Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 22
Trio de Ouro


Notas iniciais do capítulo

mais um capitulo para vocês, espero que gostem...



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Harry estava em seu escritório, ele havia permanecido muito tempo no ministério desde que a Ordem da Fênix fora convocada por Kingsley após fatos que levaram a reunião dos membros ainda ativos para ao que parecia alguma espécie de trabalho que nem mesmo os Aurores deveriam se meter, lógico que ele e Rony acabaram por estar dentro, a verdade é que há algumas semanas dois membros haviam desaparecido, eram eles o Casal Skeeter, alem é claro que também havia desaparecido o tumulo de Dumbledore, e mesmo isso não sendo algo que muitos considerariam um caso para a Ordem, era de estrema importância para Harry e os outros. Era uma questão de honra descobrir quem havia levado o tumulo do fundador e idealizador daquele grupo que há muito tempo havia sido formado para combater o Lorde das Trevas e seus servos, quanto muitos estavam com medo para fazer isso, e outros simplesmente não queriam lutar, haviam aceitado o reino de terror, isso ocorrera por duas vezes, em duas grandes batalhas, onde ele o bruxo mais poderoso que Harry conhecera lutara, e morrera mais tarde, era direito de um mestre como Alvo Dumbledore poder descansar em paz, e seja quem tenha roubado sua sepultura iria pagar muito caro por isso. Havia é claro também, o fato de que no tumulo havia mais que o corpo de Dumbledore, junto se encontrava a varinha das varinhas, era perigoso que ela ficasse tão desprotegida assim, por isso talvez McGonagall tenha tomado a atitude de esconder a sepultura do antigo diretor, e lançar alguns feitiços sobre ela, soubera por Teddy na ultima vez que conversaram via rede de flu que a diretora havia lhe pedido para auxilia-la na tarefa de criar alguns feitiços protetores ao redor da sepultura, e assim foi feito, no entanto de alguma forma eles conseguiram burlar todas as defesas, incluindo o feitiço da confusão que afastava todos daquele local e fazia com que retornassem de onde vieram, seja quem for que tenha pegado o tumulo de Dumbledore alem de possuir muita inteligência e ser um grande bruxo para sobreviver as defesas, era uma pessoa de muito sangue frio para sacrificar tantos homens daquela forma, muitos foram mortos para que ele obtivesse o que queria, era quase tão bárbaro quanto qualquer outra atitude que o próprio Voldemort teve no passado. A Ordem pensava que se tratava de Rodolfo, achavam que ele havia assumido o papel de líder de um bando de comensais que estava por trás disso, Harry duvidava, pois por mais que o comensal fosse um bruxo habilidoso nunca chegaria de nenhuma forma a liderar um grande grupo daquela maneira, mesmo sendo um dos grandes generais do Lorde das Trevas, por alguma estranha razão o Auror não podia imaginá-lo como sendo o líder, diferente dos outros membros que apostavam que ele era a cabeça por trás disso tudo. Rony naquela manhã recebera uma mensagem em seu escritório no ministério, dando a localização do paradeiro de Richard e Claire Skeeter, pois era o ruivo que havia assumido a missão de descobrir onde eles estavam, e cuidava de tudo referente ao desaparecimento do casal, incluindo a investigação sendo ele que a liderava, acabou que mais tarde naquele mesmo dia Harry reencontra o amigo após ele ter saído para verificar se a informação contida na carta era verdadeira, acabou que era verdade, no entanto a situação que eles foram encontrados acabara por abalar um pouco os membros da Ordem, pois os Skeeters haviam tido suas almas sugadas por Dementadores, agora não passavam da sombra do que um dia foram, estavam em um estado vegetativo e ficariam assim até o final de seus dias. Harry tirara os óculos, e esfregara os olhos, estava cansado, olhara para o relógio de sua sala que mostrava que se passava da meia-noite, a horas estava a tentar encontrar uma forma, algum jeito para arrumar toda essa bagunça, a verdade é que não percebera o quanto as coisas haviam de repente virado de ponta cabeça, e ficado tão confusas, a Ordem da Fênix nunca fora tão incompetente antes, pelo menos era o que lhe passava por sua mente, afinal eram tempos de paz, e de uma hora para outra seus membros são seqüestrados, torturados e recebem o beijo do dementador, e o tumulo de Dumbledore some, seria ele um bom Líder? Pensara Harry, ele estava a altura para ser chamado de comandante, assim como McGonagall e Kingsley eram? Era o mal de pensar que tudo seja sua culpa, como dizia Hermione, ele sempre se considerava culpado por algo que ele não sabia que ia acontecer, ou simplesmente não poderia evitar. Fora então que escutara um barulho vindo da lareira, que de repente se rompera em chamas verdes, ele era um dos poucos que tinha aquele privilegio de ter uma ligada a rede de flu, mas era compreensível se tratando de seu cargo, os olhos verdes de Harry ficaram encarando o fogo, e as figuras que dali saíram para sua surpresa a primeira a sair fora Gina, sua esposa e ao lado dela, Rony e Hermione. Assim que vira a esposa imaginaria que ela viera falar para ele que era loucura o que estava fazendo, passando uma noite em claro no ministério, mas diferente do que acontecera, ela não dissera nada a respeito, e o que realmente o surpreendeu também era que seus melhores amigos se encontravam ali também, a ruiva parecia nervosa, o moreno sabia muito bem os indícios disso, ele sabia reconhecer todos os estágios de fúria de Gina, e o estado que estava mostrava que ela estava realmente muito furiosa e pelo que parecia, ele de certa forma era o causador, calculou isso automaticamente quando a mulher começara a bater nele, no entanto buscou prestar atenção nas palavras dela.

_ HARRY POTTER, COMO VOCÊ PODE DEIXAR NOSSO FILHO FAZER UMA BURRICE DESSE TAMANHO? – disse Gina aos altos berros enquanto batia em Harry com a primeira coisa que encontrara, que para infelicidade dele, era um exemplar do profeta matutino, que alem de grosso doía muito com a força que a ruiva aplicava a cada golpe – PENSEI QUE TIVESSE TENTADO PELO MENOS COLOCAR UM POUCO DE JUIZO NA CABEÇA DO SEU FILHO, COMO FICOU AQUELA DROGA DE CONVERSA QUE VOCÊS TIVERAM, HEIN... – por sorte dele, Rony se prontificou a tirar a irmã de cima do amigo.

_ mas o que diabos eu fiz? – disse Harry com um fio de voz que ainda lhe sobrara, enquanto massageava a cabeça e outros lugares, que anteriormente a esposa lhe batera.

_ o que você devia ter feito melhor dizendo não? Pois parece que não fez o que devia fazer direito – disse Gina em tom normal, mas mesmo assim com a voz dura – o Tiago deve ter te contado o que ele pretendia fazer, aposto que falou, e você nem para impedi-lo.

_ fazer o que? – disse Harry buscando alguma explicação dos amigos, do que a mulher estava falando.

