Capítulo 17 - Agora começa a diversão

- Onde está meu marido?- Anfitrite perguntou.

- Aí vêm ele. – Afrodite apontou pras costas da deusa com um sorrisinho malicioso nos lábios.

Poseidon vinha desnorteado com um copo de vodka na mão.

- Onde você estava? – Perguntou Anfitrite.

- Eu estava por ai. – Respondeu o deus distraído, olhando pros lados a procura e Amy.

- Por ai? Não me diga! – Anfritite falou com uma voz carregada e sarcasmo.

- Onde está minha filha? – O deus perguntou, ignorando o sarcasmo da esposa.

- Ela está bem ali. – Afrodite apontou para a direita de Poseidon. – Acho que ela e o Hermes estão juntos, hum o Apolo não vai gostar nada nada.

Enquanto a deusa falava, Poseidon se dirigia pra onde Amy estava, com Anfintrite vindo atrás dele, ele só notou que Atena vinha pela sua esquerda tão confusa quanto ele, quando eles se bateram na frente de Amy.

- Oi. – Amy falou. – Tudo bem, vocês parecem hum... confusos. – E deu um meio sorriso.

- Você é louca? – Atena quase gritou.

- Eu? O que eu fiz agora? – Amy falou com um tom de falsa inocência.

- Me trancou com essa louca. – Poseidon falou.

-O quê?! – Anfitrite falou.

- E vocês saíram, e eu lhes pergunto: Como? – Amy sorriu dessa vez.

Atena corou, Poseidon deu um de seus sorrisos marotos e Anfitrite virou fumaça e desapareceu, não sem antes jogar um de seus olhares que diziam “Você me paga!’’ para Amy.

- Bem fico feliz que tenham se resolvido, eu e o Hermes vamos dar uma volta por ai.

- Ainda não, eu quero saber...

Amy não chegou a descobrir o que Atena queria pois nesse exato momento uma confusão se instalou no meio do Acampamento, e no centro dela estava Rachel e Apolo.

- A profecia! –Poseidon exclamou. – Venha!

Eles se teletransportaram para o centro da confusão e ouviram a profecia sendo dita por uma voz estranha que saia da boca da ruiva:

- O que está aprisionado terá que libertar para sucesso alcançar.

Em meio aos semideuses seu destino será traçado, mas acompanhada será um fracasso.

Fantasmas do passado, a deusa dos infiéis, terá que libertar para o que esta invisível, visível se tornar!

Um silêncio anormal tomou conta do acampamento, enquanto Amy tentava processar o que a profecia havia dito, ela quase tinha certeza do que teria que libertar para poder o ‘’sucesso alcançar’’, e essa ideia estava lhe dando náuseas, e a única coisa que veio a sua mente foi correr, e ela correu ignorando todos que a encaravam.

O vento que  batia de no seu rosto fazia Amy se sentir livre, as lágrimas desciam pelos seus olhos, ela já estava no meio da floresta quando tropeçou numa pedra e caiu, ela sentou-se encostando numa arvore e chorou descontroladamente, ela só tinha chorado assim quando seus pais adotivos tinham sido mortos e chorava agora por ser obrigada a reviver tudo aquilo novamente, pois era isso o que a profecia dizia, resolver o passado que a deusa jamais gostara de relembrar, mas ela havia sido avisada por Afrodite, o colar seria envolvido na missão e Amy tinha certeza ser do amor que ela tinha aprisionado dentro dele que a primeira linha da profecia falava, mas como ela iria libertá-lo agora que ninguém podia ajudá-la?

E ia acontecer ali, no acampamento meio sangue, mas eles não iriam ajudá-la também, e como se já não fosse ruim o suficiente vinha a parte sobre ela libertar fantasmas do passado, mas que fantasmas? Seria  Brian? As mãos de Amy automaticamente pegaram o pingente de coração do seu colar.  E o que estava invisível? A deusa não sabia as respostas, e tinha medo de descobrir. As lágrimas finalmente tinham cessado o vento agora não passava de uma leve brisa quando sentiu a presença de alguém, instintivamente ela levou a mão até o palito de cabelo que ganhara de Poseidon e esse se transformou numa linda lança.

- Opa, calminha aí. – A voz do deus ecoou no silêncio.

- Apolo?

-Isso mesmo, eu vim ver como você estava.

-Eu não sei como estou, confusa talvez.

O deus baixou a lança com a mão e a abraçou.

-Vai ficar tudo bem meu amor, vai ficar. –Ele sussurrou no ouvido dela.

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Palácio de Poseidon

Após a profecia e saída desesperada  de Amy, Poseidon foi embora para seu palácio, e quando chegou lá encontrou sua esposa no quarto, arrumando umas roupas.

- A festinha já acabou? – Ela perguntou, e ele percebeu que ela estava arrumando uma mala com as roupas masculinas.

- Ei essas roupas são minhas?

-Eu não uso bermudas havaianas, uso? – A deusa perguntou.

O deus foi até a mala e começou a tirar suas roupas e joga-las em cima da cama.

- Porque você está fazendo isso? Você ficou louca?

- Não, eu não estou louca, só cansei de ser feita de idiota, você vai embora.

-Mas aqui é o meu palácio.

- Eu sei, mas eu preciso de um tempo sozinha e não tenho pra onde ir, e você sim.

- E onde seria?

- Olimpo é claro. – Ela falou recolocando as roupas dele na mala.

- O quê! Mas que droga para com isso. –Ele segurou as mãos dela.

-Poseidon, olha pra mim, eu mereço tentar ser feliz, eu sempre soube que você me traia mas era só sexo mas agora é diferente, você se apaixonou.

- Anfitrite, eu amo você! – O deus tentava convencer mais a si mesmo que a ela, ele não queria, simplesmente não podia estar apaixonado por Atena.

- Por favor, vá embora Poseidon.

O deus olhou para a esposa que tinha os olhos vermelhos de tanto chorar e decidiu que seria melhor dar um tempo a ela e o Olimpo que o aguardasse, e desapareceu em meio a uma fumaça com cheiro de mar.