E o jogo começa. escrita por JessyErin


Capítulo 7
Um passo em falso.




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Eu poderia gritar, mas ela me mataria antes e com certeza mataria qualquer pessoa que tentasse me ajudar, eu poderia correr, mas ela me alcançaria. Eu poderia pedir por piedade, mas era algo que o Ari não tinha, e eu tinha certeza que era a mando do Ari que ela estava ali, na minha frente, me encarando.

– Meu nome é Ziva, e você tem que vir comigo. Eu não estou aqui pra te matar, isso é o Ari que quer fazer, mas se você colaborar podemos tentar evitar isso. É só vir comigo.

– Você não vai me matar? – eu disse, tentando ganhar tempo.

– Não.

– Porque será que não confio em você?

– Escuta, eu sou a sua melhor amiga a partir deste momento, certo? Eu escolhi esta missão, para te manter viva, outro agente simplesmente seguiria ordens cegamente!

Neste exato momento, ouvimos uma mulher bater na porta e murmurar impacientemente:

– Vai ficar a vida inteira aí? Abre isso!

E no momento seguinte, mais duas mulheres se juntaram a ela, e então a garota se virou para mim.

– Eu realmente não quero machucar seu amigo, então, você escolhe.

Machucar um amigo. Era isso o que eu estava tentando evitar, certo? Evitar que alguém que eu amo, saísse ferido dessa briga, que definitivamente era só minha. Seria mais fácil morrer e deixar que eles todos vivessem em paz, inclusive minha família e minha mãe. Talvez morrer significasse protege-los. E eu faria se fosse preciso. Olhei para ela e assenti. Saímos pelas portas dos fundos. Assim que entrei no carro, vi que não tinha mais ninguém me protegendo, e me senti um pouco melhor. Estar sozinha significava que os outros estavam fora de perigo, mas meu instinto me dizia que Gibbs me encontraria. Enquanto isso, Tony estava na fila, normalmente, quando percebeu aquele tumulto na porta do banheiro feminino, e já pressentindo o pior, pediu para que todos se afastassem e arrombou a porta, transformando – a em duas. Eu não estava lá. Ele foi obrigado a ligar para Gibbs.

– Eu a perdi, chefe.

Nós fomos a viagem inteira em silencio, e viajamos bastante. Quando chegamos em um ponto, ela me disse que eu teria que fingir medo perto dele, teria que fingir ter medo dela. Ela disse que não sabia do plano dele ainda, mas assim que descobrisse iria me falar, e tentaríamos dar um jeito.

– Porque você está me ajudando? - eu perguntei.

– Você se parece com a minha irmã, agora vamos.

Quando desci do carro, parecia outra cidade, e provavelmente era mesmo. Não tinha casas vizinhas, e apenas um comércio lá perto, e assim que nós chegamos perto da casa, Ari apareceu na janela com um grande sorriso, e Ziva mal olhava para mim, parecia irritada, e então eu me lembrei que tinha que fingir medo. Ela murmurou um “desculpe” e agarrou meu braço com força, e foi me levando para dentro da casa, e ele se dirigiu a mim:

– Querida Jéssica, quanto tempo! Ziva, você está assustando nossa convidada!

– Querida? Desde quando eu te dei intimidade?

– Olhe só, ela está muito parecida com alguém que eu conheço, falando nisso, deixe – a naquele quarto que eu reservei para ela - ele olhou para mim, e depois para a Ziva – e venha no meu, que eu tenho que te deixar a par de algumas coisas.

Ela me deixou no quarto e disse para que eu ficasse em silencio, gritando, e depois olhou para mim e baixou os olhos, esfregando meu braço. Ela voltou muito rápida e foi à janela. Quando eu fui perguntar ela deu sinal para que eu me abaixasse, e eu o fiz. Depois ela me deu um celular, e disse para ligar para minha equipe, bem rapidamente, e dissesse que eles não poderiam vir me buscar.