_ viu só Gina, ele não deve saber de nada, e você os está acusando sem ter provas – disse Hermione calmamente – Harry, você viu sua correspondência hoje?

_ não, eu a recebi, mas ainda não abri todas as cartas, não estava com muita paciência para isso – disse Harry simplesmente pegando as cartas que ele havia guardado em uma das gavetas de sua mesa – por que pergunta?

_ procura alguma que traga o selo de Beauxbatons – disse Hermione – e ai você entendera o porquê disso...

Harry procurara por entre os envelopes a carta que Hermione lhe falara, acabou por encontrar o selo de Beauxbatons, o brasão da escola que alem do nome dela havia um par de varinhas cruzadas e três estrelas saindo das pontas delas, o envelope era azul celeste, algo que lembrou vagamente ao Auror as vestes dos estudantes Franceses que a muito tempo vira. Rompera o lacre, e abrira o envelope, puxando a carta para a fora com a ponta dos dedos nela estavam escritas com letras finas em tinta prateada.


“Prezado senhor Potter,
Nos do ministério da magia francês, temos a honra de lhe dizer que seu filho Tiago Sirius Potter foi escolhido pelo Cálice de Fogo para participar da edição do Torneio Tribruxo que se realizar nesse ano letivo em Beauxbatons, a primeira prova está marcada para o dia 30 de setembro.
Atenciosamente,
Pierre Le Pearce, Ministro da Magia francês. “





_ mas que palhaçada é essa? – disse Harry com raiva – o Tiago se inscreveu mesmo depois da conversa que tivemos e ele me prometeu que não faria.

_conhece seu filho muito bem para saber que ele não ficaria fora de algo desse tipo tão fácil – disse Gina – devíamos imaginar que isso ia acontecer, era tentador demais ele ficar fora de algo assim, devíamos ter proibido ele de ir a França, ao invés de apenas você ter essa conversa com ele.

_ você fala comigo como se eu tivesse alguma culpa Gina – disse Harry – mas eu não tenho, acha que estou feliz pelo meu filho ter sido escolhido para um Torneio desse tipo que pode haver mortes? Se você esquece, eu participei desse torneio quando era mais jovem que ele, eu estava lá quando Cedric foi morto, acha que eu aceitaria que o Tiago se inscrevesse?

_ desculpe, eu sei você não tem culpa, é que eu estou nervosa, Harry – disse Gina se aproximando do marido e o abraçando – não quero passar pelo mesmo que Amus Diggory e a esposa passaram quando perderam o filho, não sei se sobreviveria se perdesse algum deles, e o Tiago nesse torneio... – ela parecera querer chorar, mas Harry a amparou nos braços para confortá-la – eu não quero que ele morra Harry.

_ e não ira morrer, nosso filho é forte, eu mesmo temendo por ele, assim como você – disse Harry suspirando fundo – tenho que admitir que nosso filho é um grande bruxo, e tenho certeza que conseguira, nada ira derrubá-lo, você verá...

_ Harry, você acredita que o Tiago se inscreveu mesmo depois da conversa que tivemos com ele e o Fred? – disse Rony e o moreno o encarou.

_ eu acho que não Rony, eu conheço meu filho muito bem para saber que ele não quebraria uma promessa dele dessa forma – disse Harry – meu filho não colocou o nome naquele cálice, pode apostar.

_ quem pensa que pode ter feito isso então? – disse Rony – e por que eles querem o Tiago no Torneio?

_ eu não sei, isso eu não sei, mas irei descobrir – disse Harry – e terei uma conversa também com Tiago, sobre ele ser um dos campeões, ainda não acredito que isso está se repetindo.

_ pois está, infelizmente – disse Hermione – mas, você não acha que poderia ser Rodolfo ou algum comensal querendo se vingar de você? Afinal, foi por essa causa que vocês não queriam que os dois participassem.

_ pode ser, mas como eles entrariam em Beauxbatons? – disse Rony – Fleur esta sempre se gabando da segurança da escola, que nunca ninguém que não fosse convidado ou permitido entrar na escola, diz que é impossível.

_ então, deve ter sido alguém de dentro que colocou o nome do Tiago no Cálice de Fogo – disse Hermione – agora, quem foi é que deveríamos descobrir, o quanto antes para podemos evitar qualquer coisa que pensem em fazer.

_ sim, mas quem vocês acham que poderia ser? – disse Gina – quem ganharia algo o colocando no Torneio?

_ alguem que odeia o Harry, o que não ajuda muito pois muitas pessoas o odeiam, mas por alguma estranha razão penso que essa pessoa possa ser alguem que deixa bem claro isso – disse Rony mas fora interrompido por Hermione.

_ vá direto ao assunto Ronald – disse Hermione duramente.

_ certo, quando você participou do Torneio Tribruxo foi porque Crouch Jr. colocou seu nome no Calice– disse Rony – vai ver algum comensal entrou na escola disfarçado e fez o mesmo com Tiago.

_ brilhante Ronald, se não fosse pelo fato da McGonagall ter testado os professores novos que contratou, e nenhum deles parece ser um comensal – disse Hermione para então tomar um ar pensativo e uma cara seria – o que não podemos dizer dos professores de outras escolas...

_ ou alunos, duvido que McGonagall tenha testado cada um dos alunos que foram para saberem se são eles mesmos – disse Rony – mas em minha opinião, acho que foi o Salvatore que colocou o nome do Tiago, ele faria qualquer coisa para atingir o Harry, ele o odeia mais que tudo.

_ Salazar Salvatore é um membro da Ordem da Fenix, se a diretora McGonagall confiou nele para nomeá-lo um de nos – disse Hermione - não acredito que ele fosse capaz de algo desse tipo, apesar do ódio que ele sente pelo Harry, isso não quer dizer que trairia todos nos, alem do mais ele é um Auror...

_ um ótimo Auror diga se de passagem – disse Rony em um tom irônico – bom o bastante que as vezes pensamos se ele não estaria melhor como um comensal da morte, ou então em Azkaban... e outra, desculpe dizer Hermione, mas McGonagall é humana como todos nós, ela também pode cometer erros...

_ e lembre-se que nem todos os membros da Ordem eram digamos, fieis a ela – disse Harry e uma pessoa veio a sua mente, assim como na de todos – que a Ordem teve traidores que mudaram de lado isso a muito tempo.

_ É ao rato imundo do Rabicho que se refere? Harry, ele está morto, e acredito que nenhum de nossos membros nos trairiam a essa altura, todos são realmente fieis a nosso objetivo – disse Gina – fique tranqüilo, e eu concordo com a Hermione sobre o Salvatore, acredito que não seja ele.

_ de todo o modo – disse Rony – acho que deveríamos mandar alguns Aurores investigarem isso não é mesmo?

_ duvido muito que deixam um de nos ir para lá e nos metermos nesse caso – disse Harry - aconteceu na França, longe de nossa jurisdição, poderíamos oferecer apoio aos franceses, mas duvido que algum deles aceitasse.

