So In Love escrita por Mandy-Jam


Capítulo 1
Um garoto chamado Gael


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo.
Não sei muito bem se essa história vai agradar á vocês, mas aposto que já tenho uma leitora garantida, não é Ray? Haha!
Espero que gostem.



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Todos no acampamento meio-sangue estavam tendo mais um dia normal, e isso continuaria por um bom tempo. Menos... Para uma semideusa.

Rayssa Oliveira, filha de Apolo, estava insegura na porta de seu Chalé. Seus olhos encontravam um garoto extremamente bonito, e isso fazia seu rosto ficar vermelho.

- Já disse para você ir até lá falar com ele. – Disse uma de suas irmãs. Ray olhou para ela.

- Lisa, também não é assim. Eu... Não vou conseguir falar de frente para ele. – Disse Ray com vergonha – Ele nem me conhece direito.

- Mas você conhece ele muito bem, não é? – Riu Lisa indo embora treinar arco e flecha. Ray riu um pouco sabendo que era verdade.

Na frente dela, treinando espada com outros garotos, estava Gael. Ele era forte, alto e charmoso. Seu cabelo era castanho claro, e ficava completamente bagunçado quando ele lutava, mas isso lhe dava ainda mais charme.

Seus olhos eram azuis, e fitavam sempre as coisas que lhe chamavam atenção. Embora Ray não estivesse na lista dessas coisas, ela queria muito estar.

Gael era filho de Ares, e lutava sempre contra os seus irmãos. Era o que estava fazendo no momento em que Ray decidiu tomar coragem para falar com ele sobre o que sentia.

Diferente de seus irmãos, Gael era sensível e não pensava em bater nos outros o tempo todo. Ray sorriu ao dar alguns passos em direção á ele, mas parou quando alguém apareceu.

- Como é que é, garoto? – Perguntou Ares bagunçando o cabelo de seu filho. Ele riu para o pai e fingiu dar alguns socos nele – Isso mesmo, campeão. Mostra do que você é capaz!

- O que veio fazer aqui? – Perguntou ele sorrindo.

- Treinar com os meus filhos. Vamos nessa. Vou dar uma lição em todos vocês. – Disse Ares sacando a espada. Gael riu junto dos outros garotos.

- Corta essa, pai! – Exclamou ele atacando o Deus da guerra. Eles estavam realmente se divertindo, mas Ray continuava parada na metade do caminho. Ela respirou fundo e foi caminhando devagar até ele.

Seu coração batia muito forte, mas ela tentou se conter. Seu rosto estava provavelmente vermelho quando ela tomou coragem de chamá-lo.

- Gael? – Chamou ela, mas o garoto estava entretido demais com a luta de espadas. Ela tossiu um pouco limpando a garganta – Ga... Gael?

- Agora eu acerto! – Exclamou Gael atingindo a espada de Ares, mas o Deus da guerra estava um passo na frente e revidou. Ray esticou a mão timidamente e tocou o ombro do garoto.

- Gael? – Chamou ela novamente. O filho de Ares pensou que fosse um de seus irmãos, por isso virou apontando a espada e quase cortando o pescoço dela – Não!

Ele se deteve no último segundo, e franziu o cenho. Gael recuou sua espada e analisou Ray.

- O que está fazendo no meio da luta? – Perguntou ele – Eu podia ter matado você.

- Eu... Queria falar com você. – Respondeu ela devagar. Seu rosto ficou ainda mais vermelho ao ver que Ares e os outros filhos dele também tinham parado para olhá-la.

- Fala. – Disse Gael normalmente. Ela olhou para o outros e sentiu que não conseguiria fazer isso com ele ali.

- Ahm... Sozinho. – Disse ela, e os garotos prenderam um riso. Até o próprio Ares desviou o rosto com um sorriso torto, já imaginando o que ela falaria com seu filho.

Gael franziu o cenho, não se tocando do que Ray queria, mas assentiu e seguiu ela para um pouco mais longe dali. Eles estavam perto de uma fogueira apagada, no meio da formação dos Chalés, e Ray respirou fundo.

- O que foi? – Perguntou Gael sem saber. Ela abriu a boca para falar, mas sua voz falhou. Ele coçou a nuca – Olha... Eu tenho uma luta para terminar.

- Eu vou ser rápida. – Disse ela devagar – Ahm... É que... Eu assisto muito as suas lutas. E... Conheço você. Embora você não me conheça.

- Você é uma filha de Apolo. É... – Gael coçou a cabeça e olhou para o céu – Ahm... Ah, por Zeus... Esqueci. É alguma coisa com S não é? É esse o seu nome?

- Ahm... Eu me chamo Rayssa. – Comentou ela.

- É. Dois S’s. Enfim... É isso aí. – Disse ele dando de ombros.

- É que... Eu gosto de você. – Disse Ray de repente. Seus olhos claros encontraram os de Gael – Eu... Gosto muito de você.

Gael ficou parado por alguns minutos. Ele coçou a cabeça, e assentiu.

- Legal. – Respondeu ele. Ray ficou sem graça.

- Ahm... Só isso? – Perguntou ela.

- O que eu tenho que dizer? – Perguntou ele sem realmente saber. Ray passou a mão pela testa, e olhou para ele.

- Ahm... Dizer o que você acha de mim. Se nós deveríamos ficar juntos, ou... Não. – Respondeu ela. Gael pensou nisso.

- Acho você bonita. E... Você tem um nome bonito também. – Comentou ele pensativo – E acho que deve cantar bem, já que é filha de Apolo, mas... Eu não quero ficar com você. Foi mal.

Daria no mesmo se ele enfiasse uma faca no coração dela. Ray ficou parada por alguns segundos, até sentir seus olhos ficarem marejados. Gael fez uma cara triste.

