A New Beginning escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 11
Some Secrets


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo fica dedicado às ÚNICAS duas pessoas que comentaram meu aviso. Espero que gostem, e como eu disse vou passar a escrever frequentemente, uma vez que minha criatividade para com essa fic voltou. :)
Até lá embaixo, boa leitura.



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Hermione olhava para os rostos à sua frente sem poder acreditar. Seus olhos lhe mostravam uma coisa, mas seu bom senso dizia que aquilo simplesmente não podia ser verdade. Treze pessoas a olhavam apreensivas. Eles eram tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo, era como se ela os conhecesse e ao mesmo tempo nunca tivesse os visto, e esse paradoxo fazia seu cérebro ter nós.

— Quem são vocês? – ela ouviu Rony perguntar.

A voz dele estava distante e abafada, como se ela estivesse presa dentro de uma bolha. E talvez estivesse, uma bolha que só ela sentia e via, uma bolha emocional para se proteger de toda aquela loucura a qual estava sendo submetida.

— Já dissemos – outra voz ressoou. Ela não foi capaz de reconhecer, seu cérebro parecia trabalhar lentamente, como se estivesse congelado. Era assim que Rony se sentia?

— Não isso. – ela finalmente conseguiu se forçar a colocar pra fora. – Quem são vocês no sentido de... Quem? O que fazem aqui? Por quê? De onde são? Quem são seus pais? Por Merlin voltem às suas aparências antigas antes que alguém apareça – ela pediu colocando as mãos na testa. Na realidade ela queria dizer "antes que eu enlouqueça", mas ainda era orgulhosa demais para admitir que aquilo enrolava sua mente.

Após voltarem às aparências falsas, Rose explicou tudo, omitindo algumas coisas sobre o futuro. Coisas como a morte de Sirius, ou a morte dos Potter, casamentos do futuro e outras coisas que poderiam mudar caso os outros soubessem e que poderiam afetar muito em seu próprio futuro.

— É muita coisa pra minha cabeça, de verdade – Rony comentou olhando cansado para Rose.

— Eu sei que é. Também foi pra gente, tem noção de que... – ela chegou perto de Rony e sussurrou para que somente ele e Hermione pudessem ouvir – estou convivendo com pessoas mortas? Nada contra, mas é estranho.

Hermione baixou o olhar a menção do "pessoas mortas". Quando fez isso seus olhos bateram no relógio de pulso que Rose usava. Se estivesse certo, e ela rezava internamente para que não estivesse, eles já estariam bem atrasados.

— Rose... – chamou. A citada a olhou e ela prosseguiu. ­– Seu relógio está correto?

A menina checou o relógio e deu um tapa na própria testa.

— Estamos atrasados. Por culpa sua, Ronald Weasley. – olhou com um olhar falsamente bravo para o ruivo.

— Vamos logo. – Hermione respondeu revirando os olhos e puxando Rose pelo braço.

***

Pelo resto da manhã, nada mais foi mencionado quanto aos novos alunos. Pela primeira vez, Hermione havia dito, Rony estava tendo um pouco de tato.

Sem ter que se preocupar com o fato de descobrirem quem eram, os viajantes estavam mais calmos, e até conseguiam se entrosar melhor. James e Sirius se deram muito bem com Fred e George, o que não agradou a Hermione que agora teria trabalho dobrado para vigiar as brincadeiras, uma vez que Ron não era muito ativo no cargo de monitor que ocupava. Já as meninas – todas elas, até mesmo Nicole com um empurrãozinho de Isabela – se dispuseram a ajudar Hermione caso algum dos marotos saísse da linha, porém a morena ainda acreditava que seria bem difícil. James Sirius e Albus conversavam com Ron e Harry sobre Quadribol na maior parte do tempo. Albus dizia que era o melhor apanhador na sua antiga escola, o que fazia Harry querer desafiá-lo, no entanto o menino optou por não aceitar – por enquanto – já que "não queria tomar o cargo de Harry", como ele mesmo dissera.