_ então, fará o que sobre isso Harry? – disse Rony se aproximando do amigo.

_ acho que vou a Beauxbatons, ter uma conversa de pai para filho com o Tiago – disse Harry – alem de passar algumas orientações, e tentar descobrir como ele está.

_ quer que algum de nos vá? – disse Hermione.

_ acho que o Rony e eu indo seria bom – disse Harry – você não pode se afastar do ministério Hermione, e Gina tem as matérias do Profeta Diário para fazer...

_ nem pensar, eu vou com você, quero ver meu filho também – disse Gina – preciso vê-lo, e dizer algumas coisas para ele – Harry tentara dizer algo, mas fora interrompido pela mulher antes que dissesse - e outra, não use essa desculpa esfarrapada de que eu e a Mione não podemos ir por conta do Trabalho, pois se eu bem sei ela tem alguns dias de folga acumulados, e eu posso dar meu jeito no Profeta, ter uma conversa com a Skeeter... Entendido senhor Potter?– o moreno olhara para o ruivo como se buscasse ajuda.

_ não olhe para mim, você sabia no que estava se metendo quando se casou com a Gina – disse Rony rindo – agora segura a onda sozinho, eu tentei te avisar mas não ouviu... – Hermione dá um tapa nele – o que foi isso?

_ apenas para que ficasse calado, por Merlin, Rony isso é hora de falar besteiras ou fazer piada – disse Hermione – e eu concordo com a Gina, também irei, posso falar com Kingsley, ele ainda não viajou para a França, resolveu deixar para fazer isso na véspera do Torneio.

_ mas você não vai, ele vai estar lá e não quero que vocês sem encontrem – disse Rony para então receber outro tapa – eu falo serio, você pode pensar que ele esqueceu você, mas o que garante que Victor Krum não sente mais nada por você?

_ ele ama a Gabrielle, Ronald – disse Hermione cansada – já disse isso um monte de vezes, e outra eu e ele somos apenas amigos não precisa ter ciúmes.

_ certo, mas eles se separaram não é? – disse Rony não muito seguro de suas palavras – de qualquer forma, acho bom não nos encontrarmos com ele, evitaremos isso ok?

_ eu nem quero me encontrar com Viktor, vocês dois sempre ficam naquele clima estranho, por sua causa, que fica sendo grosso e às vezes estúpido com ele, como se a qualquer momento durante a conversa ele fosse me tirar de você – disse Hermione – como se desafiasse ele, você tem que controlar um pouco seu ciúme Ronald – o ruivo não dissera mais nada, permanecendo em silencio, assim como o restante da sala, silencio que fora quebrado por Harry.

_ sendo dessa forma, acho que todos teremos um dia cheio amanhã – disse Harry – avisar e tentar cuidar de tudo para a viagem, para então irmos para Beauxbatons, sei que serão apenas algumas horas, mas acho que temos que fazer isso, quanto a quem colocou o nome do Tiago, deixaremos isso a cargo dos Aurores Franceses e rezemos para que eles saibam o que fazem – um silencio reinou por um tempo até ser quebrado por Rony.

_ será que devemos, não sei ver se conseguimos permissão para ver uma das provas? – disse Rony – queria ver como o Tiago se sai, alias, serão as mesmas do Torneio de anos atrás...

_ não sei, creio que se pedimos a Madame Máxime talvez conseguíssemos algo – disse Harry – mas não é certo, pelo que saiba, apenas pessoas autorizadas pelo ministério, fora os alunos e professores podem ver esse torneio.

_ então, acho que já acabamos tudo que tínhamos para fazer e discutir – disse Gina com um tom malicioso – não seria melhor irmos todos para casa, e você senhor Potter, vem com a gente, sinto sua falta estas ultimas noites comigo na nossa cama – Harry sorrira, se inclinando e beijando a esposa carinhosamente.

_ Harry, já chega, desculpe, mas eu não estou a fim de ficar vendo você beijando minha irmã assim – disse Rony com uma voz um pouco enojada – e outra, Gina não diga que sente falta do Harry na cama, isso é algo que você não deve dizer em publico, muito menos em um tom malicioso.

_ cala a boca Rony – disse Gina ainda abraçada a Harry – e outra, para de reclamar sobre eu e o meu marido, somos casados, não somos mais namorados para poder ficar implicando assim com a gente.

_ como vocês podem pensar numa coisa dessas depois da noticia que receberam? – disse Rony e os dois riram – ótimo, só quero agora saber como vou tirar essa imagem da minha cabeça...

_ vem cá eu te ajudo – disse Hermione com uma voz doce beijando o marido – vem, vamos para casa, já é bastante tarde para conversamos e acho que eles têm outros planos – Rony pensara em falar algo sobre os planos que o outro casal poderia ter, mas preferiu ficar quieto quando viu o olhar da esposa – boa noite Harry – ela andara até o amigo e se despedira – boa noite Gina – se despedira da ruiva com um abraço e um beijo – boa noite, até amanhã, ou hoje já que estamos de madrugada.

_ até mais Gina – disse Rony se despedindo da irmã – Harry... – ele apertara a mão do amigo – nos vamos para Beauxbatons juntos não? – eles confirmaram – então, até a viagem – e ele aparatara ao lado de Hermione.

_ e nos senhora Potter, o que temos planos realmente para essa noite? – disse Harry sorrindo para a esposa e a beijando.

_ claro senhor Potter – disse Gina o beijando – você não pode ficar apenas com preocupações desse tipo na cabeça, isso não faz bem Harry, quem saiba eu não consigo tirar elas da sua cabeça por um tempo?

_ tem razão, você consegue – disse Harry sorrindo – disso tenho certeza, mas depois tenho que pensar no que vou falar para o Tiago, ainda não preparei o discurso.

_ nem precisa, na hora você saberá o que dizer a ele – disse Gina abraçando o marido – eu estou preocupada com o Tiago, com ele apenas não com nossos filhos em si, eu não sei ao certo o porque... Não gosto de ter meus filhos longe de mim Harry, nunca gostei, sempre acho que vai acontecer alguma coisa com eles.

_ eu também, mas nossos filhos estão crescendo, e isso quer dizer que nem sempre estaremos com eles, não poderemos dizer para sempre o que eles têm que fazer – disse Harry – eles tem a vida deles, e logo eles estarão casados e com filhos...

_ eu quero muitos netos Harry, espero que eles nos dêem pelo menos sete – disse Gina espantando Harry – o que foi?

_ você espera que os garotos tenham cada um pelo menos três ou quatro filhos? – disse Harry.

_ não, a Lily pode ter alguns também – disse Gina e o marido estalara os olhos – ora, não me diga que você quer que nossa filha não tenha filhos e nem se case Harry?

_ falaremos desse assunto depois, a imagem da Lily grávida ainda foi um choque e tanto para meu cérebro – disse Harry e Gina riu – não é engraçado.

_ é sim, tadinho do meu marido – disse Gina enchendo Harry de beijos – é um pai muito ciumento e protetor senhor Potter...

