Eu andava por aqueles corredores enormes brancos com a visão completamente vermelha de ódio, a raiva era tanta que eu sentia que estava quase espumando pela boca, cheguei ao Pronto-Socorro infantil e corri os olhos pelo lugar a procura dela. Mas nada, não a encontrei.

Viro-me passando as mãos no cabelo, uma mania que tenho quando estou irritada e olho para o lado de fora do PS e a vejo de costas apoiada no corre-mão olhando pela grande parede de vidro, eu não respondo pelos meus impulsos e vou voando atrás dela.

A puxo pelo colarinho e antes que ela possa dizer alguma coisa acerto um soco em seu rosto, ela cai no chão e eu vou pra cima esmurrando mais ainda o rosto dela.

- Como você pode fazer isso? Hã?! Você ficou louca? Todos diziam que você era uma cachorra, uma vadia desalmada, mas eu nunca acreditei nisso! Até ontem! Como você pode, como pode trair a minha confiança? – eu gritava enquanto minhas mãos não desgrudavam de seu rosto.

Em um minuto ela estava tentando se defender no outro ela virou o punho na minha cara fazendo com que eu caísse para o lado.

Ela se levantou colocando a mão em sua boca que sangrava e cuspiu um pouco de sangue também.

- Você ta louca Alice? – ela disse e se afastou um pouco de mim que acabara de me levantar do chão.

- Você é que ficou louca Lucy – eu digo e logo a empurro, ela encosta-se ao corre-mão e tenta me empurrar de volta, mas minhas mãos estão muito bem presas no colarinho de seu jaleco.

Sem continuar eu dou outro soco em seu rosto, um pouco a baixo dos olhos, sinto minha mão doer, mas não ligo, minha cede de vingança é maior, muito maior! Quinn não deixa por menos e devolve o soco na mesma intensidade e mais uma vez estamos no chão, mas dessa vez ela devolve os golpes que dou nela.

- Ei, ei vocês duas parem com isso! – sinto alguém me puxando de cima dela, mas eu estou tão revoltada que empurro a pessoa e vôo no pescoço dela novamente – Alice para! – Santana, era ela.

Senti mais alguns braços me puxando e dois homens de preto puxaram Quinn, ela não reagiu; diferente de mim que me debatia feito louca nos braços de seja lá quem que estava tentando me segurar.

- EU ESPERO QUE VOCÊ NUNCA MAIS APAREÇA NA MINHA FRENTE FABRAY, OU EU NÃO RESPONDO PELOS MEUS ATOS – eu gritei enquanto me afastavam para longe dela.

Me jogaram em uma sala com algumas camas e um criado mudo, ótimo, o quarto de descanso dos médicos. Tão rápido a porta se fechou ela se abriu e Santana entrou por ela me olhando de cima a baixo.

- Você está com um leve corte no seio da face esquerdo, seu olho provavelmente vai roxear, seu nariz está sangrando e suas mãos também – ela disse e até o momento eu não tinha percebido o quanto meu rosto e minhas mãos então doloridas – não saia daqui, eu vou pegar algumas coisas pra dar um jeito em você – eu balanço a cabeça concordando – não saia daqui! – ela repete.

Eu sento na cama e fico encarando a parede que tem a tonalidade verde e os acontecimentos da madrugada de ontem vem e em minha cabeça...

Flashback on

- Blake, por que? Eu só quero saber isso. Por que diabos eu tenho que ficar em “abstinência” até a nossa lua de mel, sendo que nem eu nem você somos mais virgens e já transamos diversas vezes uma com a outra, em todo o tipo de lugares possíveis de todos os jeitos possíveis! – eu digo enquanto minha noiva seca os cabelos no espelho que fica em frente à cama no quarto do hotel onde estamos hospedadas.

- Ali meu amor, é pouco tempo, só... só quero que nossa Lua De Mel seja especial, não só mais uma vezes que iremos fazer sexo. – diz e se senta ao meu lado na cama.

