A Psicóloga escrita por Cahh_M


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Oie amores, como sempre, penso em coisas meio loucas, então decidi fazer uma fic sobre isso. Espero que gostem, desculpe qualquer coisa.
Beeijos s2
As partes em itálico é a sessão com a psicóloga.
As partes normais é a opinião dela sobre isso.



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A Psicóloga.

Nova Iorque, 06 de janeiro de 2012

–Como estão se sentindo hoje? – Perguntei assim que os dois se acomodaram nas poltronas há metros à frente da minha. – Algum progresso?

–Não sei dizer direito. – O mais novo respondeu indeciso.

–Acredito que sim…pelo menos não quero mais matá-lo. Só torturar um pouco. – O mais velho confessou dando de ombros.

–Já provamos que ele é um bom rapaz. – Respondi calmamente.

–Será mesmo? – O mais novo perguntou coçando levemente a cabeça. – Não tenho muita certeza...

Ok, ok. Parem por aqui.

Não entenderam muita coisa? Calma, irei explicar. Aos poucos. Tudo o que precisam saber até aqui é que sou psicóloga. Minha indentidade? Prefiro manter sigilosa. De meus dois clientes citados acima? Por mim tudo bem. Ou não entenderão muita coisa.

Edward e Carlisle Cullen. Irmãos nascidos e criados na alta sociedade nova iorquina. Vida fácil, muitas mulheres, ninguém que lhes realmente interessasse, ou como preferem dizer “somos bons demais para qualquer uma”. Sim, hipócritas, mas pagam o aluguel de meu apartamento nos arredores do Brooklyn, então prefiro não discutir essa questão.

Você deve estar se perguntando o por quê dois ricos e belos jovens (sim, eles são lindos) estão fazendo em um colsultório de uma simples psicóloga do Brooklyn, já que podem pagar por qualquer um na cidade de Nova Iorque ou até ouso dizer, do mundo. Talvez porque não querem que ninguém descubrisse que precisam de ajuda profissional.

Mas por quê eles precisam de ajuda profissional? Pais falecidos? Abandono da mãe? Rejeição do Pai? Não. Não. Não.

Talvez queiram saber que não são apenas os dois como irmãos. Tem mais uma. A mais nova. A caçula mimada e segundo os dois, junto com sua mãe, a única mulher que realmente amam.

O nome do problema? Alice Cullen.

Nova Iorque, 26 de dezembro de 2011

–Digo que um honra receber dois homens de Manhattan em meu simples consultório no Brooklyn. – Falei forçando uma simpatia assim que os vi entrar pela primeira vez em meu colsultório.

–Agradecemos por nos atender assim, logo após o Natal. – Carlisle disse.

–Não há problema nenhum. – Menti forçando um sorriso. É claro que tem problema. Era minha folga. Trabalho o ano inteiro para ter uma semana de férias e eles me tiraram isso. Esses ricos loucos e carentes. Em ocasiões como essa, prefiro ser pobre. E é justamente por isso que aceitei. O dinheiro que me ofereceram era mais do que meu mês inteiro. Não tinha como recusar. – Como posso ajudá-los?

–Nós fizemos uma besteira. Uma muito grande. – Edward disse engolindo em seco. Claro que besteria que rico faz é comprar um hiate em um leilão sem avisar o papai, enquanto a minha pior besteira foi comprar um colchão novo, porque o meu já não tinha mais espuma, e não ter dinheiro para pagar minha conta de luz. Fiquei um mês sem eletricidade, apenas à luz de velas. Se não fosse patético, eu até diria que era clássico.

–Que besteira, Sr. Cullen? – Perguntei pacientemente mexendo em minha caneta.

Lembra da irmã caçula, Alice? Ela estava morando em Paris durante alguns meses. Sim, a bebezinha da família estava longe do casulo por muito tempo.

Como eles descreveram, parecia que ela estava na cadeia, como meu primo, mas não. Ela estava em Paris! Como alguém pode reclamar de algo assim?

Agora você deve estar se perguntando se esses dois foram até meu consultório logo após do Natal e tiraram minhas férias por isso. Porque a irmã estava longe deles. Quem dera.

