Natasha - 1983 escrita por Carol Costa


Capítulo 4
Capítulo 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/195573/chapter/4

 Eu realmente pensei que eles iriam se importar se eu ficasse com eles mais uma vez, pensei que eles só me deixaram ficar no outro dia por educação. Mas no dia seguinte, na terceira aula, Murilo me chamou para ficar com eles. 

- Essa se chama Primeiros Erros. - Dinho começou a tocar e os meninos o acompanhado no batida no caderno. Durante a música eu fiquei o encarando e ele fazia o mesmo, mas olhava para sua mão para poder disfarçar. 

[…] Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro. E fizesse parar de chover nos primeiros erros. Meu corpo viraria sol, minha mente viraria sol, mas só chove, chove, chove. - Cantava ele o refrão. 

  Na quarta aula Loro e Murilo foram para sala, pois estavam tentando recuperar as notas. Ficamos a sós no pátio depois do recreio. 

- O que te fez ficar do nosso lado?

- Mudança de rotina. 

- Sai de uma pra entrar em uma pior? - Disse ele em um sorriso.

- Mais ou menos isso. 

   As horas passaram e nós ficamos conversando, rindo, criticando e debatendo. Se eu assisti aulas? Sim, eu ganhava presença e só ficava vinte ou trinta minutos. Depois saia para ir ao ”banheiro”. – foi assim o resto da semana - Na sexta-feira convidei Dinho e os meninos para irem à minha festa, que ia acontecer no final de semana. De primeira eles recusaram, mas quando foi na hora da saída, Dinho veio até a mim na frente de todos, e disse que eles iriam. Nunca tinha me sentindo tão feliz com uma frase como eu fiquei com essa. Eu sorri e o beijei no rosto. Segui em frente com um sorriso estampado no rosto. É claro que o beijo no rosto de Dinho havia gerado polêmica, então Bernardo veio tirar satisfação comigo. 

- Que história é essa de beijo? Você mata as aulas pra ficar com ele? Hein, Ana Paula?

- E se for? Não é da sua conta!

- Claro que é da minha conta! Você é a minha namorada! - Ele me segurou pelo braço. Eu o olhei e disse: – Me solta

- Não vou soltar! Você é minha, Ana Paula. E ninguém vai tirá-la de mim.

- Não se pode perder o que nunca teve. – respondi de forma fria, o encarando nos olhos.

- Tudo bem, meu amor. É só uma crise, vamos superar. – disse ele, tentando amenizar a situação

- Você tá louco. 

- Você nunca me viu louco, Ana Paula. E se não quiser que seu amiguinho amanheça com olho roxo ou até mesmo coisa pior, não me provoque. - Ele parou de apertar meu braço quando meu pai apareceu. Ele tentou me dar um beijo, mais desviei meu rosto com nojo dele. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Natasha - 1983" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.