Eu solto um som de frustração e me viro de lado na cama colocando o travesseiro em cima da cabeça

Ela retira o travesseiro de minha cabeça e sussurra em meu ouvido: - Além do mais, eu quero você implorando para que eu te satisfaça.

- Ah claro, porque é muito legal matar a sua noiva de desejo – eu digo sarcástica – É simplesmente horrível não poder usufruir o que é meu. – e eu levanto da cama indo em direção banheiro.

O telefone toca e Blake vai atendê-lo, eu entro no banheiro e tomo um banho gelado completamente frustrada.

Quando saio do banheiro me troco e ouço choro misturado com soluços vindo da sala, estranhei, afinal Blake não tem motivos pra estar chorando... tem?

- Blake o qu... – minha frase morre quando vejo que a dona do choro é Rachel, o que diabos aconteceu pra essa garota estar assim?

Ela estava agarrada a Blake e chorava compulsivamente, eu me sentei ao lado dela no sofá e disse sem som a minha noiva “o que aconteceu” e ela me respondeu com um “não sei”. Eu abracei Rachel e ela logo me agarrou com uma força que eu desconhecia que minha baixinha tinha.

Passou minutos, possivelmente algumas horas e nada de Rachel melhorar, Blake tinha se levantado e ido o telefone pedir algo para comemos. Enquanto isso eu ainda tentava acalmar Rachel que a essa altura tinha molhado completamente minha blusa com seu choro.

- Hey superstar, o que aconteceu contigo – eu digo e levanto seu rosto pelo queixo fazendo com que ela me encare.

Seus olhos estão vermelhos e seu rosto está inchado.

- Quinn... me... foi... ela... eu a deixei e... – eu não entendia nada, ela falava e soluçava ao mesmo tempo.

- Shh – eu disse coloquei sua cabeça em meu ombro e fiquei acariciando os cabelos negros dela – vai tomar um banho vai, quando você tiver mais calma conversamos, ok?

Ela balança a cabeça ainda encostada em meu ombro, mas não move um músculo. Passando alguns minutos sua respiração se acalma e os soluços vão cessando, ela se levanta e pergunta onde é o banheiro, eu a levo até o quarto onde estou dormindo (já que Blake insistiu em ficarmos em suítes separadas) e a coloco sentada na cama, retiro sua roupa e a levo para o banheiro, fecho o box e ela liga o chuveiro, volto para o quarto pego algumas roupas em minha mala e coloco em cima da pia para ela vestir; saio do quarto fechando a porta e me sento no sofá onde estavamos minutos atrás.

- O que aconteceu com ela? – pergunta Blake sentando ao meu lado.

- Não sei, ela disse algumas desconexas... – eu disse e cocei a cabeça – a única coisa que entendi claramente foi ela falando o nome de Quinn.

E falar isso serviu como um estalo em minha mente, Quinn, essa infeliz deve ter aprontado uma com minha superstar, mas o quê?

Blake deitou a cabeça em meu colo e eu liguei a tv e esperamos o que pareceu ser uma eternidade Rachel sair do banho.

A comida chegou e nada de Rachel ter saído do banho. Eu e Blake comemos e quando terminamos de jantar ela decidiu que deveríamos ver se tinha acontecido algo com Rach.

Quando chegamos no quarto as luzes estavam completamente apagadas e o barulho do chuveiro não era ouvido, acendi a luz e olhei em volta do quarto, Rachel não estava lá.

Minha noiva apontou para a sacada e era lá onde uma Rachel chorona com os cabelos molhados e minhas roupas levemente grandes nela se encontrava sentada no chão escorada na parede observando o céu.

- É realmente lindo não é? – eu disse me sentando no chão e pegando uma mão dela.

Ela balançou a cabeça em concordância, mas não virou o rosto pra mim.

