Como Sobreviver Num Acampamento De Nerds escrita por Pequena em Paranoia


Capítulo 19
Dica 19 - Tudo vale no amor e na guerra


Notas iniciais do capítulo

O complemento do último capítulo o/ como eu havia prometido, estou postaaaando hahaha. Espero que gostem muito *-*



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Décima Nona Dica: Tudo vale (no amor e) na guerra.

Tudo vale na guerra. As pessoas em geral não tem muita noção do que está em risco em uma guerra, seja a real Guerra da Secessão, uma guerra entre grupos de acampamento ou até mesmo uma guerra como a minha e a de Matt.... Tudo vale, pois se respeitarmos regras, nossos entes mais queridos podem morrer com tiros nas costas (dois dos meus amigos azuis mais queridos morreram assim, infelizmente).

Quando a Matt e eu... Bem, eu percebi que nunca vamos deixar de estar em guerra, nem mesmo quando nos matamos em uma falsa guerra de paintball.

.

– Eu me recuso! – berrei no meio de todos os grupos sulistas.

– Lucy, você não deve forçar sua perna. – Jean murmurou para ser discreta, ao contrário de mim.

Eu queria estar no campo, não na barraca. Poxa, era paintball!

– Se você se arrebentar outra vez, eu não vou te carregar, franguinha. – Matt disse ao meu lado.

– Toque em mim outra vez e eu te deixo estéreo. – rosnei para ele e recebi beijinhos no ar como resposta. Voltei-me para Jean e choraminguei – Prometo que me movimento pouco! Vou ficar de sniper! Posso até ser uma mensageira! Mas me deixa ficar no caaaampo...

Charlotte começou a rir loucamente.

– Jean, ela é uma das nossas poucas chances de vencer. Vai, deixa. Pelo menos ela se aquieta se arrebentar o tornozelo outra vez.

Revirei os olhos porque eu era uma pessoa quieta, certo?

– Podemos te por como bode expiatório! Não, você é pequena demais para ser alvo. – Matt continuou a implicar – Sabe a peça? Podiam te deixar ser o cachorrinho da Julieta.

Pus a mão na sua cara (quase fiquei na ponta dos pés para isso).

– Você tenta me provocar, mas eu não te escuto mais.

Eu entendi algo naquele dia: Eu e Matt seríamos protagonistas da Terceira Guerra Mundial. Nosso defeituoso. Quando os dois implicavam, era guerra. Quando ele deu trégua, eu causei guerra (apesar de termos caído no chão juntos e blá blá blá). Quando eu cansei, ele não me deixou em paz, causando MAIS guerra.

– Você escuta, e escuta muito. Escutará tanto quanto eu li. – ele falou e riu.

– Enxerido, não era da sua conta.

Não continuamos a discutir mais que isso, o monitor dos Laranjas veio até nós com berros:

– Vertente de campo comigo!

Cerrei o olhar para Matt e fui em direção ao monitor. Matt também foi. Eric também. Charlotte também. Meus amiguinhos azuis foram ♥

Todos iriam participar do combate foram equipados com coletes, capacetes e moletons marrons, enquanto o outro grupo de combate, os nortistas, teria moletons azuis. Cada pessoa teria direito a 200 balas, além de algumas granadas escondidas no campo para nosso uso.

Ficamos debaixo da tenda enquanto explicavam sobre as regras e mais regras. Eram regras demais para mim.

“Não vale tiro a queima roupa”, “não vale bater com a arma”, “não vale isso”, “não vale aquilo”...

– O NORTE DECLAROU GUERRA! O objetivo dê vocês é pegar as duas bandeiras nortistas antes que eles peguem as suas!

Todos da nossa vertente p egaram as armas e assentiram com a cabeça. A líder dos Laranjas, a líder dos Amarelos e Charlotte passaram a frente, seguidas de seus vice-monitores.

– Os Amarelos estarão na linha da retaguarda. – Charlotte falou lentamente – Os Azuis estarão ao centro, garantindo apoio a defesa dos Amarelos e ao ataque dos Laranjas.

A líder dos Laranjas falou também:

– A melhor defesa é o ataque, então garantiremos um ataque rápido e forte. O time deles tem várias pessoas fortes, entretanto sem muita resistência.