_ desculpe senhora Potter, mas eu tenho que cuidar da minha princesinha – disse Harry e Gina riu, ele a pegou no colo – mas no momento, acho que vou cuidar de outra pessoa... – ele sorrira malicioso.

_ e quem seria essa pessoa querido? – disse Gina fazendo uma voz inocente.

_ tenta imaginar quem pode ser – disse Harry então a beijou novamente e a ruiva sorria durante o beijo – adivinhou?

_ seria eu? – disse Gina e Harry sorrira novamente.

_ vamos então, logo estará de dia e teremos muita coisa para cuidar antes da viagem – disse Harry – quero só ver a reação das crianças quando nos encontrarem – Gina rira ao lado do marido, muitos podiam estranhar a harmonia dos dois, e o modo como eles se comportavam como o fato de estarem rindo e brigando logo após ambos estarem preocupados com o filho e o que o destino preparara para eles, mas não ligavam para o que os outros pensassem, eram assim mesmo, e para ambos era um casamento perfeito.

Ambos aparataram, sendo que Gina ainda se encontrava no colo do marido, deixando para trás um escritório escuro somente iluminado pela luz da lareira, cujas chamas iam se extinguindo lentamente até que o breu total juntamente com o silencio cobriram o local.

Harry se ajeitava em frente ao espelho, dando os últimos toques em suas roupas, acabara de falar com Kingsley sobre irem a França em uma visita a Beauxbatons, o mesmo fizera Rony ambos mesmo sendo membros importantes do setor de Aurores sendo o moreno o chefe e responsável por todos, o mesmo acontecera com Hermione, ela fora . Mas o ministro entendia a decisão dele ao ler por si mesmo a carta mandada do ministério francês para os Potters, afinal de contas era uma situação muito delicada, podia ser uma armadilha, na verdade ele teve certeza de que era e pediu para que o Auror tivesse fizesse uma investigação sigilosa, tentando descobrir quem teria armado para que Tiago fosse escolhido para participar do Torneio. Ele acabara de perceber que possuía a barba por fazer, mas não havia mais tempo, decidira por não fazer, olhando um pouco para sua feição abatida, de noites mal dormidas no escritório, olhara então para as roupas que usava, uma camisa social negra, juntamente com uma calça da mesma cor, e para completar uma gravata vermelha com listras douradas que havia ganhado do filho mais velho no ultimo natal, sua favorita pois eram as cores de sua antiga casa em Hogwarts. Ele encarava as pontas da gravata, se perguntando como fazer o nó, nunca aprendera, era incrível como uma coisa tão simples podia ser tão complicada, era quase ultrajante alguém que já havia colocado tantos bruxos das trevas em Azkaban, e matado o mais terrível de todos não saber fazer algo tão simples, fora quando um par de mãos femininas surgiram por de trás de seus braços e se dirigiram a gravata, e ele olhou para o espelho, mesmo sabendo quem de quem se tratava, gostava de ver o rosto daquela ruiva, a mais bela que já havia encontrado.

_ acabei de receber uma coruja do Profeta, Rita Skeeter permitiu que eu tirasse essa semana de folga – disse Gina enquanto fazia o nó da gravata do marido – ela se mostrou um pouco dura no inicio, mas acabou concordando... Milagrosamente, ela acabou por me dar essa semana de folga, e deixou para que outro repórter ficasse responsável por cobrir o jogo de Quadribol entre o Cannons e o Vespas – ela sorrira quando terminara o nó, agora com Harry a encarando de frente – no entanto, terei que cobrir a final, e é bom, pois eu não abriria mão disso, eu não fiquei cobrindo um campeonato inteiro para na final deixar outro fazer isso...

_ não mesmo – disse Harry – a Rita te contou o porquê dela ter aceitado te dar uns dias de folga?

_ não, e eu estava curiosa sobre isso – disse Gina para então se voltar com uma expressão curiosa para o marido – você sabe de algo? – ela olhara com um olhar questionador.

_ sei que Kingsley conseguiu arranjar esses dias de folga para você, assim que falei para ele que iríamos – disse Harry – com tanto, que ela pudesse ter com ele uma entrevista especial, para uma das matérias do Profeta.

_ e o Ministro aceitou? – disse Gina espantada – só por minha causa, para que pudesse ir com vocês? Isso não é uma atitude muito inteligente da parte dele, não acha? Digo, ela vai difamar ainda mais o ministério, colocar palavras não ditas na boca dele como sempre faz nas entrevistas...

_ ela prometeu que não faria isso, e o Kingsley parece que acredita nela, assim como eu e Rony que decidimos dar um voto de confiança para a Skeeter – disse Harry acompanhando a esposa para fora do quarto – sabe, tinha que vê-la como ficou quando soube do irmão, bem abalada diga-se de passagem, eu estava lá ao lado do seu irmão quando ele deu a noticia, por momentos achei que se tratava de outra pessoa... No entanto, dei a sugestão ao ministro de que fizesse um voto perpetuo, só para garantir que ela vai publicar a matéria correta – ele soltara um fraco riso - já que não podemos mais chantageá-la com a historia dela ser animaga, desde que ela se registrou, todos sabem.

_ sim, pode ser que ela tenha mudado – disse Gina – mas ainda não sei, não confio nessa mulher... E falando na Skeeter, é ela que vai ficar com as meninas não é? – Harry confirmara com uma aceno de cabeça ao que a ruiva soltara uma palavra que ele não entendeu muito bem, mas que deveria ser algum xingamento – não concordo com ela ter a guarda de Raven e Chloe... digo, ela nunca se preocupou com as meninas até onde sei, de acordo com o que Claire me disse quando estava viva, nas poucas vezes que nos encontramos.

_ ela é a única parente viva das garotas – disse Harry tristemente – é melhor que ser mandado para o orfanato, e outra, quando Raven conquistar a maior idade, ela pode entrar com um pedido de guarda da irmã...

_ quer dizer que elas terão que agüentar aquela mulher por dois anos sobre o mesmo teto? – disse Gina e Harry fez um sinal positivo com a cabeça – nossa, isso é muito animador... as duas já sabem disso?

_ não, Rita disse que teria que conversar com elas pessoalmente sobre o assunto – disse Harry seriamente – elas queimam qualquer carta que recebem dela, algo que reflete na relação “amistosa” que ela tem com a tia..., Rony disse que quer dá a noticia as duas...

_ meu irmão? Espero que tenha um pouco de tato para variar – disse Gina – apesar de que ele consegue sim, melhorou muito desde nossa época de escola, onde a sensibilidade dele tinha o tamanho de uma colher de chá, segundo a Hermione... – ambos já desciam as escadas, agora rindo no andar de baixo Rony e Hermione esperavam, com Monstro que servia a ambos um pouco de chá, o ruivo aprendera a gostar do elfo domestico desde que ele passara a respeitar sua mulher, parando de xingá-la e tratá-la mal devido a seu status de sangue.