O que aconteceu é que três dias antes deles virem me atormentar, Alice voltou para passar o Natal e Ano Novo com os pais. Sim, eu digo Ano Novo e não Reveillon, eu sou pobre. Nunca se esqueça disso. Meu ‘colsultório’ é um apartamento velho de um amigo/amante que agora está vivendo em Los Angeles me emprestou. Aqui é horrível, eu mesma não vinha marcar consulta comigo em um lugar desse. Meu vizinho da frente é um traficante. Não vou revelar mais nomes. Eles marcam o rosto e eu morro em pouco tempo.

Que trabalho horrível, certo? Psicóloga no Brooklin? Pobre não vai em psicólogo não. Se tá mal o máximo que faz é conversar no beco com algum bêbado que lhe dirá a verdade e se embebedar junto com ele. Ou, nos casos mais normais, ouvir uma música para acalmar.

Volta para o foco. Alice volta de Paris para os feriados de fim de ano. Até aí, tudo bem. A princesa voltou de Nárnia e foi para seu castelo em Manhattan. Mas ela não voltou sozinha. E não era uma amiga francesa linda para os dois urubus marcarem território. Era um homem, um lindo francês. Mais conhecido depois como “O Noivo”.

Sim, sim. Alice arrumou um noivo em Paris. Jasper Hale, acho que é isso. Agora siga meus pensamentos: a bebê protegida pelos irmãos vai viajar e volta com alguém para protegê-la, tornando-os descartáveis. Já imaginou? Esses caras não estão acostumados a serem descartados. Sua hipocrisia e ignorância faz com que ele descartem as pessoas e não o contrário.

“Eles superam. Logo arrumam uma distração.” Gostaria que fosse verdade.

–Que besteira, Sr. Cullen? – Repeti a pergunta.

–Esse cara é tão perfeitinho…é tão francês… - Carlisle começou.

–Sim, e qual é o problema? – Perguntei fazendo algumas anotações em meu bloco.

–Ninguém é tão perfeito. – Edward terminou elevando a voz.

–Nós precisávamos descobrir o que ele escondia. – Carlisle disse mexendo frenéticamente a mão. – Tinha que ter algo…então resolvemos fazer algumas coisa para que nossa irmãzinha visse com quem realmente ia se casar.

–O que vocês fizeram? – Perguntei já me arrependendo da resposta.

O que eles fizeram? Me fizeram questionar se o que precisavam era uma psiquiátra e não uma pscicóloga.

Noite de Natal em Manhattan. Ah, que coisa boa. Trocando os presentes, uma Ferrari por uma Mercedes. Que lindo, que sentimento bom. Por aqui é um ferro de passar velho por um um cupom grátis da lavanderia mais próxima. Ah, que coisa horrível.

Eles estavam, literalmente, trocando carros como presentes, quando os dois perceberam que não havia ninguém por perto do quarto de hóspede onde Jasper passava aquelas duas semanas. Cá entre nós, sabemos que ele não dormiu uma noite naquela cama. E quem disse que para ser safado tem que ser pobre? Muito pelo contrário. Devia ia brincar de crepe com a princesinha inocente. Vou parar por aqui, tenho que manter uma postura.

Quando chegaram no quarto, fizeram igual aqueles filmes, onde um procura algo de interessante em um lugar proibido enquanto o outro “dá cobertura”, vigiando a porta. Esses dois fizeram com que eu parasse de chamar o Bêbado Jill, meu vizinho do andar de cima, de louco.

Enfim, procuraram qualquer coisa que fizesse Jasper ser uma má pessoa. Mas nada encontraram. O que para outra pessoa seria um bom sinal. “Poxa, nossa irmã realmente encontrou alguém bom.” Mas não, para eles era “É pior do que imaginávamos”.

De pervertido Jasper foi para agente internacional contratado para matá-los. Triste.

–Já passou pela cabeça de vocês que ele realmente é um homem bom? – Perguntei e os dois olharam-me como se o maior absurdo do mundo tivesse saído por meus lábios.

–Ele não é. – Edward disse certo de seu pensamento. – Algo naquele olhar…

–O pior é que nossos pais acham que nós estamos paranóicos. Dá para acreditar? – Sim, e como acredito. Balancei minha cabeça em negação, escondendo minha verdadeira opnião por mais tempo. Eu precisava saber onde isso ia chegar.