– Faremos um cerco, mas os Amarelos não podem deixar seus postos. – a líder dos Amarelos falou. Era uma garota muito franzina e pequena, fiquei imaginando como ela havia conseguido o posto de líder.

Andamos rapidamente até a frente da tenda e esperamos a largada.

BANG! UM TIRO! GRITOS POR TODOS OS LADOS, POR CIMA, DOS LADOS, NA FRENTE!

Olhei para Eric antes de corrermos juntos para cima de uma colina. Meu tornozelo se arranhou, doeu, mas eu não podia parar de verdade. Eric passou mais rápido que eu para dentro de uma casa aos pedaços, toda feita de madeira em ruínas e cheias de cupim. Eu espirrei dentro do capacete e deixei a lente embaçada quase que por completo.

– Mas que droga... – murmurei, seguindo o vulto de Eric até o primeiro andar da casa.

Ficaríamos de tocaia por enquanto que não precisavam de nossa presença nem nossos avanços.

– Lucy, você pega a janela para frente. Eu acho melhor correr mais para frente.

Foi quando vimos o primeiro vulto de moletom azul aparecer atrás de um rolo gigante. Eu assenti para Eric antes de apontar para o meu futuro primeiro alvo. Respirei fundo.

A cabeça da pessoa apareceu e BANG! Errei o primeiro tiro.

– Atire mais. Nunca jogou num paintball? Nunca atire só uma bala. – Eric falou rapidamente, separando-se de mim e descendo do primeiro andar da casa.

Mantive a calma e o pensamento de atirar mais. Meu inimigo viu minha posição e atirou também, mas sua mira era péssima, acertando apenas o muro da casa. Voltei a atirar com tudo! E continuei sem acertar.

– Isso de tocaia não dá para mim. – falei sozinha e desci com tudo as escadas da casinha, correndo até a porta.

Meu inimigo não sabia que eu havia corrido, então avancei com tudo na sua direção dando de cara com um rapaz dos Brancos assustado e surpreso. Era proibido dar tiros a queima roupa, ou seja, a menos de cinco metros, logo ele começou a berrar.

– Rendido! Rendido!

Em meios as instruções, falaram que aqueles que fossem rendidos, largar suas armas e voltar a tenda. Ele estava fora do jogo.

Rapidamente, escutei outros berros e corri para me esconder atrás de outro tonel. Meu óculos não desenbaçava de maneira alguma.

Foi aí que ouvi o primeiro grito irritante:

– Lucy! – uma voz nojenta, feminina e enjoenta soou. Só poderia ser Esther Devosso. – Que tal deixarmos isso mais interessante?

– Estou ouvindo, Esther. – falei, rindo.

Ouvimos alguns tiros e gritos. O jogo realmente tinha começado.

– As regras não valem para nós duas! Entre nós, é pessoal.

– Só porque seu servo te largou para se apaixonar por mim, não significa que eu queria quebrar as regas. – respondi, ouvindo algum som estranho. – E então, Esther? Ainda enciumada com o beijo? Ops, os beijos?

Um silêncio soprou antes que, do nada, Esther surgisse na minha frente, a menos de cinco metros, apontando a arma de paintball.

– Venha, piranha! – ela falou e atirou.

Joguei-me para o lado em uma cambalhota mal aterrissada e atirei de volta. O tipo chegou muito perto, mas Esther também correu para o outro lado. Eu dei meia volta e saí correndo com todo meu fôlego para o norte. O que foi uma besteira tremenda, já que corri para o campo inimigo.

– Trapaceira descarada! Vaca de peitos pequenos! – xinguei com raiva, ainda andando.

– EI, LUCY!

Alguém gritou, então eu me joguei de imediato no primeiro bloqueio que vi, uma parede de outra casinha. Não tinha como dizer ao certo quem era, eu não fazia ideia se era amigo ou inimigo. Meu tornozelo doía. Erra porcaria de paintball acabaria comigo.

Tomei um susto perverso quando do nada – é, do nada – Eric caiu ao meu lado.

– Lucky está atrás de mim. – ele disse, quase em pânico. – E o Jonathan também. Isso me faz lembrar anos atrás, quando ele implicava comigo.

– Ah, legal. Esther está atrás de mim. – falei e dei uma olhada no perímetro. Houve uma explosão de tinta longe de nós, o que me fez imaginar que fosse uma granada usada. – O que faremos?

Eric também observou ao nosso redor comigo.

