- Bill, a mãe de Lukasmatou minha mãe.

- Eu vi tudo Dill.

- Onde está Barlabar?

- Adrianconseguiu o aprisionar em nosso feitiço.

- Meu Deus! - Ela o abraçou.

- Dill, você descobriu quem matou sua mãe.

- E o que tem isso? - Bill sorriu tranquilo, como se quisesse esconder a dor. - Agora eu tenho que ir.

É claro, tudo era lógico. Ela descobriu quem matou sua mãe e Bill iria embora. Para... Sempre.

- Não Bill, não!! - ela gritou.

- Eu te amo Diana.

- Eu também te amo, mas você não vai embora, não mesmo.

- Nunca se esqueça que eu te amo! Nunca mesmo. - A imagem dele já estava ficando turva.

- Bill, eu nunca vou me esquecer, você não vai embora, nós vamos ficar juntos.

Era horrívelver aquilo, ela o amava, de uma forma que nunca me amaria, nunca mesmo.

- Dill, não há mais o que fazer. Eu sempre soube que depois de hoje, nada nunca mais seria a mesma coisa, eu sabia que hoje seria o dia em que nos separaríamos.

- Isso não é possível. Não Bill não!

- Perdoe-me por todas as vezes que quebrei suas coisas, por todas as vezes que te assustei, por todas as vezes que machuquei.

- Bill, deixe isso para lá. Isso não importa. O importante é que ficaremos juntos, para sempre.

- Não Dill, não vamos.

- Vamos sim.

- Obrigado por fazer com que eu sentisse o amor novamente. Obrigado por ter feito com que eu me sentisse vivo, mesmo sem estar.

Aquilo doíamuito, eu também amava ela, e nunca, jamais poderia suportar ouvir aquilo, mas eu não podia fazer nada, a não ser invejar Bill por consegui tanto amor.

- Não é assim que termina Bill. Não é.

- Me desculpa por isso. Mas você vai se esquecer, e tudo acabará bem.

- Não, eu nunca vou esquecer.

- Isso não é uma escolha Dill, é uma regra.

- Você sabe que eu nunca fui uma garota que respeita regras. - Ela sorriu, tão doce, tão linda.

- Não há escolha Dill, tudo acaba aqui. Mas saiba que eu sempre me lembrarei de você, sempre! O meu coração é seu.

- Bill, nós ainda nos veremos, Eu te prometo. - Ela o abraçou de um jeito que nunca me abraçou, as lágrimas que caiam eram tão cristalinas, por que ela nunca as derramou por mim?

Eu sempre a protegi e o que ganhei em troca? O ódio dela, como se o vilão fosse eu.

- Adrian? - Bill voltou-se para mim.

- Sim Bill.

- Cuide bem dela. Não deixe que a minha garotinhase meta em confusão, ok?

- Pode deixar, Bill.

- Bill pára. - Ela olhava para ele com os olhos marejados, como ela era linda, como ela o amava. A ele, e não a mim.

- Você não vai sumir.

- Dill, você já pode ver que eu já estou sumindo, olhe bem.

Realmente, Bill já estava desaparecendo, havia partes de seu corpo que já estavam transparentes.

- Bill, por favor. Não vá embora.

- Diana. - Ele pegou a mão dela e colocou em seu coração. - Ele bate por você, só por você.

Ela fez o mesmo, segurou a mão dele contra seu peito e pronunciou aquela frase, que me dilacerou por dentro. - Esse é o meu coração Bill, ele é seu e sempre será seu. De mais ninguém, ninguém mesmo. Eu te amo. Te amo Bill e sempre vou te amar. Eu nuca vou me esquecer de você, nunca mesmo.

Bill desapareceu logo em seguida. Os gritos de Diana ecoaram por todo o galpão, era como se tivessem tirado uma parte dela, como se a estivessem esfaqueando.

Era doloroso a ver assim, e mais doloroso ainda saber que não era por mim. Ela nunca ia me amar, nunca mesmo. Eu tinha que aceitar isso.

O silêncio predominou no local, e quando me dei conta, Diana tinha desmaiado. Corri o mais rápido em sua direçãoe a segurei em meus braços. As lágrimas ainda rolavam por seu rosto, então eu as enxuguei, a segurei contra meu peito e coloquei delicadamentedentro do carro. Dei a partida, agora eramossó ela e eu, quem sabe sem Bill na jogada ela se apaixonaria por mim, até por que, as regras diziam que ela se esqueceria dele. Eu iria tê-la para mim, serei seu guardião e seu amor.

Ela parecia um anjo, mesmo dormindo. Seu semblante era tranquilo, e me transmitia paz.

Eu a levei para casa, a deitei em sua cama, a cobri, a amei. Sempre a amei com todas as minhas forças, com toda a minha vida. E agora, não seria diferente.

Eu a amaria ainda mais, agora que Bill finalmente se foi. Fiquei ali com ela o tempo todo, acariciando seu rosto e a vendo dormir. Até que por volta de quatro horas ela acordou.

Meu coração gelou quando vi seus lindos olhos se abrindo, e sorrindo para mim. Um sorriso que não durou muito, um sorriso que logo se transformou em uma expressão preocupada.

- Adrian, cadêo Bill? - Ela levantou-se rápido, respirando forte. Não, não era possível, ela se lembrou dele.