Psicose escrita por KaulitzT


Capítulo 13
Fogo devorando fogo.


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vão? Obrigada a quem deixou review no capítulo passado, sinto em informa-las que o número diminuiu, mas eu entendo. Consegui recuperar minhas notas em matemática. LOL
Então, aproveitem o Capítulo e como já disse, ainda há muitos mistérios a serem desvendados. Beijos :*
P.s: Devo postar o próximo capítulo pelo fim dessa semana, ou começo da outra.



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Eu não fazia ideia de onde estava. É como se eu estivesse em outro mundo, pelo menos se comparado ao quarto luxuoso em que estive a minutos atrás. 

As ruas daquele lugar eram vazias, escuras e frias. Aterrorizantes, podia se dizer assim.

Todas as pessoas eram estranhas, olhavam-me e franziam o cenho, como se eu tivesse algumadoença contagiosa, ou algo similar.

Continuei caminhando sem saber onde meus passos me levariam, eu não tinha rumo, andava e parecia nunca sair daquele lugar. Eu estava com medo, muito medo, e para ser sincera eu gostaria que Bill estivesse aqui. Evoquei a ultima cena que vi, dois seres sobrenaturaislutando por mim, ou seja lá o motivo, eu esperava que Bill ficasse bem, e claro, Adrianjá havia se tornado meu amigo, já ajudou-me em situações onde achei que seria meu fim, na verdade esperava que eles estivessem bem. 

- Você vai morrer! - ouvi uma voz aguda e falha gritar aos ventos. Olhei para trás e uma velha senhora com trapos no corpo corria em minha direção. - Menina, afaste-se desses mortos vivos. Afaste-se deles! - Ela ainda gritava mesmo estando quase colada a meu corpo.

- Do que a senhora esta falando? 

- Afaste-se deles! Afaste-se Deles. - Reteiravacomo uma louca, seus olhos fitavam o nada, um era castanho, o outro cinza. Terrível

- Por que? - Insisti em perguntar. 

- Afaste-se deles sua tola. - A velha agarrou meu braço, eu sentia suas unhas perfurarem meu braço e o sangue escorria em minhas roupas. 

- Me solta sua velha maluca. - Tentei empurra-la, e ela cravou suas unhas ainda mais profundo em mim. - Me solta sua louca. 

- Burra, você vai morrer. - Sorria de um jeito assustador, como se tivesse certeza disso.

- Já mandei me soltar. - Soquei sua barriga, mas a velha continuava ali. Eu tinha certeza de que as unhas dela já haviam transfixadomeu braço. - Socorro! 

Aquela maldita. Um grito agudo saiu de sua boca, e então ela começou a rir, de uma forma diabólica, e agora, ela já não fitava mais o nada e sim meu sangue, como se sentisse prazer em vê-lo escorrendo. 

- É esse aroma que sentiremos, é essa cor que veremos, é essa sangue que beberei se não se afastar daquelas coisas. 

A velha ficou estática. Escorria sangue pela sua boca. Pude ver Bill por detrásdela, perfurando seu tóraxcom uma garrafa quebrada. Aquela maldita caia por cima de mim, fazendo com que eudesequilibrasse e viesse ao chão. Bill puxou o corpo morto fazendo com que as unhas desgrudassemde meu braço. 

- venha Dill! - Ele olhava para os lados como um fugitivo, mas eu não conseguia me levantar, eu me sentia fraca, e impossibilitada, a ultima coisa que vi, foi o rosto de Bill. 
(...)

Dill? - Abri os olhos e lá estava ele, lindo como sempre, com o olhar cheio de preocupação. - Graças a Deus! - Ele puxou meu corpo e afundou minha cabeça contra seu peito. 

- Bill... - sussurreifraca. 

- Me perdoa, eu sinto tanto por tê-la machucado! Eu sinto muito, prometo nunca mais tocar em você para fazer-lhe algum mal. 

- Tudo bem. - acaricieiseu rosto e inclinei meu corpo procurando seus lábios, mas Bill não permitiu o encontro. 

- Eu não quero mais que isso aconteça. Quero cumprir com minha missão e deixar-te livre para viver sua vida. Não posso mais arriscar machucar você. 

- Você não vai me machucar. - Disse convicta. 

- Não se sabe. Eu me descontrolei quando te vi tão próxima de Adrian, que perdi o controle. Eu não confio em mim. 

- Mas eu confio. 

- Não devia, eu te machuquei, você devia ter medo de mim. - Aquela expressão que me machucava mais que qualquer coisa se desenhou em seu rosto. 

- Eu não tenho medo de você! - Retruqueicom asserção. 

- E por que não? - Ele encarou meus olhos a espera da resposta. 

- Por que eu te amo! - Bill ficou estático, olhando-me por um longo período. Era constrangedor, ele poderia ter tido alguma reacçãopelo menos, enlouquecer, rir, ou dizer que me ama também. - Desculpe Bill, eu sei que por algum motivo isso é errado, sei que não devia, mas não consegui controlar. - Ele continuou observando-me, como se pedisse para que eu continuasse. - Eu sei que não podemos, afinal, você não está vivo, mas é mais forte que eu, eu sinto que pertencemos um ao outro. Me desculpa. 

- Tudo bem. - suspirousorrindo. - Bom, agora, estou pronto para responder quaisquer perguntas que quiser fazer. - Parecia querer mudar de assunto. 

Ok, quem era aquelavelha?

- Eu também não sei, uma espéciede bruxa, vidente, louca, eu não sei. 

- Como foi a briga com Adrian? - Fiz esta pergunta de forma tão natural, que quando me dei conta estava rindo sozinha.

- Eu venci. - Respondeu glorioso. 

Aham, duvido muito. - Segurei a gargalhada. 

- Bom, Adriane eu pressentimosque você estivesse em perigo, então ele permitiu que eu fosse ajuda-la, e me fez prometer que eu não abusaria de você. - Riu. 

- Oh claro. - eu também ri. 

- Ele disse que você gostaria mais se eu fosse te ajudar. Você não iria querer vê-lo. 

Hm, e como me achou? 

- Eu posso te ver quando não está perto de Adrian

- Não, quero dizer, como soube que eu estaria naquele lugar para onde ele me levou...

- Claro, quando você dormia. Ele não estava por perto, então foi fácil

- Você gosta de mim Bill? - Aproveitei a brecha para voltarmos ao assunto. 

- Eu te amo tanto quanto você me ama. - Encarou meu rosto com um olhar envergonhado como se tivesse cometido um pegado.

- E por que não vivemos o que sentimos? - Indaguei triste. 

- Tenho medo de que se machuque. 

- Você não vai me machucar. 

- Vou sim, de um jeito ou de outro; 

- E se eu disser que sou masoquista? 

- Eu ... - Bill riu, corando, provavelmente sem saber o que responder. 

- Você... - Insisti. 

- Eu te mostraria que sei brincar. - Disse malicioso

- Como diria William Shakespeare: meu corpo é um jardim, a tua vontade o seu jardineiro. 

 Bill colou seus lábios juntos aos meus, como se quisesse suga-los, mas desta vez, era por desejo e não por ódio. Eu me sentia livre, eu estava ali com ele. Meu perfeito anjo imperfeito. 
Eu poderia tê-lo feito mais perguntas, mas que o tempo as respondam.

Agora, eu só queria Bill, nos meus braços e dentro de mim. Nada mais importava, os problemas haviam ficado lá fora, agora éramos só ele e eu. Um fogo devorando outro, a dor sendo curada pela dor.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.