Como Sobreviver Num Acampamento De Nerds escrita por Pequena em Paranoia


Capítulo 23
Dica 23 - Todos temos uma vida desconhecida fora do acampamento


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, quero logo dizer que eu queria ter postado antes kk mas comecei a escrever e escrever... Resultado: 5000 palavras e eu nem tinha acabado a peça direito. Achei legal dividir para poder dar uma palha a mais dos personagens. A lindíssima leitora Phoenix perguntou quem era a Lucy antes do acampamento, então achei legal falar logo agora! E siiim! Consegui um capítulo com menos de 4000 palavras kk o próximo já é a peça inteira, então preparem-se para um capítulo grande que eu JURO JURADINHO que tentarei fazer o menor possível. Velho, Shakespeare escrevia demais kkk. Enfim! Boa leitura!



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Vigésima Terceira Dica: Todos temos uma vida desconhecida fora do acampamento

Eu havia acabado de descobrir que todo esse tempo Jeffrey esteve apaixonado por Charlotte, enquanto eu via coisas onde não deveria ver. Isso de paixão e amor é muito complicado para uma cabeça jovem como a minha! Tudo bem que o acampamento não se trata de encontrar romance, mas era meio difícil não fazer isso. Todos tem uma vida fora, alguns até se conhecem fora do acampamento (como a Jenna e o Jonathan, que estudavam juntos). A dica de agora é para que ninguém se surpreenda!

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Preparativos e preparativos... Era trabalho demais para uma peça tão chata! E querem saber quantos ensaios fizemos? Quem mesmo saber? Pois é, tivemso um ensaio após a noite de anfitriões dos Laranjas (que eu sinceramente achei a mais chatinha de todas as que já passaram!), em seguida tivemos um ensaio na manhã seguinte, durante a tarde, durante a noite, na outra manhã e momentos antes da peça. Produzimos uma peça de Shakespeare em um dia e meio, SIM! Eu e Esther não fizemos absolutamente nada, pois éramos as árvores mais esbeltas desde os Ents de O Senhor dos Anéis.

As fantasias ficaram ajustadas bem rapidamente, Charlotte foi responsável por grande parte. Também ficou responsável pelas luzes de palco e pela trilha sonora! Se ela não fosse minha amiga declarada, eu a odiaria por tão incrível que essa garota era!

Por falar nela, devo explicações sobre o caso “Jeffrey x Charlotte”. Engraçado, um fazia parte dos Vermelhos e outro fazia parte dos Azuis... Verdadeiros Romeu e Julieta, não é?

Voltando ao final da última dica:

“Ela é perfeita demais para mim. Se souber de alguma coisa, você me fala?”. Jeffrey quebrou minhas pernas e absolutamente tudo o que eu acreditei durante dias de acampamento (que ele estava paquerando comigo). Digo, em um mesmo dia eu descobri que as duas pessoas que todos brincavam que me paqueravam eram apaixonadas pela Charlotte. O que é ultra lógico, Charlotte é perfeita! Ela é simplesmente um troféu, enquanto eu era... Sou... Bem, uma aparente “drama queen”misturada com “mulher-homem” e com “nerd-anã-guerreira”. Nem mesmo a heroína da história eu era.

Enfim, logo após a declaração de Jeffrey, eu não parei de encará-lo por horas e mais horas, tentando processar direito o acontecido. Pensei em comentar com alguém, pois eu precisava desabafar. Eric foi o escolhido para me escutar logo após nosso café da manhã (antes do ensaio), mas sua reação foi diferente daquela que eu esperava:

– Ta brincando que só agora você percebeu isso. – ele falou, quase fazendo vento com as pálpebras de tanto piscar. – Digo, eu entendo que você entrou para o acampamento esse ano, mas sempre foi bem na cara o romance desses dois.

– Como assim bem na cara? – falei, coçando meu nariz freneticamente. – O Jeffrey não parecia apaixonado pela Charlotte.

Ele sorriu, arrumando os óculos.

– Nunca passou pela sua cabeça quão estranho era ninguém estar atrás da Charlotte por mais perfeita que ela seja? Todo mundo já sacou o Jeffrey, menos a própria Charlotte.