_ falavam de mim? – disse Rony que deixava a xícara de chá de lado, e se levantava para cumprimentar o casal, o mesmo fez Hermione – vocês demoraram, parece até que perderam a hora...

_ e perdemos, estávamos muito ocupados ontem a noite – disse Gina e Harry ficava um pouco vermelho frente ao olhar acusador de Rony – digamos que ficamos com insônia... – e ela rira, abraçando o marido por trás.

_ insônia? Sei... Só não quero saber de mais um sobrinho a caminho – disse Rony duramente o que fez Hermione e Gina rirem – entendido Potter? Gina teve muita sorte de conseguir manter a forma depois de ter três filhos, espero que continue assim, até porque uma gravidez na idade dela é complicado, até para nós bruxos...

_ você acaba de me chamar de velha, Ronald? – disse Gina arqueando a sobrancelha – poupe-me, eu teria mais filhos se quisesse, mas estou feliz com os que tenho... – ela se voltou para Harry o beijando, ao que o ruivo na sala reprimiu uma careta de nojo – e outra, eu não fico me metendo na sua vida intima com a Hermione, então faça o mesmo com a minha.

Harry ainda encarava Rony, que o fuzilava, como se voltassem a ser adolescentes, e o ruivo tivesse acabado de descobrir que ele e a Gina haviam dormido juntos, ainda se lembrava da lua de mel, em que o Weasley lhe ligara a noite toda, mesmo não sabendo ao certo como um telefone funciona, apenas para atrapalhar o que ele julgou ser a primeira vez do casal, coisa que já tinha acontecido há tempos. A verdade é que essas crises de ciúmes sempre aconteciam, Rony era o melhor tipo de amigo que podia existir, Harry sabia disso, e não tinha duvidas mas como cunhado se mostrava muito ciumento, e um irmão mais velho muito protetor. Um silencio ficou, e na intenção de quebrá-lo, Harry se voltou para Monstro, que estava a retirar o conjunto de já que antes estivera sobre a pequena mesa de centro.

_ cuide da casa enquanto estivermos fora Monstro, qualquer problema chame pelo George e Angelina – disse Harry – eles moram em Londres, você sabe muito bem onde fica o apartamento deles, se alguém me procurar, sabe o que fazer.

_ sim, senhor Potter, Monstro obedecera, procurara os Weasleys caso aja algum problema, e se alguma pessoa vier... – disse Monstro – Monstro sabe o que fazer, senhor Potter mande lembranças de Monstro ao pequeno senhor Potter, e a menina, Monstro sente falta dos jovens senhores em casa – Harry sorriu e assentiu, certo, ele não tinha incluído Tiago mas sabia que o filho mais velho não se importaria com aquilo.

_ vamos então? – disse Hermione e todos concordaram e ela tirara um objeto do bolso, que logo todos entenderam se tratar de um livro – eu o transformei em uma chave de portal, acho que vale lembrar que não podemos aparatar para fora do país, pois é contra as regras do Ministério, mesmo que vocês dois – ela olhara para o marido e Harry – sejam Aurores, não possuem essa permissão, e chaves de portal funcionam dentro do castelo de Beauxbatons, confirmei isso com Fleur ontem a noite...

_ tinha que ver o modo como foi a discussão, ela não falou por lareira como seria normal, usou aquele aparelhinho trouxa irritante que a maioria das vezes toca uma musica nas horas inapropriadas, e que a Hermione carrega para todo o lado – disse Rony vendo a cara confusa da irmã, Gina parecia curiosa sobre tal objeto – como chamava mesmo... celutar, cerular...

_ você quer dizer celular? – disse Harry rindo mostrando o que possuía, e Rony concordou, corando até as orelhas – devia ter um também Rony, tenho por conta que muitas vezes preciso de informações de trouxas, e suas instituições, é mais um objeto de trabalho... não sabia que Fleur tinha um...

_ Victorie comprou um para ela e para a mãe – disse Hermione respirando fundo – acho que mudamos de assunto e acabamos nos perdendo, mas voltando, entenderam o motivo de usarmos chave de portal? Se usássemos vassouras, levaríamos muito tempo, e vocês sabem multo bem que eu não gosto de voar nelas, as acho objetos sem muita segurança. Então, concordam em usarmos esse meio para chegarmos a Beauxbatons?– a morena erguera o livro o balançando, os Potters concordaram e então ela olhou com um grande sorriso – viu Rony, disse que seriam menos cabeças duras que você para aceitarem viajar assim...

_ por Merlin, Hermione – disse Rony cansado, eles haviam tido uma pequena discussão sobre o uso da chave de portal em casa, antes de aparatarem, onde o ruivo parecia não ter gostado da idéia, mas acabou cedendo, afinal devia ter aprendido que nunca deveria discutir com a garota que fora a mais inteligente da sua idade, na época de Hogwarts – não vamos perder mais tempo ok?

O ruivo pegara o livro próximo de onde sua esposa o segurava, em seguida o outro casal o segurou, cada um dos quatro sentiu seu estomago revirar do avesso, e algo lhes puxar para dentro, logo não havia mais ninguém naquela casa, que não fosse o velho Elfo Domestico Monstro, que murmurou um adeus inaudível antes de se retirar com o jogo de chá para a cozinha. Eles surgiram nos jardins de Beauxbatons, e Harry assim como os outros tiveram que admitir que era realmente muito belo, ainda mais do que Fleur havia descrito a eles. Eles olharam ao redor, ao que parecia as aulas da manhã haviam terminado, pois muitos alunos estavam ali descansando para quando tivessem que retornar aos seus estudos de tarde, fora quando Gina avistara o castelo ao longe, e não pode deixar de murmurar um incrível, não era tão grande quanto Hogwarts, mas certamente causava tanto impacto quanto a Escola Britânica, eles começaram a andar pelos jardins, e direção a Academia de Magia Francesa, apesar de nenhum deles demonstrar, pareciam querer encontrar os filhos a qualquer instante. Rony carregava o livro, as chaves de portal possuíam um feitiço que servia como um relógio, quando ativado seria transportado para outro lugar pré determinado, juntamente com a pessoa que a segurava, no entanto quando o tempo terminasse retornaria, e o ruivo tinha a função de garantir que eles estariam com ela quando isso acontecesse.

_ Então Harry, você tem um plano de como achar o Tiago? – disse Gina andando ao lado do marido, era um pouco difícil, pois o moreno andava muito rápido quando estava nervoso ou com pressa.

_ falei com a Madame Máxime assim que chegamos em casa, via rede de flu, acho que não está lembrada, pois estava no banho – disse Harry, se lembrando que não deveria dizer que ele em seguida havia entrado debaixo do mesmo chuveiro que ela, não seria inteligente de sua parte dizer aquilo na frente de Rony – ela respondeu, que ele esperaria com nós na sala de troféus, e eu concordei.

_ e você sabe onde fica? – disse Gina enquanto subia as escadas e andavam pelo grande corredor de entrada, o moreno lhe dera um aceno negativo – nossa, isso é realmente brilhante, podemos nos perder nesse lugar...