– É o seguinte, Jonathan está escondido do outro lado da casa. Se ele souber que estamos aqui, virá de um dos lados. Temos que ir dos dois, diminui nossa chance de morte e aumenta a dele com um ataque surpresa.

Eu assenti com a cabeça. Esse garoto era realmente bom, tive que ler outra vez o início do caderno de dicas para lembrar-me que Eric só tinha 14 anos.

Quase corremos pelas laterais da casa, cada um de um lado, até que eu escutei os tiros. Eric chegou primeiro.

– Droga, fui pego pelo Eric! – Jonathan resmungou. Quando cheguei onde ele estava, vi seu moletom todo manchado de tinta azul. – Até a Lucy quis me pegar, eu devo estar ficando mole pra essas coisas.

Bati no ombro de Jonathan e falei:

– Homens mortos não conversam, já pode ir embora.

Então vários tiros começaram a nos perseguir. Alguém havia nos encontrado.

– LUUUUCY! – essa pessoa gritou.

Eu e Eric pulamos para lados diferentes, enquanto Jonathan saia lentamente com os braços erguidos – meus tornozelos quase choraram com aquela corridinha. Quando percebi, era Lucky quem se escondia no meio de moitas artificiais e atirava em mim. Fiquei escondida atrás de um tronco de árvore para me salvar, enquanto Eric se escondia do outro lado. Lucky não se preocupou com Eric, apenas comigo.

– Lucky! Larga do meu pé! – berrei e ouvi a risada dele.

Do nada – é, as coisas só aconteceram do nada ali – senti um sopro em meu pescoço e pulei para trás, encostando a ponta da arma em ninguém menos do que nosso sempre presente (infelizmente) Matt.

– É proibido atirar a queima roupa, gnoma. – ele disse e eu bati a ponta da arma no seu ombro – Pelo visto, seu tornozelo está muito muito bem.

– Estamos em guerra, seu idiota. – resmunguei. – Quer me ajudar a pegar aquele outro idiota?

– Eu e Charlotte estávamos atrás da Esther quando eu te vi pulando igual um macaco. – Matt riu. – Ela provavelmente está com o Lucky agora, os dois pararam de atirar.

Arqueei as sobrancelhas.

– Quer dizer que você não vai deixar a Esther te matar?

– Eu ia. – ele deu entre ombros – Mas a Char quase me enforcou quando deixei escapar essa informação. Resultado: Se eu deixar a Esther me pegar, serei atormentado pela miss acampamento. Já me basta você.

Eu me movi demais, três tiros foram disparados e quase pegaram em mim.

– Esther queria trapacear, então eu quero passar a perna nela. – falei seriamente.

– É como dizem, pequena... Tudo vale no amor e na guerra.

Cerrei o olhar e o corrigi:

– Tudo vale na guerra.

Matt balançou a cabeça e os cachos do cabelo, indicando a direção em suas costas:

– Eu vou por trás e pego o Lucky, mas não vou encostar um dedo na Esther. Ela é toda sua.

Assenti com a cabeça e endireitei as costas. Escutamos então alguns gritos e um som soar por alto falantes:

– O Norte pegou uma bandeira.

Tínhamos que avançar. Eu e Matt concordamos com isso. Começaríamos vencendo Lucky e Esther... Então eu fui sorrateiramente por entre moitas até chegar a uma carroça do cenário e entrar nela, usando de tocaia.

– Esther! Vem aqui sua piranha! – eu berrei.

Escutei o berro de Matt de algum lugar:

– ELA NÃO É UMA PIRANHA!

Aquele idiota provavelmente denunciou a própria posição, pois logo em seguida comecei a escutar tiros. Não hesitei em correr para socorrê-lo, não dava para perder mais gente, certo? Fui na direção da moita em que Lucky estava escondido, mas não o encontrei. Na verdade, me vi dentro de um mini bosque artificial no campo de paintball.

– Vadia! – Esther gritou antes de atirar em mim por trás. Novamente, de muito perto!

Ao invés de correr para me esconder, eu corri ao redor dela (sentindo outra vez o tornozelo e desejando amputá-lo de tanta dor!) e atirei várias balas de tinta de uma vez. Esther também correu e foi se acovardar atrás das árvores. Eu não tolerei e a segui.