–Então quer dizer que seus pais aceitaram Jasper facilmente? – Perguntei e eles bufaram.

–Sim. Nosso pai demorou até o almoço de Natal para gostar daquele espião francês. – Carlisle disse. – Nossa mãe gostou dele desde o momento que ele fez bico dizendo “bonjour”.

–Então só vocês dois não gostam de Jasper? – Perguntei franzindo as sombrancelhas.

–Espião fracês. – Edward me corrigiu.

–Espião francês. – Repeti soltando um arfar. – Só vocês não gostam do espião francês?

–Não. Tem o Philip. – Carlisle disse. Ui, Philip, nome de rico.

–E quem é Philip? – Perguntei.

–Meu amigo. Ele sempre quis ficar com Alice. – Edward disse.

–Certo. – Falei anotando diversas coisas em meu bloco. – Então tem uma razão para ele não gostar de Jasper. – Espião francês. – Philip sempre quis ficar com Alice a agora outro homem tomou seu lugar. Isso é um motivo cabível. Agora vocês…tem algum lugar que Jasper poderia estar tomando de vocês dois?

–Nós somos irmãos dela! – Carlisle disse irritado. – Isso ele não pode tomar! Ela sempre será nossa irmãzinha!

Chegamos na ferida. Ao meu olhar era apenas uma arranhão causado pelo brasão de ouro preso na roupa de cada um, ou em meu caso, um prego solto que você mete o pé no velho piso de madeira do apartamento. Aquele prego que se você não correr para o hospital público mais perto para tomar uma vacina anti-tetânica, você morre.

Mas ao olhar dos dois, era um corte profundo que os mataria rapidamente se não eliminassem Jasper Hale da família Cullen.

–Sim, ela sempre será irmã de vocês. – Concordei. – Então não há nenhum lugar que ele possa tomar. Não de vocês dois.

–Gostaria poder concordar com você, doutora. – Edward disse. Doutora. A palavra me soou bem. Aqui no Brooklin os poucos que sabem para que serve minha profissão me chamam de “a moça que cuida dos loucos”. – Mas não é isso que incomoda.

Pronto. Minhas esperanças foram por água abaixo. Voltamos a estaca zero.

Por mais que eu tentasse, esses dois eram mais loucos do que qualquer um que eu tenha tratado. Geralmente são adolescentes depressivos da classe média, onde os pais juntam dinheiro para que eles venham até a psicóloga no Brooklyn, com a esperança de eu arrume alguma coisa. Acredite, eles não são fáceis. Um garoto de dezessete anos, me lembro bem seu nome, Peter, começou a cortar seus pulsos na minha frente. Aquele dia foi terrível. Fui ajudá-lo a se lavar. Mas adivinhem só? Bêbado Jill entupiu o precário encanamento do prédio. Sim, aquele bêbado louco, não. Só bêbado. Jurei que não o chamaria mais de louco após os Cullen, conseguiu entupir um prédio de quatro andares inteiro. Então quando fui lavar Peter não tinha água na torneira. Não ache que isso é tão ruim. Às vezes é melhor reclamar que não tem água do que beber uma água terrosa e rezar para Deus que aquele não seja seu último gole.Lembro de correr para a geladeira e pegar uma garrafa plástica com água dentro. No momento de desespero, não consegui sentir o cheiro forte vindo da garrafa. De água, aquilo só tinha aparência. Era vodka. Meu relaxamento. Aquela vodka que você compra na vendinha da esquina as quatro horas da manhã com uma marca mexicana estampada na embalagem. Os mexicanos não gostam de tequila? Isso é estranho. Mas voltando para o foco. Me desculpem se às vezes perco meu caminho.

Quando joguei a vodka nos cortes de Peter nem preciso dizer o que aconteceu né? A única coisa que vou falar é que passei à noite na cadeia pelos gritos do garoto. Acredite, aquela cela não era assim tão ruim. Hoje em dia, os que lembram do epsódio, me chamam de masoquista.