_ não, nós não vamos – disse Hermione destemida, abordando um casal no corredor, ambos ostentavam roupas de Beauxbatons - Pardonnez-moi, mais pourriez-vous dire où est la salle des trophées? (Perdoe-me, mas você poderia dizer onde é a sala de troféus?) – os outros três não conseguiram esconder suas espressões espantadas frente aquilo.

_ Bien sûr, la dame doit suivre ce couloir, il y aura une porte en chêne noir de grande taille, derrière cette porte est la salle principale, à l'intérieur, à côté de table de l'enseignant est la salle des trophées ... ( Claro que sim, a senhora deve seguir esse corredor, havera uma grande porta de carvalho negro, atrás dessa porta fica o salão principal, dentro dela, proxima a mesa dos professores fica a sala dos trofeus... ) - disse o estudante de Beauxbatons, ele se voltara para Gina parecendo analisa-la, o que não deixou muito feliz nenhum dos dois Aurores presentes - Il s'agit d'un Weasley? (Esta é uma Weasley?) – Hermione confirmara com a cabeça - Maintenant, je sais d'où il vient de la beauté de Dominique (Agora sei de onde veio a beleza de Dominique) – a morena riu com o comentario, mas a garota loira que estava ao lado do rapaz pareceu enciumada, e o arrastou para longe dali - Bonne chance, dame (Boa sorte, senhora).

_ merci – disse Hermione – então, vamos ? – ela se voltara para os outros três que ainda a olhavam com cara de ponto de interrogação.

_ desde quando você fala francês? – disse Gina interessada.

_ desde que comecei a aprender por conta própria, é necessário falar outra língua em meio trabalho por conta de problemas diplomáticos que podem vir a acontecer – disse Hermione tranqüila enquanto seguiam novamente andando pelo corredor – também tenho me interessado muito pelas matérias escolares trouxas, como sabem, deixei muitas delas meio de lado quando fui estudar em Hogwarts, de forma que desconheço muita coisa...

_ isso explica eu nunca ter ouvido falar do assunto desse livro, e metade das coisas aqui escritas – disse Rony erguendo o livro escolar trouxa que havia lhes servido de chave de portal, em seu titulo podia se ver escrito “ Química Inorgânica” e Harry não pode deixar de rir um pouco – foi a primeira coisa que viu quando chegou não?

_ sim, por esse motivo o escolhi como chave de portal – disse Hermione sorrindo.

_ o que aquele garoto perguntou da Gina? – disse Harry interessado, se lembrando do modo como o estudante olhara para sua esposa.

_ apenas perguntou se era uma Weasley... – disse Hermione escondendo a parte que ele elogiava a beleza de Gina a comparando a Dominique.

_ apenas isso? – disse Harry e Rony rira.

_ qual foi o grande Harry Potter está com ciúmes de um moleque de dezessete anos? – disse Rony rindo – ele tem idade para ser filho da Gina, qual é não confia mais no seu taco Potter? – fora quando ele notara alguém vindo em direção a eles, e seus olhos se estreitaram, e o sorriso desapareceu, e ele parara de supetão, tanto que seus amigos nem notaram, só segundos depois vieram a ver que ele não os acompanhava.

_ algum problema Ro... – disse Hermione, mas ela acabara esbarrando em alguem que lhe impedira um queda muito feia no chão – me desculpe, eu... – mas quando encarara seus olhos quase saltaram a observar quem era aquela pessoa.

_ Her-r-r-mai-one? – disse Viktor Krum sorrindo, o que fez com que certo ruivo fechasse a cara ainda mias, e corasse um pouco de ciúmes – oh... Que prra-zer encotrara por acqui...

_ Viktor, eu quase não o reconheci – disse Hermione ainda surpresa, abraçando o Búlgaro – você está tão diferente, olha para essas suas roupas, e ficou muito bem de barba – Harry vira o melhor amigo passando a mão pelo rosto liso inconscientemente, certamente se imaginando com uma camada de pêlos ruivos sobre a face.

_ Obrr-igado – disse Viktor Krum – mâs vossê non mudarr tanto, Continuarras muito borrnnita, como ser anõss non passare para vossê... – Gina ouvira o irmão dizer alguma coisa como dá para acreditar nesse cara” ou “ cantando ela na frente do marido” mas não fizera nada alem de rir do irmão levemente.

_ obrigada, Viktor você é muito gentil – disse Hermione sorrindo timidamente, fora quando sentira alguem lhe abraçando por trás fortemente, como para impedi-la de fazer algo, ou protege-la de algo, ao olhar pelo canto dos olhos constatou sua suspeita, era o marido que a abraçava – você se lembra de Rony não?

_ oh... Clarro, Weassel? Non? – disse Viktor ao que Rony fechou o rosto frente ao sorriso simpático que o Bulgaro lhe lançava – terr muiità sourrte por conquisstarr un mulherr como Her-rmai-one, esperro que derr vallorr a el-la non?

_ na verdade, se pronuncia Weasley – disse Rony seco – e sim, sou um homem de muita sorte, e sim dou o valor a minha esposa, é a pessoa que mais amo nesse mundo, nunca a deixarei, você sabe tanto quanto eu como é difícil conquistá-la não Krum?

_ Ya, eu saberr con difficcil é conquisstarra – disse Viktor Krum – bon serr non se importarrem tengo que reksolver unns probrremas sobrre a primerra prrova...

_ claro, vá em frente – disse Rony tentando ser simpático, coisa que não deu muito certo e soou como sendo verdadeiramente falso.

_ ffor bon reveerra Her-rmai-one - disse Krum – vossês tambên Har-ry, Ginna – ele apertara a mão do casal Potter e novamente se voltara para o ruivo - vossê tamben Wea-ras-rley.

_ adeus Krum – disse Rony sorrindo falsamente e quando se voltou para Hermione, notou que a esposa parecia levemente irritada e saiu de perto dele, após dar-lhe um soco no braço – o que eu fiz de mais?

_ fora ter agido como um idiota morto de ciúmes? Nada – disse Hermione com a voz zangada, andando até uma porta grande de carvalho, ao lado de Harry que balançou a cabeça como a dizer para o amigo que ele havia acabado de fazer uma besteira.

_ serio Maninho, você e o Harry têm que aprender controlar os ciúmes de vocês – disse Gina – vocês tem o que? Uns vinte anos de casados? Faça-me o favor Rony... – o ruivo bufou, odiava admitir, mas sua irmã caçula estava com a razão.

E a ruiva seguiu até a grande porta de carvalho a abrindo, sem duvidas era um belo lugar, perto da mesa dos professores, Madame Máxime esperava por eles quando se aproximara ela se levantou de sua cadeira, e se dirigiu a eles, cumprimentando cada um com os tradicionais beijos, um em cada bochecha, o que de certa forma constrangeu os Aurores, era muito estranho ser beijado por uma mulher que equivalia a três homens em pé, certamente algo bem desconfortável.