– Volta aqui, Esther! – berrei antes de tropeçar numa raiz que emergia da areia muito real para estar naquele cenário e cair com todo meu peso e pequenez de cara no chão.

Sério, eu devo ter algo com a gravidade daquele acampamento! Eu tendia a cair muuuuito!

Esther surgiu na minha frente, apontando a arma para meu capacete, dizendo:

– É o seu fim, ladra de escravos.

– NÃO! – alguém gritou – É O SEU FIM!

Por um momento, achei que fosse Matt que teve um surto maluco para me defender da Esther. Mas não... Eric surgiu atrás dela com a arma apontada, mas não atirou.

– Eric, é bom largar a arma. – desta vez, foi Lucky quem surgiu com a arma na direção de Eric.

Eu de imediato apontei minha arma para o Branco... Então estávamos presos num impasse mexicano quádruplo. Pensei que Mat havia provavelmente morrido com aqueles tiros que escutei.

– Quem se mexer, morre. – falei lentamente. Todos começaram a se encarar. – Mataram o Matt?

– Matt? – Lucky indagou surpreso e olhou para suas laterais. Acho que criei um tipo de discórdia entre eles dois. – Matt, se estiver aí, é melhor sair.

Foi aí que lembrei-me “tudo vale no amor e na guerra”... Quero dizer, tudo vale na guerra! Tudo realmente valia, e nós estávamos perdendo.

– Agora, Matt! – berrei como blefe e assustei Esther e Lucky! Joguei meu corpo para o lado e atirei no peito de Lucky, o que novamente assustou Esther. O Branco estava morto.

Por mais que Lucky também tivesse atirado em Eric, nenhuma bala pegou aquele nerd melequento lindo quase ninja.

– Esther! Não vai fugir! – gritei.

Quando eu mirei nela e ela mirou em mim, nenhuma de nós atirou, mas escutamos o som de apenas uma bala de tinta...

CHARLOTTE VEIO AO RESGATE! Ela surgiu por entre as moitas com os cabelos loiros voando com o vento, enquanto apertava o dedo no gatinho e atirava nas costas da própria irmã! Foi sensacional!

– Charlotte! – Esther ficou furiosa – Você me matou!

A loira deu entre ombros e sorriu... Por um instante, tivemos paz! Eu havia matado Lucky, Charlotte havia matado Esther, e Eric se safou como um gato! Respiramos fundo e nos entreolhamos, enquanto os nortistas derrotados se retivam com resgungos. A vitória, entretanto, foi momentanea...

Do nada (é, do nada) Eric levou um tiro nas costas também, vindo do nada. Olhei atrás do ombro dele e vi Jeffrey apontando sua arma com um sorriso leve e quieto, um lobo escondido na pele de cordeiro (ou de príncipe, não sei).

Arregalei os olhos e tremi nas mãos. Eu seria capaz de atirar em Jeffrey?!

Ao invés de apontar sua arma para mim ou para Charlotte, Jeff se escondeu atrás de uma árvore, enquanto nós fazíamos o mesmo.

– Jeff me matou... – Eric falou com um suspiro - Je ne peux rien faire d'autre. (ele não podia fazer mais nada)

– Charlotte, o que faremos? – murmurei para ela, enquanto a via espiar o perímetro e procurar pro Jeffrey.

– Corremos, lógico. – ela falou e riu. Sinceramente, eu concordava com ela... Jeffrey era de longe a pessoa mais bem preparada fisicamente no acampamento, e eu não falo isso só porque o vi fazer acrobacias, encher o saco de Matt e me proteger se uma avestruz.

– Ei! Eu ouvi! – ele berrou – Não tentem fugir! Não posso deixar que continuem matando Vermelhos!

– Por que você não vai protegera Bette?! Ela precisa!

Charlotte o viu sair um pouco e começou a atirar. Os dois trocaram tiros enquanto eu observava.

– Ah, eu cansei de olhar! – resmunguei e me virei para o outro lado, saindo de trás do esconderijo da árvore e correndo para o meio de outras moitas altas. Jeffrey atirou em mim também, dando tempo de Charlotte sair da árvore e se dirigir ao outro lado. – Vamos, Jeffrey! Venha me pegar!

Ouvi sua risada, seguida de um insulto (eu considerei insulto):

– Vou deixar o Matt te pegar, que tal, Lucy?