– E ela? Não sente nada por ele? – murmurei, pois algumas pessoas passaram ao nosso lado. Sentamos juntos na mesa antes dos outros. – Por mais simpática que ela seja, eu só a vi ser íntima de verdade de você e do Matt.

Eric deu entre ombros, falando baixo também:

– Ninguém entende essa garota. A nossa esperança é que algo aconteça até o final do acampamento já que é o último ano do Jeffrey.

– Isso é tão estranho, não entra na minha cabeça muito bem. – falei com certo peso. Eu não entendia direito o que estava se passando em mim. Quis acreditar que fosse ciúme, claramente todos brincavam comigo e com Jeffrey, então eu criei certas esperanças. Poxa, Jeffrey é um príncipe!

Digo, várias vezes eu escrevi que achava que algo estava acontecendo, ou que Jeffrey estava me olhando durante intervalos imensos, mas fiquei revoltada que eu era única que não tinha percebido! O sentimento de ciúme só me era conhecido quando começavam a falar das minhas músicas favoritas ou até dos meus livros desconhecidos favoritos! Isso me estourava de ciúmes!

E em meio a esses devaneios todos, alguém me cutucou no ombro.

– Do que vocês dois estão falando? – esse alguém perguntou, e eu me virei de uma vez, dando de cara com Jeffrey e seus olhos beeem abertos e atentos.

Tossi meias palavras como “eu”, “o que?”, “como?”, “ah”, “árvores”, “friendzone”, "let it go, let it go", “Matt”... Nada com muito significado.

– Lucy, respira fundo. – Eric brincou, rindo bobamente.

– Desculpa. – falei devagar, passando a mão no rosto – Eu só estava confusa com aquilo que conversamos antes, depois do incidente com a Esther e o Quentin.

– Ahh, sim! Conseguiu alguma coisa? – Jeffrey pareceu bastante feliz.

Eric arqueou as sobrancelhas e bateu levemente no ombro de Jeff.

– Jeffrey, é impressão minha ou você chegou perto da Lucy desde o início para conseguir algo com a Charlotte?

ELE REALMENTE PERGUNTOU AQUILO! Não imaginei que meu fofinho amigo pudesse ser tão direto. Entretanto, aquela suposição fazia bastaaante sentido.

– Não, não! Que é isso... – Jeffrey fico sem graça, desviando os olhares de príncipe. – Assim, eu pensei no início em me aproximar. Digo, antes da Lucy chegar no acampamento, a Charlotte só andava com a Kelley e com a Jenna, mas depois que a Kelley foi embora eu só a vi conversando com a Lucy. Mas eu realmente gosto de você!

– Ah, ta certo. Fazer o que se não sou tão interessante quanto a Charlotte para alguém se aproximar de mim por minha causa. – resmunguei e olhei para Eric. Não evitei rir um pouco, então eles devem ter levado minha afirmação na brincadeira. – Eric, eu amo você e sua obsessão pelo Batmóvel.

Ele deu entre ombros antes de Jeffrey falar mais uma vez, tentando se explicar.

– Lucy, não me entenda mal, por favor.

– Não se preocupe, Jeff. – eu falei e sorri sinceramente. Ele estava tão bonitinho tentando se explicar que me deu uma dorzinha no peito. Sério! Um cara se esforçar assim para ficar perto de uma garota (ele e Charlotte), era de derreter o coração – Mas da próxima, seja menos estranho. Sério, eu achava que você estava me paquerando esse tempo inteiro. Tipo, olhando diretamente para a minha mesa e tudo mais. Sei que estava olhando para a Charlotte, mas ficou algo bem sinistro para mim.

Jeffrey sorriu como o príncipe que era.

– Peço desculpas por isso. Eu não vejo a Charlotte fora do acampamento... Estranho gostar dela assim, não é?

– Não foi por falta de convite! – Eric falou alto, depois se virando para mim com calma – Eu já disse que estudo com a Charlotte, certo? Somos de Omaha, no Estado de Nebraska.

Lentamente, eu comprimi os olhos. Tecnicamente falando, o acampamento do Sr. Turner era nacionalmente conhecido, mesmo que localizado em algum lugar perdido entre Dakota do Sul e Nebraska.