_ Monsieur Potter – disse Madame Maxime – Madame Potter, et un prazier reveer-lês reallment incantadorre ter-ros in ma escole, assin con sus amies, comé un casall Weaslley – ela cumprimentava Hermione e Rony com os tradicionais beijos, o que deixara o ruivo com as orelhas rosadas- o fillho dos senhorres est essperrando per sun chegarda.

_ merci Madame – disse Harry, esse era boa parte do francês que sabia, e agradecera a Merlin pela diretora de Beauxbatons saber, o mínimo razoável de inglês, odiaria ter que pedir para Hermione traduzir – iremos falar com ele agora...

_ clarro, acherr quen farian icsso – disse Madame Maxime já se retirando, caminhando rumo a porta do grande salão principal.

_ Madame Maxime – disse Rony e a diretora se voltara para ele, com os olhos fixos, de modo que ele ficara meio encabulado, a verdade é que estava nervoso com a decisão que havia tomado – eu gostaria de saber... se a senhora poderia me levar até uma aluna de Hogwarts...

_ su fille presumon? – disse Madame Maxime parecendo levemente surpresa com isso.
_ não, não é Rose – disse Rony engolindo em seco – é Raven Skeeter, deve de saber o que aconteceu a eles não?

_ oh... oui, foran un tragedie horrible – disse Madame Maxime – Minerrva me avisarra afinale, jê sui membre de Orden da Finix assin comé vous...

_ a senhora entende que não foi revelado a imprensa o que aconteceu com o casal – disse Hermione – de modo que as garotas não tem noticias deles, e... mesmo que seja doloroso, elas precisam saber.

_ precisaman – disse Madame Maxime – e serrá vous Monsieur Weaslley qui erra dêr a noticie?

_ sim – disse Rony com uma voz pesada, ele havia tomado a decisão de que seria ele a fazer isso, havia trabalhado nesse caso por meses, de modo que se sentia responsável por não poder evitar aquilo, e queria poder evitar aquela morte, saber que duas crianças haviam ficado órfãs daquele modo, era horrível.

_ bon, vous acompan levarre atér a garrota – disse Madame Maxime e o ruivo assentiu saindo da sala, após receber um abraço de Hermione lhe desejando força, o mesmo fez Harry repousando a mão em seu ombro e dizendo um “você consegue” e com isso, Rony saiu do grande salão principal, ao lado da diretora francesa e os que permaneceram entraram na sala de troféus.

Tiago encarava o fogo que crepitava no cálice por de trás do suporte de vidro mágico, ele havia após Aurores franceses juntamente com uma equipe especializada em objetos mágicos constatado que um feitiço da confusão muito forte fora lançado, assim como o fato do ruivo ter sido inscrito em uma escola diferente, fora algo horrível para o Grifinorio, havia passado por um interrogatório assim como aqueles que a ele eram mais próximos, como Alvo, e seus primos, Roxanne, Rose e Fred, mesmo Teddy havia sido interrogado, tudo em decorrência de sua proximidade com o rapaz e sua família, mas tudo aquilo se mostrara uma verdadeira perda de tempo, ninguém comprovara realmente quem fora o responsável, e isso já não importava mais, dali a dois dias iria enfrentar a primeira prova do Torneio Tribruxo, e mesmo sabendo o que era, afinal de contas seu irmão havia espionado atrás de informações para poder ajudá-lo, ele ainda não se sentia seguro, confiante que sairia vivo daquela arena. Rose estava desde que a semana se iniciara o ajudando nas pesquisas sobre as criaturas prováveis que ele podia enfrentar, era algo fácil na teoria pois todas tinha uma fraqueza, quer dizer, quase todas, ainda não haviam conseguido descobrir como poderiam derrotar o Grifo, a criatura mais perigosa entre os quatro monstros. Fora quando sentiu uma mão lhe tocar o ombro, e pelo reflexo do espelho pode reconhecer o rosto de seu pai, sabia que ele viria, deveria estar furioso com o ruivo, pensando que havia quebrado a promessa que fizera de não se inscrever no Torneio, o que é mentira, ele a cumprira, mas como Harry poderia saber disso? Afinal de contas o filho simplesmente tinha um histórico de quebrar regras, mas nunca havia quebrado a promessa que fizera a alguém, ele tinha caráter para assumir seus comprometimentos pelo menos. Ele tornou a olhar dois reflexos pouco visíveis pelo vidro, mas mesmo assim conseguiu identificar que não estavam sozinhos, que sua mãe e madrinha também estavam ali.

_ o que vieram fazer aqui? – disse Tiago infeliz sem tirar os olhos do cálice de fogo – seria mais fácil mandar um berrador, dizendo o quanto está desapontado, e o que mais tem a dizer, eu não vou agüentar ouvir as palavras vindas diretamente de você pai.

_ o que você pensa que estou fazendo aqui Tiago? – disse Harry sorrindo – que vim brigar com você?

_ e não é? Pois sei que deve ter ficado muito irritado quando a carta do ministério chegou avisando sobre a minha escolha... – disse Tiago triste – deve ter pensado que quebrei a promessa.

_ não, na verdade não pensei – disse Harry surpreendendo o filho mais velho que não esperava por aquilo, em geral o pai sempre esperava que ele fosse culpado, nunca acreditara que o ruivo pudesse ser inocente de algo, mas naquele caso estava claro que era - eu sei o filho que possuo, sei que você não é santo e que está longe de ser o melhor exemplo a se seguir, mas sei de suas qualidades Tiago, e uma delas é sua palavra e honestidade, não quebraria uma promessa que fez a mim, e a qualquer outro, em hipótese alguma.

_ pai... eu não sei quem pode ter colocado meu nome no Cálice, nem o motivo de tudo isso – disse Tiago tocando no vidro que guardava aquilo que havia iniciado todo aquele problema do torneio – mas sei que não me importaria de matar essa pessoa ou simplesmente vê-la morta na minha frente.. – ele falara tão duro e friamente que Gina se assustou, assim como Hermione apesar de ambas levarem as mãos a boca e possuírem rostos de surpresa nada disseram.

_ nunca deseja a morte a ninguém Tiago, pelo menos por enquanto – disse Harry com uma voz muito sabia que chegou a impressionar até mesmo a morena que estava naquela sala – ainda é muito novo para pensar coisas desse tipo... deixe que o responsável por isso recebera o que merece, nos o pegaremos, pode ter certeza.

_ o senhor pensa que pode ser algum comensal da morte? Como Rodolfo Lestrange? – disse Tiago se lembrando da conversa que haviam tido alguns meses atrás com seu pai.

_ não sei, é bem provável – disse Harry que respirou fundo – você está bem com tudo isso?

_ bem? – disse Tiago confuso tentando pensar no que seu pai pensaria que poderia significar estar bem naquela situação, seja qual fosse ele já tinha sua resposta – não... eu não estou bem – ele respirara fundo – varias pessoas me olham como um trapaceiro, como se tivesse sido eu que havia colocado meu nome não outra pessoa...

