Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 2
O carro voador e a Floresta do Deão


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo da fanfic, meus leitores, espero que gostem e deixem Reviews.



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Alvo acordara aquela manhã, era julho estava de férias, e ao lado de seus amigos e seus pais iriam para um acampamento de um mês, fora difícil convencer o seu ex-professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, Draco Malfoy, a participar do acampamento, mas acabou por aceitar, após muita insistência dos filhos e da esposa. Seu Tio Rony Weasley é que agora parecia não estar com a mínima vontade de participar desse acampamento, desde que descobrira que Draco iria, ambos pareciam ainda manter a velha inimizade dos tempos de escola, o que segundo Hermione aquilo era apenas infantilidade da parte dos dois, mas o ruivo parecia não ligar para o que a esposa pensava.

Alvo se erguera da cama, e se olhara no espelho, estava mais alto e forte do que nos anos anteriores, no proximo mês faria treze anos, e embarcaria em Hogwarts para mais um ano, ao lado de seus amigos, estava animado com a ideia, mais do que de costume, afinal aquele ano poderiam escolher duas materias extras, ele andara até a mesa proximo ao puleiro de Edwin, sua coruja, e pegara correspondencia que chegara, ali estava sua lista de materiais, e um bilhete falando das possiveis materias que ele poderia cursar entre elas estavam: Necromancia, Legismencia e Oclumencia, Sereieco, Trasgonês, Estudo dos Trouxas, Runas Antigas, Alquimia basica, Aritimancia.

Ele se perguntava quem em sã consciencia iria querer estudar trasgonês, certamente esse curso não teria muitos alunos interessados. Fora quando ouviu barulhos vindos do quarto ao lado e fora até ali observar, a porta estava aberta e no interior do quarto roxo uma garota estava de pé sobre uma cadeira, ela era ruiva e possuia algumas sardas, seu cabelo estava solto lhe dando um ar delicado, Alvo não fora o único a crescer muito em dois anos, Lily tambem crescera, e em breve ela seria uma bela mulher, o que preocupava o Sonserino, o único garoto que imaginava ser bom o bastante para sua irmã era Lysander, um de seus amigos, o loiro era perdidamente apaixonado pela ruiva que parecia não notar, ou se notava desprezava o interesse do garoto por ela.

Lily olhara para Alvo suplicante, então o garoto notara, a garota vestia um conjunto de vestes largas e velhas, era um uniforme Grifinorio antigo, que fazia com que a garota ficasse parecendo um elfo domestico. Ela estava muito corada, quase no mesmo tom dos cabelos, a sua frente um garoto a fotografava.

Tiago possuia um sorriso maroto no rosto, ele buscara durante aqueles dois anos influenciar a irmã a ser uma Grifinoria, ele não queria cometer o mesmo erro que cometera com Alvo lhe fazendo ir para a Sonserina, não, ele não deixaria aquilo acontecer, agora revirando as coisas do sotão encontrara aquelas vestes femininas, certamente da sua mãe, mas elas pareciam ser ainda muito grandes para a garota, mas aquilo não importava, a simples sensação de vestir o brasão da casa de seus antepassados e a gravata vermelha e dourada, talvez fizessem Lily notar o seu verdadeiro lugar. Ele então escutara um riso, e olhara para a porta dando de cara com Alvo que gargalhava instericamente, ele olhara para o irmão com uma cara de ponto de interrogação, e para Lily que agora parecia que voaria no seu pescoço, ele sabia que a garota estava prestes a explodir apenas pelos seus olhos que lhe fuzilavam e suas mãos cerradas, e é claro, seu rosto num purpura intenso.

_ estavamos apenas vendo como ela ficaria com as roupas antigas da mamãe, se é realmente parecida com ela – disse Tiago sorrindo sem graça – estavamos tirando fotos, e depois iriamos comparar.

_ e isso não tem nada haver com a lavagem cerebral que tem feito na Lily durante esses ultimos meses não é mesmo? – disse Alvo – Lily, tira essas vestes, você está parecendo um elfo domestico de circo.

_ ela está vestindo as vestes da Grifinoria, devia estar honrada em usa-las – disse Tiago – é a casa de nossa familia.

_ por favor... – tentara falar Lily mas fora interrompida.

_ claro, quem olha para mim logo pensa, ai vai um grifinorio, você esquece Tiago, é que a Lily pode acabar indo para a Sonserina como eu – disse Alvo com um tom de sarcasmo e ao mesmo tempo raiva na voz – o chapeu seletor é que decide em que casa ela vai cair, e se vier para a Sonserina será muito bem vinda.

_ eu gostaria que... – disse Lily mas fora interrompida novamente.

_ nem pensar que minha irmãzinha vai ficar no meio de Serpentes – disse Tiago um tanto zangado com a ideia – eu não vou deixar, se depender de mim, ela usara as cores vermelho e dourado enquanto estiver na escola, e ira me substituir ano que vem como apanhadora.

_ SERÁ QUE VOCÊS DOIS PODEM CALAR A BOCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA – Lily estourara, soltando um grande grito que ecoara pela casa, Alvo teve a sensação de sentir o chao tremer, o ruivo encarara a irmã atonico, enquanto verificava levando a mão as orelhas se não ficara surdo pelo grito – bem... – Lily respirava fundo, parecia tentar recuperar a paciencia – eu gostaria de avisa-los que, eu é que vou escolher a casa para qual eu vou, na verdade nem sei que casa ainda quero entrar, estou confusa a esse respeito, se for para a Grifinoria ou Sonserina quem decidira é o chapeu seletor, não um de vocês, agora peço que pelo menos me deixem ter férias em paz, não me pertubem sim? Este ano era para ser o melhor ano da minha vida, estou prestes a entrar em Hogwarts e vocês estão estragando tudo.

