Wakeru escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 13
Capítulo 12 - Primeira Queda


Notas iniciais do capítulo

Então desculpa a demora!
Boa Leitura!



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“Eu nunca vira um circulo de rostos tão inflamados de ódio, e o homem ali no meio, com uma espécie de frieza obscura, irônica - e também amedrontada, pelo que pude ver -, pronto para qualquer coisa, senhor, como se fosse o próprio satanás.”

   O Médico e o Monstro Pág. 13

Kaoru POV

Quando o Kyo veio me entregar aquele dinheiro sujo, todas as lembranças do dia da morte de meu pai veio a minha mente.

Aquilo me atormentaria mais uma vez....

Flashback ON

Meu aniversário de vinte e um anos chegava, e meu pai me prometera uma moto.

Íamos comprá-la mais tarde, e eu já não agüentava esperar de tão ansioso.

Vi meu pai atendendo o telefone. E fiquei observando ele

- Kyori-sama... Sim posso ajudar... Entendi... Irei fazer...

Eu sabia que meu pai era daquela gangue, e que ele não queria que eu seguisse os passos dele. E eu também não queria, adorava química,e já estava cursando a universidade.

 Meu pai estudou para isso, mas não exercia mais essa função, se dedicava muito a gangue.

Ele desligou o telefone, e olhou para mim.

- Kaoru, antes de comprarmos sua moto, vamos passar em outro lugar.

- Tá... – Eu odiava a ideia do meu pai ser dessa gangue. Sorte minha, que como meu pai era, praticamente, o melhor amigo do ‘Oyabun’, ele abriu uma exceção. Eu sou filho único, e meu pai não queria que eu me prendesse há algo, que não faria minha vida ser muito longa, meu pai, nada podia fazer para sair da gangue, eu ouvi um dia, que se ele saísse da gangue, eles me perseguiriam...

Meu pai fez uma escolha... Só para me proteger...

Fomos até uma casa, meu pai nunca falava o que iria fazer, mas com certeza era algo envolvendo dinheiro e drogas.

- Você fica dentro do carro...Já volto...

 Ele fechou a porta, eu fiquei encolhido no banco. Querendo sair logo dali.

Fiquei espiando da janela, quando eu vi um cara sacando uma arma e apontando para o peito de meu pai. Minha primeira reação foi soltar o cinto e abrir a porta, assim que fiz isso... Meu pai me percebeu

- Kaoru, sai daqui, vai embora!

- PAI! – assim que gritei, ouvi o tiro.

Um tiro à queima-roupa, um tiro que me deixou sozinho no mundo.

-Pai...pai... – corri na direção do corpo dele, e olhei nos olhos do homem que matou ele...

Ele ainda estava olhando para meu pai...

- Desgraçado! – eu me levantei e num ato impensado segurei ele.  – Eu vou destruir tua vida! – Ouvi o som de outro tiro. O sangue espirrou em mim.

Um tiro no pescoço... Que veio por trás de mim, olhei para trás.

- Eu não devia ter pedido para que o Ryoko-san vir aqui...

- Quem é você? – perguntei o encarando

- Kamata, Seiichi Kamata... Não era para seu pai estar aqui... Não era trabalho para ele...       

- Eu te odeio! É sua culpa meu pai morrer! Eu tô sozinho agora... Eu estou sozinho... Sai daqui.. Não quero você perto de mim, não quero que você chegue perto... – ele ainda ficou um tempo me encarando, mas se afastou e voltou para seu carro.

Fiquei um tempo, olhando o meu pai morto.. A única pessoa que cuidou de mim...”

Eu olhei para o Kyo, e ele parecia feliz, o que ele realmente pensa?

Ele tá destruindo tudo, tudo... Ele vai acabar se matando... E levando o

Tooru para o inferno junto com ele.

- O que você tem na sua cabeça Kyo? Você tá destruindo tua vida! Tua vida cara! Seu irmão precisa de você e você nem liga mais para ele!

Por um momento tive a impressão que os olhos dele ficaram azuis...

Não... Só foi impressão mesmo.

- O Jun parece mais seguro aqui. Agora o que você quer? Me dar lição de moral? Ah... Dá um tempo, teu pai era Yakuza, estava no mesmo barco que eu, e você esta no caminho.

- Eu nunca serei um deles... Por que o chefinho de lá, ainda cumpre a promessa que fez ao meu pai! – Gritei, por que o Kyo está me desafiando, ele quer ver meu lado mal, ele verá... Com toda a certeza.

Jun olhou assustado.

- Desculpa Jun... Não quero te assustar... Se quiser pode ir para o quarto.

Ele desviou o olhar.

- Kyo-nii-san... Sai daqui... Vai logo embora, agora que você fez essa burrada, pelo menos não seja pego.

- Eu não vou ser pego, não se o Kaoru me ajudar... Não é mesmo? – ele olhou para mim, num tom desafiador...

- Não vou ser teu cúmplice... – respondi num tom que demonstrou minha raiva.

- Então, vou contar sobre sua experiência... – riu

Eu não creio que ele está me ameaçando...

Não creio que ele vai usar isso contra mim.

Jun olhou pra mim, sem entender muita coisa.

- São coisas diferentes... Você matou uma pessoa.

- E se sua experiência der errado eu morro, e você terá feito a mesma coisa que eu... – sorriu de maneira cínica.

A vida é bizarra mesmo, eu amo o Tooru e odeio o Kyo.

E eles são a mesma pessoa.

Como o Kyo pode ser tão cínico, tão vil...

- Que experiência? – perguntou Jun olhando para mim. – Do que vocês estão falando?

Meu coração falhou uma batida...

Não sei como contar isso pro Jun, eu nem queria contar...

- Ah! Pensei que meu irmão sabia de história... – Kyo puxou Jun para perto de si, e apontou para mim. – Sabe maninho, eu e o Kaoru temos um trato, eu sou um cobaia dele sabe, e se não me engano, você conheceu o “Waru”, não é mesmo?

- O que tem o ‘Waru’? – Jun perguntou olhando para ele ainda mais curioso.

- Cala a boca Kyo! – gritei

Ele riu.

- Não terminei a explicação, me dá licença... Então Jun, O Waru sou eu, você não lembra que esse era meu apelido?...  Explica ae Kaoru...

Jun olhou para mim desesperado.

- Jun... Eu

- Você tá usando meu irmão como se fosse um rato de laboratório...

Eu não quero perder a confiança do Jun, ele não pode ficar com raiva.

- Jun... Eu, eu não quero machucar teu irmão... Eu só quero trazer o ‘Tooru’ de volta... – abaixei a cabeça, não agüentava...

Sai da sala e corri para a cozinha, um ato infantil... Mas precisava ficar sozinho por alguns segundos...

Me sentei no chão e fiquei encarando o nada...

Me senti destruído, com certeza o Jun não iria mais querer ficar perto de mim...

Mas uma vez eu estaria sozinho...

Todos os meus sentidos paralisaram, e eu apenas prestava atenção nos meus próprios pensamentos.

Mais fui tirado do momento “em espera” quando senti alguém tocando no meu ombro.

Levantei a cabeça e encarei era o Jun, com os olhos cheios de lágrimas.

- Você pode me explicar tudo, Kao-kun?  Eu quero entender... antes de qualquer coisa...

[...]


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Notas finais do capítulo

Yo! O Pai do Kao era Yakuza... sério isso foi de ultima hora...
O Kyo é um idiota... tsc. pensei em matar ele mais é maldade...