Reviravoltas - Parte 3 escrita por Milka


Capítulo 1
Uma nova vida


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Espero que gostem de ler essa fic tanto quanto eu gosto de escrevê-la!



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Acordei com uma forte luz branca ofuscando minha visão. Eu estava deitada na maca. Ao meu lado, estavam o Dr. Marcello e algumas enfermeiras.

- Como... como eles estão? - Perguntei, meio fraca.

- Eles estão ótimos! São fortes e saudáveis. - Disse o doutor, com um sorriso no rosto.

Enquanto isso, fora do quarto...

Eu estava surtando. Sentei-me em uma cadeira, mas não consegui permanecer ali por muito tempo, por causa da hiperatividade. Levantei e comecei a andar de um lado para o outro. De repente, Dr. Marcello saiu do quarto de Hanna.

- Como ela está? Eu já posso vê-la? - Bombardeei-o com perguntas.

- Calma, Nicolas. Sim, ela está ótima! E o senhor já pode vê-la. - Ele disse. Voei para dentro do quarto.

- Hanna! Que bom que você está bem! - Eu disse, animado.

Pov. Hanna

- Você já os viu? - Perguntei, segurando sua mão.

- Já. Eles são... perfeitos. - Ele respondeu, nossos olhos se enchendo de lágrimas.

- É claro que são! Graças aos deuses. - Eu disse, e nós nos abraçamos.

- Parabéns, amor. Eu te amo. - Ele disse, e deu um beijo em minha testa. 

- Eu também te amo. - Respondi.

1 ano depois...

- Nico, vem aqui! - Chamei. Nico estava no quarto, e eu estava na sala com Vanessa. Leonardo dormia tranquilamente em seu berço.

- O quê foi? - Perguntou ele, surgindo na sala.

- A Vanessa. Ela falou mamãe! - Eu disse, animada.

- Mã... mamã! - Balbuciava Vanessa. Nós sorrimos e a abraçamos.

- Isso, muito bem! - Eu disse. - Eu te amo, filha.

Ela batia palmas afobadamente e ria. Leonardo falara papai no dia anterior àquele.

13 anos depois...

- Oi, mãe. - Disse Vanessa, entrando no apartamento.

- Oi, filha! Como foi seu dia na escola? - Perguntei, enquanto fazia o almoço.

- Foi... ótimo. - Ela disse, abaixando a cabeça.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntei, preocupada.

- Nada que eu queira falar sobre. - Ela disse, jogando uma mecha de cabelo loiro para trás dos ombros. Vanessa e Leo tinham os cabelos loiros como os meus, e olhos negros como os de Nico. Eles eram únicos; uma beleza rara.

- Cadê o Leo? - Perguntei.

- Ele tá subindo, mas tá meio estranho. - Ela disse, jogando a mala no chão da sala.

- Como assim, estranho? - Perguntei, mas não recebi uma resposta.

- Oi, mãe. Cadê o papai? - Perguntou Leo, entrando no apartamento.

- Tá no escritório. Venham, o almoço está pronto. - Eu disse, colocando as travessas na mesa. Nico fizera faculdade de direito e trabalhava como advogado há três anos em um escritório próprio.

Almoçamos em total silêncio, coisa que não era comum. Vanessa e Leonardo se davam muito bem, e sempre conversavam. Alguma coisa estava errada.

- Tá bom, gente. Podem ir me falando o quê aconteceu. - Eu disse, numa voz autoritária.

Pov. Vanessa

Ah, não. Mamãe estava querendo saber a verdade. Olhei para Leo. Ele estava com um olhar de advertência, como se dissesse "não fala nada." 

Permaneci quieta. Mamãe estreitou o olhar.

- Vocês sabem que podem me contar tudo, não sabem? - Ela perguntou.

- Claro, mãe. Não aconteceu nada, é sério. Vou estudar, tenho prova amanhã. - Menti, levantando-me da mesa e indo para meu quarto. Comecei a andar em círculos, sem saber o que fazer.

Eu tinha que contar para mamãe. Era perigoso, eu podia ter morrido. Quando meu suposto professor de história virou aquele enorme leão com asas de dragão e rabo de serpente, eu quase tive um treco. Ele veio atrás de mim e de Leo. Corremos o máximo que pudemos, até chegarmos em casa. Combinamos que não contaríamos para o papai e para a mamãe. Mas não tenho certeza se foi a escolha certa.

- Ness, o que está acontecendo com você? - Perguntou minha mãe, entrando em meu quarto repentinamente. Meu apelido era Ness. Eu não gostava muito, mas acho que era o único apelido existente para Vanessa.

- Nada, mãe. Tô falando sério. - Respondi, mas ela não pareceu convencida.

- É algum... garoto? - Perguntou ela. Acho que corei, pois senti meu rosto um pouco mais quente que o normal.

- Não! Não tem nada a ver!

- Você pode me contar, filha. Acredite, eu entendo de namorados. Sabe quantas vezes eu e seu pai terminamos? - Disse minha mãe, pensativa.

- Não sei, e também não quero saber. - Ela pareceu ofendida. Encolhi os ombros. - Desculpa, mãe. É que... você não vai acreditar em mim.

Bufei. Minha mãe segurou minha mão.

- Pode falar. Eu não contarei a ninguém, se você não quiser. - Disse ela. - Sou sua melhor amiga. Sempre serei. Além disso, eu já vi de tudo nessa vida, acredite.

- Tudo bem. - Contei-lhe o ocorrido. Seu rosto assumiu uma expressão que misturava pavor e pena. E um pouco de dúvida também.

- Querida... - Ela disse, mas parecia não saber o que fazer.

- Mãe? - Chamei, mas ela continuava fitando o vazio. De repente, ela se levantou e pegou o telefone. Começou a discar um número rapidamente. 

- Nico? - Ela disse, com urgência. - Venha para casa. Rápido.

- Mãe, não! Não conta pro papai! O Leo disse que...

- O Leo é apenas uma criança, como você. Nós cuidamos disso. - Ela respondeu.

- Nós temos quatorze anos! - Gritei. - Como assim, vocês cuidam disso? Quer dizer que nós não estamos loucos? Foi tudo real?

- Não me pergunte essas coisas, querida. Por favor. - Ela disse. Assenti, pois ela estava com aquela cara que indicava que se eu a pressionasse mais, ela começaria a chorar.

- Não acredito que você contou! - Disse Leo, entrando no quarto.

- Eu não tive escolha! Estou com muito medo. - Eu disse.

- Chega! - Mamãe disse, ou melhor, gritou.

Deitei em minha cama e afundei o rosto no travesseiro, encharcando-o com lágrimas de tristeza e medo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Acham que eu comecei bem? Gostaram da capa? :D :D



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