Alvo e Tiago se encararam envergonhados, Lily descera da cadeira e saira dali, arrastando a barra das vestes da Grifinoria pelo chão. Ela passara por Alvo e lhe sorria de uma forma que lhe fez sentir uma leve pontada de raiva da irmã, ela conseguira o que queria deixara os dois se sentindo culpados, Alvo olhara para Tiago e notara a maquina que ele usara, era uma camera bruxa, com uma lente telescopica capaz de capitar mais de dez movimentos diferentes, do contrario das cameras normais que fazem sempre os mesmos movimentos repetitivos. O garoto sabia muito bem quantos galeoes custara aquela camera e que Tiago não tinha permissão de usa-la, Alvo havia comprado aquele objeto na ultima vez em que estiveram no Beco Diagonal, e sabia muito bem para quem iria mandar. Tiago lhe olhou com a um olhar interrogativo, e então notara que ele estava com a camera que seu irmão comprara.

_ não se importa né Al? – disse Tiago, com um sorriso sem jeito, ele pegara a camera sem permissão – você tambem pode pegar minhas coisas se quiser, eu apenas queria usar a camera – disse ele entregando ao garoto que continuava com a mesma cara de poucos amigos – então, não vai se importar de emprestar suas coisas para seu irmão mais velho?

_ ela ainda estava na caixa – disse Alvo serio – eu ia embrulha-la em mandar por coruja para a Alice, é aniversario dela daqui alguns dias, agora você a pega sem permissão, e usa o filme que vinha com a camera, muito obrigado Tiago, agora terei que trocar o filme – Tiago lhe lançara um olhar maldoso e Alvo se sentira sem graça frente aquilo, sabia exatamente o que o irmão pensava – o que foi?

_ comprando presentes caros para a namorada Al? – disse Tiago e o garoto tentara falar algo mas o ruivo interrompera – sabe, vocês estão a dois anos nesse chove não molha, e algo me diz que a Alice só esta esperando por você, para que se declare a ela, eu entendo sobre garotas Al, e sei de uma coisa: Elas não esperam para sempre.

_ o que quer dizer com isso? – disse Alvo se fazendo de desentendido, ele sabia muito bem o que o irmão queria dizer, temia muito que um dia Alice namorasse outro garoto – desculpe mas não entendo.

_ não se faça de desentendido – disse Tiago em tom de tedio – você entendeu, um dia quando menos esperar a Alice vai aparecer com um garoto do lado dela, e adivinha? O cara não será o irmão dela, não será o primo, muito menos amigo, será uma nova especie de homem na vida dela, sera o que se chama por ai de namorado, não sei se percebeu mais a Alice tem se tornado uma garota muito bonita.

_ cala a boca – disse Alvo – eu não estou interessado nela, quantas vezes tenho que dizer isso?

_ certo, como queira Al, continue negando, quanto mais adiar sua conversa com ela mais tempo ela ficara livre para qualquer um que não tenha medo de se aproximar – ele sorrira, Alvo estava pensando sobre a possibilidade de perder Alice – eu seria rapido, pois já imagino a jovem senhorita Longbottom entrando em uma igreja, no altar alguem a esperando Al, e sabe de uma coisa? Não é você, você está lá, olhando para toda a cena em um dos bancos com um olhar que demonstra seu sofrimento e coração partido, esse é seu futuro meu irmão, se não tomar uma atitude rapida perdera a garota de seus sonhos para qualquer outro babaca, e depois, não terá mais nada a se fazer a respeito.

Alvo encarava Tiago, ele agora tinha um olhar pensativo, e preocupado, o irmão mais velho lhe abraçara pelos ombros, mas tirara rapidamente o braço após o sonserino lhe jogar um olhar ameaçador.

_ eu seguiria meu proprio conselho se fosse você – disse Alvo, Tiago então estalara os olhos, ele não esperara que seu irmão fosse dizer aquilo – Narcisa e você ainda não tem nada um com o outro, e faz dois anos que tenta conquista-la, talvez esse futuro que acaba de dizer seja seu, e não meu, talvez seja você que esteja proximo de perder a mulher que ama.

_ entregue o presente pessoalmente seu idiota – disse Tiago frio e rispido, não gostara do comentario do irmão.

A porta da sala se abrira e se fechara num mesmo rangido irritante, Tiago saira do quarto de Lily indo para o seu proprio que ficava de frente para o de Alvo, o sonserino se levantara da cama da irmã e andara pelo corredor até chegar a escada onde avistara um pequeno grupo, formado por dois casais de adultos, e três crianças, seus olhares pararam sobre um homem loiro de queixo fino e que vestia preto, ele rira da cara emburrada do pai de Scorpio, Rolf tentava anima-lo, dizendo que seria uma boa maneira de se aproximar dos filhos, o pai dos gemeos tinha um temperamento que era uma mistura perfeita dos filhos, ao mesmo tempo que tinha a seriedade, seu genio forte e o compromisso com os deveres como Lysander, tinha o otimismo de Lorcan e sua maneira de levar tudo pelo lado bom, e logico o jeito desastrado. Ao lado de Rolf estava sua esposa Luna, com o mesmo jeito desligado de alguem que está em outro mundo, Astoria estava de braços dados com o marido, e lhe cochichava alguma coisa nos ouvidos. Scorpio sorrira para o amigo, e fora ao seu encontro.