_ o que importa o que os outros pensam Tiago? Por favor, você sempre foi bom o bastante para não precisar das opiniões deles – disse Harry – eu também passei por isso, as pessoas diziam que eu não era o verdadeiro campeão de Hogwarts, que eu havia roubado, que quem deveria participar desse Torneio era Cedric Diggory, e por muito tempo acreditei, a verdade é que ainda acredito que deveria ter sido ele... mas eu sei que onde quer que esteja ele está feliz por termos ganhado juntos, como uma equipe, e que eu esteja vivo.

_ eu me sinto quase da mesma forma, eu... odeio admitir, mas o Zabini é que devia ser o campeão desse torneio, participar dele sozinho, afinal foi o primeiro a ser sorteado, não fui eu o escolhido, e sim ele – disse Tiago – e acho injusto participar desse torneio, cairia fora dele, mas...não dá.

_ eu sei, eu também não queria participar – disse Harry – mas não há como discutir com o Calice de Fogo.

_ Maldita caneca flamenjante – disse Tiago – não sei porque dão tanta importância a ela...

_ simplesmente porque foi criada por três bruxos muito poderosos – disse Harry – cada qual famoso por algo que conquistaram...

_ e o que eles fizeram de tão especial? – disse Tiago nervoso – aposto que não derrotaram um bruxo das trevas como o senhor, ou derrotaram? – ele falara ironicamente ao que Harry rira.

_ não, eles simplesmente enganaram a morte – disse Harry sombriamente – eram três irmãos... – um silencio reinou entre os dois por um tempo, até que Tiago tornou a falar.

_ eu... continuo odiando essa caneca idiota – disse Tiago e Harry riu.

_ eu também – disse Harry – me lembro que senti muito medo quando fui selecionado, mas que tentei não demonstrar por conta das pessoas que amava, não queria que se preocupassem comigo.

_ eu não estou com medo – disse Tiago num tom de voz descarada para então ser encarado seriamente por Harry – certo, estou com medo, mas o que isso importa? Quem se importa se estou com medo ou não? Isso não vai mudar o fato que vou ter que participar desse torneio, que a maior parte da população das três escolas me odeia, que acham que sou um idiota que quer chamar a atenção, e que... Mas nada disso importa... – ele respirara fundo - só sei que perdi meu melhor amigo com isso... Se não fosse esse maldito Torneio o Fred estaria falando comigo...

_ Fred e você não estão falando um com o outro? – disse Harry abismado e o ruivo confirmara com a cabeça – compreendo... Mas tem certeza de que isso se deve ao Torneio?

_ pelo que mais seria? – disse Tiago revoltado.

_ por tantos motivos, mas se for pelo Torneio é incrível como a historia se repete – disse Harry – seu tio Rony e eu brigamos em nosso quarto ano, em decorrência da minha escola para ser campeão pelo Cálice, ele acreditava que eu havia trapaceado, que tudo o queria era chamar a atenção, a verdade é que ele estava com inveja, afinal ele queria ser campeão por conta do premio em Galeões, mas não podia por conta da idade, imagina como foi para ele quando eu de repente sou escolhido? Ele admitiu que era mais tarde, talvez seja isso não acha? Que talvez Fred esteja com inveja?

_ não sei se seria por conta do Torneio – disse Tiago se lembrando de que ele estava assim desde que haviam chegado a França, mais precisamente depois de que o viu beijando Dominique, um estampido surgiu na cabeça do rapaz, uma hipótese muito louca em sua opinião, mas era a melhor que tinha – talvez... seja inveja de outra coisa...

_ tudo dará certo no final, e se não der, é porque ainda não é o final – disse Harry e Tiago sorriu – você verá, logo vocês dois serão amigos de novo...

_ obrigado Pai, eu... Esperava que essa conversa fosse me deixar pior do que estava – disse Tiago sorrindo - mas melhorou muito e... Pai? Posso fazer uma pergunta? – o moreno assentira positivamente - Não quero que leve a mal, mas quando o senhor ficou tão sábio que não percebi? – todos na sala riram.

_ esse é um dos benefícios da idade – disse Harry rindo – apesar de que, muitas das coisas que disse aqui, me baseei em uma pessoa, imaginando o que ela falaria...

_ seu pai? Sirius? Lupin? – disse Tiago pensando em qualquer espécie de figura paterna que Harry pudesse se inspirar para dizer aquelas coisas – quem foi?

_ também, na verdade soei um pouco algumas horas com o Remus, ele também me ensinou muito, em varias ocasiões me imaginei como ele, para lidar em certas ocasiões, o mesmo funciona com Sirius e meu pai – disse Harry sorrindo fracamente – mas a pessoa que realmente me imaginei como dizendo essas palavras, foi... Alvo Dumbledore, de longe o maior bruxo que já conheci, e de uma sabedoria imensa.

_ Entendo – disse Tiago sorrindo e olhando pela primeira vez diretamente para as mulheres na sala, que sorriram para ele, e o ruivo caminhou até elas as abraçando, primeiro sua madrinha que garantiu que tudo ficaria bem, mesmo não acreditando que isso aconteceria tão rápido, e depois sua mãe, o abraço de Gina era uma das poucas coisas capazes de acalmar o espírito e o sofrimento que ele passava naquele momento, era algo puro, e incrivelmente quente – senti tanto sua falta... – ela o abraçara mais forte, e lhe beijara o topo da cabeça.

_ também senti – disse Gina sorrindo, e o ruivo pode perceber algumas lagrimas se formarem nos olhos dela, era algo muito raro para aquela mulher chorar, mas acontecera, as pequenas gotas salgadas de seu choro representavam toda a preocupação que sentira até aquele momento, e que sentiria até o final do Torneio – eu amo muito você Tiago...

_ também te amo – disse Tiago a beijando no rosto e apertando ainda mais o abraço, para então erguer Gina do chão, o que fez a ruiva rir – isso, fica melhor rindo do que chorando... – ele olhara pela sala em busca de alguém, mas não encontrara – onde está o tio Rony? Vai me dizer que não veio, o padrinho desnaturado que fui encontrar – ele rira solitário, todos pareciam apreensivos e ele logo notou – aconteceu alguma coisa com ele?

_ ele foi fazer algo aqui em Beauxbatons – disse Hermione parecendo tensa – algo que ele queria fazer, desculpe se não pode ficar para vê-lo... e não me pergunte o que é, não temos permissão para dizer, não por enquanto.

_ eu quero ver seus irmãos – disse Gina animada em poder rever os filhos – me leve até eles sim?

_ também quero ver Rose, se não se importar – disse Hermione – questiona-la por não estar me mandando cartas...

_ será uma honra acompanhá-las – disse Tiago oferecendo o braço para Gina, e o outro para Hermione – o senhor vem pai? – ele voltara os olhos para Harry, que não respondera nada alem de um aceno de cabeça, e continuou a fitar o Cálice de Fogo, como em um estado de reflexão.


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Notas finais do capítulo

espero reviews...



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