– Da última vez, você disse que ela estava com um namorado. – Jeffrey murmurou, espreguiçando-se – Mas já passou. Se não for para ser, não será...

Jeffrey estava tão quebrado que me deu uma pena desgraçada. Só de imaginar que ele alimentava aquela paixão apesar de não se encontrar com Charlotte fora do acampamento, fiquei realmente com dó.

Mas tudo bem, eu tentei ficar bem quieta sobre o assunto durante o resto do dia. O que foi fácil, já que fiquei brincando com Jeon durante todos os ensaios. Não prestamos atenção em nenhum praticamente, pois ele estava junto a Charlotte na produção técnica do espetáculo. Eu até fugi em algumas cenas que deveria aparecer com meus maravilhosos galhos de Árvore II.

Eu realmente não estava nem aí... Até os atores serem convocados para o palco para um discurso final feito por Jean Devosso.

– Espero que todos se esforcem. Nós ganhamos permissão para atribuir mais pontos para os melhores atores em nossas opiniões. Será uma peça maravilhosa e sabemos que vocês darão o melhor de vocês.

A peça seria montada em um palco de madeira improvisado na Clareira da Fogueira que utilizávamos com frequencia. Aparentemente, enquanto dormíamos alguém montou aquele palco gigante com direito a camarins nos fundos, coxias enormes e bastidores realmente equipados. Novamente, imagino que o Sr. Turner não tinha mais nada com o que gastar seu dinheiro.

As meninas foram encaminhadas para um camarim, e os meninos para outro, logicamente. Jenna, entretanto, foi separada do resto de nós por ser a tão importante Julieta. Que bobagem.

Comecei a bufar no camarim assim que vi minha cabeça gigante de árvore ridícula. Charlotte só foi capaz de achar graça da minha reação, não foi capaz em momento algum de me confortar. QUE AMIGA MARAVILHOSA ELA ERA.

– Lucy, vai ser muito engraçada essa peça! – ela falou e tentou me ajudar a por o cabeção fofo e verde. – Digo, com a sua altura e essa cabeça desse tamanho...

– Vai, continua achando graça, sua girafa loira de Nebraska. – resmunguei e ela parou de rir. Pela primeira vez, eu havia insultado com Charlotte. Sinceramente, eu não sei o que deu em mim! Achei por um momento que fosse ciúme por ela ter Jeffrey e Matt, mas agora penso que isso é impossível, certo? Digo, eu ter ciúmes é impossível. – Desculpa, Charlotte... Eu não quis...

Ela caiu na gargalhada – uma gargalhada muito fofinha para uma modelo perfeitinha. Pareceu uma criança.

– Realmente, eu sou uma girafa. Fazia tempo que não brincavam com a minha altura!

Eu também sorri e bati em suas costas com delicadeza. Eu gosto da Charlotte, ela é sem dúvida uma boa amiga.

– Você está por fora. Sei tudo sobre você, senhorita perfeição. Eric já te desmascarou!

– Sério? Eu não sei absolutamente nada sobre você! – ela riu, terminando de arrumar os galhos fixados aos meus braços – Pode desembuchar, veio de que cidade?

Retorci a boca. Nenhuma das outras garotas estava prestando atenção enquanto conversávamos.

– Eu sou de Sioux Falls. – respondi, e ela abrilhantou os olhos.

– Jeffrey é de lá também. O pai de Eric e a irmã mais velha do Matt moram lá! Mas eles moram com as mães em Omaha. – Charlotte falava, contando nos dedos as pessoas de quem falava – Desde que me entendo por um ser um humano, conheço o Eric.

Eu realmente não imaginava que a relação deles extra-acampamento era forte assim. Também não imaginava que os pais de Eric eram separados, ou que Matt tinha uma irmã mais velho. Apesar de já considerá-los amigos, eu não os conhecia de maneira alguma. E nesse pensamento, comecei a falar algumas coisas minhas para Charlotte:

– Eric já me falou que você era líder de torcida, monitora da turma, presidente do grêmio estudantil e mais um bocado de coisas. Juro que me sinto intimidada com essas informações.

