Eu fui tomar um duche. O Dean foi a um restaurante perto dali buscar jantar para nós. Eu vesti a minha camisa de dormir e fui para o quarto. O Sam estava no computador mas levantou-se e sorriu.

–Amanhã vamos a uma casa, ouve um homicidio. Queres vir connosco? - Sorri.

–Sim. - Ele aproximou-se de mim.

–Agora vais começar a serio. - Voltei a sorrir.

–Estou entusiasmada. - Ficamos calados. Ele ia afastar-se, eu agarrei na sua mão.

–A... Sam? - Ele olhou para mim. Continuei. - Eu... eu queria-te dizer que hoje á tarde... - Atrapalhei-me.

–Sim? - Ele está a sorrir.

–O que quero dizer é que eu também queria muito. Só que neste momento ainda estou assimilar muita coisa. Preçiso de tempo. - Ele sorriu, veio para o pé de mim, abraçou-me pela cintura e deu-me um beijo na testa.

–Não faz mal. Não tenhas pressa, leva o tempo que quiser. - Apertei-me a si. Encostei a cabeça no seu peito, sorri. Ouvi-o.

–Marcy eu quero que saibas que eu gos... - O Dean chegou e nós afastamo-nos logo antes que ele nos visse juntos. Ele viu-nos apenas já a afastar-nos.

–Ei trouxe pizza e refrigerantes para ser diferente.

–Boa. - Fui até ele e tirei-lhe a pizza das mãos. - Estou cheia de fome. - Fui buscar guardanapos.

POV Dean/Sam

O Dean olhou desconfiado para o Sam.

–O que se estava a passar? Perdi alguma coisa? - O Sam sorriu e deu uma pancadinha no ombro do Dean.

–Agora cá. Está tudo bem. - O Dean tornou a olhar desconfiadamente para o irmão.

–Voçês estavam abraçados?

–Não. - O Dean tirou um refrigerante e deu um gole.

–Voçê é que perde. - Afastou-se.

POV Marcy

Voltei com guardanapos e atacamos a pizza. Depois vimos um filme na televisão mas eu entretanto adormeçi.

POV Dean/Sam

O San entretanto dormitára um pouco mas acordou de repente com um barulho. Viu o Dean a mexer nuns livros.

–O que está a fazer? - Perguntou ele ao Dean.

–Desculpe te acordei.

–Não faz mal, que horas são?

–2.30

–Uau. É melhor deitarmo-nos. - O Sam ajeitou-se na cama tirando o camiseiro, calças e sapatos.

–O que estás a fazer? - Perguntou o Dean.

–A deitar-me.

–Não estavas no sofá? - O Sam olhou sério para o irmão.

–Estava mas estou cansado. Hoje fico aqui. - Cobriu-se e deitou-se.

O Dean aproximou-se das camas e olhou ao acaso para a cama onde a Marcy está a dormir. Ele não conseguiu disfarçar o seu olhar perante a bela imagem que ele têm á sua frente.

A Marcy dorme profundamente de lado, com uma perna destapada, a sua belusa de dormir que lhe fica acima dos joelhos está pelas suas coxas revelando a sua perna nua até á coxa. O Dean não conseguiu controlar o espasmo de prazer pelo corpo. Pensamentos e imagens dele a tocar naquela pele vieram-lhe á mente avasselhando-lhe uma onda de vontade de tocar na perna á sua frente. Ele passou a lingua pelos lábios, mordendo o lábio inferior de seguida. Aproximou-se da cama e meteu-se de cócoras. Sentiu um cheiro doce a sair pelos póros da perna.

–"O que me está a dar?"– Pensou para si. -"Humm."– Gemeu. Deixou um largo suspiro sair.

O Sam reparou que o irmão está um pouco tenso pela respiração e a deixar sair suspiros frequentemente. Sentou-se virando-se para a cama do lado avistando o irmão a escassos centimetros da perna da garota.

–Dean! - Exclamou.

–O que foi? - O Sam não ficou contente com o que viu. Um ciúme passou-lhe ao lado.

–Sai dai.

–Porqué? - O Sam fez um esgar.

–Porqué? Tu bem sabes. Sai dai. Vai-te deitar. - O Dean fez um sorriso safado.

–Posso dar uma dentada a qualquer momento. - O Sam ia-se passando. Levantou-se e foi até ao Dean. Agarrou no braço dele e levantou-o.

–Não vais fazer dela mais uma das tuas conquistas.

–Quem disse isso? - O Sam cerrou os máxilares, olhou para o irmão e lembrou-se de algumas vezes em que apanhou o Dean a olhar para o rabo e o peito dela. Também lembrou-se que não gostou muito disso e teve alguns ciúmes.