Aquilo doeu como um soco no baço. COMO ASSIM JEFFREY PENSAVA QUE EU E O DELINQUENTE ESTÚPIDO TÍNHAMOS ALGO?!?!?!?! E se ele ler o caderno outra vez? Que se dane! MATT É UM DELINQUENTE ESTÚPIDO!

Eu me perdi nas divagações e no queixo caído que não percebi quando ele subitamente se aproximou de mim e se postou frente a frente, erguendo a arma de paintball na minha direção.

– Mas que droga! – berrei, pensando que poderia esquivar outra vez.

– Rendid-

Jeffrey começou a falar, mas foi interrompido com um BANG tiro nas costas! Atrás dele eu pude ver Charlotte sorrindo triunfante enquanto olhava fixamente para o sorriso surpreso de Jeffrey. Aquela foi definitivamente a cara mais bonita que ele fez no acampamento inteiro! O cabelo esvoaçante, os olhos encarando algo que não eram os meus, os ombros largos se espreguiçando, a mão grande e magra largando a arma... Novamente, eu me distraí.

Charlotte levou um tiro nas costas. E eu vi uma multidão de Vermelhos, Brancos e Verdes vindo na minha direção.

– MATAAAAAAAR! MATAR! MATAR! MATAR! - eles berravam, eu acho...

– Lucy, salve-se... – Charlotte sibilou e largou a arma, declarando-se morta.

– Corre, Lucy. Corre agora. – Jeffrey assentiu com a cabeça, também declarando-se morto com os braços erguidos.

Eu corri com o resto de tornozelo que tinha de volta para a casa em que Eric havia matado Jonathan, só que agora querendo entrar nela! Minha torção, entretanto, não permitiu muitos passos. Senti uma dor tão grande que caí sem força alguma na perna. Então fitei minha morte eminente vinda com a multidão e fechei os olhos, já me imaginando nos braços de um anjo tipo Quentin...

Aí ele apareceu.

– Sua anã que se finge de macho desgraçada...

Matt surgiu ao meu lado e me puxou pelo braço, me apoiando com meu braço ao redor do seu pescoço para que entrássemos dentro da casa. Devo admitir que ele teve que se abaixar muuuito para que aquele apoio fosse possível.

Fechamos a porta e escutamos alguns tiros atingirem-na.

– VENHAM PARA FORA! – alguémda multidão gritou.

Suspirei e virei-me para Matt, derrotada pelas palavras:

– É nessa hora que eu te agradeço por ter me salvado.

Ele começou a gargalhar e ignorou completamente minha vulnerabilidade ao agradecer. Velho, eu agradeci a Matt Simons...

– Pequena, nós estamos mortos de qualquer maneira. Eu só estou evitando que você leve uma bala.

Revirei os olhos.

– Ah, então eu vou morrer como? Suicidio?

Matt assentiu com um movimento lento de cabeça, me encarando ao fundo. Ficamos em silêncio por um longo instante enquanto eu raciocinava qual seria o plano dele, mas nada me vinha a cabeça. Até que ele mostrou que carregava nas mãos uma granada.

– Vamos nos matar e matar a todos eles também. Afinal, minha pequena, petulante e franga garota, tudo vale no amor e na guerra.

Pisquei violentamente as pálpebras e abri um sorriso gigante.

– É, tudo vale na guerra. – falei, segurando o pino da granada e ainda encarando o olhar dele.

Matt assentiu com um movimento de cabeça e pôs a mão na maçaneta da porta.

– VENHAM PARA FORA, SULISTAS! – berraram do lado de fora.

Bem, como resultado: eu e Matt ficamos mais coloridos que um cereal matinal Froot Loops. Os sulistas perderam no combate, mas ganharam nas outras categorias, então fomos os vencedores no fim do dia. Meu tornozelo foi enfaixado outra vez, e eu fui proibida de participar da atividade do dia seguinte, além de terem descontado 10 pontos dos Azuis por meu mau comportamento. Quentin ficou uma fera. Jack dormiu bem o dia inteiro.

O dia foi muito divertido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e tenham dado alguma risadinha do Matt kk aquele lindo kkk o Eric brilhou mais que o meu amorzinho do Jeff mimimi mas próximo capítulo, teremos mais Jeff! E cenas hilárias da Charlotte kkk algo que ninguém esperava... Até o próximo! Beigos nos corações!