Blake se juntou a nos sentando do outro lado e pegando a outra mão de Rachel e entrelaçando os dedos.

- Rachel, eu sei que você não quer conversar, mas nos realmente queremos saber o que está acontecendo com você – Blake disse com a voz delicada e doce.

Rach respirou fundo e ficou com o olhar perdido no horizonte enquanto dizia:

- Hoje, pela tarde. Eu estava em meu camarim, quando bateram em minha porta, eu a abri, mas não havia ninguém lá, eu fui fechar a porta, mas notei que havia um envelope nela com meu nome escrito e nada mais, eu o abri e dentro tinha... – ela parou de falar e uma lagrima caiu de seus olhos, lagrima essa que ela tratou de limpar rapidamente.

- Tinha o que lá Rachel? – tudo bem, eu podia estar sendo insensível, mas a curiosidade estava quase me matando.

- Tinha algumas fotos de Quinn... em Cambridge... com uma loira e elas estavam... estavam se beijando, com demonstrações de muito carinho e merda! Ela me traia Ali, ela me traiu e droga eu a amo! – ela disse um pouco mais alto.

Espera... loira, Cambridge... Traição... não, não pode ser! Quinn me disse que tinha terminado com a tal garota e que elas nunca tiveram nada de verdade. Não pode ser, me recuso a acreditar nisso.

- Rachel, você falou com Quinn sobre isso? - Blake disse enquanto eu só ouvia paralisada com meus próprios pensamentos.

- E-eu a vi hoje no meu camarim, nos discutimos, ela não soube se explicar. Na verdade eu me recusei a ouvir o que ela queria dizer, aquelas fotos falavam por si só. Eu sai de lá e aqui estou.

Eu me levantei abruptamente e fui em direção do meu iphone, liguei para Emma e pedi para ela adiar os meus próximos shows, porque  tive uma emergência familiar sem mais detalhes. Ela fez o que eu pedi e comprou minha passagem para New York, Quinn Fabray estava me devendo algumas explicações.

Flashback off

Eu estava tão imersa em meus pensamentos que não percebi quando Santana voltou, só sei que ela estava cuidando de minhas mãos, passando um paninho com algo que pela ardência que estava causando julguei ser álcool.

- Vai me dizer por que estava dando aquela surra na Q. no meio do hospital? – Santana me perguntou sem tirar os olhos das minhas mãos.

- Você não sabe? – eu disse sarcástica – Quinn traiu Rachel – eu disse seca.

- Vocês Fabray’s são todos burros ou são só você e Quinn mesmo? – ela disse me encarando? Eu franzi o cenho não entendo o que ela queria dizer. Ela revirou os olhos entediada e continuou – Você ao menos viu as fotos ou a ouviu antes de enfiar a mão na cara dela? Ou somente ouviu a versão da hobbit?

Envergonhada por minha estupidez abaixei a cabeça e disse: - Eu não ouvi a razão, estava tão cega de ódio da Quinn nem parei para ouvir ou perguntar nada a ela, já cheguei colocando meu punho em sua cara. – e eu me senti mais envergonhada ainda.

- Olha – ela disse e se virou para pegar uma quantia considerável de gaze que estava ao lado da cama – Eu não deveria estar falando isso, mas sei como Quinn é e ela provavelmente não vai mais querer olhar na sua cara por um bom tempo então... – ela soltou um suspiro pesado – Você provavelmente sabe que Quinn teve uma “namorada” em Cambridge certo?

E de repente eu lembrei de quando foi no hotel buscar as coisas dela, logo no começo, antes dela namorar com Rachel, antes de eu virar uma cantora renomada, antes de tudo!

Balancei a cabeça concordando e ela continuou: - Então você sabe que tudo aquilo era um namoro fake – mais uma vez balancei a cabeça concordando, mas com uma vontade imensa de socar meu próprio rosto – então você sabe que elas tinham que fingir um relacionamento e blá blá blá. Quinn me mostrou as fotos e disse que eram todas as fotos da época em que elas fingiam um relacionamento, Quinn não tem a menor idéia de quem deu aquelas fotos para Rachel, mas elas não são de agora e elas não significam absolutamente nada pra ela.