_ e ai Al, beleza? – disse Scorpio abraçando Alvo camaradamente – cara... essas três semanas vão ser incriveis... – Scorpio levara Alvo até a porta de seu quarto e sussurara – você... está levando o livro né?

_ sim, ele está comigo, poderemos treinar no acampamento, mesmo concordando que será muito perigoso, nossos pais vão está lá, não estaremos em nosso dormitorio em Hogwarts apenas nos quatro – disse Alvo – terá mais gente, e se encontrarem o livro?

_ você não entende não é mesmo Al? – disse Scorpio – este ano, podemos nos tornar animagos, estamos proximos disso, e você sabe disso tanto quanto eu. Alvo, sabe o que acontecera com a gente se nos tornamos animagos?

_ sei... – disse Alvo, era seu sonho ser um animago, desde o primeiro ano quando ouvira na aula do Teddy sobre eles – eu quero... mas... se formos pegos iremos para Azkaban por sermos animagos ilegais e Teddy vai por nos insentivar a isso.

_ está ficando com medo agora Alvo? – disse Scorpio fazendo uma careta questionadora – até parece o Lysander falando.

Alvo não dissera mais nada, entrara no quarto e se pusera a arrumar suas mochila, Scorpio ajudara o amigo, ambos em um silencio profundo, o moreno não encarara o loiro, sabia o quanto ele queria ser um animago, e que se esforçara tanto quanto ele para isso, se não mais, ele começara a sentir um leve remorço por ter pensado em desistir daquilo, entendia perfeitamente os pensamentos do amigo, desde as férias de verão do ano passado haviam começado o treinamento, toda a semana se reuniam na casa dele para treinar, o pai de Scorpio até reclamara dizendo que o filho passava mais tempo das férias na casa dos Potters que na propria casa, Lysander fora dos quatro o que fora mais relutante em estudar animagia, mas fora convencido pelos outros após muita insistencia, Lorcan tambem tivera grande papel, pois fora o que enfernizara o garoto até ele dar certeza de que iria participar da primeira reunião. Depois disso, foram para Hogwarts, e toda a noite se reuniam em seu dormitorio ou então na Sala Precisa, o prazo para se tornar um animago de acordo com o livro era de dois anos, um ano já tinha passado rapidamente, no final do proximo certamente estariam por ai se divertindo em suas formas animais.

Os dois desceram as escadas, Scorpio olhara para a sala e seus olhos se encontravam com os de Rose que acabara de chegar, a face da ruiva antes tranqüila e demonstrando animação parecera cair com a visão do herdeiro dos Malfoys, ela se fechara em uma cara de poucos amigos, Scorpio tomara um sorriso zombeiro na face, sorriso o qual irritava perdidamente a Weasley. Alvo não ligara para a guerra muda entre seu amigo e Rose, ele descera as escadas rapidamente, e seus olhos passaram pela sala a procura de certa morena.

Ao constatar que Alice não estava ali, Alvo que trazia um pacote em mãos, o presente de aniversario da menina o guardara na mochila, logo sentira alguém a tirar o presente da suas mãos, o pequeno pacote flutuara até as mãos de alguém que se encontrava no alto da escada, ele tentara pega-lo inutilmente quando ainda flutuava percebera que se tratava de Fred.

Alvo se apressava a correr ao encontro de Fred, subira as escadas apressado. Chegara a frente do primo, o Weasley já abria o pequeno pacote, rasgando metade do papel de presente, estando prestes a abrir quando se sentira derrubado pelo primo fortemente no chão.

_ que é isso priminho, não precisava – disse Fred com sua mais falsa cara de gratidão – meu aniversario ainda demora um pouco, mas o que vale é a intenção, sabia que não iria se esquecer do velho Fred aqui, você é um fofo Alvo – Fred agora piscava repetidas vezes e mandava vários beijos ao primo – um encanto... Não é a toa que você é o Alvitcho Potterucho, o nosso ursinho fofo e romântico incompreendido, mas vou logo avisando que se for me pedir em namoro vai ter que falar com meu pai.

_ Fred, achei que esse apelido ia ficar apenas entre nós, o que meu irmão vai pensar? – disse Tiago que ia passando e viu a cena – que falamos da vida dele pelas costas? Que ficamos comentando da vida amorosa “inexistente” dele? E o negocio com o Alvo é com Lufa-lufas do terceiro ano, não com Batedores da Grifinoria.

_ cale a boca Tiago – disse Alvo, ele não notara que começava a ficar vermelho – vocês não tem nada haver com a minha vida, me dê isso Fred, me dê agora, não é seu, é meu, vou presentear alguém com ele.

_ ah... Tiago, não corta o nosso clima – disse Fred fazendo sua falsa voz de decepção – não liga não docinho, se nada der certo com a texuguinha – ele olhara com uma cara de safado para Alvo – sabe que estarei aqui para te consolar né, priminho? – o garoto dera um sorriso safado piscando o olho para o primo que saira rapidamente de cima dele assustado.

