Dois meses depois..........

Os dias se passavam lentamente, e eu nunca mais tinha visto jazz, meu coração se apertava só em pensar nele.

Meu trabalho ia bem, e eu já estava estabilizada no meu novo apartamento, durante esses meses eu havia me mudado para um, um pouco melhor. Ficava horas extras no trabalho apenas para não ficar pensando nele, isso não era justo ele tinha sido o único a me reanimar depois da morte de meus pais e ele foi embora como eles também.

–senhorita brandon. – um senhor me chamou da porta da lanchonete que eu trabalho.

–sim? – perguntei tirando meu avental e indo para a porta.

–isso é para você. – ele me entregou e saiu andando na sua pequena moto, deveria ser o carteiro. Meio receosa abri o envelope, não conhecia ninguém que poderia me mandar uma mensagem.



Eu não podia creditar no que tinha lido, lagrimas vieram sem permissão e começaram a trasbordar por meu rosto, então era apor isso que ele havia me deixado, já deveria ter imaginado, ele nunca iria me querer como esposa, não uma pessoa pobre, que não estava na classe dele, uma pessoa que não tinha nem onde morar. Era obvio que ele ficaria com ela, ela tinha tudo que ele queria era rica, bonita, educada e o amava.

Joguei o convite no chão e fui para casa, o local estava vazio mesmo, e depois acertava isso com meu chefe.

–------------------------------------

Cheguei ao meu apartamento e me joguei na cama, não queria ver ninguém apenas ficar sozinha. Logo a inconsciência chegou e eu fui levada para um sonho calmo e tranqüilo.

Acordei assustada, com um barulho na minha porta, a pessoa bateu novamente, peguei uma vassoura que tinha atrás da porta e a abri letamente.

–aiiii. – a pessoa gritou segurando minha vassoura

–quem é você? – perguntei, ainda com a vassoura na mão.

–apenas vim lhe trazer isso senhorita, não precisava ter me batido. – disse me entregando uma enorme caixa.

–desculpe-me senhor... – tentei falar mais ele já estava saindo. Peguei a caixa e coloquei em cima da cama, a abri com cuidado e me deparei com um lindo vestido.

Atrás da caixa havia um bilhete peguei-o e li com certa urgência.

Como você ira vir na minha festa, resolvi alugar a sua roupa, afinal não te deixaria entrar na minha festa com trapos não é mesmo?! Só para lhe lembrar a festa será a noite então não exagere muito na maquiagem, se é que você sabe o que é isso. Então é isso.

Beijos de Irina denali.

Ai que raiva, raiva, raiva. Peguei aquele papelzinho e rasguei em milhões de pedaços.

_______________________________

Dois das depois....

Hoje seria o casamento, e eu decidi que iria ir, não teria por que eu chorar por um homem que nem sequer me amava ele não merecia meu sofrimento, não depois de eu lhe implorar para ficar. Já tinha repensado milhões de vezes se iria ou não, mais o sim acabou vencendo. Eu teria que ir e dar um ponto final nisso tudo... Teria que ver a cerimônia para provar para mim mesma que tudo estava acabado, que eu não merecia ele.

Já era tarde e como dizia atras do bilhete que a festa começaria às seis horas da noite, só teria suas horas para me arrumar, sem falar que eu teria que sair mais cedo já que o local ficava a meia hora daqui.

Entrei no chuveiro e comecei a me lavar, iria mostrar para aquela idiota da Irina quem é que não sabe se maquiar.

Sai do banho e fui me vestir, não usaria o vestido de Irina, não precisava de seus favores. Havia alugado um com o dinheiro do meu salário que eu havia guardado.



____________________________________

O caminho para a festa foi entediante, e cada vez que eu em aproximava do local o meu coração acelerava mais, parecia que iria explodir. Não sei se agüentaria ficar tanto tempo aqui e ver isso. “burra, burra, burra por que você esta fazendo isso consigo mesma Alice” pensei e no exato momento o taxista abriu a porta.

–chegamos senhorita. – falou sorridente.

–quanto deu? – perguntei saindo do carro

–oitenta dólares.

–aqui esta. – disse retirando o dinheiro da carteira e lhe entregando, o cara entrou no carro e saiu.

–vamos lá Alice, respira você pode fazer isso. – repeti para mim mesma enquanto dava os primeiros passos.

O local era lindo, e estava muito bem enfeitado, o problema era que tinha muitas pessoas e com certa dificuldade passei por todas elas, me sentei na terceira fileira de cadeiras que havia ali, em cima do altar tinha um homem tocando piano, olhei para todos os lados para ver se via um dos noivos mais não os vi.

–com licença. – falei tocando em uma velha senhora.

–sim?

–você sabe se o casamento já vai começar?

–daqui a cinco minutos. – ela disse e voltou a comer seus bolinhos.