Porque é que ele ainda não admitiu a si que está a gostar dela? Ela tem coisas em comum consigo, ambos têm sangue de demônio e poderes e compreendem-se. Já para não falar do quanto sente-se atraido a ela e á sua beleza exótica. Falou.

–Eu bem sei que tens olhado para ela.

–O que é que têm? - O Dean fez beiçinho.

–Não é correcto, pára com isso.

–Está com ciúmes? - É claro que está mas não admite.

–Não. - Mentiu não só ao Dean mas sobretudo a si.

–Então não vejo qual é o problema. - Disse o Dean com um sorriso contente.

–Gostas dela? - Perguntou o Sam. O Dean ficou sério. O Dean não quer responder, nem a si mesmo. Como dizer ao irmão que é um romântico incurável e que sim gosta dela? O Dean reparou nela logo no primeiro dia que a viu. Não gostou logo dela mas com o tempo viu como ela é uma mulher diferente. É corajosa, verdadeira, sincera, divertida, lutadora e bonita. É um bom pacote. Clareou a garganta.

–Porque não? - Será se deve admitir ao Sam que gosta dela? Não é melhor dizer primeiro a ela? O Sam respirou fundo.

–Não meta as mãos em cima dela. - Foi para a cama.

O Dean calou-se, não lhe apetece brigar. Amanhã será um dia em cheio. Mudou de roupa e deitou-se. Ao fechar os olhos um pensamento saltou-lhe a mente.

–"Será se ela gosta de mim?"

POV Marcy

Acordei e olhei para as horas. Já são 8 da manhã. É a primeira vez que acordo mais tarde. Isso é bom. Sorri e espreguiçei-me. Levantei-me. O Sam e o Dean ainda dormem. Estarão eles doentes? Normalmente são eles que acordem primeiro.

Fui á casa de banho, fiz a minha higiene matinal e arranjei-me. Tentei não fazer barulho nenhum. Não os quero acrodar. Eles deviam estar mesmo cansados.

Sai do quarto e fui comprar umas sandwiches e café para mim e para eles quando acordarem.

Voltei ao quarto mas eles continuam a dormir. Já são 8.45. Isto não é normal. Será se aconteceu alguma coisa? Fui ao pé do Sam.

–Sam? - Chamei-o, nada. Ele não se mexeu e aproximei-me de si.

–Sam? - Continua sem mexer uma pálpera. Toquei no seu ombro.

–Sam? - Mexi um pouco com ele. Ele continua sem se mexer. O meu coração começou a bater mais depressa.

–Sam por favor acorda. É hora de acordar. - Mexi com mais força, nada. Levantei-me. Será se um beijo o faz acordar? Vále a pena o esforço, e é sempre bom beijar aqueles lábios. Assim o fiz, mas foi como beijar uma parede. Meti os cabelos para trás.

Algo de errado se está a passar. Porque ele não acorda?

Vi o Dean deitado no sofá. Fui até ele e meti-me de joelhos á sua frente. Por momentos perdi-me na sua beleza. "Concentra-te!" Pensei, toquei nos seus cabelos suaves.

–Dean? - Ele não disse nada.

–Dean acorda por favor. - Toquei no seu rosto. Isto não é nada normal. Será se morreram? Se assim é porque não morri também? Não faz sentido nenhum.

Vi o seu peito a subir e a descer. Aproximei o meu rosto do seu, os meus lábios ficaram a escassos centimentros dos seus. Como será beijar os seus belos lábios carnudos? Roçei os meus lábios nos seus com as lágrimas nos olhos.

O que lhes aconteceu? De repente senti os seus lábios a mexerem. Abri os olhos e vi-os dele abertos. Assustei-me e ia-me afasta rmas ele agarrou-se a mim, desiquilibrei-me, cai no chão e ele também ficando em cima de mim. Os seus lábios são suaves e velozes nos meus. O seu corpo fundou-se no meu. Ele apertou-me a si. Tentei-me soltar de si.

Algo de errado se passa.

–Dean larga-me.

–Hum-hum. - Rossou os lábios nos meu pescoço. O que lhe deu? Porque está ele a ser assim? Tentei afastá-lo de mim.

–Larga-me. - Ele olhou para mim.

–Já disse o quanto gosto de ti? - Beijou-me com força.

–Por favor deixa-me!

–Não. - Senti-o cheio de tesão sobre mim. Isto não é o Dean. Será um demônio? Agarrei no seu rosto e forçei-o a olhar para mim.

–Não és o Dean. - Ele sorriu. Os seus olhos ficaram todos pretos.

Um calafrio passou-me pelo corpo.

–Cu-cu advinha quem é?