Acordei com um barulho no quarto e muita conversa de mulheres juntas, abri meus olhos aos poucos me acostumando com a claridade, e vejo as meninas todas já arrumadas, a Bia com um maiô estampado com um short jeans por cima, a Carol com um biquíni amarelo, daqueles bem chamativos, e bem cavado na parte de trás com uma saída de praia na mão, ainda tentando amarra-la na cintura, e a Raisse com um biquíni azul marinho com um short. Fui sentando lentamente na cama e me espreguiçado.

            - Bom-dia, flor do dia! – Bia falou chamando minha atenção para ela.

            - A noite ontem foi bem cansativa né, senhorita, para estar dormindo até agora – Raisse falou me olhando com um sorriso malicioso.

            - Bom dia meninas, foi ótimo, dormi bem relaxada por sinal – falei rindo - e a proposito que biquíni é esse Carol? Quer matar alguém do coração?

            - Quero ver se o Matheus vai olhar para mim agora, e se não olhar, outros vão, e como eu disse agora vou é partir pra outra, ele fico só me cozinhando, naquela conversinha, fala que não quer nada sério, mas vive brigando comigo se eu converso com algum menino, e hoje que ele sofre um infarto – Carol falou caindo na risada.

            - Não sei se o Matheus vai sofrer um infarto, mas seu irmão com certeza vai, e eu não quero ser viúva antes de casar não, ok? – Bia falando acabando de prender seu cabelo em um rabo de cavalo.

             - O assunto está bom, mas eu vou tomar um banho e ir tomar café e me arrumar, depois encontro com vocês na piscina.  – Falei levantando da cama e indo pegar minhas coisas para entrar para o banheiro.

            Em baixo da agua, eu me sentia em paz, me sentia como se nada fosse capaz de me atingir, lembrei da situação em que os meninos me viu e corei rapidamente, mas conhecendo eles como conheço, vou entrar na brincadeira, porque se eu apelar a zoação não tem fim.

            Depois de um bom banho, fui me trocar, coloquei meu biquíni preto com uma saída de praia de vestido na cor branca, amarrei meus cabelos em um coque, passei protetor no meu rosto e corpo, coloquei meus óculos e fui para a cozinha. Chegando lá o café já estava sendo retirado, mas a cozinheira me deixou servir primeiro.

            - Oi Manu, bom dia – escutei uma voz atrás de mim, me virei olhando para ver quem era.

            - Oi Felipe, bom dia, pelo visto perdeu a hora do café também – falei tomando uma xicara de café.

            - Pois é, acabei dormindo mais que a cama, agora é ver se consigo alguma coisa para comer – falou dando um meio sorriso.

            - Vai na cozinha, lá eles te arrumando algo.

            Ele saiu e foi na cozinha, não é porque ele é primo da Gabriela que eu vou trata-lo mal, porque até então todas as vezes que conversei com ele, ele foi muito educado, e não vamos julgar os outros sem antes conhecer. Antes que ele voltasse da cozinha, eu já tinha terminado meu café e já ia saindo.

            - Já terminou? – Ouvi uma voz atrás de mim, me virei e vi ele carregando uma xicara e um prato com algumas comidas.

            - Já sim, o pessoal está na piscina, depois que terminar encontre com a gente lá – ele sorriu e sentou na mesa e eu sai de costas indo para área da piscina.

            Chegando na varanda, vi as meninas dentro da piscina em um canto conversando, e os meninos do outro lado, e pela cara do Matheus acho que ele não gostou muito das vestes da Carol. Cheguei perto dos meninos.

            - para de graça Matheus, não venha querer estressar com a menina por causa disso, porque você sabe que tinha tudo para estarem juntos, mas por galinhagem você não quis – fiquei abraçada com o Bernardo e ouvindo o Leo.

            - Olá para vocês – cumprimentei os meninos e dei um selinho no Bernardo.