Levantei-me e fui a procura de uma mesa de bebidas precisava tomar algo, minha garganta estava seca.

–ola precisa de ajuda? – uma mulher muito parecida com Irina veio me perguntar.

–onde fica a mês das bebidas. – perguntei

–ali do lado. Sem querer ser indecente mais qual o eu nome? -ele perguntou me acompanhando ate a mesa.

–Alice. Mary Alice brandon.

–há a favelada. - ela falou baixinho mais não passou despercebido por mim e nem por um cara que estava do nosso lado.

–algum problema aqui? – ele perguntou se virando para nos.

–não. – a mulher disse.

–pesa desculpas para ela Tânia, eu ouvi o que você disse. – ele falou a lançando um olhar mortal.

–não irei pedir papai. – ela falou e saiu andando.

–desculpe... – o cara começou a falar

–não se preocupe, já passei por coisas piores na minha vida, não é isso que vai me abalar. – disse e continuei andando.

–Alice?! – uma voz conhecida gritou e eu me virei para ver quem era, mais preferia nem ter virado.

–oi. – disse meio sem jeito.

–pensava que você não vinha. – Jasper falou se aproximando.

–é mais eu vim. –disse fria.

–você esta linda. – falou e sorriu

–você também. – disse, e era verdade ele estava lindo

–desculpe-me por isso. – falou agora com um expressão seria

–não tem por que se desculpar vocês se ama. – falei, nos já não conseguíamos mais conversar como antes, parecia que uma barreira nos impedia, e essa barreira se chama Irina.

–eu te amo Alice e você sabe disso. - falou e se aproximou porem eu me afastei

–não se me amasse não faria isso. – dei a volta e fui para o meu lugar, tinha sido muito ruim conversar daquela maneira com ele, me segurei para não chorar, não daria essa alegria para ele.

O casamento começou todas as pessoas ficaram de pé, e Irina entrou no corredor que levava para o palco, ela estava linda, assim que ela me viu me lançou um olhar que não entendi e depois continuou andando. Não havia percebido que Jasper já estava no altar, ele estava mais lindo do que nunca. Imaginei-me no lugar dela, como seria se eu me casasse com ele, nos poderíamos formar uma linda família, me deparei com uma lagrima correndo por meus olhos, não queria chorar então afastei esse pensamento e me concentrei na cerimônia.

Eu estava com um lindo sorriso por fora, mais por dentro meu coração esta se desmoronando em pedaços minha vontade era de sair correndo dali, mais eu não podia teria que ver tudo.

Irina já estava quase chegando ao altar, faltava pouco para eles se casarem. Já ia me sentar como todos os outros convidados quando vi, dois homens vestidos de preto, sacar uma arma e apontarem para Irina.

Pvo. Jasper

Irina estava se aproximando, mais eu só tinha olhos para Alice, eu não queria me casar mais era obrigada meu pai havia em obrigado, me virei para olhar para Irina mas foi ai que vi a pior cena de toda minha vida, Alice se pôs na frente de Irina e dois tiros foram disparados contra ela. Nunca achei que ela fosse tomar algum na vida, mas ali estava, ela de braços abertos, com seu corpo pequeno entregando-se aos tiros e recebendo-os. O vestido antes roxo tornou-se vermelho, uma cor agourenta saindo de dentro dela.

–Alice! Alice Não! – Disse correndo até ela, o choro já vindo. Seu corpo estava caído, e nenhum som era emitido dele.

–eu...ela... – Irina tentava falar alguma coisa mais eu não estava prestando atenção nisso.

–Vamos lá Allie! Não me abandone! Vamos... – Disse enquanto esmagava sua caixa torácica a fim de colocar vida no seu coração recém silenciado. – por favor...

–jazz, é melhor levarmos ela para o medico. – meu pai tentou falar.

–tudo isso é culpa sua. – falei enquanto, abraçava o pequeno corpo de Alice.

Fim...

*

*

*

*

*

*

*

*

*

*

*

*

*

–vamos logo allie assim vamos nos atrasar. – jazz gritou lá de baixo

–já vai jazz, calma, só to colocando um fim na nossa historia. – falei enquanto desligava o computador e descia. Jazz já estava lá em baixo com nossa pequena Julie no colo.

–vamos. – disse dando um beijo nele.

–claro meu amor. Eu te amo. – ele disse me abraçando.

–eu também. – disse envolvendo sua cintura.

E assim foi a nossa história, um historia diferente e ao mesmo tempo única, mais que como todas as histórias acaba em um final feliz. Hoje eu e jazz estamos juntos, formamos um família perfeita com nossa pequena Julie, e vivemos um amor inexplicável que meras palavra nunca poderão descrever.

Meu livro em fim sairá nas bancas, e todos poderão conhecer como foi a historia de uma garota que encontrou seu anjo loiro.