– Assim que um deles atender, Mcgee vai rastrear a ligação, imediatamente.

– O plano dele é te matar na frente deles, somente deles! Especialmente Gibbs. Diga para que chamem a CIA, a FBI ou até mesmo o Serviço secreto, mas eles não podem aparecer!

Eu assenti, e peguei o telefone, tremendo. Ela disse que Ari tinha saído para pegar comida, lá não pegava TV nem nada, então ninguém sabia na verdade que ele era um assassino perigoso que estava foragido.

– NCIS – disse Kate, que estava com a voz meio embargada, parecia que tinha chorado.

– Kate? Sou eu, a Jess!

– Jéssica! Meu deus!

Eu ouvi alguém gritando “Põe no viva voz” e logo depois ruídos em todo lugar.

– Jess, onde você está? – Eu ouvi Gibbs dizendo.

– Mcgee pode rastrear, eu não sei ao certo. Eu tenho dois recados, tenho que ser rápida. Vocês têm que mandar a FBI ou a CIA, ou as duas. Vocês não podem vir, esse é o plano dele, me matar na frente de vocês, entenderam?

Ninguém falou nada, então resolvi continuar:

– E outra coisa, há uma moça aqui, e ela se chama Ziva. Ela esta me ajudando, eles não podem fazer nada com ela, ok?

– Jess... – eu ouvi a Jenny dizer.

– Por favor, não discutam. Jenny me desculpe por não estar aí com você, e Abby, eu te amo muito viu? Tony, não foi sua culpa! Ducky, obrigada pelos conselhos, estão me valendo muito. Kate, eu te amo demais, ok? Gibbs, você é o melhor pai do mundo, eu juro. Tenho que ir, ele está voltando, eu amo todos vocês.

No momento que eu desliguei todos se entre olharam e então Kate e Mcgee pegaram os telefones para ligar para as agencias, mas Gibbs começou a pegar suas coisas, assim como Jenny, e então ele olhou para Kate, em duvida:

– O que você está fazendo?

– Ligando para a FBI, Gibbs, foi o que ela disse pra fazer.

– Ligue no caminho – ele disse, colocando o dedo no telefone e desligando – o.

E antes que alguém pudesse tentar falar algo, Jenny começou:

– Ela sabe que o FBI e a CIA estão preocupadas em pega-lo, e nada mais. Ela estava se despedindo, pois sabe que se eles tiverem a chance de pega-lo, não se importarão com mais nada.

E então todos saíram, e começaram a se preparar, e enquanto isso eu fiquei esperando no quarto, tendo Ziva como companhia enquanto Ari estava na sala, esperando que eles chegassem. Então, sem que eu perguntasse nada, ela me disse:

– Você tem algo que minha irmã tinha, sabia?

– O quê?

– Compaixão. Obrigada por dizer a eles que eu estou do seu lado, acho que não tinha pensado nisso, se eu aparecesse na frente deles, eles não pensariam duas vezes.

– Pensariam sim. Confie em mim.

– Ok, venha até aqui – ela me disse, e me deu a mão para me levantar – está vendo esse piso, tem um túnel aqui em baixo, nós fizemos isso para caso o plano não desse certo e tivéssemos que fugir, o túnel vai até um estacionamento, perto daqui, caso algo aconteça e você consiga fugir, é só contar sete. Sete pisos, e então o arranque e vá até o final, ok?

– Certo.

Depois de algumas horas, ouvimos barulhos na janela, e então vi vans de quase todas as agencias que eu conhecia, e uma preta sem marca nenhuma, não dizia que agencia era, mas eu tinha certeza, que depois que Gibbs descobrisse meu paradeiro, ele não iria ficar sentado esperando no escritório, até ter noticias. Nenhum deles iria. Contanto que não aparecessem, não haveria problema algum. Ari chegou à porta e pegou o meu braço com violência, e murmurou “O jogo começou”.



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