Psicose escrita por KaulitzT


Capítulo 4
A coragem cresce com a ocasião


Notas iniciais do capítulo

Obrigada mais uma vez pelos reviews *-*
Ah, nesse capítulo o Bill aparece, mas rapidinho, vocês vão entender mais coisas depois. Beijos, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/194501/chapter/4

Senti-me mal devido a discussão com meu pai, resolvi pedi-lo perdão. Andei devagar pelo corredor e ouvi meu pai falando com alguém, mas quem seria? 

- Não, ainda não é o momento certo. Vamos esperar até que ela fique mais calma. - ele falava ao telefone com alguém. - Sim eu sei meu amor, mas eu ainda acho melhor só contar quando ela já estiver completamente curada. - De quem ele estava falando, e com quem falava? - eu sei meu bem, mas ela é minha filha, e ela vai entender. - O que? ele estava falando de mim? - Sim Hannah, quando eu puder nós vamos nos encontrar. Por agora eu vou desligar, e fique tranquila, eu falarei com ela. Beijos meu amor. 

Meu pai estava de caso com uma mulher, mas já? Só dois meses depois da morte da minha mãe? Eu sei que ele precisa viver a vida dele, com outra mulher, e ser feliz, mas parecia que ainda estava tudo muito recente.

Se o problema era eu, então eu continuaria sendo o problema.

Resolvi não pedir desculpas a ele, fui até a cozinha preparei um hamburguer e fui comer em meu quarto. Abri a primeira gaveta da minha cómoda procurando o controle da TV, e encontrei um dvd que na sua capa estava escrito: 'MELHORES AMIGAS PARA SEMPRE' Resolvi ver do que se tratava.

Sim eu me lembrei.

Aquele era o dvd onde estavam as fotos que eu e minhas amigas, tiramos juntas. Em todas eu sorria muito, o que não acontecia mais. Eu não tinha me esquecido de minhas amigas, só achava que não precisava mais delas, já que agora eu não era mais uma adolescente normal. 

o Slide com as fotos passavam e aquela música de fundo dava-me sono. 

Cochilei, e quando acordei olhei no relógio, eram exatamente 4 horas da manhã, 8 minutos e 3 segundos.

Fui ao banheiro pois estava apertada. Quando voltei meu coração bateu forte. 

Uma sombra negra estava sentada aos pés de minha cama. Era uma figura irreconhecivel, era uma pessoa, isso eu sabia. Mas quem era? 

- Mãe é você? - perguntei enchendo os pulmões de ar afim de tranquilizar o meu coração. 

- Não. - Uma voz masculina disse-me. - Minha querida, eu não sou a sua mãe. 

- Então quem é você? - disse firme. 

- Aproxime-se, e verá. - a voz me respondeu, fazendo minhas pernas tremerem. 

- Não. É burrice aproximar-se do desconhecido. - disse tentando parecer corajosa. - Saia do meu quarto agora. - eu dizia num tom firme. 

Ótimo, então eu me aproximarei de você. - Num piscar de olhos a sombra não estava mais sentada em minha cama. 

- Pra onde aquilo foi? sussurrei.

- Pode me chamar de Bill - aquela voz sussurrava atrás de mim, fazendo com que eu pulasse devido ao susto. Eu não consegui me mexer, quando senti algo frio tocando meu ombro. 

- O que você quer? - minha voz arranhava minha garganta. 

- Te ajudar. 

- No que? - Já não era mais sangue que corria em minhas veias, e sim medo. Muito medo.

- Eu sei sobre sua mãe. E posso ajuda-la a descobrir quem a matou. 

Minhas pernas tremeram, e meu coração se encheu de ódio.

- O que você sabe sobre isso? - senti que a coisa fria que pousou em meu ombro não estava mais lá, porém eu ainda continuava imóvel. 

- Não sei nada, mas sei como ajuda-la. 

- E por que eu deveria confiar em você, se eu nem te conheço, nem sei o que você é?

- Vire-se e verá. 
Virei-me e me deparei com um rosto maravilhoso, de traços perfeitos e definidos. Sua pele era extremamente branca, e seus cabelos que batiam nos ombros, eram bem pretos mas as pontas eram brancas, o que dava um contraste perfeito. Seus olhos eram amendoados, e muito expressivos. Sem duvida aquele era o homem mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. 

- Eu estou aqui para te ajudar. Eu sei onde te levar para que você descubra tudo. Você só precisa confiar em mim... -sua voz era extremamente suave. Era macia. 

- E por que eu deveria confiar em você? Eu nem se quer te conheço. - franzia a testa.

- Você me conhecerá na hora certa. Mas só se você me aceitar em sua vida. Então, o que me diz? - Seus olhos refletiam o brilho do luar que adentrava por minha janela.

- Eu... eu não sei... - gaguejei. 

- Você tem medo? - ele olhava-me com fervor. 

- Talvez. Eu não sou muito de confiar nas pessoas, seja lá o que você for. 

Ele gargalhou-se, o que fez meu corpo estremecer. 

- Não precisa ter medo Dill. Eu só quero te ajudar. 

- Como você... - Fui interrompida. Ele colocara seu dedo indicador em minha boca. 

Shh. - Você saberá tudo no momento certo, só basta dizer se me aceita ou não...

- Eu preciso responder agora? - Segurei seu dedo com a mão esquerda. 

- As regras dizem que sim... Mas... Eu posso te dar uns dias. - ele sorria. 

De repente ele sumiu. E meu corpo se levantou assustado e suando. Eu estava deitada em minha cama, devidamente coberta. Então aquilo tudo foi um sonho? Foi um sonho bem real, e até assustador eu diria. 

O sol batia em minha pele fazendo a arder de um jeito bom.

Levantei-me fiz minha higiene matinal, e segui para a cozinha. Meu pai estava lá, sentado, uma mão segurava uma xícara branca de café, e a outra segurava um jornal. 

- Bom dia pai. - sorri dando um beijo em seu rosto e logo sentando-me ao seu lado. 

- Bom dia Ana. - ele sorriu de volta. - Como passou a noite? - a pergunta dele fez com que eu me lembrasse o quão estranho a noite passada tinha sido. 

- Eu tive um sonho estranho. Você recebeu alguém aqui em casa ontem? 

- Não filha, por que? - meu pai me olhava com preocupação. 

- Nada pai, é que eu pensei ter visto alguém, mas como já disse deve ter sido um sonho. - sorri a fim de não preocupa-lo. 

Peguei um cup cake com recheio de morango. Estava divino. 

- Nossa pai, isso está ótimo, você quem fez? - perguntei com água na boca. 

- Não filha, eu comprei de uma amiga. - ele respondeu lendo o jornal. 

- Aquela amiga - fiz aspas com os dedos - do estacionamento? 

- Sim, ela mesmo. - ele ainda não olhava para mim.

- De repente perdi a fome. - tive que fazer uma força sub humana para desprezar aquele cupcake que me fazia encher os olhos e a barriga de uma maneira maravilhosa. 

- Ana, por favor... - interrompi-o 

- Pai, está tudo bem, eu perdi a fome, só isso. - dei um sorriso sinico

Ótimo... quer dar uma volta? - ele parecia animado. 

- Claro. - eu não estava nem um pouco afim de ir, mas não queria chatear mais ainda meu pai. - pra onde vamos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?