_ Fred, você está muito estranho hoje... – disse Hugo que se aproximava ao lado da irmã – tem certeza que não tomou chá de cogumelos?

Hugo ajudara Alvo a se erguer do chão, Fred ainda mantinha o presente em mãos o que fazia ele ter um sorriso vitorioso na face, o sonserino lhe encarara ameaçador mas tudo o que isso causara fora um surgimento de um sorriso maroto nos lábios do rapaz. Rose o encarara revirando os olhos, quando Fred se ergueu ela se apressara a lhe tomar o presente das mãos, mesmo com a falsa cara de choro de Fred e os protestos de que era apenas uma brincadeira.

_ por Merlin, vocês não tem nada melhor para fazer não? – disse Rose – isso é tão infantil, e vai tirando esse negocio dá mão Fred, tio Jorge disse para você destruir isso, tome Alvo isso é seu, guarde bem, longe do alcance desses dois – ela fuzilara ambos, tanto Fred quanto Tiago com os olhos, o ruivo ainda lhe encarava sem entender, ele não fizera nada – vamos logo...

A ruiva descera as escadas quase esbarrando e derrubando Scorpio que subia, o loiro para na metade dela, entre um degrau e outro, encarando a ruiva sem entender, ela parecia chateada com alguma coisa, estava mais seria do que de costume, seja o que fosse ele não iria se meter, deu de ombros e subiu correndo ao encontro do amigo.

_ papai concordou em usarmos nossos carros para ir ao acampamento – disse Scorpio – com eles será mais fácil chegarmos a Floresta do Deão, usaríamos chaves de portais mas, você se lembra o que aconteceu da ultima vez que tomamos uma – ambos encararam Fred e Tiago ambos pareciam sem graça – pois bem, se apressem, ah... e Al, por favor, nos ajude a achar o Lorcan, nos o perdemos de vista.

Alvo e Scorpio começaram a procurar o loirinho pelos andares superiores da casa, ao lado de Lysander, ele havia desaparecido, sendo o motivo pelo qual ainda não haviam partido, os sonserinos tinham a ajuda de Rose e Lily na busca, o que ajudava em muito, mas mesmo assim Scamander parecia ter sumido dos aposentos d’A Toca, fora quando um barulho fora escutado dos andares abaixo. O grupo descera e dera com um garoto que perseguia um Elfo Domestico pela casa, Alvo não havia se lembrado de ter visto o velho Monstro correr tanto assim, Lorcan corria atrás dele e a pobre criatura numa tentativa desesperada de fugir, derrubava tudo que havia na cozinha, pelo pensamento de Alvo passara a imagem da cara de sua avó quando visse o estado em que ficara aquele cômodo da sua casa, o que a velha senhora mais passara o dia. O velho criado ao ver seu jovem senhor pulara sobre ele, numa tentativa desesperada de fugir de seu perseguidor, Alvo não estava preparado para aquela atitude e quase fora ao chão com o peso do elfo. Monstro apesar da aparecia frágil era bastante forte, quase sufocando Alvo quando envolvera seu pescoço com os magrelos braços, em um abraço sufocante ao seu senhor buscando proteção. Lorcan parara frente ao amigo, e com o sorriso mais natural do mundo lhe comprimentara, Alvo respondera com um aceno de cabeça, estava muito roxo pela falta de ar que havia em seus pulmões, fora Lysander que optara por perguntar, o loirinho precisava se explicar, e teria que ser bem rápido em dar respostas para aquela situação.

_ Lorcan... – disse Lysander respirando fundo para controlar a raiva que estava começando a se formar – o que te fez fazer isso tudo? – ele falara bem pausadamente para ver se seu irmão entendia - O que diabos ia fazer com esse Elfo Domestico? – ele quase gritara essa ultima parte.

_ nada demais Andy – disse Lorcan simples e com uma voz inocente que comoveria até o coração mais frio – eu ia dar esses sicles para ele – o garoto mostrara cinco moedas de bronze na palma da mão - disse merecia uma gorjeta, ele me arrumou um lanche, só queria retribuir, mas ele se recusou, achei que tinha muito orgulho para aceita-los, ou então era tímido demais para isso, continuei insistindo e bem, vocês viram o que acabou acontecendo, agora Monstro, vai aceitar as minhas moedas? Como uma oferta de paz?

_ não devia ter feito isso Lorcan – disse Scorpio – mesmo assim, seria mais humilhante se tivesse oferecido meias a ele.

_ Lorcan sua intenção foi nobre, mas Monstro é um elfo das antigas, não aceita dinheiro como forma de pagamento – disse Rose carinhosa como se falasse com uma criança pequena – ele trabalha para a familia por prazer, ele gosta de servir a eles, sem ganhar nada em troca, apesar de eu achar isso muito injusto – ela fuzilara Alvo, Rose tinha herdado da mãe os ideiais de liberdade e por anos vinha tentando convencer o primo a libertar Monstro, mas em vão – ele ainda não é livre.