Se eu já estava me sentindo uma idiota agora eu estou me sentindo imbecil ao nível Finn Hudson! Como diabos eu pude deixar essa raiva toda subir a minha cabeça e atacar Quinn daquele jeito, não só fisicamente, mas com as palavras também.

Santana terminou os curativos em silencio e me entregou um pequeno espelho.

Meu rosto estava vermelho e eu tinha levado um ponto na bochecha, meu olho está meio inchado, minha sobracelha também está com um ponto; resumindo: minha aparência está péssima!

Santana se levantou e abriu a porta, quando eu achei que ela ia sair ela se vira e diz: - Procura ela, você acha que Rachel está sofrendo, mas eu te garanto que ela está dez vezes pior.

Não êxito e saio atrás de Santana, não sei a onde ela está indo, mas provavelmente me levara até Quinn. Andamos por vários corredores até chegarmos a uma parte mais afastada, onde ficam algumas macas, cadeiras de rodas; paredes amarronzadas, janelas enormes por toda uma parede que leva a um corredor bem extenso.

E deixada lá sozinha, em uma das macas estava Quinn, pelo jeito que se corpo tremia posso dizer que ela estava chorando.

Santana se aproximou dela tocando-lhe de leve o ombro, fazendo com que ela se vire a encare, eu estou em uma distancia considerável, mas aos poucos vou me aproximando, fico atrás de Santana, quando os olhos dela cruzam com os meus ela levanta abruptamente da maca e me encara com aqueles olhos vermelhos.

- O que foi? Veio aqui pra terminar o serviço? Ou somente para falar mais algumas palavrinhas pra mim? – sua voz era carregada de raiva e tristeza.

- Desculpa – eu digo simples abaixando a cabeça, não é muito da minha natureza se desculpar.

- Pelo que? Por ter me agredido no meu local de trabalho, por ter me ofendido, por ter deixado meu rosto completamente roxo ou pelas palavras que me dirigiu? – ela me respondeu cheia de sarcasmo.

Eu sabia que não seria fácil, ela é uma Fabray e nos Fabrays temos um orgulho muito grande então eu teria que me rastejar para ter o perdão de Quinn e como eu disse, nosso orgulho é muito grande.

- Por tudo Quinn – eu digo e me aproximo mais – Desculpa por ter te ofendido, por ter ferido o seu rosto e acima de tudo por ter ferido o seu coração... sei que isso soa meio estranho, mas somos irmãs e eu estou me sentindo um lixo por dentro. Palavras não vão adiantar de nada, mas eu sinto muito, não dei ouvidos a razão, somente a emoção, desculpa. É que ver a Rach no estado que eu vi me deixou completamente puta da vida e... nada justifica o que eu fiz, perdão Quinn.

Eu abaixei a cabeça e fiquei encarando o chão, igualzinho a quando éramos crianças e meus pais ou tio Russel ou tia Judy nos pegavam fazendo alguma travessura.

- Santana pode nos deixar a sós, por favor? – Quinn pediu e Santana prontamente atendeu deixando somente eu e Quinn naquele lugar esquisito.

Pela primeira vez eu levantei o rosto e prestei atenção em Quinn, seus seios faciais estavam completamente roxos, seu lábio inferior estava nitidamente cortado e o nariz vermelho, seu olho direito estava completamente vermelho, não pelo choro, mas sim pelos golpes que ele levou; o ódio que eu estava sentindo de mim mesma aumentou e eu desejava nunca ter machucado minha irmã desse jeito.

- Como Rachel está? – ela me perguntou e passou a mão no olho, deveria estar sentindo dor.

