Wakeru escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Opa! Está ai o Primeiro capitulo!
Boa Leitura!
“Notavelmente baixo e
de feições particularmente malignas;”
O Médico e o Monstro - Pág. 39
Kaoru POV
Eu já o vinha observando há um tempo.
Os cabelos semi raspados, a camisa sempre aberta, revelando
o corpo tatuado.
Era um marginal, vivia se drogando, às vezes dormia por ali
mesmo.
Eu só observava da janela do meu laboratório.
Como que será que ele chegou a essa situação?
Sempre roubava as pessoas, batia nos comparsas...
Era um tanto que fascinante observá-lo...
Como uma pessoa poderia ser tão ruim?
Há um tempo, desde
que o vi pela primeira, uma idéia surgiu em minha mente.
Resolvi desvendar os mistérios do bem e do mal.
Podem me chamar de louco, mas quero usá-lo como cobaia em
uma experiência que comecei a desenvolver sobre o assunto.
O que será conhecer uma pessoa totalmente boa, ou uma pessoa
totalmente má?
Seria uma experiência única que mudaria os rumos da
humanidade.
Se o resultado desse experimento saísse como imaginava,
mudaria toda a ciência sobre as pessoas e a constituição de suas ‘almas’.
A alma boa, e a alma ruim.... É assim que vejo do que somos preenchidos, as
almas unidas formam nossas características que tendem a ser um pouco de cada...
Deixando as pessoas num equilíbrio.
Aquele marginal tinha mais da ‘alma’ ruim, seria perfeito
para a experiência, queria ver como seria a atitude dele totalmente ruim, e
depois totalmente boa... Seria um tanto que curioso.
Precisava me aproximar daquele marginal, precisava propor a
ele essa idéia..
Mas como me aproximaria dele?
Continuei olhando a janela, esperando que ele estivesse só,
para poder me aproximar com um pouco mais de segurança.
Quando era exatamente três e meia da manhã, percebi que ele
estava sozinho, sai do meu laboratório correndo, quase cai da escada... Aquela
era minha oportunidade, não a perderia tão facilmente.
Atravessei a rua indo de encontro a ele.
- Posso falar com você? – perguntei me mantendo a certa
distancia. Mas não adiantou muito ele veio na minha direção e grudou em meu
pescoço
- O que quer? – disse forçando as mãos ainda mais sobre meu
pescoço.
- Tenho uma proposta... – eu estava ficando sem ar, e por
mais que ele fosse mais baixo que eu, ele tinha uma imensa força. Eu tentei me
soltar mas era quase impossível.
Ele levantou somente uma sobrancelha e continuei tentando
falar.
- Sou um químico. E precisava testar um experimento...
- O que ganharia com isso? – disse soltando o meu pescoço.
- Poderia te dar dinheiro... – meu pescoço estava dolorido,
e fiquei massageando para aliviar a dor.
- Me dê agora, então... – disse.
- Antes preciso que vá comigo ao meu laboratório... Depois
te darei o dinheiro – eu me afastei dele e fui andando.
Foi mais fácil do que eu imaginei, quer dizer não foi tão
difícil. Acho que o dinheiro sempre falará mais alto do que qualquer coisa, por
que assim que eu atravessei a rua, ele me seguiu.
Entramos no prédio.
- Me chamo Kaoru. Você poderia me dizer seu nome? –
perguntei tentando quebrar o gelo.
- Me chame de Kyo... – disse de maneira seca.
Eu abri a porta do laboratório e ele entrou observando cada
detalhe do local.
- O que está testando? – perguntou.
- Eu criei uma formula para poder estabilizar um tipo de
personalidade nas pessoas.
- Por que não testa em si mesmo?– questionou
Não podia.... Eu queria ver o que acontecia, não viver... E
ele era a pessoa perfeita para notar qualquer mudança de personalidade
- Acho que não seria possível, Kyo-san... Eu não poderia
perceber todas as mudanças. Tudo seria bem superficial. – respondi.
- Você não me conhece como vai anotar... – disse ele se
sentando na minha cadeira.
- Você pode me contar... Percebo que há muito que
saber. – disse um pouco temeroso com a
reação dele, já que o olhar que me lançava não era nada amigável.
- Quer saber com cheguei a esse ponto.... Eu já o vi olhando
para onde eu fico... – disse ele pegando um cigarro no bolso e acendendo.
Ele tinha me percebido.... Como pude ser tão idiota de ficar
ali olhando ele como se ninguém pudesse me enxergar.
Fiquei sem palavras.
- Nem sempre estou chapado, e percebo muito bem as coisas ao
meu redor. – disse jogando as cinzas do cigarro no chão.
- Sim... Bem...
- Não fique gaguejando... Isso me irrita. – disse ele me olhando
fixadamente. – Então cadê o negocio que queria experimentar?
- Sim... – eu fui na direção do armário, e peguei o frasco
com o liquido de cor verde-água. Ele ficou olhando aquilo com se fosse uma nova
droga a experimentar.
- Cor esquisita... – riu
- Kyo-san... Não sei se isso vai dar algum resultado, mas
tenho que testar, certo? – disse lhe entregando o frasco
Ele bebeu sem pensar, até eu me surpreendi...
- Gosto horrível... – disse jogando o frasco no chão...
- Como está se sentindo, Kyo-san? – perguntei.
Ele não me respondeu, fiquei preocupado e me aproximei um
pouco mais dele, percebi que seus olhos mudaram de cor, saíram do castanho
escuro para um azul claro brilhante...
Ele ficou pálido
- Kyo-san? – perguntei novamente.
- O quê? – disse ele com os olhos já da cor natural.
- Seus olhos mudaram de cor... – disse – Você sentiu algo
estranho?
- Só um formigamento no rosto... –respondeu
- Certo, tenho que anotar isso – disse pegando uma caderneta
que estava em cima da mesa e começando a escrever.
- Meu dinheiro... – disse se levantando.
- Sim, um momento... – disse terminando de escrever. – Você
pode voltar, eu pago também... – disse pegando o dinheiro que tinha no meu
bolso.
- Volto... Achei isso divertido. – riu mostrando os dentes
tortos.
- O chamarei... – disse entregando o dinheiro.
- Então até mais Kaoru... – disse ele saindo.
Agora eu tinha que pensar em o que poderia fazer para que o
meu preparado para que desse um resultado melhor... Eu precisava despertar o
lado bom do Kyo-san.
[...]
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Bem, está muuuuuuuuiiiittooo pequeno esse cap, mas era só pra deixar todos bem curiosos.