_ como assim não é livre? – disse Lorcan espantado – ele ainda é um escravo como antigamente? – ele falara em um tom mais alto que costumava usar e com uma voz bem madura que raramente se via ele usando – isso é injusto, o Codigo de Dobby determina que dentro dos limites do imperio britanico qualquer elfo domestico tem o direito a liberdade de ir e vir, de expressão, direitos salariais e trabalhistas, que incluem um salario digno por anos trabalhados, uma assistencia a saude, uma moradia e comida adequada que devera ser oferecida pelo empregador – o loirinho acabara de recitar uma clausula do codigo dos direitos dos Elfos domesticos, deixando todos de boca aberta, era como se fosse Lysander, não Lorcan falando essas coisas – e ainda temos a aposentadoria que é algo muito discutido hoje em dia, a mãe da Rose uma vez criou um projeto para isso, mas não foi adiante, mas ainda sim é discutido no setor das leis da magia. Depois de tudo isso, venho aqui saber, que um dos meus melhores amigos escraviza um Elfo Domestico em casa, devia sentir vergonha disso Alvo, e pare de me olhar com essa cara de idiota – Alvo ainda estava sendo sufocado por Monstro por isso não respondera – se tivesse um minimo de compaixão teria libertado esse elfo.

_ Monstro nunca aceitaria dinheiro, Monstro está muito ofendido com a atitude do amigo de seu jovem amo, Monstro se recusa a aceitar tamanho desaforo – disse o elfo batendo não mão do loirinho derrubando as moedas – Monstro pede para que o jovem menino Potter que não deixe mais seu amigo se aproximar de Monstro, ele tentou contra com Monstro, ofendeu sua honra, o humilhou a oferecer a ele dinheiro, Monstro não trabalha por dinheiro, Monstro trabalha por obrigação aos Potters, pelo simples prazer de servir uma família bruxa...

_ certo Monstro – disse Alvo quase sem fôlego – agora quer parar de apertar tanto o meu pescoço? Ou logo o jovem menino Potter morrera por falta de ar. – o Elfo desfizera o apertado abraço e o garoto o colocara no chão – agora, faça um favor a todos nos, arrume essa bagunça antes que a vovó veja, ela vai ter um ataque se chegar e ver as coisas neste estado, e você ficara aqui ao lado de meus avós, iremos para o acampamento, papai te deu ordens para obedecer aos dois não é mesmo? – Monstro acenara positivamente com a cabeça – pois, acho que é tudo.

Lorcan saira pisando duro, ainda não engolira a historia de Monstro não querer ser livre, ou não ser livre, ele sempre achara elfos domesticos interessantes, desde que conhecera o velho servo dos Potters a alguns anos, mas sempre imaginara que se tratava de um elfo livre.

Rose olhava para o loirinho com uma cara de admiração, era a primeira pessoa da idade dela que encontrava que se interessava por aquele assunto, e isso tambem demonstrara que Lorcan não era tão lunatico como ela pensava, que dentro dele poderia haver um grande idealista e revolucionario. Scorpio não gostara nem um pouco dos olhares da ruiva ao gemeo, isso ficara nitido pela careta que se formara frente ao olhar que Rose lançava a Lorcan.

O grupo saira da cozinha se dirigindo ao lado de fora d’A Toca, Alvo pode ouvir o Elfo resmungar enquanto limpava que os Blacks tinham amigos mais decentes, que nunca nenhum amigo da antiga família a qual servira lhe faltara com tanto respeito como aquele garoto, nunca nenhum deles lhe oferecera dinheiro por seus serviços. Alvo não pode deixar de rir, imaginando como seria a família a qual Monstro servia anterior a sua, a senhora Black certamente não era um amor de pessoa, isso podia ser comprovado pela convivência com o quadro da mesma nos anos em que vivera no Largo Grimmauld nº12. No jardim com grama recém cortada da casa dos Weasleys, e livre dos gnomos graças aos netos que haviam realizado a desgnominização dias antes, estavam estacionados dois grandes carros negros, eram modelos clássicos antigos, que mesmo entre os trouxas era impossível de não se notar, ao lado de um estava Draco encostado em pé ao seu lado estava Harry e Rony, o moreno tentava fazer com que ambos tivessem uma conversa civilizada e tivessem a decência de não brigarem nas férias, que haviam sido tão aguardadas pelos filhos, aquilo parecia não surtir muito efeito pois Rony preferira aparatar ao ir no mesmo carro que o loiro. Harry dera de ombros, só esperava que perto das crianças eles agissem como pessoas civilizadas, ou simplesmente como os adultos que eram.

Scorpio e Alvo se sentaram na frente do carro, tendo o loiro no banco do motorista. Os carros estavam sobre um feitiço de automação, sendo capazes de guiarem sozinhos até o acampamento sem que fosse necessário nenhum esforço, era uma das coisas boas em se ter um carro mágico, você nem precisaria ter carta para ter um. Scorpio já buscava no radio alguma sintonia de a Estação dos Bruxos, o que era algo que poderia levar horas até que encontrasse, por fim conseguiu reconhecer a voz de Lino Jordan que narrava a final de uma partida de Quadribol entre as Harpias e os Tornados. Lily dera um empurrão em Alvo no banco da frente para que ele aumentasse o Radio, pois seu time de coração, as Harpias, jogava e era um jogo que determinava quem iria para a final.

Fred se jogara contra o banco traseiro do carro e ali se esticara espaço, não ligando para as outras pessoas que estavam ao seu lado, e as que estavam entrando depois dele, no carro na parte de trás iam Tiago, Fred, Hugo, Lily, Lysander, Lorcan, Roxanne, Victorie e Molly, com Fred ocupando o dobro de espaço que precisava, mesmo estando sobre o feitiço de ampliação interna, não sobrara muito espaço, e Rose teve que se juntar na frente no mesmo banco que Alvo.