Peguei uma compressa que estava esquecida em cima da maca e fiz sinal para que ela se deitasse, quando ela o fez coloquei a compressa azul cheia de gelo em seus olhos (nesse meio tempo reparei em minha mão que estava com muito gaze enrolado nela e algumas partes estavam avermelhadas), ela soltou um gemido abafado de alivio e eu respondi sua pergunta enquanto me sentava a seu lado.

- Ela está péssima, chegou no hotel ontem e chorou por horas a fio sem dizer uma palavra, eu e Blake nos sentimos perdidas, mas no fim eu fiz com que ela se acalmasse, tomasse um banho e me contasse o que aconteceu.. – eu suspirei pesadamente e fiz mais um pouco de pressão nos olhos de Quinn – ela me disse que você havia traído ela, no momento eu me enfureci e não prestei muita atenção na história, Rachel estava frágil, chorona e completamente quebrada; eu simplesmente quis sua cabeça numa bandeja por ter feito isso com ela. Desculpa mais uma vez Quinn.

Eu estava chorando, a imagem de Rachel no hotel ontem e a imagem de Quinn aqui, ambas completamente destruídas, ambas enganadas. Mas quem será que fez isso com elas?

Quinn não disse nada, apenas começou a chorar novamente, eu parei de fazer pressão com a compressa e me deitei ao lado dela na maca, a trouxe para perto de mim e deixei que ela chorasse comigo.

-X-

Dormi sem perceber, acordei com Quinn chacoalhando meu ombro, seu olho ganhará uma coloração completamente roxa, e seu rosto parecia bem pior, o arrependimento bateu em mim mais uma vez, mas eu prometi a mim mesma que ia me redimir e isso eu farei!

- Eu tenho que ir trabalhar, e você precisa ir pra casa – ela disse se levantando.

- Quinnie, eu não acho que você esteja em condições de trabalhar – eu digo me levantando também e sentindo uma leve dor no corpo.

No minuto seguinte uma mensagem chega no celular de Quinn e ela a lê rapidamente, pela decepção em seus olhos posso imaginar que ela queria que fosse algo de Rachel, mas não é.

- É Santana – ela diz guardando o iphone de volta no jaleco – disse que eu posso ir pra casa, ela conversou com chefe Webber e ele me liberou por alguns dias.

- Que bom – eu digo dando um sorrisinho, acabo de ter uma idéia – assim podemos colocar nosso plano em ação!

- Nosso – ela diz apontando pra mim e pra ela – e o que “nos” favos fazer? – diz com sarcasmo no nos.

- NOS – eu digo dando ênfase na palavra – vamos para o Colorado, você precisa conversar com Rachel, já que ela não te deu essa chance ontem.

- Alice eu não sei se você reparou, mas a Rachel não quer me ver nem pintada, de jeito maneira, nem se eu estivesse em meu leito de morte ela ia querer me ver! – ela diz com tristeza.

- Quinn – eu coloco minhas mãos em seus ombros e paramos de andar no estacionamento do hospital – você não fez nada de errado! Rachel querendo ou não vai te ver e vai te ouvir, eu acredito em você e ela também vai.

Assim que entramos no carro e vamos em direção ao meu (ou seria delas) apartamento conto a Quinn meu plano, ela ri e me chama de louca, mas no final ela sabe que vai dar certo.

- Eu só quero descobrir uma coisa – diz Quinn quando nos deitamos em sua cama.

- O que?

- Quem enviou aquelas fotos a Rach... – ela diz e sua voz volta a ficar tristonha.

- Quinn, você ainda está com o tal envelope? – ela não me responde, levanta da cama e sai do quarto, minutos depois volta com o envelope em mãos e o joga em cima de mim.

Eu o observo e vejo que é a descrição que Rachel fez, mas aquela caligrafia é tão feia e grotesca que... e de repente tenho mais um click em minha cabeça e tudo começa a se encaixar.