–Então o que incomoda tanto vocês? – Perguntei sem rodeios

–Ele estar mentindo para nossa Alice! – Carlisle disse. – Mentindo para todos e ninguém conseguir ver isso.

–Então nos resolvemos mostrar que ele não era bom.- Edward continuou e não controlei meu encolhimento a suas palavras.

Demissão. Seria isso que eu pediria se tivesse um chefe. O bom do meu trabalho é isso. Era só o que me faltava aguentar essa vida e ainda ter um chefe no meu pé. Lembro quando eu ainda trabalhava no boteco do Sr. Fernandez. Ele dizia ser porto riquenho, mas eu jurava que ele era tailandês. Homem chato, folgado. Só a lembrança mê causa raiva. Pelo menos trabalhando como psicóloga, enquanto nenhum paciente chega, eu posso colocar meus chinelos pela casa já que descalça não dá pelos pregos soltos e assistir minha TV nada HD. Precisa de um empurrãozinho ali, outro aqui para diminuir os chuviscos pela tela. Às vezes passo mais tempo arrumando a imagem do que assistindo. Mas não vou reclamar muito sobre isso. Foi uma sorte eu encontrar a TV jogada na rua enquanto eu vendia meus doces. Ah, esqueci desse detalhe. Não ache que sou apenas psicóloga. Vendo doces também. Sabe, as consultas pagam meu alimento, os doces pagam o que preciso para não morrer ou não ficar à luz de velas mais uma vez.

Foco, mais uma vez o perdi. Peço desculpa por isso. Sabe como eles decidiram mostrar que Jasper, o espião francês, não era bom?

Edward e Carlisle estavam tão convencidos que seu futuro cunhado era espião, da máfia ou algo parecido que contrataram gente para encurralar o probre francês e descobrir alguma coisa. Sim, você leu direito. E eu achando que minha reutilização de calças curtas virando shorts era patético. Não, isso é economia. Quem está lendo e é pobre sabe o que é. Se você não é, não queira descobrir.

Você deve estar “mas e aí? Os caras que eles contrataram conseguiram alguma coisa?”

Não. É claro que não. Não estou dizendo que Jasper Hale é um santo. Mas está na cara que ele não está planejando matar os Cullen ou dominar o mundo. A única coisa que conseguiram era um Alice desesperada depois que o noivo voltou com um roxo do tamanho de uma ameixa no rosto. Se contaram que foram eles que contrataram as pessoas que fizeram isso ao francês? Haha.

Nova Iorque, 02 de janeiro de 2012

–Como passaram a virada de ano? – Perguntei assim que entraram mais uma vez em meu consultório.

–Tirando aquele francês, foi bom. – Edward respondeu dando um sorriso. Ó Deus, que sorriso. – E você?

–Bem. – Bem mal, para variar. A neve caia firmemente pela rua e sem aquecedor, não é tão fácil lidar com neve. Rico vai no Central Park com seus casacos de pele patinar no gelo sorrindo enquanto seus pais tiram milhares de fotos. Pobre. Ah, com pobre é outra história. O gelo só é bom para jogar dentro do freezer rebelde, que só pega quando quer, e retardar os fungos. Para sair na rua, tropeçou, rolou. De tanto casaco e blusa que a gente joga por cima. Não temos nenhum tecido que realmente esquente, então quando não tem a qualidade, a gente vai pela quantidade. Na hora da virada os ricos veem os lindos fogos de artifício pela janela da varanda. Aqui, ouvi um barulho desse, pro chão que é tiro. –Algum progresso? Começaram aceitar que Jasper é parte da família?

–Ele nunca vai ser parte da família. – Carlisle respondeu em um rosnado.

–Ao que parece, ele será. – Respondi mantendo a calma. Um de nós tinha que manter a cabeça sã. – Irá se casar com sua irmã mais cedo ou mais tarde.

–Não diga uma coisa dessas, doutora. – Edward pediu coçando a cabeça. Doutora, mais uma vez. Ah, me senti importante.

–Mas vocês já tentaram provar que ele é uma má pessoa. E não conseguiram. – Respondi.

–Porque nós fomos inocentes! – Carlisle disse. Inocente?O quê? Tu é louco, camarada.- Nós tentamos provar com pedaços de papéis ou um surra.

