, e pode notar que não estava sozinho, estava na companhia dos outros campeões.

Em uma das macas Dominique bebia e comia algo, os olhos do Sonserino rodaram a garota, que parecia intacta sem qualquer indicio que indicasse que tinha passado por algo realmente perigoso, com exceção de sua mão enfaixada com ataduras molhadas por uma poção, na mesa ao lado estava um frasco com os dizeres “ poção para queimaduras” certamente o feitiço que usara acabara por atingi-la um pouco, pelo menos era o que pensava. Nickollaus estava recebendo algumas poções nas costas e braços que havia alguns cortes, onde o rapaz supôs ter sido causado pelas grandes aves que certamente as Veelas haviam se tornado. Eduard estava na marca ao seu lado, onde os últimos retoques pareciam estar sendo dados, como recolocar o braço deslocado de volta ao ombro com um feitiço, o Sonserino grunhiu de dor quando tudo acabou, ao perceber que Alvo o encarava sorrira.

_ foi bem em sua prova não Potter? – disse Eduard enquanto uma das enfermeiras fechavam um grande corte em seu rosto com um feitiço – soube que mostrou suas proesas na vassoura, esperto queria ter pensado em algo assim...

_ obrigado – disse Alvo imitando o irmão – soube que também foi bem, pelo menos derramou bastante sangue do seu trasgo, já que tive que esperar limparem a arena por sua causa... – ele rira um pouco sem graça – parece que esse torneio realmente vai ser difícil, se já na primeira prova saímos quebrados.

_ sim – disse Eduard seriamente – Potter, posso te perguntar onde passou a noite ontem? Pois em nosso dormitório não foi, nem você e o Weasley dormiram lá, eu sei pois quando cheguei as suas camas estavam arrumadas, e amanheceram do mesmo jeito hoje.

_ já passou pela sua cabeça que nos as arrumamos? – disse Alvo sarcástico, imaginando que seriam aquelas as palavras de Tiago – só por que não nos viu deitar e levantar, não quer dizer que dormirmos fora, mesmo que tivéssemos não vejo no que isso pode te interessar Zabini.

_ como queira – disse Eduard se levantando da marca e vestindo seu casaco verde Sonserino – não me importo com o que faça Potter, desde que isso não traga problemas para Hogwarts...

_ eu nunca traria problemas para Hogwarts – disse Alvo imitando com perfeição a voz de Tiago, e a careta que fazia quando ficava seriamente bravo – pode ter certeza disso... – fora quando ao ajeitar o casaco uma pequena caixa de veludo azul caiu de seu bolso, e se abriu revelando o par de alianças que Fred lhe contara na noite anterior, rapidamente Eduard as pegou antes que o outro pudesse fazer isso- são para ela não?

_ sim – disse Eduard tristemente, ao que parecia não queria que Tiago soubesse daquelas alianças – chegaram ontem do Beco Diagonal, são feitas por duendes, realmente especiais.

_ claro, precisam ser especiais para o tipo de garota que você quer oferecer – disse Alvo seriamente, ainda não entendia aquela historia de casamento entre os dois, parecia brincadeira – você ira pedi-la quando? Hoje por acaso? Para comemorarem a primeira prova do Torneio?

_ não, eu vou pedi-la quando tudo isso acabar – disse Eduard guardando a caixa no bolso – sei que é muito rápido, mas eu realmente a amo e quero provar isso...

_ bela forma de mostrar isso, prendendo uma pessoa a você para sempre – disse Alvo,
serio ele pensara que fora um comentário infeliz, afinal casamento não era uma prisão – só cuide bem dela.

_ eu vou cuidar Potter – disse Zabini se retirando da enfermaria até sumir de vista.

De repente Alvo sentira alguem sentar ao seu lado e se virou para ver de quem se tratava, sua surpresa fora imensa ao encontrar um par de olhos cor de avelã que amava, Alice estava ali ao seu lado e o encarava com uma expressão seria e questionadora, como se estivesse esperando explicações, o garoto se perguntava se a poção polissuco poderia estar terminando seu efeito, afinal ela parecia ter o reconhecido, ou estava enganado sobre isso. A Lufa-lufa levara as mãos em direção a seu pescoço, e o garoto tivera o estranho pressentimento de que talvez ela o estragula-se ou algo do gênero, mas eles desapareceram quando ela começara a abaixar a gola da camiseta que vestia, e de dentro das vestes do rapaz a garota puxara um cordão de ouro e na ponta dele, um pomo de ouro que batera as asas quando fora tocado, os olhos de Alvo se arregalaram, ele sabia muito bem o porque dela ter tanto interesse naquele objeto, afinal fora ela que o presenteara com aquilo. No rosto da morena um sorriso vitorioso surgira, para então sumir numa feição desaprovadora e raivosa. Ela se levantou e puxou o cortinado da marca, fazendo com que ninguém pudesse os ver, e tivessem um pingo de privacidade para conversar, ela retirara a varinha das vestes e procurara tentar se lembrar de algum feitiço.

_ Abaffiato – disse Alice apontando a varinha para todos os lugares, de modo que ninguém mais poderia escutar o que falavam, a não ser um leve zumbido – eu sabia que não era o Tiago desde de que o vi entrar, Rose trabalhou com ele durante uma semana, e a pessoa que entrou parecia não saber exatamente o que estava fazendo.