            - Bom dia amor, dormiu mais que a cama? – Respondi com um balanço de cabeço e sorrindo.

            - Mas ela faz isso para me implicar, ela sabe onde tocar na ferida – Matheus falou se justificando.

            - Você não achou que ela ia ficar te esperando para o resto da vida ou achou? – Falei entrando no meio da conversa – olha para ela, olha a menina espetacular que você está perdendo por causa de criancice, uma hora cansa de ficar esperando, e não falo isso só para o Matheus não, ouviu Leonardo.

            - de boa mesmo, quero saber desses papos da minha irmã não, e acho bom ela estar seguindo a diante, porque ela já correu muito atrás de você, e eu sei que ela gosta de você, mas você não quer saber de compromisso, e eu joguei a real com ela, por mais que você é meu amigo, ela é minha irmã -  o Kauan falou em um tom de voz normal, mas para o Mathues serviu como um tapa na cara.

            - Amor, vou ali entrar na piscina com as meninas – me virei para o Bernardo dando um beijo nele.

            Voltei para a varanda onde estava as coisas das meninas, retirei minha saída de praia e meu chinelo, e pude olhar o jeito como o Bernardo me olhava de longe, como se me desejasse ali naquele instante, sustentei o olhar dele, andei rebolando para poder provocar, e ele balançou a cabeça e colocou as mãos no cabelo rindo, ri de volta e entrei na piscina.

            - Aconteceu alguma coisa com o Matheus e você Carol? – Falei assim que me juntei as meninas – porque ele estava inconformado lá agora com os meninos, e todos dando uma lição nele, o que o Kauan falou serviu como um tapa na cara dele.

            - assim que eu cheguei aqui e  fui entrar na piscina, ele olhou pra mim, e veio com gracinha, perguntando se eu não tinha outro biquíni pra usar, eu disse que poderia usar qualquer coisa, e ele falou que estava todos olhando, mas é paranoia da cabeça dele, olha lá, tem mais umas 5 pessoas só na piscina – falou virando a cabeça para o lado oposto onde a gente estava, eu olhei pra onde ela estava olhando e vi 3 rapazes e 2 moças, do terceiro ano do outro lado –todos falaram com ele, que não tinha motivos pra isso, e você acredita que ele falou que eu não namoro, porque se eu namorasse pelo menos todos saberiam que eu tinha alguém, e como não namoro, todos poderiam me “atacar”  -ela falou a última palavra fazendo aspas com as mãos – eu não fiquei calada, falei pra ele que quem sabe eu não voltaria namorando com alguém, já que ele não tem atitude, e sai rebolando pra piscina e as meninas atrás e quer saber Manu, pra mim já deu, nem se ele vier pintado de ouro eu quero alguma coisa, vocês sabem, já sofri muito por ele, mas ele não deu valor.

            - Você está certa – concordei com ela e ficamos lá conversando, pelo o que a Carol falou ela estava bem decidida em não procurar o Matheus e nem dar atenção para as coisas que ele falar com ela, ela realmente está bem chateada com ele, e nós que somos amigas, sabemos o quanto ela é apaixonada por ele.

            Depois de um tempo, os meninos se reuniram com a gente, e juntamos mais o restante da galera que estava na área da piscina, o Felipe chegou também e conversou com todos, muito educado, o Bernardo não engolia ele, mas não destratou hora nenhuma e conversava normalmente, não vi a Gabriela em lugar algum para minha sorte, depois de algum tempo, sentamos nas varandas e ficamos por lá mesmo, até a tarde, o hotel disponibilizou para nós umas carnes e ficamos fazendo um churrasco lá até a noite. Estava bem divertido, enturmamos com os outros alunos e deu tudo certo, o Gustavo, um rapaz que é do terceiro ano, ficou conversando com a Carol e eles ficaram conversando por bastante tempo e o Matheus ficava encarando.

