SARAH

A cada palavra que eu dizia a expressão de choque nos rostos de Lavi e Lenalee aumentavam, por fim, quando terminei de contar o meu sonho as perguntas começaram.

–V-Você acha que isso realmente aconteceu? – Lenalee perguntou

–Não sei. Mas é bem provável, do jeito que eles falaram, parece que toda vez que o Allen-kun adormece, o 14° tenta assumir o seu corpo. – argumentei

–Isso será um problema, se eles lutam enquanto ele está adormecido, significa que foi uma luta interna, ou seja, dentro dele, e o que tudo indica, o 14° é muito mais poderoso que o Allen – Lavi disse

Nossa conversa foi interrompida por um imenso estrondo, vindo mais lá de baixo. Nós três corremos até chegar no portão principal, vários exorcistas lutavam contra Akumas níveis dois e três

–Um ataque! – Lavi gritou – Droga! Precisamos avisar o Komui

–Eu vou. Volto assim que avisar – eu disse, então me virei e subi as escadas da ordem com toda minha força

Cheguei a sala do Komui, ao que tudo indicava, eles não tinham percebido nada

–Com licença! – falei abrindo a porta – Estamos sendo atacados!

–O que disse? – Komui disse saindo do meio de um monte de papéis

–Vários Akumas estão no portão principal! Alguns exorcistas já estão lá! Mas precisamos de mais reforços! – falei

–C-Certo! Volte lá e os ajude, eu vou avisar a ordem sobre o ataque – disse Komui pegando um microfone que tinha ali

Então essa foi a minha vez, estava voltando ao portão, passando por um grande salão que conectava as duas escadarias, porém, quando eu cheguei na metade do salão, a parede ao meu lado explodiu, revelando um Akuma estranho, tinha pele totalmente branca, uma coroa dourada acima da cabeça e tinha o rosto de um bebê, parecia quase humano.

–O-O que é você? – perguntei ao bebê voador

–Eu sou um Akuma nível 4 – disse o bebê me olhando com certa curiosidade – Vim matar pessoas

–Akuma... Então eu vou ter que te impedir – falei

Toquei no meu colar, ainda não tinha dado um nome para minha inocência, então só pensei naquela espada do Allen-kun, a única arma que eu tinha copiado, portanto, a única que eu poderia usar naquele momento.

O colar se transformo na espada, e ela intuitivamente foi atrás do Akuma, mas aquele Akuma era diferente, ele apenas segurou a espada antes que ela o perfurasse

–Fraco demais

Então ele saltou em minha direção, eu saltei para o lado evitando um soco que deixou rachaduras no chão de concreto, mas isso não o abalou, ele voltou a me atacar e me atingiu com um chute na barriga que me jogou até a parede mais próxima.

Quando eu me recuperava do choque o Akuma estendeu a palma da mão e na ponta dela uma bola rosa começou a se formar, logo aquela pequena bola rosa se estendeu em um raio imenso.

Que arma era aquela? Eu não teria como escapar daquele golpe, foi ai que me toquei, arma, minha inocência podia copiar outras inocências, mas, será que podia fazer o mesmo com as armas Akumas?

Fiz que puxei uma corda, a espada do Allen-kun veio voando até mim, a segurei pelo cabo e a transformei novamente em colar, quando o raio estava prestes a me atingir eu encostei meu colar naquele raio até que todo o raio foi sugado pelo colar.

–Mas o que? – perguntou o Akuma confuso

–Parece que eu posso copiar qualquer coisa, e não só copiar – eu disse lançando o raio do Akuma de volta – Sugar e copiar infinitas vezes o mesmo golpe

Falei enquanto o raio atingia o Akuma, mas meu momento de glória não durou muito, pois logo o Akuma se recuperou do golpe e saltou para a cratera de onde entrou e ficou em cima dela

–Maldita... Vou destruir esse lugar com só um golpe... Não vou só completar a minha missão, como vou matar muitas pessoas – disse o Akuma

Ele botou uma mão pra frente, uma esfera se formou, totalmente negra do tamanho da cabeça do Akuma, ele ergueu o braço e tentou arremessar, sim, “tentou”, alguém parou o braço dele.