Noites De Tormentas. escrita por Ana GSR


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Não se espantem com o capitulo tão extenso,é so que achei desnecessario dividi-lo em dois, já que é uma estória tão curta.



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Ele acordou de impulso, seus olhos percorreram o quarto. Seu coração batia tão rapidamente e ele começou a suar frio. Por mais que ele tentasse não consegui se mexer. Respirar levemente era tudo o que ele conseguia fazer enquanto seu lado racional brigava com seu sub consciente. Após poucos ele foi tentando puxar o ar que pareciam ter abandonado seus pulmões, levando a mão ao coração ele apertou seu peito desejando que ele batesse mais devagar. Ele livrou-se das cobertas e levantou-se, seu quarto estava em um clima aconchegante, mais algo o estava deixando desconfortável, na verdade ele sabia o que era, já estava se acostumando com essas noites mal dormidas que estavam fazendo parte da vida dele nos últimos meses, nas primeiras vezes a muitos meses atrás essa sensação de pânico que o despertavam bruscamente o atingia vez ou outra, mais de umas poucas semanas para cá, ele vinha acordando assim praticamente todas as noites. Na verdade ele sabia a causa de tudo isso, só tinha medo de pensar e falar sobre isso. Nesse momento ele queria muito ir até a sacada e receber o ar frio da madrugada, ele queria, precisava sentir-se completamente desperto e acreditar mais do que tudo que tudo tinha sido só mais um sonho. Apesar de ter sido tão vívido quanto os demais, graças a Deus não era real.

Ele encaminhou-se até a janela, onde ficou parado contemplando as luzes lá fora , contemplou a cidade que ainda dormia, Então sem conseguir conter seus pensamentos ele se perguntava quantas pessoas já não passaram pelo mesmo que ele e será que ele conseguiria superar isso? Ele nunca sentira tanto medo em sua vida, nunca se sentira tão incapaz, tão sem rumo como naquela noite... Deus, ele queria livrar-se dessas imagens que o vinham perseguindo noite a pós noite.

Ele a ouviu levantar-se da cama. Quando sentiu os braços dela ao redor de sua cintura, o corpo dela pressionando o seu, Grissom finalmente conseguiu expirar era como se desde que levantar estivesse segurando a respiração, mais foi só senti-la, sentir sua presença para que ele pudesse começar a ter o controle sobre si novamente. Os sentimentos ainda estavam ali a difícil livrar-se deles, eles apavoravam sua mente e seu coração. Mais ali naquele momento ele não se sentia mais sozinho, sentir o calor dela era o que ele precisava para sentir-se vivo novamente, era incrível como ela tinha o poder de pressentir quando ele estava precisando dela. Os lábios de Sara começaram pela sua nuca e desceram até suas costas. Grissom colocou suas mãos sobre as dela entrelaçando seus dedos.

-Desculpe-me querida, eu não queria acordar você.

-Eu consigo sentir quando estou sozinha. Eu preferiria não sentir isso, mesmo com a inconsciência do sono eu consigo perceber quando você não esta mais ao meu lado...

-Eu estou aqui – Os dedos de Grissom apertaram os dela.

-Não totalmente, seu corpo esta aqui Gil, mais a sua mente.. Querido, eu estou preocupada com você.

-Não fique querida, esta tudo bem.

-Você não pode me dizer isso Gil – Os lábios dela tocaram os ombros dele. – Você está tendo pesadelos e isso já dura algum dia Gil. Pensei que você tivesse se livrado deles, sei que praticamente todas as noites você tem acordado no meio da noite e fica horas em pé nessa janela. Esperei que você me falasse alguma coisa sobre isso... Por que não conversamos sobre esses pesadelos? Sempre que tento você se esquiva e diz que está tudo bem.

-Querida eu... Eu só não quero preocupá-la ou fazê-la recordar tudo o que você passou.

-Gil por favor compartilhe comigo, divida esse peso, guardar tudo só para si acabara por fazer mal a você. Querido, sei que o que aconteceu comigo quase nos devastou, mais agora está tudo bem, já fazem tantos meses Gil, Por que eles voltaram? Fale-me sobre esses sonhos. – Grissom ficou tanto tempo em silêncio que Sara pensou que ele não iria falar nada mais finalmente ele começou.

-Em... Em meus sonhos, você é assassinada, seu corpo está todo ensangüentado e sem vide em meus braços, eu chamo por você, grito seu nome, te sacudo para que você reaja e volte para mim, mais você não demonstra nem uma reação, e eu continuo e pedir desesperadamente que você volte para mim, para que você não me deixe. Então de repente você é arrancada bruscamente dos meus braços... Ele a tirou de mim, eles a levaram para longe de mim. Oh Deus Sara! Eu perdi você, perdi minha razão de viver. É tão real...

-Griss, vire-se, olhe para mim, eu estou aqui.

Grissom vira-se e a abraça forte. Ela o sentia tremer e a única coisa que ela conseguia pensar, era que, pela reação dele o quão esse sonho fora real para ele, o quanto ele estava desgastado.