            - Raisse, você poderia vim comigo aqui um instante? – O Leo chamou ela e eles foram caminhar um pouco.

            Eu estava abraçada com o Bernardo num pufe, e ele e beijou, um beijo de tirar o folego.

            - Amor, vamos dar uma volta também? -  ele sussurrou em meus ouvidos, fazendo com que eu me arrepiasse toda, e antes de responde-lo, levantei e ajudei ele a levantar.

            - Lá vai né – a Carol gritou rindo, e eu só mostrei a língua para ela.

            Saímos de mãos dadas, já estava escuro, e fomos andando conhecendo a propriedade, conversando assuntos banais, e tudo mais, até que ele me surpreende me colocando contra uma arvore e me beijando loucamente me deixando sem folego.

            - Vamos para o quarto – minha voz saiu rouca

            - Não amor, vamos aqui – ele falou beijando meu pescoço, eu olhei para os lados e estava tudo escuro e deserto, e pensei, porque não fazer uma loucura de vez enquanto. Fui me entregando aos beijos que ele me dava no meu pescoço e gemendo baixinho em seu ouvido, ele passou a mão por dentro da minha saída de praia e ficava apertando, enquanto nos beijávamos, ele chegou o meu biquíni para o lado e começou a massagear minhas partes intimas, e naquele momento eu já não pensava direito, só queria sentir o toque de suas mãos em mim , e sua boca gostosa na minha, ele foi abaixando o rosto até meus seios e brincando com a ponta da língua neles, eu levantei uma perna e coloquei em volta de sua cintura fazendo com que o toque dele fosse mais intenso, me levando ao máximo do prazer, ele já sentia que eu estava pronta para recebe-lo, ele abaixou um pouco a bermuda sem parar de acariciar os meus seios, me levando ao êxtase do prazer, e sem falar nada me penetrou fazendo com que saísse um gemido alto e bom som de minha boca, depois de algum tempo naquela posição, terminamos e nos recompusemos, e sentamos encostados na arvores, ele com as costas na arvore e eu encostada em seu peito, e lá ele ficou fazendo carinhos em meus cabelos. Não sei se era possível eu amar mais ele do que já amava, me sentia como se ali nos braços dele fosse meu lugar, o meu lugar no mundo, ficamos olhando as estrelas.

            - Amor, estou aqui pensando, na nossa primeira vez, o tanto que você era vergonhosa, e ver você se entregar dessa maneira para mim, você não faz ideia do quanto fico satisfeito – falou me tirando dos meus pensamentos.

            - E você não sabe o tanto que eu gosto de você, as vezes me pergunto se realmente é possível um amor desse tanto que sinto – falei me virando e dando um selinho nele.

            - Você sabe que me mudou completamente, eu te amo como jamais achei que seria possível – ele falou levantando e me ajudando a levantar – vamos voltar para o hotel, esta tarde.

            Voltamos e nos despedimos na porta dos nossos quartos, em meu rosto eu podia sentir o tamanho da minha felicidade, entrei no quarto e pulou um ser em meus braços me abraçando eufórica.

            - Manu você é demais, é a melhor pessoa – falou me puxando para cima.

            - Calma Raisse, o que houve? – falei sorrindo e sentando na cama

            - O Leo me chamou para dar umas voltas, e ele disse que o que você falou para o Matheus e como foi uma indireta para ele, ele falou que caiu em si, que sabia que realmente gostava de mim, mas por criancice ficávamos brigando e nunca assumimos nada, nos beijamos e ele me pediu em namoro, e disse que tentaria ser menos infantil, e eu estou nas nuvens – falou deitando na cama.

            Ficamos conversando sobre os dois até que a Carol entra no quarto, com um rosto meio que com indignação.

            - O que houve Carol? -  a Bia foi ajudar ela a se sentar.

            - Quando uma pessoa nasce para ser trouxa, ela morre trouxa, que ódio que estou de mim mesma – ela falava com uma raiva da voz dela que até me assustou.