O carro levantara vôo logo atrás do carro aonde iam os pais das crianças, ele subira na horizontal, primeiro percorrendo uma pequena estrada próximo A Toca e quando pegara impulso deixara o chão para trás tomando os céus, era muito semelhante a aquele meio de transporte trouxa, pensou Alvo, o avião. No banco de trás, Tiago e Fred cantavam uma musica muito irritante, o que estava começando a Lily que queria prestar atenção no jogo narrado no radio perder a paciência, em um momento já não agüentando mais, a garota avançara sobre os dois como uma fera em fúria, o movimento fora tão intenso que o carro parecera quase perder o controle, fora necessário que Lorcan e Hugo tirassem a garota de sobre o primo que estava prestes a estrangular.

_ e a Goles passa pelo aro dos Tornados – narrava Lino Jordan – 10 a 20 para as Harpias, Angelina Weasley marca seu segundo gol neste jogo, mostrando o porque de ser chamada a artilheira desse campeonato e honrando o titulo de capitã.

_ cara, alguem manda o Lino parar de babar na tia Angelina e avisa a ele que ela é casada – disse Tiago em tedio e com a voz arrastada – pois francamente, ele não deve ter notado isso.

Após uma hora de vôo, com a maior parte em tédio, menos os que ainda se mantinham ouvindo o jogo como Lily e Hugo, Alvo também prestava em partes, estava mais interessado na paisagem que passava no lado de fora, as colinas verdejantes e pequenos vilarejos já minúsculos a olho nu, quase como se nada mais fossem que pequenos pontinhos agrupados em um só lugar, ele vira rios, que aquela altura eram apenas finos filetes azuis, nem pareciam estar em movimento, naquela situação era que via como o mundo a sua volta era imenso.

_ e Claire Skeeter pega o pomo de ouro, dando a vitoria as Harpias por 190 a 40 – disse Lino no radio não disfarçando sua alegria – uma otima captura, o apanhador dos Tornados nem viu o que passou por ele, muito bem garota, otima captura, e assim acaba o jogo.

_ e as Harpias de Holyhead vão para a final com essa vitoria emocionante senhoras e senhores – disse Lino Jordan – Parabéns garotas fizeram um otimo jogo, Tornados de Tutshill voltam para a casa, e podem dizer adeus a final do capeonato, agora sim, temos os quatro que jogaram na finais, Vespas de Wimbourne, Chudley Cannons, Puddlemere United e agora as Harpias de Holyhead, sendo o primeiro jogo da final Harpias versus Cannons, um grande classico do Quadribol.

O radio se desligara, Lily fazia seu ritual da vitoria, se levantara e começara a dançar animadamente e cantando o hino das Harpias, por fim se sentou ao lado de Hugo e lhe parabenizara por seu time os Chudley Cannons ser o proximo a perder nas mãos das garotas de Holyhead, o ruivinho revirara os olhos.

Após alguns minutos, Alvo olhara para o banco de trás e vira que maioria deles assim como ele observava a paisagem, Lorcan estava com o mesmo sorriso animado de sempre, e tamanha fora sua felicidade quando viu um bando de pássaros passar muito próximo a eles, Roxanne usava um aparelho trouxa, de nome celular, para falar com o namorado, Wagner Krum, que estava passando as férias com os pais na Bulgária, Fred odiava o garoto e retorcera a cara em varias caretas durante a conversa dela com ele. Victorie conversa com Molly a respeito de Teddy, lhe mostrando um anel que ganhara dele recentemente, um anel de noivado, a loira nunca parecera mais feliz. O único que parecia não se divertir muito era Lysander, isolado em seu canto, entre Lorcan e Fred, não parecia dar a minima para a paisagem, pelo contrario, ele evitava olhar para as janelas. Alvo encarava o amigo pelo retrovisor o movendo para poder ver melhor seu rosto, ele estava palido com um expressão de quem acaba de receber um grande susto, suas mãos estavam cerradas fortemente, e seus olhos encaravam o chão do carro como se nele tivesse algo interessante, o gemeo não estava muito bem, isso era nitido, seu irmão então notara, e parecera tentar anima-lo, mas Lysander não queria ser animado.

_ Ei Andy, qual é o problema? – disse Lorcan, mas o irmão não respondera – está com fome? – Lorcan lhe oferecera um pacote de feijãozinhos de todos os sabores que foram recusados pelo irmão com uma cara de nojo e ansia – você não quer?

_ não Lorcan, se eu comece algo você sabe que eu vomitaria – disse Lysander não encarando o irmão, levando a mão a boca e fechando os olhos – quando essa coisa vai pousar?

_ sabe, você deveria tentar tomar alguma coisa, que tal uma cerveja amanteigada? – disse Fred esticando sua mão e uma pequena garrafa voara de sua mochila para ela, ele sorrira da cara de espanto do garoto – e ai, vai uma? – ele disse com uma voz questionadora e logo em seguida desenrolhou a garrafa com os dentes – sinta o cheiro dessa delicia... esse odor forte e nausente, doce e azedo, uma aroma fabuloso – disse ele com uma voz sedutora aproximando o gargalo da garrafa do nariz do loiro – você já bebeu algo parecido com isso antes? – Lysander levara as mãos a boca dando a entender que vomitaria – certo... eu paro, é só dizer que não quer.