–O que precisávamos era pegar o espião francês no flagra. – Edward concluiu.

Arrepia até a espinha esses dois. Se eu trabalhasse em um hospital psiquiátrico, essa seria a hora que eu chamaria meus enfermeiros gigantes para levá-los na camisa de força.

Pegar Jasper no flagra? O que fizeram?

Subornaram um pobre, é claro. É engraçado como rico suborna os outros apenas mostrando a carteira. Aqui é “faz isso e eu não conto para a polícia o que você fez.”, uma chantagem direta, mas de um jeito ou de outro, a gente se entende.

Pagaram para um especialista, aqueles vicados em tecnologia, mas não tem um tustão no bolso, instalar três câmeras na suíte em que Jasper estava. Se ele fizesse algo suspeito, estariam o vigiando.

O que eles viram nas gravações? Ah, essa é minha parte favorita.

Lembra que eu disse que para ser safado não precisa ser pobre? Eu tinha razão. Eu tinha muita razão. Só estava errada em uma parte: não era Jasper que ia no quarto de Alice, e sim a princesinha frágil ia para o quarto do espião francês brincar um pouquinho. E tudo estava sendo gravado.

–Vocês viram…digo… - Hesitei procurando as palavras certas. – Algo suspeito?

–Nós não podíamos assistir aquilo! – Edward disse com nojo.

–Mas vimos o começo, quando ainda estavam vestidos. – Carlisle confessou encolhendo-se. – Eu odeio aquele cara.

–E depois de tudo isso vocês continuaram com as gravações? – Perguntei perplexa.

–É claro. – Carlisle disse como se isso fosse algo muito comum.

–E encontraram algo? – Perguntei com um tom provocativo. Eu sei que não devo fazer isso em meu trabalho, mas já estava na hora deles perceberem o absurdo de seus atos.

–Não. – Os dois responderam abaixando a cabeça vagarosamente.

–Eu posso dizer uma coisa? – Perguntei na defensiva.

–Claro. – Carlisle disse. – É para isso que estamos pagando. – Ok. Isso foi rude. Mas eu supero.

–Vocês sabem que Jasper é uma boa pessoa, ou pelo menos não fez nada terrível na vida. Só não querem admitir que a irmã de vocês cresceu. Que a menininha que precisava da proteção dos irmãos seguiu em frente e agora tem outro homem cuidando dela. – Pausei fitando-os e rezando para que não explodissem – Não me levem a mal, vocês sempre serão importantes na vida dela e isso ninguém pode tirar.

–Mas… - Edward começou.

–Vocês já pararam para pensar que talvez lutam tanto para que Jasper não entre na família porque nunca deram chance a ninguém e agora ter que dar uma chance à ele é extremamente fora de seus costumes? – Minha pergunta os atingiu bruscamente. Eu podia ver em seus rostos- Acho que está na hora de vocês darem chance as pessoas.

O que aconteceu no final? Eles aceitaram Jasper?

Aceitar completamente não, mas aprenderam a suportá-lo aos poucos agora que Alice ficou grávida. Essa garota não brinca não. Eles me visitam frequentemente para reclamar sobre a vida. É, eles reclamam da vida. Rico não sabe o que é vida difícil.

Soube que começaram a namorar, deixando-me feliz. Acho que não sou tão ruim assim. Onde estou agora? Essa é fácil: sentada no beco ao lado do Bêbado Jill tomando vodka mexicana, (isso ainda me assusta), até esquecermos de nossos problemas. Falta de luz, contas para pagar, comida para comprar e a gente sentado aqui, nos embebedando. Meu nome é Isabella Swan, psicóloga pobre que cuida dos problemas de ricos. Sim, eu sei que tinha falado em mater minha identidade em segredo, mas acho que fiz um bom trabalho com aqueles dois. Se fiz com eles, com certeza posso fazer com você. Se um dia vir ao Brooklyn, já sabe onde me encontrar.

Se tiver um problema me chame, mas procure encarar a vida de uma maneira diferente. Às vezes, não é tão ruim.



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Notas finais do capítulo

E aí? Me contem o que acharam *o*