Dear Diary escrita por 483amanda


Capítulo 1
01 - Um novo começo


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, essa é minha primeira fic, espero que gostem. Talvez eu poste o segundo capitulo ainda hoje.
Aproveitem.



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“Querido diário,

Eu sinceramente não sei mais o que eu faço. Mesmo depois de seis meses ainda sinto como se meu coração tivesse sido quebrado em mil pedaços e depois jogado fora. Só o que eu quero agora é morrer ou desaparecer. Tenho sorte por ter a Chris e a Karol ao meu lado.

Há meses decidi mudar, e até então tem dado certo. A verdade é que eu não consigo mais ser a mesma. Eu estou indo embora e pretendo nunca mais voltar. Nunca mais quero voltar aqui, nunca mias quero ver essas pessoas. Só sinto muito por deixar minha madrinha e meus poucos amigos que restaram e que eu finalmente descobri que são os verdadeiros. Espero que eles me perdoem e entendam que foi preciso.

Nunca mais vou amar ninguém; dói menos ser fria do que ser magoada. Há seis meses venho fazendo isso e até agora tem dado certo. A partir de hoje começo uma nova vida.

Amanda”

Fechei meu diário e olhei pela janela do avião. Agora não tinha mais volta, eu estava deixando o Brasil e pretendia não voltar mais. Meu destino? Londres. Eu passaria um tempo em Londres e depois iria encontrar a Chris e a Karol, que estavam estudando. Comecei a lembrar delas e automaticamente sorri.

Nós nos conhecemos pela internet e nos demos bem de cara, só que morávamos muito longe uma da outra e não podíamos nos encontrar, mas sempre sonhávamos com esse dia. Quando finalmente nos encontramos nunca mais nos separamos. Eu tinha muita sorte de tê-las comigo, elas são o mais próximo de uma família que tenho.

Peguei todo o dinheiro que meus pais tinham na poupança e todo o que eu tinha guardado para poder viajar. Eles não se importariam de saber que eu vim pra cá, só ficariam furiosos quando descobrissem que eu peguei o dinheiro deles sem permissão.

“Como se eles fossem se importar comigo” pensei, amarga.

Comecei a pensar no passado e em tudo que tinha acontecido e quase chorei de novo.

–Ah, como eu queria que minhas amigas estivessem aqui – murmurei, chorosa.


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Depois de mais algumas horas finalmente cheguei a Londres. Sempre tive o sonho de visitar essa cidade e ainda não parecia real que eu estava aqui. Era um bom lugar para um novo começo.


Afastei esse pensamento e fui buscar minhas malas. Quando peguei a ultima, sem querer acabei deixando-a cair em cima dos pés de um cara que estava ao meu lado. Ele deu um pulo e xingou baixinho. Olhei pra ele, envergonhada.


–Desculpe... Você se machucou? – ele era lindo.


–Está tudo bem, eu não me machuquei – ele sorriu. Ele tinha um sorriso lindo. – meu nome é Ian, e o seu?


–Amanda, prazer em te conhecer, Ian.


–O prazer é todo meu – ele me olhou de cima a baixo e pareceu gostar do que viu, pela cara que fez.


Corei e olhei para ele.


Ele tinha os olhos mais claros que eu já vi, e seus olhos contrastavam de um jeito perfeito com seu cabelo escuro. Sua boca estava curvada em um meio sorriso que faria qualquer garota suspirar. Ele usava uma roupa escura, uma jaqueta de couro preta e um chapéu branco. Enquanto eu o olhava, ele sustentava meu olhar, até que desviei o olhar e sorri.


–Quer ajuda com essas malas? – assenti sorrindo e ele acrescentou – você trouxe bastante coisa, está se mudando pra cá?


–Na verdade pretendo passar um tempo aqui, e se eu gostar talvez eu fique. Você mora aqui?


–Moro aqui sim, e espero que você goste, adoraria que você morasse aqui.