_ desculpa Alice, mas não sei do que esta falando – disse Alvo imitando a voz do irmão, e a garota lhe dera um tapa no rosto que o fez estalar os olhos, enquanto massageava o rosto que tinha certeza de que ficaria vermelho, sua boca tremulava conforme o espanto o havia atingido – certo, sou eu, mas como você descobriu que...

_ ora, vamos – disse Alice parecendo perder a paciência e erguera o cordão com o pomo de ouro a altura dos olhos do rapaz, o balançando como um pendulo – eu dei isso para você no nosso primeiro ano, quando voltávamos no expresso para passarmos as festas, esse foi um dos meus presentes de natal para você Alvo Severo, não me diga que esqueceu – o garoto pensara em dizer algo, mas fora interrompido – e não venha com nenhuma estúpida desculpa do tipo “O meu irmão me deu isso” pode enganar a todos se passando pelo Tiago, mas eu consigo te reconhecer de longe, independente da sua aparência.

_ eu nunca daria esse objeto para o Tiago – disse Alvo tristemente – foi um presente seu, e eu não poderia me desfazer dele assim tão fácil, é como se tivesse um pedaço seu perto de mim o tempo todo.

_ não venha com elogios bobos para cima de mim Alvo Severo, e nem tente desviar o assunto – disse Alice seriamente quase gritando, suas bochechas haviam tomado um tom rosado devido as palavras do Sonserino – me conte logo de uma vez, de onde veio essa sua brilhante idéia de se passar pelo Tiago para realizar a primeira prova do Torneio, vamos, me diga.

Alvo estava realmente surpreso com o modo como Alice agia, não apenas pelo tapa que levara, ela estava nervosa, algo raro de se ver, já que a paciência era uma de suas virtudes como qualquer outra Lufa-lufa, mas também por não fazer parte de sua natureza ser assim. No entanto no fundo o Sonserino estava um pouco animado, afinal ela o reconhecera, e se preocupara com ele, do contrario não estaria ali lhe dando sermão.

_ vai ficar realmente calado sem dizer nada? – disse Alice seriamente e Alvo despertara, produzindo um som indecifrável e confuso, e ela entendera que ele talvez não tivesse prestando atenção – onde você estava com a cabeça quando se meteu nessa historia de torneio? Você poderia estar morto nesse minuto, não havia recebido nenhum preparo, a verdade é que foi muita sorte você se safar tão fácil assim...

_ você não entende, eu precisava fazer isso – disse Alvo e Alice o olhara com um olhar duvidoso – é serio, o Tiago estava realmente mal, alguém tinha que se passar por ele, do contrario...

_ não me importa os motivos que não levaram o Tiago a participar – disse Alice numa voz rude – apesar de suspeitar que isso tenha algo haver com bebidas não? Ouvi boatos de que ele estava bebendo, e que não conseguia ficar uma noite sequer sóbrio, o que foi agora? Bebeu alem da conta?

_ não fale dele assim, acha que ele gosta de fazer essas coisas? – disse Alvo no mesmo tom que a garota – ele esta doente Alice, meu irmão precisa de cuidados, não sei se sabe mas alcoolismo é uma doença, não fale dele nessa maneira, ele não tem culpa, não consegue ter controle sobre si mesmo – um silencio pesado reinou sobre eles por alguns eternos segundos.

_ desculpe, ele realmente não tem culpa – disse Alice quebrando o silencio – mas realmente, estou muito desapontada com você Alvo, pensei que pudesse ser mais esperto – ela suspirara – por que exatamente tinha que ser você? Aposto como vários septanistas adorariam passar-se como seu irmão para terem o gosto de participar de uma das provas do Torneio, não precisava ser você... – ela se levantara – você podia ter morrido, imagina que problemas causaria com isso? O sofrimento que todos nos teríamos com sua morte, você nunca pensa nos outros, apenas naquilo que te interessa.

_ desculpe, foi a única vez que me meto a ouvir planos do Fred – disse Alvo e antes que a garota dissesse algo sobre seu primo a interrompeu – você, veio até aqui apenas para me dar sermão? Isso quer dizer que está preocupada comigo?

_ lógico que fiquei preocupada – disse Alice e suas bochechas tomaram tons rosados – você apesar de tudo é meu amigo, não se sinta especial como se fosse o único Alvo Severo, eu me preocuparia com qualquer outro da mesma forma... – ela suspirou – olha é bom você usar isso – ela tirara uma coisa das vestes e jogara sobre o garoto, que a reconheceu como sua capa da invisibilidade – o efeito da poção está passando – ela pegara seu estojo de maquiagem e mostrara o reflexo do Sonserino pelo pequeno espelho, e o garoto notara que seus olhos eram verdes novamente, logo estaria com seu próprio rosto – também trouxe umas vestes suas – ela tirara uma muda de roupas e colocou sobre a marca – não pode sair vestido como um campeão por ai... – ele iria agradecer, mas a garota lhe voltara as costas - até mais Potter... – e a morena saira, deixando o garoto a sorrir bobamente, ela pelo menos ainda o considerava um amigo e voltara a falar com ele.

Alvo mudara as vestes com rapidez, e após isso se cobrira com a capa, e sua imagem desapareceu no ar, camuflada ao ambiente como um verdadeiro camaleão, ele se retirou daquele lugar, e caminhara novamente ao encontro do Trem negro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou bom?
O que acharam do quase primeiro beijo da Chloe com o Lorcan?
Como ficou a batalha entre Alvo e o Grifo?
Alice e Alvo vão voltar a ser como antes? O momento deles ficou legal?
Espero Reviews...