– Você participa de alguma coisa? – ela perguntou com a testa franzida sem UMA ÚNICA RUGA.

– Ah, eu sou campeã estadual de Taekwondo. Participo de clubes de debate e de literatura. Também faço parte do time de lacrosse.

– E fica intimidada comigo! – Charlotte gargalhou.

Nós duas começamos a achar graça uma da outra e falar besteiras de nossas vidas fora do acampamento. Ela era realmente competida na escola em que estudava com Eric e Matt, mas nunca teve nenhum namorado.

– Nenhum? Nenhum mesmo? Por que? – quase berrei, surpresa. Poxa, até eu já tive um namorado (que eu não quero entrar em detalhes, foi a pior experiência romântica da face da Terra desde os fictícios Romeu e Julieta).

– Eu sou meio lerda para entender as indiretas e diretas dos homens. – respondeu, finalmente parando de arrumar meu figurino. – Alguns já até tentaram, mas nenhum realmente me fez desvencilhar, sabe?

Eu tive que concordar quando imaginei o pobre Jeffrey se desmanchando. Pobre coitado.

– Credo, vocês rindo parecem que estão se engasgando. – Louise falou, desfilando de um lado para o outro com seu vestido carmim bonitinho. Os Caputelos eram de cores carmim e preto, enquanto os Montecchios eram azul e prata. Mas Louise estava convencida demais para alguém que só tinha cinco falas atribuídas especialmente pelo Sr. Turner. Na história original, Rosalina nem aparece!

Paramos de rir quando ela se aproximou de nós, mas ninguém no camarim evitou soltar uivos de risada quando Estherco apareceu com sua roupa de Árvore I. Digamos que a pessoa que fez o figurino dela devia odiá-la por algum motivo, deixando sua roupa no tamanho XXGGG. Nem mesmo a Louise evitou rir.

– Vocês vão queimar no fogo do inferno. – Esther resmungou, revirando os olhos.

Entretanto, assim que ela se virou deu de cara com a janela do camarim se abrindo.

A cabeça irritante de Jeon apareceu na janela, enquanto ele murmurava como se assobiasse:

– Uou! Acertei em cheio a janela!

Uma onda de gritos de todas as meninas soou feito sirene, enquanto todas jogávamos caixas, pedaços de roupa, sapatos e etc, nele. Jeon era uma muito louco por fazer coisas assim! Eu, ao contrário das escandalosas e indefesas moças, arregacei minhas mangas de árvore e saí do camarim. Eu daria uma lição no meu amigo. Ou foi o que eu imaginei que faria.

Mal saí do camarim, dei de cara com Matt já arrumado no meio do corredor dos bastidores. Ele não se aguentou, vendo meu cabeção, e desatou em gargalhadas. A roupa dos meninos que era engraçada, poxa! As calças da maioria deles eram bufantes e coloridas! Como ele era Mercúcio, primo do Príncipe, tinha roupa roxa, o que o deixava muito gay com seu cabelo ondulado cheio de gel e seu brinco que o estampava como desvirtuado naturalmente.

– Não acredito que ESSE é o seu figurino! – ele berrou, caindo na parede por não se aguentar nas risadas.

– Dá um tempo, Matt! – rosnei, andando no corredor na direção dele e da saída dos bastidores – Estou indo dar uma lição no asiático tarado.

– Nada disso.

Assim que eu dei meus pequenos passos, atravessando a presença de Matt, fui levantada. Ele rapidamente segurou minha cintura e me jogou pra cima como se eu fosse um saco de arroz. Quando percebi, eu estava pendurada no ombro de Matt!

– Eu não sou um saco de arroz! Me põe no chão! – gritei e ele riu, pulando e me sacudindo para cima. AQUILO DOEU, DROGA! – Seu maluco! O que você ta fazendo?!

– Se você sair, vai atrasar a peça e vai dar trabalho. – ele falou e começou a andar na direção do camarim. Eu esperneei, briguei, bati nas costas dele, mas aquilo parecia não surtir muito efeito. Se eu desse outro golpe crítico, Matt ficaria muito machucado. Então, ele bateu na porta e esperou que Charlotte a abrisse, mostrando-se surpresa com a situação. – Entrega de uma árvore teimosa.