            - Calma Carol, e conta o que aconteceu depois que saímos – Raissa falou levantando e sentando ao seu lado.

            - eu estava o dia todo conversando com o Gustavo, que por sinal é uma gracinha e muito gente boa, e estava adorando conversar com ele, e quando ele foi ao banheiro o Matheus veio e me abraçou e me beijou, como se eu fosse alguma propriedade dele, sem falar nada, mas eu burra como sou, retribui, eu deveria ter o empurrado e negado aquele beijo, mas não, tive que retribui, porque não mandamos em nosso coração? Porque?  - ela falava e escorreu uma lagrima do olho dela, a Bia limpou e a Raissa pegou um copo de agua para ela – só que ele fez isso só para o Gustavo ver e parar de conversar comigo, e realmente eu estava gostando dos assuntos que ele puxava, depois do beijo o Matheus simplesmente saiu, não falou nada, e o Gustavo viu, e falou que eu poderia ter avisado que já estava comprometida e tal, mas eu expliquei a situação para ele, e ele ficou meio sem jeito, mas sei que ele nem vai voltar a se quer conversar comigo, mas isso é o de menos, porque eu tive que corresponder aquele beijo, porque eu simplesmente não o empurrei e o mandei sair?

            Ela falou e caiu em choro, não podíamos fazer nada, depois de gostar da pessoa não tem muito o que fazer.

            - E o Matheus pra onde ele foi? – Raissa perguntou.

            - Não sei, e nem procurei por ele, porque se eu o ver vou querer dar um tapa bem dado na cara dele, e falar para ele nunca mais fazer isso.

            E de repente ouvimos uma batida na porta, e eu fui para abrir, e era o Matheus com a cara mais lavada do mundo.     

            - como você ousa vir aqui? – Falei fechando a porta atrás de mim antes das outras verem ele.

            - Eu preciso falar com a Carol

            - Como tem coragem Matheus? Você ficou louco? Você sabe o que você fez? Mesmo depois do que os meninos falaram para você, ainda tem coragem de beijar ela e sair sem falar nada? Você sabe que vai perder a amizade com o Kauan se continuar a agir assim né?

            - Eu sei, foi por isso que eu a beijei e sai sem falar nada, fui pensar, e agora estou aqui pronto para falar, pode chamar ela por favor?

            - Não, não posso, se quiser falar com ela, é perto da gente.

            - Que seja então – ele assentiu e eu fui abrindo a porta do quarto, e quando a Carol olhou para ele, antes que ela pudesse falar algo ele já foi entrando e despejando várias palavras em cima dela.

            - Deixa eu falar por favor, fiquei o dia todo me matando por dentro, por não saber o que fazer ou como agir, por mais que os meninos me mostraram que eu estava sento um burro em fazer o que estava eu não conseguia enxergar o quão idiota estava sendo, com a mulher que toma conta dos meus pensamentos em todas as horas do meu dia, me perdoa por tudo, de coração, eu te amo, e agora sei que quero você ao meu lado. – Ele falou com os olhos marejados de lagrima, e ela não tinha reação, por um tempo ficamos todas paralisadas esperando alguma atitude dela e de repente ela pula no braços deles, dando vários tapas e gritando.

            - idiota, retardando, estupido, idiota – e cada palavra que ela falava ela dava um tapa nele, até ele conseguir prender as mãos delas e o puxar para um beijo onde ela correspondeu como se não tivesse ninguém ali, eu e as meninas saímos de fininho e deixamos os dois a sós, e batemos na porta do quarto a frente  entrando e contando para os meninos o que estava acontecendo, o Kauan como irmão mais velho quase morreu de ciúme e queria ir lá de todo jeito, a Bia teve que se desdobrar para conseguir acalma-lo e mesmo assim foi muito difícil. Enquanto eles se resolviam ficamos de casal assistindo algum filme qualquer na televisão.