– Lalalalalalalalalala... – Cellycia cantarolava os lás em forma de alguma letra de música totalmente irreconhecível !

– Para Celly, você está cantarolando isso há uns 20 minutos e eu já to perdida sabia ? – reclamei, olhei em volta e estávamos em um lugar um pouco desagradável, não tinha muitas flores e nem árvores, as árvores estavam sem cor e os galhos estavam secos, as flores murchavam sem dó nem piedade, mas uma coisa me chamou a atenção, tinha apenas uma flor, ela era pequena, tão pequena que seria difícil encontrá-la se ela não fosse a única com cor, ela tinha um rosa estonteante, era um rosa forte e chamativo, ele parecia que me puxava para perto, estava desabrochando e mesmo sem vento ela se movia como se dançasse com o ar parado. Andei até ela e quando ia tocá-la alguém segurou minha mão. Assustei-me mas não gritei, eu já tinha me assustado tanto aqui na Terra do Nunca que nem voz saia.

– Não toque ! – era Peter.

– Por que não ? Ela é tão linda ! – eu estava com uma voz sem emoção, tipo a de Kanna de Inuyasha. Eu não estava sentindo nenhuma emoção.

– Temos de Sair daqui ! – ele disse. – Soube que você veio com uma amiga, onde ela está ?

– Ali ! – disse sem emoção.

– Vamos ! – ele me colocou em suas costas, pegou Celly nas mãos e mandou-a segurar seus pés. Assim ele voou e quanto mais eu ficava longe daquele lugar o céu ganhava cor, estava tão azul que era quase impossível olhá-lo, quase não se via nuvens, estava surpreendentemente lindo, vi alguns arco-íris brilhantes, olhei para baixo e as árvores estavam verdes, um verde vivo e bonito ! Pássaros voavam em forma de “V” mas o “V” estava meio torto, há sim! Um pássaro atrasadinho ! Ri com esse pensamento, já estava normal. – Que bom que voltou !

Peter nos levou para sua casa, mas pra esconderijo.

– Que bom que ti reencontrei. – lhe abracei.

– Hey gatinha o que estamos fazendo aqui ? – ela apontou a árvore. – De frente para uma árvore ? – ela fez cara de “Sério isso ?” : ¬¬’

– Você vai à frente ! – disse eu e Peter juntos. Abrimos a porta e ela nos olhou estranho.

– Vai amiga ! – ela sorriu, entrou e eu fechei a porta, ela estava caminhando quando ouvi um grito, ri com Peter. – Agora é a nossa vez !

Fui eu e Peter, cada um entrou de um lado da árvore e escorregamos rindo, quando estávamos chegando ao chão da “casa” rolamos para frente e nos batemos, caímos para trás rindo divertidos.

– Foi engraçado ! – rimos, Celly estava nos olhando rindo bastante.

A casa dele estava à mesma nada havia mudado: - não lembro bem como é então vou falar o que me vier a cabeça, afinal eu assiste a umas duas semanas... – A sua cama com folhas, a fonte de remédio, os brinquedos ao lado da cama, a sua “flauta” a enorme mesa, as espadas, a sua cadeira... Estava tudo perfeito, exatamente como me recordava nos sonhos.

– Onde está a Celly ?

– Deve ter ido dar uma volta, ela não irá se perder, e se isso acontecer eu a encontrarei !

– Obrigada !

Ficamos conversando e rindo, Peter quis me levar para o lugar onde dançamos e brigamos !

– Sim, vamos. – concordei meio cabisbaixa.

– Fique alegre, agora é motivo para festejar certo ?

– Certo ! – sorri.

Fomos voando, Peter e eu fizemos a mesma coisa, olhamos pelo buraco o lindo casal de fadas dançando, sorri e ele fez o mesmo. O lugar continuava lindo, árvores e mais árvores, as folhas e flores espalhado pelo chão, alguns lugares brilhantes por causa das fadas. Tudo lindo... Peter me convidou para dançar e nós dois dançamos sorrindo, coloquei sua mão direita em minha cintura e a esquerda eu encaixei com a minha, minha mão direita eu pousei sobre seu ombro esquerdo, recostei minha cabeça em seu ombro e dançamos, as fadas rodopiavam e brincavam com meus cabelos.

– Senti saudades daqui ! – cochichei para mim mesma, mas Peter ouviu.

– Eu também senti... – ele sorriu, levantei meu rosto e o encarei, ele fechou os olhos e eu o acompanhei, estávamos sendo levamos pelo momento quando eu já sentia sua respiração ofegando em meus lábios, sabia que tudo seria perfeito... Mentira ! Cellycia resolveu atrapalhar dando um baita grito assustando não só a mim e a Peter que me soltou, mas também as fadas que brincavam conosco.

– AAAAAAAAAAAAAAH ! – Celly gritou, Peter me puxou e fomos até onde Celly estava, adivinha só ? Ela gritou porque tinha caído dentro de um buraco gigantesco.

– Celly ! – gritei. – Peter faça alguma coisa !

– Tudo bem calma ! – Peter falou e a tirou de lá de dentro.

– Acho que torci o pé.

– O que é aquilo ? – erguntei apontando para um lugar.

– O que ? – ela virou para olhar e eu fiz uma coisa bem louca no pé dela. – Ai ! – ela reclamou e depois girou o pé. – Valeu gatinha.

– Nada ! – eu sorri triste. – Peter nós já estamos indo, beijos. – lhe dei um beijo no rosto e saí andando com Celly.

– Vamos para a casinha lá ? – ela sorriu.

– É ! – eu concordei olhando para trás.

– Algum problema amiga ?

– Nada...

– Sério ?

– Não ! Celly, você não podia esperar mais 5 minutos antes de cair lá não ? – perguntei.

– Não tenh... Pera ! O que ia acontecer ?

– Eu ia beijar o Peter !

– Então fiz certo, você só vai fazer isso quando terminar com o Peter Bler !

– É mesmo ! Já havia me esquecido dele ! – ri divertida com Cellycia ao meu lado.

Eu e Celly andamos até a casinha e nos trocamos, ficamos conversando, celly dormiu na sua barraca e eu na minha casinha super cute !

– Boa noite Peter... – falei fechando os olhos.

Acordei no meio da noite com batidas na porta, abri e vi Peter.

– Boa madrugada ! – ele fez a carinha dele de quando ele fazia com as mãos como de não soubesse: ¬ o.o⌐ (tá engraçadinha kkkkkkkkk )

– O que faz aqui ? – perguntei a ele rindo.

– Quis te ver e te chamar pra olhar as estrelas.

– Vamos claro !

Saímos andando de um lado a outro rindo, olhamos as estrelas e eu adormeci ao seu lado deitada no meio de uma clareira.