Balancei o cabeção, dando uma joelhada no peito dele e ouvindo seu gemido. Eu não era uma árvore teimosa! O problema foi que antes mesmo de ele me por no chão, Quentin veio correndo em nossa direção, gritando:

– Começaremos em vinte minutos! Todos para o corredor atrás do palco! – mas parou de berrar quando viu quem Matt me segurava como um homem das cavernas cabeludo e vestido com calças bufantes! – O que vocês dois estão fazendo?

Fiquei nervosa e voltei a espenear.

– Me soooooolta, droga!

– Ela queria fugir por causa desse cabeção feio. – Matt resmungou, mentindo e me fazendo debater-me ainda mais – Não se preocupe, vou levá-la para o palco.

– Então leve rápido e apresse todos. Atraso tira pontos. – Quentin falou e seguiu em frente, indo até o camarim masculino e berrando – Cinquenta minutos para o começo da peça!

Por que todo mundo admite que as mulheres demoram mais ou se arrumam mais rápido se tiverem menos tempo? Sinceramente, aquilo foi muito machista!

Bem, eu me dei por vencida. Parei de me sacudir no ombro de Matt – que parecia estar gostando de me ver pirada para sair de cima dele – porque minha barriga já estava doendo. Charlotte nos acompanhou, rindo juntamente a ele da minha situação. Não evitei fazer piadinha também.

– Matt, é melhor me tirar daqui de cima. Acho que estou vendo nuvens. – murmurei, choramingando.

Ele riu, falando:

– Será que se eu me abaixar para ficar da sua altura, vou me sentir o Homem Formiga?

– Se eu fosse do tamanho de uma formiga, juro que entraria no seu ouvido para morder teu cérebro do tamanho de uma noz.

Rapidamente, Matt pulou e me chacoalhou outra vez.

– Anã, espera você chegar no chão para poder me atiçar.

– Matt, você não deveria brincar assim com ela. – Charlotte murmurou, chamando atenção.

Jean passava correndo por nós, mas no momento que viu a situação, parou com as sobrancelhas arqueadas.

– O que está acontecendo? – ela perguntou, e eu baixei a cabeça. Não aguentava mais ficar ali em cima.

– Manda ele me soltar, Jean... – choraminguei.

– Solta a garota, Matt, e vão para as cochias. Logo logo começaremos.

Ele finalmente me soltou com um suspiro, encarando-me devagar, enquanto várias pessoas passavam por nós. Havia algo de errado naquele olhar dele, estava sem malícia ou crueldade, como eu normalmente o via (ou pensava que via).

– Vamos então? – ele falou e saiu de perto de mim, acompanhado de Charlotte.

Juro que senti um calafrio só nisso de imaginar que ele escondia algo... Enfim. Rapidamente, o tempo para o início da peça chegou.

De dentro da coxia, não conseguíamos ver direito o que se passava do lado de fora dos bastidores, pois as cortinas estavam fechadas. Charlotte, entretanto, me mostrou que havia uma escada que dava para os holofotes. Subimos juntas e vimos que o acampamento inteiro estava sentado na frente do palco. Não imaginei que fosse realmente tanta gente!

Quando descemos, Jean e Quentin anunciavam o início da peça.

As luzes começaram a acender, enquanto as cortinas se abriam, dando clareza a um cenário de um pátio de pedras em uma cidade antiga, Verona. A menina que cantou na noite dos anfitriões dos Verdes começou a cantar, enquanto Chris tocava violino.

Duas casas, iguais em dignidade - na formosa Verona vos dirão - reativaram antiga inimizade, manchando mãos fraternas sangue irmão. Do fatal seio desses dois rivais, um par nasceu de amantes desditosos, que em sua sepultura o ódio dos pais depuseram, na morte venturosos. Os lances desse amor fadado à morte e a obstinação dos pais sempre exaltados que teve fim naquela triste sorte em duas horas vereis representados. Se emprestardes a tudo ouvido atento, supriremos as faltas a contento.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam loucos para que chegue logo sexta feira e eu publique o capítulo 24! *-* eu estou! Um enorme beigo no coração de toooodos!



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