Olá. Meu nome é Josh Siege. A história da minha vida é muito estranha e confusa, então, vou começar logo...

Moro desde que eu nasci em New York, num apartamento em um prédio proporcionalmente grande. Lá, além de mim, moram minha mãe e meu padrasto. Meu padrasto é legal, me dá um monte de presentes, além de ser amigo e divertido. Ahh, meu pai? Sumiu quando eu era apenas um bebê. Se pensa que eu tenho raiva dele, não tenho, eu acho que ele deve ter uma boa razão.

Estudo em uma pequena escola no centro da cidade, chamada Smart Young High School, e atualmente curso a 7ª série. Minha vida era normal, até aquele dia chegar...

Naquele dia, acordei cedo, e como de costume sinti o cheiro delicioso dos Waffles de minha mãe. Levantei, escovei os meus dentes, tomei um pequeno banho e fui tomar café. Comi os Waffles que minha mãe fazia toda manhã, que eu adoro. Então rapidamente, peguei minha mochila e fui para a escola.

Andei pelas ruas movimentadas do centro de New York. Pessoas iam e vinham de todos os lados, era concerteza um caos. Ao longe, vi vultos negros. Esfreguei os olhos, procurando enxergar o que realmente corria naquele local movimentado, mas não conseguia. E então, continuei andando.

Na entrada do colégio, meu bom e velho amigo Matthew me esperava. Matthew era um grande amigo pra mim, um amigo de infância. Eu o abracei, cumprimentando-o, e depois entramos no colégio juntos.

-Hey, Matt. – chamei Matthew pelo seu apelido – Vi vultos quando eu estava vindo para a escola. O que será que é?

-Não sei. – disse meu amigo, inexpressivo – Não deve ser nada.

Assenti, mesmo não concordando muito.

-Arg, odeio esse lugar. – comentei.

-Tsc, e quem não odeia? – respondeu Matt, enquanto entrávamos na sala de aula de História.

Matt e eu pegamos lugares na frente da sala, um do lado do outro. Sentamos sempre na frente pois nós dois, estranhamente, temos dislexia e TDA. E depois de alguns minutos, a aula começou. O professor de História, o sr. Hawlley, deu início a aula, que seria sobre mitologia grega. Matt pareceu interessado, mas para mim, era um tédio. O sr. Hawlley então começou a falar.

-Então, Hércules é o nome romano de Herácles, levando em consideração que os romanos "copiaram" os gregos. Então, turma, Herácles é conhecido pelo o quê? - o sr. Hawlley explicava.

Levantei a mão. Espera... rebobina. Levantei a mão? Sim. De alguma forma eu sabia aquilo. Matt me lançou um olhar confiante, enquanto o sr. Hawlley apontava para mim poder responder.

-Ahh, os dose trabalhos de Hércules? - respondi.

-Isso, sr. Siege. Está correto. - me parabenizou o professor, e continuou a explicar.

O resto da aula não foi tão entediante quando eu pensei. Foi legal, em compensação. O estranho era que eu sabia tudo, e consegui escrever ''Grécia'' em grego. E o mais estranho ainda era que as palavras se mexiam no quadro, e formaram certinho a palavra ''Grécia''. Eu e Matt saímos da escola após a aula, queríamos tomar um sorvete numa sorveteria próxima. Então foi aí que começou. Misteriosamente, um carro atravessou a rua, rolando, atrapalhando o trânsito e batendo nos outros carros. Ao longe, eu vi um leão com uma estranha pelagem dourada.

-Ahh, não... - resmungou Matt. Ele me puxou pro outro lado da avenida.

Carros voavam para todos os lados. Depois de andar um pouco, Matt me levou para uma rua deserta. Mas infelizmente, o leão nos seguiu.

-Toma. - disse meu amigo, entregando-me uma espada - Use-a. Está no seu sangue.

Não entendi muito bem o que ele disse, até o leão rugir e ir correndo contra mim. Meu braço quase mexeu sozinho para desferir um golpe no lombo da criatura, e eu vi que o corte foi profundo. O animal rugiu de dor e caiu no chão. Desferi outro golpe, no mesmo corte antigo. Ele urrava de dor. De repente, um carro amarelo chegou. Matt me empurrou pra dentro dele, depois entrou após eu.

-Pisa fundo, Many. - disse meu amigo, para o motorista. Ele arrancou e tirou a gente dali.

Entramos em uma rodovia.

-Ow ow ow ow, o que aconteceu agora? - perguntei eu, confuso.

-Você derrotou um Leão da Neméia. - respondeu Math, que permanecia inexpressivo.

-Espera, isso não existe. É da mitologia grega. Isso não existe. - eu disse.

-Olha, lembra dos deuses, Zeus, Poseidon e Hades, e todos os outros, que o sr. Hawlley ensinou hoje? – indagou Matt.

-Lembro. - respondi.

-Então, eles são reais. E você é filho de um deus. E eu também. Mas Many é um sátiro, meu... ahhn, nosso sátiro protetor. – explicou ele.

Minha cabeça começou a girar. Eu, um filho de um deus grego? Será que aquilo era verdade, ou era uma pegadinha? E o que era um sátiro protetor?

-Um sátiro é um híbrido de bode com humano. - Many disse, enquanto virava em outra rodovia, como se lesse minha mente - Existem os sátiros protetores, que são encarregados de proteger e levar para o Acampamento semideuses, como você.

-Hum? Acampamento? - perguntei.

-Sim, o Acampamento Meio-Sangue. Um local onde abriga-se semideuses, sátiros, ninfas e naiádes. Monstros não podem entrar lá. - respondeu Matt.

-E minha mãe e meu padrasto? - eu novamente perguntei.

-Os avisaremos quando chegarmos ao acampamento. - respondeu meu amigo.

-E eu sou filho de que deus? - eu indaguei.

-Não sabemos. - disse Many - O seu pai irá se revelar quando ele achar melhor.

Então, entramos em outra rodovia, indo na direção de Long Island.