Grissom estava em seu apartamento depois de um turno desgastante, estava cansado demais, queria ao menos uma boa companhia para tomar um bom vinho e conversar amenidades.


"Sara seria uma ótima companhia!" Pensou e sorriu... O simples pensamento da presença dela em seu apartamento fez com que Grissom corasse. Claro que se Sara estivesse em seu apartamento eles iriam conversar, bebericar um vinho, mas Grissom não se controlaria diante da presença da mulher da sua vida, com certeza a tomaria em seus braços e viveriam uma tórrida noite de amor.


Grissom desfez destes pensamentos, tomou um banho e foi relaxar um pouco. Até quando ele conseguiria resistir a este amor por Sara? Até quando sofreria de solidão estando tão perto do amor?


Muitas perguntas, nenhuma resposta e um só pensamento: Sara!


Em um ato de desespero Grissom pegou o telefone e discou um número, precisava falar com alguém, precisava falar com ela sobre os seus sentimentos...


Em seu apartamento Sara descansava tranquilamente! Já estava acostumada com essa rotina de casa ao trabalho e assim por diante. Diversão já não fazia parte dos seus planos, gostava da tranquilidade de seu apartamento, só faltava uma pessoa para a rotina de sua vida ser completa: Grissom... Amava Grissom, seu trabalho no laboratório tinha muito mais sentido porque ele estava lá, apesar de gostar muito do que fazia ele era o real motivo de seus sorrisos!

Sara tinha tomado uma decisão, o amor que sentia por Grissom era muito grande e ela iria esperar por ele. Trocavam olhares, havia uma paquera entre eles, e Sara usava dessas artimanhas para o seduzir, para aguçar seus sentidos. Será que estava funcionando?


Seus pensamentos foram tomados pelo som ensurdecedor de seu telefone, a contra gosto atendeu, torcendo para não ser do laboratório, estava muito cansada para dobrar de turno.


— Alô! — Disse Sara em um tom ameaçador, quem quer que fosse se tivesse o bom senso desligaria na mesma hora.



— Alô Sara,aqui é o Grissom, te atrapalho? — Ele sentiu que talvez não fosse a hora certa de ligar.


— Ah, oi Grissom... não me diga que você precisa de mim no laboratório, estou esgotada!


Grissom ficou mudo por alguns instantes, mas nada o faria mudar de idéia, não agora, que ele estava com toda a coragem para se declarar!



— Ehhh... Sara... uhhh... realmente eu preciso de você, mas não é no laboratório, eu preciso de você na minha vida! Eu preciso de você porque eu te amo!


Sara ficou sem palavras, sorriu ao pensar em seus joguinhos de sedução, realmente funcionou.


— Sara! Sara! Você ainda está ai?


— Sim Grissom, estou surpresa pela sua declaração, eu sempre pen...

Ele não deixou que ela completasse seu raciocínio e quis deixar bem claro:


— EU SEMPRE TE AMEI! Desculpa por demorar tanto a aceitar esse sentimento que invadiu a minha vida por completo, mas a verdade é que não consigo viver sem você, eu respiro você, Sara Sidle! A não ser que você não sinta o mesmo que eu... mas duvido, pelo jeito que você está me paquerando, me seduzindo no laboratório... — Disse Grissom em tom de brincadeira!

— Aham Sr. Grissom, quer dizer que eu estou te assediando em seu local de trabalho? Pois fique você sabendo, que eu estava te testando, queria saber até onde ia o seu interesse por mim... E vejo que me levou ao caminho certo! Eu também te amo Gil! — Sara falou em um tom amoroso.


Do outro lado da linha Grissom respirava aliviado, o homem frio de antes agora secava uma lágrima teimosa que insistia em cair de seus olhos. Como o amor é capaz de transformar as pessoas!


Sara parecia uma adolescente, saltitando pela sala com o telefone na mão e o coração transbordando amor!


Grissom a tirou de seus devaneios:

— Sara, eu estava pensando... se você não estiver muito esgotada como me falou, poderia vir aqui em meu apartamento, pra gente tomar um vinho, conversar e para eu poder declarar meu amor olhando em seus olhos?


Grissom não ouviu a resposta, o telefone ficou mudo de repente. Será que aconteceu alguma coisa com Sara? Pensava ele, já preocupado.


Sara não pensou duas vezes soltou o telefone, pegou as chaves do carro e foi ao encontro do seu grande amor.


Ele estava desesperado com o telefone mudo, não sabia se ligava para o Jim ir até o apartamento de Sara dá uma checada, não sabia se ele mesmo iria té lá...

Quando por fim decidiu que ele mesmo iria até o apartamento dela, seu interfone tocou:


— Gil, sou eu Sara, posso subir?


A vontade de Grissom era dar uma boa bronca nela por agir assim de impulso, mas sua felicidade por ela estar ali era muito grande, e autorizou sua subida.


Lá estava Sara no elevador, coração aos gritos, sonhou tanto com esse momento e agora estava assim... com medo!


Grissom abriu a porta e em um simples gesto de carinho a segurou pela cintura, a beijou de forma urgente a arrastando para dentro de seu apartamento, o fôlego se fez necessário. Ele a conduziu até o sofá, ajoelhou diante ela, fixou seus lindos olhos azuis aos dela e disse:


— Sara Sidle, eu te amo!


— Eu também te amo Gil, desculpa por o ter deixado falando sozinho ao telefone, mas eu não queria desperdiçar essa oportunidade de estar aqui assim com você, ouvindo essas palavrinhas que eu tanto sonhei!


Grissom beijou suas mãos, tocou seu rosto delicado e lhe fez uma proposta para lá de indecente:


— Não se preocupe com isso honey! Agora me diga, você prefere conversar tomando um bom vinho, mãozinhas dadas, quem sabe assistir um filminho, ou...


Grissom ergueu a sobrancelha e analisou por alguns instantes o rosto da amada, queria decifrar seus pensamentos para saber se podia ou não terminar sua proposta.


— Gil, Gil, Gil... — Falou Sara já imaginando a segunda opção!


Com um sorriso nos lábios e um olhar malicioso, Grissom quase completou sua proposta:


— Ou... tomamos um bom vinho e...


Não precisavam de palavras, seus desejos gritavam por seus corpos. Sara o calou com beijo que fez com que seu corpo reagisse, ele a tomou em seus braços sem perder o contato de sua deliciosa boca e a levou para o quarto onde uma cama convidativa os esperavam.


Se amaram a noite toda em uma tórrida noite de amor, como a princípio Grissom queria. Vinho? Eles nem lembraram de tomar... estavam saciando o desejo reprimido de anos. Começando um novo capítulo dessa longa história de amor...




Fim*