Capítulo 20 - A Primeira Parte da Profecia

-Atena. – Poseidon chamou ao entrar na biblioteca.

- O que você quer aqui? – Ela estava sentada num puf  folheando “ O Pequeno Príncipe”

- Você saiu sem  comer nada e eu resolvi te trazer esse copo de iogurt. – Ele falou entregando o copo a Atena.

- Obrigada. – Atena fala pegando o copo e voltando ao livro.

- O Pequeno Príncipe? – Diz Poseidon sentando-se num puf ao lado de Atena.

- Não lembro de tê-lo convidado a me fazer companhia. – Atena falou sem tirar os olhos do livro.

- Ninguém me convidou a vir passar um tempo no Olimpo também, e cá estou eu.  – O deusa falou com um meio sorriso.

A deusa bufou.

- E, além disso, “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

- Não que sabia que você sabia ler. – A deusa o encarou.

- Existem muitas coisas que você eu sei fazer e você ainda não tomou conhecimento. – Ele deu um sorriso maroto.

Atena voltou a ler ignorando ao máximo o deus.

- Eu falei sério Atena. –

- O quê? – A deusa perguntou confusa.

- Você me cativou, agora é eternamente responsável por mim.

- Poupe-me Poseidon. – A deusa revirou os olhos.

- Tudo bem se você não acredita ainda, mas eu vou te provar.

- Provar o quê? – A deusa o desafiou.

As palavras seguintes saíram sem Poseidon nem ao menos poder impedi-las, simplesmente saíram.

- Que eu estou me apaixonando por você.

A deusa deixou o livro cair de suas mãos e o encarou surpresa, ela tinha mesmo ouvido que ele estava se apaixonando por ela? Não, claro que não, deveria existir alguma explicação racional pra tudo aquilo.

 Enquanto ela tentava encontrar uma explicação para o que tinha acabado de acontecer o deus levantou-se e depositou um leve beijo na cabeça da deusa e saiu da biblioteca, deixando-a mais confusa que na noite da festa no Acampamento.

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- Ei Amy, pra onde você vai? – Apolo.

- Resolver isso de uma vez.

Amy  sentiu o olhar de Apolo em suas costas mas continuou a andar colina abaixo, ela preferia andar, isso daria o tempo necessário para por os pensamentos em ordem. Quando Apolo a beijou Amy quase sentiu algo que sentiu há um longo, longo tempo atrás, seu coração  acelerou, mas acelerou bem pouquinho, como que pra avisar que ele ainda estava lá, coisas de Afrodite Amy tinha certeza, e quanto a Hermes, ela acabara de descobrir o que sentia por ele quando o avistou.

Ele estava sentado numa pedra e olhava fixamente o horizonte a sua frente, exatamente como Amy fizera há alguns anos atrás, o vento batia em seus cabelos bagunçando-os ainda mais, ele parecia sem saber o que fazer como se nada estivesse fazendo sentido, ela já havia se sentido assim uma vez e ele estava lá pra ajuda-la, afinal ele sempre esteve lá e agora era a vez dela.

- Oi. – Ela disse

Ele apenas olhou pra ela e voltou a fitar o nada.

-Me desculpa. – Amy falou e sentou-se no chão ao lado dele. – Não era pra ter sido assim.

- Não, não era. – Ele falou. – A culpa é minha, você não fez nada.

- É claro que eu fiz, talvez eu tenha dado a entender que tínhamos algo especial sabe e temos...

- Você não me ama. – Ele falou.

- Eu não posso te amar, mas se eu pudesse o amaria, mas não desse jeito, do tipo de ficar junto , namorar e essas coisas, eu amaria você como a um irmão, porque é exatamente isso que você foi na minha vida, poxa, você chegou quando eu mais precisava de alguém eu tava carente, tinha perdido a única família que eu tinha  eu tava com raiva do mundo, e você lembra o que você falou?

Ele a fitou no fundo dos olhos lembrando exatamente o momento em que tinha a encontrado, ela parecia tão frágil, como se ao mínimo toque corresse o risco de quebrar, e ao mesmo tempo tão forte, segurando o choro.

- Eu falei: Chora minha pequena, coloca essa raiva do mundo pra fora, ninguém merece que você as guarde como se fosse um presente, jogue-as fora, o mundo, nem ninguém merece o esforço que você faz pra segurá-las. – Hermes deu um meio sorriso. – E você chorou, colocou tudo pra fora e eu me perguntava como você conseguiu aguentar tanto tempo.

- Você foi a primeira e única pessoa que me viu desabar daquele jeito e desde então sinto como se tivéssemos uma ligação, o jeito certo de amá-lo é como a um irmão,você sabe disso não sabe, você também me ama assim.

- Como a um irmã?

- Sim, mas se você não quiser...

- Ei, ei que é isso menina, agora você é oficialmente minha irmã. -Hermes gargalhou.

- Porque você está gargalhando? – Amy perguntou com um sorriso bobo no rosto.

- Porque agora eu entendo o que eu sinto por você. – Ele me abraçou. – Eu te amo, Amy Collins, amo aquela garotinha frágil que eu conheci uma vez e sei que ela está ai dentro em algum lugar e eu vou te ajudar a encontrá-la Amy.

- Também te amo Hermes.

E nesse exato momento o colar de Amy brilhou intensamente, saiu do pescoço da deusa e partiu-se em mil pedaços e  de dentro dele saiu uma fumaça rosa que chocou-se contra o lado esquerdo do coração de Amy e desapareceu. A deusa sentiu uma alegria imensa,era como se ela  voltasse a ser criança e estivesse correndo só por correr, pra sentir o vento nos cabelos. O mundo pareceu mais colorido e ela soube no exato momento, ela podia amar de novo, o amor estava lá agora. Então era isso, ela tinha que assumir que amava alguém para a primeira parte da profecia se realizar.

N/A : Simplesmente amo o livro " o Pequeno Príncipe", alguém aí ja leu?

Não esqueçam de passar aqui hein:

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