- Ahm... Quer um abraço? – Perguntou ele sem saber o que fazer. Ray olhou para ele, e franziu o cenho.

- Abraço? – Repetiu ela. Ela negou com a cabeça e lhe deu um empurrão – Me deixa em paz!

Ray saiu correndo para seu Chalé com vergonha, enquanto Gael voltava para perto de seus irmãos e pai. Ray entrou no Chalé 7 correndo, e fechou a porta rapidamente, enquanto os outros filhos de Ares riam de Gael.

- Que isso, hein cara? – Zombaram eles – Arrasando corações.

- Corta essa. – Ele empurrou os irmãos para o lado. Ares riu e bagunçou o cabelo do filho novamente.

- Puxou esse charme de mim. – Riu ele, enquanto olhava de canto de olho para ver se a filha de Apolo ainda estava ali. Ray já estava dentro do Chalé há tempos, mas os Gael ainda ouvia risadas vindas dos irmãos.

- Vocês vão ficar lutando, ou vão continuar com a palhaçada? – Reclamou ele sacando a espada e avançando.

- É assim que se faz, Romeu. – Riu Ares pegando sua espada também.

Ray, por outro lado, estava deitada na sua cama, chorando por ter passado por toda aquela cena. Seu rosto ainda estava contra o travesseiro, quando ela notou que duas pessoas entraram no Chalé.

Duas vozes masculinas conversavam sobre carros, quando uma delas parou.

- Michael... Pode me dar um minuto? – Pediu uma delas. O outro garoto foi embora, enquanto o dono da voz se aproximou de Ray. Ela afundou o rosto ainda mais no travesseiro, e recomeçou a chorar – Rayssa? Rayssa... Filha, sou eu.

Apolo sentou-se ao lado dela e tocou seu ombro, mas a garota não levantou o rosto.

- Ray, o que houve? – Perguntou ele, mas ela continuou chorando.

- Vai embora! – Gritou ela com a voz abafada.

- Não antes de saber o que aconteceu. Ray... Fala comigo. – Pediu ele.

- O que aconteceu? Nada! Eu só odeio o Gael. E o Ares. E os filhos dele. E os garotos. Todo mundo! – Chorou ela ainda mais. Apolo franziu o cenho tentando ligar os pontos.

- Ahm... Isso tem alguma coisa a ver com esse tal de Gael? – Perguntou ele. Ray negou com a cabeça, mas voltou a chorar ainda mais, o que servia como uma resposta positiva – Você gostava dele, é isso?

-... Ele não gosta de mim. Ele só gosta de lutar. – Chorou Ray – Só porque eu não sou interessante, ou... Ou... Não sei lutar com a espada, ele... Buah!

Ray voltou a chorar de novo, e Apolo passou a mão pela própria testa.

- Ray, já passou pela sua cabeça que talvez ele não fosse o garoto certo para você? – Perguntou ele devagar – Quero dizer... Ele é um filho de Ares, filha. Eles só gostam de lutar. E deve ter a sua idade... Ainda não é maduro, e...

- Eu sou feia? – Perguntou Ray. Apolo franziu o cenho.

- O que? Não. – Respondeu.

- Eu sou gorda?! É isso?! É porque eu como muito chocolate?! Só porque eu gosto dos meus doces?! Isso não é justo! – Chorou ela ainda mais.

- Rayssa, ninguém disse que você é gorda! – Exclamou Apolo.

- Você não me respondeu quando eu perguntei! Eu sou mesmo gorda, não é?! – Ela começou a dar socos na cama, enquanto chorava ainda mais. Apolo abriu a boca sem saber o que falar.

- Ray... Você... Você devia... – Ele foi interrompido.

- Devia se juntar a caçada e esquecer os homens. – Completou Ártemis abrindo a porta e olhando para dentro.

- Quer dar o fora daqui?! – Exclamou Apolo olhando para ela. A Deusa da Lua encolheu os ombros.

- Tudo bem. Mas lembre-se que na caçada nós temos Cookies e muitos doces gostosos. – Comentou ela e então fechou a porta. Apolo alisou a cabeça de Ray.

- Não houve o que a sua titia linda disse, pelo amor dos Deuses. – Pediu ele – Nada de caçada, ouviu? Nada disso. A não ser que eu entre com você, e eu possa conhecer melhor uma das outras caçadoras...

- Saí daqui! – Chorou Ray. Ela começou a dar tapas no pai, que tentava se proteger incrédulo – A culpa é toda de vocês! Garotos não prestam! Nenhum de vocês consegue ser legal?! Vai embora!

- Rayssa, eu não...! – Apolo foi interrompido quando Ray jogou um travesseiro nele – Você jogou um travesseiro em mim? Eu só estou tentando ajudar!

- Eu não quero ajuda! – Exclamou ela magoada. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Ela fez um biquinho triste – Eu quero chocolate.

- Ok... Eu vou buscar chocolate. – Concordou Apolo.

- E pipoca! E muita, mas muita Coca-Cola! – Exigiu Ray voltando a chorar – E eu quero um cachorrinho...

- Ahm... Vamos nos concentrar na água e no chocolate primeiro, ok? – Disse Apolo devagar – Olha... Eu vou pegar. Você ficar aqui... E respira, certo filha? Respira...

- Tá. – Disse ela soluçando. Apolo saiu do Chalé 7, e isso bastou para Ray voltar a chorar.


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Notas finais do capítulo

Filhos de Apolo... Nunca deem um fora neles assim, ok? Viram o que acontece.
Espero por reviews. Até o próximo capítulo!
Beijos e obrigada por lerem.