Alvo observara toda a cena pelo retrovisor, estava começando a achar que naquele dia
Fred estava mais idiota do que de costume, ele estava tentando brincar, ele sabia disso, mas certas brincadeiras estavam começando a encomodar, ele vira o primo beber a bebida toda só de uma vez, o que lhe fez lembrar de algo que Fred fizera, algo que a eles não era permitido, ele se voltou para os fundos do carro, e com uma cara de espanto olhara para o moreno, que deixara sua cerveja amanteigada de lado e encarara o sonserino com uma cara de ponto de interrogação.

_ você acabou de usar magia fora da escola Fred? – disse Alvo e no banco da frente Rose parecera despertar antes mesmo de cair no sono, ela olhara por cima do banco o primo com um olhar curioso e assustado – hoje n’A Toca você fez o meu presente flutuar até você que estava no alto da escada, e agora fez essa garrafa voar da sua mochila para sua mão, sabia que pode se meter em encrencas por causa disso?

_ calminha ai baixinho, eu posso explicar – disse Fred com um tom de voz tentando acalmar Alvo – eu apenas estava usando isso – ele mostrara o dedo do meio a Alvo que olhou sem entender – olhe para o anel, não para o dedo Ok? – Alvo então notara um anel que ele usava, era grande e negro, possuia uma grande pedra no centro que brilhava de um vermelho sangue vivo – está vendo? Bem, esse anel é um dos novos logros que criei para a loja, se chama dedos leves ou toque do ladrão, ainda não decidi, serve como um imã só que magico, capaz de atrair qualquer objeto para ele num raio de cinco metros, com limitações é claro, o objeto não pode ser muito grande, eu o descrevo como um Accio sem varinha, você só precisa pensar no seu objetivo, ou seja a coisa que deseja, nem precisa a estar vendo, só precisa pensar e ela vira.

_ Por Merlin, Fred... isso é brilhante – disse Scorpio se voltando para trás – quando vai entrar no mercado? Quando a Loja vai começar a vender, eu adoraria ter um.

_ então... – disse Fred em um suspiro desanimado – Papai disse que não vai vender,ele se animou com isso, disse que seria muito util para bruxos que não estão nem ai para quebrar regras como eu e Tiago, mas mamãe e ele tiveram uma conversa, e no final decidiram por não vender.

_ mamãe disse que esse negocio podia ser usado para outros fins – disse Roxanne – como para roubos, e coisas do tipo, imagina um ladrão com isso em mãos? Seria um negocio de pegos roubos como de carteiras e joias, então papai decidiu por não vender – ela se voltara para o irmão – e você Fred devia destruir isso como ele disse.

_ certo, certo, farei isso ok? – disse o Grifinorio com uma voz em tedio – mas depois, agora estou lanchando... – ele retirara uma barra de chocolates do bolso e Hugo soltara um grito.

_ esse chocolate é meu? – disse Hugo com uma voz chorosa – me devolva ele, agora.

_ certo bebê chorão – disse Fred jogando o chocolate ao primo – toma, e veja se aprende a guardar melhor suas coisas.

_ estava no meu bolso, você o pegou usando isso – disse Hugo e rapidamente todos começaram a olhar seus bolsos para ver se nada mais fora roubado – ei, tem uma mordida aqui.

_ desculpe, como disse estava com fome – disse Fred dando de ombros.

O sol já estava se pondo quando o carro finalmente se aproximara de uma floresta, lá embaixo Alvo pode notar muitos pinheiros, e outras arvores, não estavam mais assim tão alto, estavam aterrissando, proximo a uma colina onde ele podia ver algumas luzes e barracas já armadas, e uma pequena luminosidade da fogueira feita no centro, Alvo avistara pela janela uma garota que se aproximava proxima de onde iam pousar, mesmo que se passassem anos ele sempre reconheceria aquela morena de cabelos longos e rosto arrendondado, Alice Longbottom lhe dava as boas vindas acenando para eles.

Os carros pararam e rapidamente Lysander descera se jogando de joelhos no chão, e abraçando a grama como uma velha amiga, respirava fundo, como se finalmente o ar lhe voltava aos pulmões, todos pareciam sem graça frente a cena, a maioria das pessoas segurava o riso, mas o gemeo não se importava, estava finalmente livre daquele pedaço de metal voador, estava seguro novamente com os pés no chão.
Naquela noite, as familias Potter, Weasley, Scamander, Malfoy e Longbottom se reuniam frente a uma fogueira, o pai de Alvo contava as historias dos seus tempos em Hogwarts, que o garoto duvidava que alguem alem dele, tivera anos mais incriveis naquela escola. Harry acabara de terminar a historia do torneio tribruxo, contando as surpresas da ultima prova, como ele e um Lufa-lufa de nome Cedrico Diggory tinham ido parar em um cemiterio onde ele morrera e onde Voldemort ressucitara, iriam deixar as historias da invasão ao ministerio da magia para o dia seguinte. Durante a fogueira Alvo estava do lado de Scorpio e dos Gemeos, eles sempre sussuravam nos ouvidos dele algum comentario sobre as historias, mas ele parecia aereo a isso, pois do outro lado da fogueira seus olhos encaravam uma garota morena de pele bastante clara, ela vestia jeans e uma camiseta vermelha, Alice parecia meio deslocada, em vista que ao seu lado seu irmão parecia estar no mais perfeito romance com Molly, e mais adiante Teddy abraçava Victorie sua noiva, beijava o pescoço da loira que soltava alguns risinhos leves, os cabelos do jovem professor estavam em um azul gelo, e arrepiados como sempre. Alice suspirara, para então notar que Alvo lhe encarava do outro lado da das chamas, ela sorrira para ele simplesmente, o garoto parecia sem graça com o sorriso que recebera, ou pelo simples fato de a garota notar que ele a observava, o sonserino fez um sinal como que dizendo que depois eles conversariam. E assim foi, quando todos iam para as barracas os unicos que permaneceram ali foram os dois, ele olhara ao redor como se certificando que ninguem observava, e caminhou até ela, a forte luz da fogueira iluminava o rosto palido dela, e dava um brilho ainda mais especial a seus olhos, Alvo pensava que aquela visão poderia ser comparada com a de um anjo, ela lhe encarava sorrindo esperando o que ele tinha para dizer, Alvo então levara a mão ao bolso do casaco e tirara de lá um pequeno pacote, o embrulho se mostrava muito danificado, ele tivera que repara-lo após Fred ter rasgado o papel de presente, não parecia ter ficado muito bom, mesmo assim, ele precisava faze-lo, entregou o presente as mãos de Alice e ela o olhara sem entender, ele corara ao entrega-lo, estava realmente feio, como se um trasgo tivesse feito o embrulho. Ela rira da cara de Alvo, um riso doce, ela realmente achava muito fofo o jeito dele sempre corar dessa forma, mesmo sabendo que fazia o mesmo.