Após o almoço, os grifinórios do quinto ano teriam um tempo livre, então todos estavam rumando para algum lugar do castelo, a fim de distrair a mente antes de mais uma aula de poções. Rose puxou Scorpius e Albus para um corredor a direita, enquanto todos os outros continuavam indo até o Salão Comunal.

— O que foi? – Albus perguntou enquanto Rose andava a frente deles, fazendo-os a seguirem.

— Vamos até a Sala Precisa, preciso falar com vocês, algo importante.

Dando de ombros e com a curiosidade ardendo, Scorpius e Albus seguiram a menina. Assim que chegaram em frente à tapeçaria do Barnabas, o Amalucado, Rose parou fazendo com que os meninos que a estava seguindo de perto batessem um no outro.

— Idiotas. – resmungou passando três vezes em frente à parede vazia.

Assim que Rose parou uma porta pequena surgiu. Eles entraram e se depararam com uma sala muito parecida com o Salão Comunal da Sonserina. Tinha poltronas aconchegantes em um tom de verde musgo e as paredes eram de pedra. Em frente às poltronas uma lareira crepitava, aquecendo o lugar. Rose o tinha imaginado no inverno, já que gostava da estação, por isso três garrafas de cerveja amanteigada repousavam ao lado das poltronas.

— Uau, você é boa Rose. – Albus elogiou sentando-se na poltrona do meio e pegando uma garrafa para si.

Depois de conversarem sobre tudo o que estava acontecendo e brincarem um pouco, relembrando os "velhos tempos", Rose tomou coragem para finalmente falar o que estava em seu pensamento.

— Bem... Eu não sei por onde começar, e na verdade acho que essa é a ideia mais insana que eu já tive, e estou me abominando por isso, mas...

— Rose! – Scorpius exclamou sacudindo a amiga. – Respire, e explique, porque não estamos entendendo aonde quer chegar.

— Eu quero que mudemos o passado. – ela disse de uma só vez antes que perdesse a coragem.

— Não! – Albus exclamou exaltado. – Rose, você é a mais inteligente daqui, como pode estar dizendo uma coisa dessas? Eu sei que meu pai sofreu por não ter seus pais, mas...

— Não Al, eu acho que não é esse passado a qual a Rose está se referindo. – Scorpius interrompeu. – Não é Rose? – acrescentou incerto olhando a menina.

— Claro que não. Al, eu sei que se seus avós não morrerem o seu pai vai. Eu não quero alterar esse passado. Mas eu achei injusto o fato de estarmos aqui e nada mudar. Nós sabemos quem a Umbridge é, sabemos que Sirius vai morrer nesse ano, sabemos que Voldemort vai usar seu pai para chegar ao departamento de mistérios e... Eu só acho que algumas coisas, nós poderíamos... Mudar.

— Coisas como meu pai se tornar um Comensal da Morte. – Scorpius comentou abaixando a cabeça.

Albus estava pensativo. Eles poderiam mudar isso, é claro. Não iria afetar o futuro, iria? Caso Voldemort não pegasse a profecia, se pai só iria descobri-la se Dumbledore resolvesse contar, e eles poderiam se certificar que o velho Albus contaria. Mas, e quanto a Sirius? Se ele não morresse agora, não iria mudar o futuro de nenhum deles drasticamente. Tirando o fato de que Harry iria viver bem mais feliz, e apoiado. Talvez, só talvez aquelas mudanças não fizessem mal, mas e se?

Albus não queria pensar nos "e se" daquela história. Ela já viera com "se" demais. Se alguém descobrisse quem eles eram? Se eles deixassem algo do futuro escapar perto de Harry? Se eles contassem algo do passado para seus avós e os outros? E se eles estragassem todo o seu próprio futuro? E se eles alterassem tanto que não desse pra voltar atrás? E se eles não conseguissem sair dali?

Não. Eles tinham que sair. Tinham que voltar ao seu tempo. Mesmo que para isso fosse preciso esconder alguns segredos. 


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Notas finais do capítulo

Bem, quero agradecer a quem continua lendo e que não me abandonou. Muito obrigada, de todo meu coração.
Espero que tenham gostado desse capítulo, beijos.



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