Ai, meu deus. Esse cara lindo estava dando em cima de mim e eu estava aceitando, na maior cara de pau. E eu tinha acabado de chegar na cidade. Entramos no carro e fomos para meu hotel, e fomos conversando no caminho; Ian é modelo e ator, o que já era de se esperar com um rosto daqueles. Falei pra ele que tinha o sonho de ser estilista e que já desenhei pra algumas marcas, mas que eu queria mesmo era ter minha própria marca de roupas. Ele sorriu e disse que adoraria trabalhar comigo. Concordei e disse que o prazer seria todo meu.


Chegamos no hotel e ele me ajudou mais uma vez com as malas, levando-as até meu quarto.


-Obrigada de novo pela ajuda - falei.

-Não agradeça ainda - respondeu - vou cobrar uma saída como pagamento - ele sorriu e devolvi-lhe o sorriso, sem esperanças de que isso aconteceria de fato. Ele me deu um beijo na bochecha e foi embora. Ele era um cara legal e é claro que ele era muito lindo, mas apesar de ter gostado muito mesmo do Ian, eu não queria me envolver. Ainda não estava preparada pra isso.


Entrei no quarto, arrumei minhas coisas e agradeci ao meu tio por me emprestar a suíte dele. Ele era o dono do hotel, por isso fiquei no melhor hotel da cidade. Ele disse que eu poderia ficar ali pelo tempo que precisasse.


Tomei um banho e fiquei na sacada até ter sono suficiente para  ir para a cama. Dei uma ultima olhada, maravilhada com a vista da cidade e depois fui para a cama.


Eu precisava mesmo dessas horas de sono.


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Alguns dias depois eu já estava me familiarizando com a cidade e eu gostava mesmo daqui. Eu me divertia muito na cidade, e a prsença do Ian e fo tado de que ele me mostrava os pontos turísticos da cidade e estávamos começando a ter uma amizade ajudava muito. Apesar de ainda ter minhas suspeitas, eu começava a confiar nele.


Naquele dia voltei de um passeio na cidade, jantei e logo fui dormir. Ian havia me levado para fazer umas compras e depois fomos no big ben. Andamos muito e nos divertimos mais ainda, mas eu estava cansada no fim do dia. 


De madrugada, acordei com um barulho irritante vindo do quarto ao lado. Olhei para o relógio, levei um susto e quase gritei de frustração.


Eram 03:45 da manhã e tinha gente tocando guitarra justo no quarto ao lado do meu.


-É pegadinha, só pode - murmurei, tapando os ouvidos e tentando voltar a dormir.


Quem disse que deu certo?


O barulho só aumentou, como se para me irritar. Isso era possível mesmo? Alem da minha suíte, nesse andar só tinha a que ficava ao lado da minha, e eu ainda tinha a sorte de ter vizinhos barulhentos. Me irritei, sentei na cama e comecei a olhar para o quarto.


O quarto era grande, talvez o maior do hotel, com uma mobília de boa qualidade todo em tons pasteis como bege e dourado. A sala e os outros dois quartos seguiam o mesmo estilo, assim como a cozinha e os banheiros, que eram enormes. Nunca entendi qual a necessidade de um quarto de hotel tão grande a não ser que se fosse morar nele, mas tudo bem. Eu não poderia pagar por esse quarto por muito tempo se meu tio não fosse dono do lugar.


Sorri. Toda a minha família sempre teve dinheiro e sempre seguiu a mesma carreira; fui considerada a má influencia da família por decidir me dedicar a musica e à moda. 


Os barulhos aumentaram de novo, me arrancando dos meus devaneios. Não aguentei, me levantei e fui falar com quem quer que fosse que não estava me deixando dormir. 


Fui até o banheiro, calcei os sapatos, dei um jeito no meu cabelo e fui. Bati na porta, mas ninguém atendeu. Eu já estava quase derrubando aquela porta quando um cara veio atender.


–Meu deus, o que foi? Vai tirar o pai da forca, minha filha?


–Como é? – gritei, com raiva. Ele se virou,finalmente me olhou e pareceu estar congelado no lugar.


E não sei se gostei do fato de ele ter me olhado.


Ele me olhou de cima a baixo, passou a língua no piercing que ele tinha no lábio inferior e me falou com uma cara de safado:


–Boa noite, meu nome é Tom, o que posso fazer por você?


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Notas finais do capítulo

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