-Eu não consigo livrar-me dessas imagens querida, eu... Eu quase perdi você. Grissom sussurra e sua voz falha. —Ele vai te machucar novamente eu não consigo impedir.

-Griss, ele não vai... Ele não pode, ele esta morto, ambos sabemos disso querido. Ele não pode e não vai mais me machucar. Eu estou aqui. —sara pega uma das mãos de Grissom e a leva até seu coração. —Veja, sinta, você pode sentir Grissom? Pode sentir como meu coração está batendo? Querido foi só um sonho.

Ele segurou as lágrimas enquanto eles se abraçavam. O toque dela sempre tinha o poder de fazê-lo lembrar que ele poderia passar por qualquer coisa. Sempre que ele se sentia sem rumo, vulnerável como agora, ela sempre o trazia de volta. Sempre lhe mostrava o caminho. Ela fora e é tão forte, fora ela quem passou por tudo isso, mais conseguira superar, enquanto ele,... Bem, ele concerteza ainda se deixava amedrontar por isso.

Lembrar daquela noite que quase tinha terminado na maior tragédia da sua vida, deixava-o tão apavorado. O som do tiro sendo disparado, seguido do grito de Sara, ele chegando até ela e a vendo desacordada, ele gritando o nome dela, pedindo para que ela não o deixasse. Deus, aquela noite fora a pior da sua vida. Mais graças aos seus ela estava bem o tido havia pegado de raspão. Sua Sara estava bem, o infeliz que tentara destruir suas vidas agora estava morto, não suportou a pressão na prisão e cometera suicídio. Mais ele continuava vivo em seus sonhos levando embora a pessoa que ele mais ama nesta vida. E esse sonho se repetia noite a pois noite, o atormentando. Ele pensava que ele já havia se livrado deles, mais agora voltaram com mais força, talvez a única explicação seja o que Sara e ele construíram juntos, seu medo de perder isso talvez seja o que desencadeou essas noites de tormentas onde ele não conseguia dormir em paz por muito tempo.

-Eu amo você Gil. Você tem que ser mais forte do que esses sonhos. Você é mais forte do que esses malditos sonhos, não permita que eles o atormentem assim meu querido. Eu estou aqui, nossa família esta aqui.

-Eu também te amo minha querida. Eu não sei o que faria sem você... Você é minha vida, meu porto seguro, minha razão para continuar respirado, você e Olívia são minha vida, e quando penso que quase perdi as duas. Oh Deus, dói só de pensar.

Às vezes por muitas vezes eu fico a ponto de me descontrolar, de perder meu equilíbrio mais você esta sempre aqui para mim. Eu não quero perder isso por nada enquanto eu viver.
-Eu sempre estarei aqui para você meu querido. —Sara acariciou o rosto dele com ternura. – Volte para a cama, você precisa descansar.

-Eu... Querida, eu não quero sonhar novamente, eu estou tão cansado deles.

-Eu sei querido. Você não acha que precisa conversar com um profi...

-Eu só preciso de você.

Sara o levou para de volta para a cama. Grissom sentou-se e a segurou pela cintura, enquanto ela estava de é na frente dele. Quando ela passou a mão nos cabelos dele, ele sentiu a paz tomar conta dele. Era tudo o que ele procurava em seus braços, o toque dela, o calor de suas delicadas mãos, o amor dela, o seu sorriso que era capaz de iluminar o seu dia. Se ele tivesse passando por um momento difícil, bastaria um sorriso de sua Sara, para fazê-lo saber que tudo ficaria bem. Ele tinha tanto medo de perdê-la. Perdê-la era o mesmo que a si próprio. Grissom enterrou o rosto na camisola dela, sua Sara era tão cheirosa, tão inebriante, ele depositou um beijo entre os seios dela por sobre a camisola de cetim.

-Venha para a cama você também Sra Grissom. –Ele deitou-se, levando-a com ele. A boca dele a tomou em um beijo quente e possessivo. Grissom adorava beijá-la, tomar a doçura que a boca dela poderia lhe proporcionar, ele a virou no colchão, ficando por cima dela , e os beijos foram tomando maiores proporções, ele a acariciava por cima da camisola e quando ele começou a insinuar-se com a mão por baixo da roupa de Sara, ela afastou-se um pouco dele, quebrando o contato entre seus lábios , e tomou o rosto dele entre suas mãos.

-Griss... Você sabe que eu não gosto muito de ser usada como instrumento que você usa para esquecer...

-Querida, você nunca é isso. A cada momento, de cada dia eu quero está perto você. – Grissom depositou um beijo na ponta do nariz dela. —Quando estou com você, eu me lembro de todas as coisas boas que a vida pode nos proporcionar.

-Quando estou com você eu me sinto vivo e realizado, jamais pense que quero usá-la como objeto para fazer esquecer-me de meus problemas.Quando faço amor com você é porque te amo e preciso de você.

-Oh querido, abrace-me. – Sara o beijou –Abrace-me e me deixe te levar para sonhos melhores...

Grissom a abraçou, pois ele queria mais do que nunca está nos braços de sua amada esposa.

-Eu te amo — Grissom sussurrou em seu ouvido.