_ é seu presente de aniversario – disse Alvo simples e encarando a fogueira que naquele momento parecia muito interessante – eu... fui ao Beco Diagonal a alguns dias e vi isso em uma loja de aparelhos eletromagicos, me lembrei que no expresso voltando para casa você me disse que queria uma... então... – ele parecia diminuir a voz cada vez mais enquanto falava, logo estava sussurando e com uma forte colocaração vermelha nas bochechas.

Alice sorrira, e então, abrira o embrulho, não tivera muita dificuldade, já estava com um grande rasgo remendando por fita adesiva, ela tirara uma caixa preta que parecera crescer em sua mão, até tomar um tamanho no qual era necessario que usasse os dois braços para segurar a comprida e fina caixa, ela abrira e dentro de um suporte de veludo negro estava uma camera preta com detalhes em prata, ela parecia muito cara, por ser uma camera profissional, havia ali varios tipos de lente, e tripé totalmente dobrado, havia ainda um album ali, reduzido magicamente para caber na caixa. Alice olhara para Alvo abismada, ele sorrira, ele realmente esperava essa reação dela.

_ Al... e-e-eu, não posso aceitar – disse Alice empurrando a caixa em direção a Alvo – não definitivamente, não posso aceitar, quero que pegue de volta.

_ mas... eu, pe-pensei que ia gostar – disse Alvo triste que fizera o coração de Alice se partir – você queria uma camera magica, o que foi? Não gostou, se não gostou do modelo, podemos trocar, ou então... se quiser outra coisa, você vai até a loja comigo e trocamos – o garoto falava rapidamente e em um tom quase desesperado, não esperava que a garota ia quer devolver o presente, ele por fim suspirara – por que você não quer aceitar?

_ é muito caro, eu, não quero que gaste tanto dinheiro assim comigo – disse Alice com um tom envergonhado, ela começara a corar tambem – desculpe, mas não...

_ aceite, não se preocupe com o preço, essa camera vale por esses anos em que não te dei nenhum presente descente – disse Alvo sorrindo levemente envergonhado ao se lembrar das coisas que já dera a Alice – me sentirei muito mal se não aceitar – ele suspirara - queria... queria, algo que... te fizesse se lembrar de mim... – Alvo terminara agora se sentindo corar ainda mais – por favor, aceite – ele devolvera a caixa a ela.

Alice encarava atonita, sua boca estava semi aberta, e ela sorria levemente, Alvo a encarava como um cachorrinho piedoso, um olhar que faria até o coração mais gelido se derreter, e no caso dela, aquele olhar estava lhe fazendo corar ainda mais.

_ e-eu, não preciso de presentes para me lembrar de você Alvo – disse Alice sorrindo docemente – já me lembro de você sempre, você... é mais presente em meus pensamentos que imagina...

Alvo corara e Alice estalara os olhos então notando o que falara, ela se erguera e fora em direção a sua barraca, ela saira tropeçando, estava muito confusa, nervosa com o que ele pensaria de suas palavras.

Alvo agora sorria bobamente, se deixando escorregar no tronco de arvore que estava sentado, se deitando sobre ele, agora encarava o céu, a noite estava estrelada, e as palavras que acabara de ouvir lhe fizeram um grande bem, ela lembrava dele, ele estava presente em seus pensamentos mais que imaginava. Três rostos lhe encaravam agora de cima, cada um com uma cabeleira loira, Scorpio possuia um sorriso maroto nos labios ao encarar o amigo, Alvo se sentara no tronco e pode ver que os seus amigos o encaravam com uma cara estranha, com olhares maliciosos. Antes que Alvo falasse algo, Scorpio se aproximara.

_ então... Romeu – disse Scorpio com um tom brincalhão – será que agora podemos ir para nossa pequena aula? – ele lhe mostrara um livro vermelho de capa já envelhecida – ou você quer deixar o treino de animagia para depois? Sua Julieta pode querer que a visite em sua sacada – os três riram deixando Alvo ainda mais sem graça.


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