Era uma manhazinha de sábado, cedo demais até, a casa dos Hummel estava no maior silêncio possível. Finn não conseguira dormir mais, a claridade já adentrara pelas frestas da janela e isso de alguma forma o incomodara. O teto de seu quarto possuía uma galáxia pintada, ele realmente gostava disso, olhar as estrelas ali em cima dele o dava uma calma, um poder sobre o mundo. Finn se perdeu em seus pensamentos, mas algo o fez voltar a realidade.

"Finn, cadê você?" Kurt berrava, havia medo em sua voz talvez. " Corre aqui sua chupeta de baleia"

Finn desceu as escadas num pulo e encontrou Kurt num estado depreciativo, com as roupas de luxo amaçadas e o cabelo todo bagunçado.

"Que diabos você está fazendo? Sabe que horas são? Ainda bem que nossos pais estão na  capital, se não você estaria claramente ferrado!"

"Cara, cale a sua boca!"

Finn ia xinga-lo, mas então Kurt já estava guiando-o para a frente da casa, tudo que ele pode distinguir foi o balanço de madeira, além de uma coisa encolhida. Finn se lembrava do balanço, mas desde quando seus pais haviam comprado aquela estátua?

"O que é isso Kurt?"

"A encontrei na rua Finn, em um minuto conversávamos e no outro ela estava desmaiando" Finn lhe lançou um olhar confuso e cheio de perguntas. " Eu a conheci em NYC.

Finn e KUrt se entreolharam por alguns instantes, Finn tentava compreender tudo que se passava, mas não parecia tão fácil. Havia uma garota na sua casa, desmaiada e que era completamente estranha sobre a vista dele.

"Onde eu estou?"

Nesse momento Finn pode perceber o quanto a "estátua" era graciosa. Ela se ergueu por um instante, fez uma careta e voltou a sentar no balaço, mas já estava consciente. Ela era baixinha, tinha um cabelo belo, liso e com uma franjinha meiga, ela possuía belos olhos escuros, sensuais e chamativos. Assim que a pequena olhou pra ele e seus olhares se fundiram em um só Finn pode sentir toda a superfície de seu corpo estremecer e arrepiar.

"Terra chamando vocês!"

"Ah... Olá... Quem são vocês? Espera, aonde eu estou?"

Quando a menina falou Kurt pensou que ela estava tirando uma com ele, mas depois percebeu o pânico no olhar da jovem, era assustador o modo como ela estava naquele momento. Finn nem escutara nada, ele permanecera fitando-a, a olhava encantado, seus cabelos lisos estavam completamente bagunçado e isso de uma forma incrível, a deixava mais atraente.

"Ei retardado, pare de sorrir feito bobo."

 Kurt o deu um cutucão, Finn sabia que ele teria que tomar providências, afinal a casa estava sobre seu comando nesses dias.

"OK. Não podemos deixar uma garota abandonada nesse estado." Finn olhou pra ela, e pensou que belo estado ela se encontrava, linda de qualquer jeito. Finn abaixou-se pra pegá-la no colo. " Vamos KURT ME AJUDE!"

Kurt foi abrindo todas as portas para que Finn pudesse levar a garota até seu quarto. Finn a depositou na sua cama bagunçada e a ultima coisa que a pequena viu fora as estrelas.

"Ta, agora ela dormiu. Então, vai, me conte tudo, Kurt."

Kurt o contou sobre tudo que pudera. Kurt o contou que seu nome era Rachel Berry, que era uma adolescente de 17 anos e que parcialmente vivia em NYC. Kurt continuou contando, maravilhado com a garota de certa forma. Ela gostava de cantar e seu sonho se denominava Broadway. Finn processou a parte que Kurt lhe contou sobre ela vir terminar o colegial em Lima, mas por que diabos ela teria trocado New York por uma cidadezinha como Lima?

Horas haviam se passado nessa conversa dos irmãos e Finn continuara lembrando do rosto frágil de Rachel, o quanto ela parecia pequena e meiga ao seu olhar. Por um instante Finn pensou ver uma miragem na escada, mas depois percebeu que a miragem se tratava das pernas bronzeadas e torneadas de uma mulher.

"Hey!"

Lá estava ela descendo as escadas de uma forma majestosa, pelo ponto de vista de Finn. O cabelo estava enrolado na toalha molhada e ela trajava apenas uma camisa social branca gigante que Finn percebera ser dele.

"Oi Racheeeeeel"

Kurt correu pra abraçar a garota que o abraçou, mas Finn pode ver a confusão em seu olhar.

"Tem como alguém me explicar quem nós somos? Por que isso é algo que eu não me lembro..."