-Eu te amo meu querido, e estou feliz por você finalmente ter dividido comigo, esses seus sonhos que tanto o atormentam, já foi um passo para que você possa livrar-se deles. Eu...

Eles ouviram um choro pelo monitor, Grissom levantou-se. Sua mulher disse que ela iria, mais ele pediu para que ela permanecesse deitada e ele iria ver o que seu bebê queria, mais antes de sair ele olhou para ela com um sorriso maroto.

-Só não durma Sra Grissom.

No momento ele queria ir ver sua princesinha, ele andava tão ocupado no laboratório ultimamente que não estava passando o tempo que ele queria com sua filha. Pensar que ele quase a perdera, Sara já estava grávida quando tudo aconteceu. Ele não se importava em sair da cama para passar um tempo com sua filha.

Lá chegando, viu que Olivia estava agitada, resmungando algo em sua língua de bebê e agitava os braços e as pernas, parecia está bem irritada. Grissom a pegou de seu berço e começou a niná-la, passando a mão delicadamente em sua pequena costa. Alguns minutos depois ela parecia ficar mais tranqüila. Grissom verificou sua fralda mais estava seca, tudo parecia esta em ordem com sua pequena.

- O que foi minha princesinha? Qual o problema coma garotinha do papai? – Grissom sussurrava e continuou a ninar Olivia em seus braços.

-Você não acha que esta cedo demais para você acordar? O que meu amorzinho quer? Quer passar um tempinho com o papai?

Grissom sentou-se na cadeira de balanço que havia ali perto da janela, ajeitou-a melhor em seus braços e começou a balançar gentilmente, ele começou a cantarolar algo que não se podia dizer exatamente que era uma canção, mais surtiu efeito e Olivia dormia pacificamente nos braços de seu pai. Ele se pôs a velar o sono de sua filha. Ela era perfeita, tinha seus olhos, mais a cor dos cabelos e e da pele eram todos de sua mãe. Ela era tão inocente e dependente do amor e proteção de seus pais. E eles a amavam com todo o coração. Ela era a personificação dos seus fortes sentimentos por Sara. Mais um pouco e tudo isso seria arrancado dele, por muito pouco ele não perdera sua esposa e a chance se ser pai. Ele pegou sua mãozinha e acariciou delicadamente, levando-a ate seus lábios e dando um pequeno beijo.

-Vou contar um segredo, mais você terá que prometer para o papai que isso ficará somente entre você e eu, a mamãe não pode saber. Você está levemente ganhando dela e tornando-se a minha garota favorita.

-Eu ouvi isso. – Sara, sorriu e entrou no quarto, aproximou-se deu um beijo em cada um e pegou Olivia dos braços de Grissom. Olivia abriu os olhos rapidamente mais voltara a dormir novamente.

-Para sua sorte Sr. Grissom, eu estou loucamente apaixonada por ela também. Bem querida, é hora de voltar para sua cama e deixar o papai e a mamãe descansarem um pouco. —Sara a depositou no berço e ofereceu a mão a Grissom.

-Vamos você conhece as regras querido.

Grissom concordou com um suspiro meio resignado. Ele recordou de todos os livros que ele lera quando Sara estava grávida e todos tinham a mesma informação, que não se deve embalar um bebê para dormir ou segurá-lo muito tempo depois de ter pegado no sono. Mais ele e Sara sempre quebravam essas regras e sempre provocavam um ao outro dando “broncas” por causa disso. Grissom e Sara estavam de pé, sorrindo, olhando para Olivia adormecida em seu berço. Sara estendeu a mão e acariciou a barriga de sua filha.

-Gil precisamos ir ela sabe que estamos aqui.

Eles voltaram para o quarto deles. Já na cama, deitado nos braços de Sara Grissom sabia que ele iria conseguir dormir bem pelo restante da noite. Ela era seu conforto, sua vida, aquele marginal não conseguira destruir sua família. Agora que ele dividira sua angustia com ela o primeiro passo já havia sido dado para livrar-se desses sonhos que o atormentavam. Ele ainda precisava descobrir qual a causa desses sonhos terem voltado a atormentá-lo. Talvez a fonte deles seja, pela volta de Sara ao laboratório depois de seis meses de licença maternidade. Ele sabia que esses sonhos ainda continuariam por um tempo, que o medo que ele sentia de perdê-la o deixava apreensivo e cheio de medo, principalmente depois da provação que ambos passaram. Mais sua Sara sempre estaria lá para ele. Sempre pronta a arrancá-lo dos seus mais escuros e tenebrosos sonhos, era sempre em seus braços que ele se sentia seguro para dormir tranquilamente.

#FIM#


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso...
ESpero realmente que tenham gostado, essa fic foi feita com muito carinho,ela realmente estava pedindo para ser excrita...coitada não aguentava mais ficar na minha cabeça, kkkk
Provavelmente algumas de vcs ja até a leram na comu onde geralmente posto minhas fic's.
Ficarei muito feliz em saber a opinião de cada um de vcs sobre minha escrita.
Beijos e até a próxima(que não tardará)rsrs



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