Natasha - 1983 escrita por Carol Costa


Capítulo 7
Capítulo 6




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Meu aniversário estava se aproximando, e eu e Dinho estávamos cada vez mais juntos. Tudo era nas escondidas. Depois da Aula eu arrumava uma desculpa para fugir de casa e ficar com Dinho. E a noite nós fugíamos para bem longe. As duas semanas que fiquei com Dinho foram as mais perfeitas da minha vida - A única coisa que salva - mas não era assim tão fácil. As coisas em casa estavam piorando, meus pais estavam brigando o tempo inteiro comigo e queriam me mandar para Londres junto com Bernardo - Iríamos morar junto com os pais dele. Bernardo e eu ficávamos brigando o tempo inteiro por causa de Dinho, e eu já não o suportava mais. Eu não podia continuar daquele jeito, escondendo ele do mundo. No dia 29 de Março de 1983 - um dia antes do meu aniversário - Passei a noite em sua casa e lá para as três da madrugada, ele me olhou e disse: - Feliz aniversário.

- Obrigada. - Então o beijei e o amei pela ultima vez. 

   Quando o sol estava nascendo acordei e peguei na minha bolsa meu caderno, arranquei uma pagina e nela eu escrevi: 

Dinho…

     Você foi à melhor coisa que me aconteceu, foi o melhor presente que já ganhei. Nunca senti isso por ninguém e vou levar isso sempre dentro de mim. Eu quero te agradecer por me tirar daquela vida, por me tirar de perto daquelas pessoas que só queriam se aproveitar de mim. Você, e a sua música, me deram uma nova forma de ver o mundo, me deu um novo motivo pra viver. Você é mais do que um garoto rebelde pelo qual eu me apaixonei. Você é o garoto que me fez sentir o maior dos sentimentos, e espero ter despertado esse sentimento em você também. Mas eu não posso continuar assim, de qualquer forma eu iria estar longe, mas eu iria para bem longe daqui. Não haveria uma chance de vê-lo de novo e eu não suportaria isso. Eu estarei sempre perto de você, te olhando de algum lugar distante como sempre fizera antes de te conhecer. Meu corpo pode ir embora, mas o meu coração ficara com você. Cuide bem dele.  

Eu te amo

                                                                 De sua Ana Paula.

Sinto dizer, mas não foi bem assim que aconteceu. Eu só queria ver como seria se eu tivesse continuado a me encontrar com ele. Seria uma bela história de amor, não é? Ele realmente era um gato, ele tirava minha respiração toda vez que o via.  Mas aí não teria sentido fugir, e a Natasha nunca teria existido. O que seria uma pena por que não haveria história pra contar. Eu cheguei sim a falar com ele, a ouvir uma de suas músicas. Mas não ele não foi a minha festa. Então vamos começar de um ponto que comecei a inventar.


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