O Último Adeus. escrita por mylena


Capítulo 1
Inesquecível Adeus. Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

oi, estou aqui, enfim, leiam



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Tudo parecia perfeito, ou melhor, estava, mas dizem que quando você acha que nada pode ficar melhor, algo chega e estraga tudo... Eu nunca gostei destes ditados populares e idiotas, mas agora, tudo parecia fazer sentindo... E eu não gostava deste sentido, não mesmo.

Podia ver as nuvens passando pela minha janela, podia ser uma coisa proibida, era uma coisa proibida, mas eu estava liderando e provavelmente eu não voltaria mais para o acampamento, não voltaria para minha família, não voltaria para meu apartamento pequeno, não voltaria para ela. Minha vida acabaria daqui a três horas e eu já estava acostumado com a ideia de que eu viveria no Campos Ellísios, ou estava acostumado com a ideia de que tudo poderia ficar bom para eles enquanto eu estava lá aproveitando da paz e calmaria, ou não. Eu deveria ter otimismo, me lembrei de Apolo falando comigo, eu deveria mas infelizmente eu não conseguia. Portanto quando Apolo me avisou - meio preocupado e complicado e por meio de muita subordinação, claro - que eu iria para os Portões da Morte, eu me sentia preparado para o que estava por vir, embora Annabeth não saiba de nada disso, muito menos que eu estava preparado, quando soube que eu fui posto para outra guerra quase arrancou os cabelos e me matou com sua adaga afiada, mas foi melhor do que eu pensava, ela era a inteligência em pessoa, mas naquele momento, ela agia com ação, sem pensar ao ficar lutando por seis horas seguidas na arena. Suspirei olhando ao redor do avião, existiam trinta semideuses, eu conhecia poucos dali que eu convivera os últimos anos do acampamento: Travis e Connor Stoll, filhos de Hermes, os gêmeos safados e ladrões que estavam aprontando algo com um filho desconhecido de Hefesto, Jake Manson mexia em uma das suas ferramentas de aço com um alicate, Maily, filha de Afrodite que remexia algo em sua bolsa enorme, os lábios grandes estavam marcados com batom vermelho e os cabelos ruivos estavam presos em um rabo de cavalo bem feito e os olhos grandes azuis piscavam graciosamente para o espelho, Chris Rodriguez e Clarisse La Rue estavam conversando no melhor estilo apaixonados eternamente, se é que vocês podem me entender, Luna, filha de Apolo, o que era meio irônico pelo o seu nome, ela estava pendurada na poltrona conversando animadamente com uma filha de Afrodite, os cabelos louros caiam pelos ombros bronzeados e os olhos dourados procuvaram algo no pequeno espaço, minha irmã, Jess - cujo o nome eu não sabia, ela me negava fortemente quando eu perguntava o porquê - ela estava com as pernas cruzadas elegantemente com os fones de ouvido grandes e seus sapatos pareciam pequenas sapatilhas, seu cabelo estava em um coque mal feito no topo da cabeça e a franja presa por uma pequena presilha verde, ela usava um vestido que ia um pouco acima dos joelhos - curiosamente, ela não lutava sem ser com uma saia ou vestido, ou melhor, ela odiava lutar sem saia ou vestido, somente Annabeth sabia e isso era estranho - ela piscou os olhos verdes para frente e virou-se para mim com um sorriso acenando, retribuí. Malcom, o filho de Atena, mexia em seu Ipad murmurando coisas para seu irmão, Thalia estava mexendo as pernas conversando com quem eu conhecia por Juli, uma das novas Caçadoras de Ártemis,

Você deve estar se perguntando: uau, por que tudo isso, Percy? Daí irei te responder: Alguns semideuses que não tem vida própria nem o que fazer fez a cabeça de alguns deuses inferiores idiotas e retardados fazendo com que nós tivéssemos que ir lá e lutar e você fala: mas, e daí, você já enfrentou muita coisa pior e é invunerável. Você que por acaso está falando isso, está totalmente certo, mas por um acaso que ninguém sabe, dizem que os deuses sabem de tudo: e por acaso, de um jeito que não sei explicar, eles ficaram sabendo meu ponto fraco e proteger ele só me faria morrer mais rápido, eu acho.

Minha mochila estava leve e eu estava pensando em fazer algo de lembrança para minha esposa, enfiei minha mão procurando um papel descente e uma caneta. Eu sabia que minha vida estava pronta para acabar, então abaixei aquela pequena coluna da poltrona seguinte e suspirei depositando meu peso e começando a escrever.

"Annabeth,

Quando sai de casa, você estava dormindo feito um anjo, sabe? Os cabelos grandes estavam caídos pelas as costas cobertas pelo edredom, eu te dei um beijo e você disse que me amava. Você nem sabe que eu estou aqui, eu acho, e quando receber isso sei que vai querer me matar, mas acho que alguém já deve ter feito isso por você. Sinto muito, mas era meu destino, eu tinha que fazer isso... Por você, pela Jess, pelo nosso pequeno, pelos deuses, pela minha família. Nem pense em vir aqui na luta, eu duvido que sua mãe ou meu pai vá deixar e você tem nosso pequeno, eu o amo e te amo muito, quero ver vocês dois felizes. Somos adultos agora, não? Você sempre me lembra deste pequeno detalhe.

Vou dizer algo que nunca disse à você e acho que ficaria vermelho como um pimentão ou teria um infarto ao começar a dizer isso: eu te amo desde a primeira vez que vi você lutando, seus movimentos firmes e decisivos me fizeram apaixonar, me lembro das nossas brigas constantes e de você ser tão irritante com sua inteligência, dos momentos vergonhosos que tivemos e de como você sempre ficava linda quando abaixava a cabeça e dava aquele sorriso fofo, e o nosso primeiro beijo, ah, eu nunca me esqueci dele, foi o melhor... Foi o primeiro melhor, claro, todos são melhores. Eu não queria que fosse assim, claro que não, eu só queria dizer o que eu sinto por você, o que eu sempre digo: você me fez descobrir o amor verdadeiro, aquele amor que Afrodite tanto preza que tanto nos diz que é importante para todos os humanos, semideuses e deuses, você também me fez descobrir que ser um semideus pode até ser... legal - e quando você ler esta carta, você vai ter um ataque histérico e dizer que se fosse legal estaríamos juntos -, você me fez ver que nunca somos tão fortes quanto queremos e quando precisamos, que tudo tem uma resposta e um porquê mesmo que seja muito difícil de descobrí-la, me fez ver o verdadeiro amor de uma família que acabamos de construir junto com nosso Paris, certo? Se for menino, claro e se for menina, você vai escolher, este foi o trato! Eu não sei se você ainda vai estar em nosso apartamento ou em seu enorme terraço de frente para o Central Park. Você não sabe o quanto eu queria parar este avião e ir correndo de abraçar e dizer que tudo vai ficar bem, ir para o seu parto e ver meu pai me prender para não entrar na sala, você não sabe o quanto eu queria vivenciar isso.

Vou te pedir mais uma coisa: seja forte e feliz, cuide dele ou dela por mim, e não tente morrer, por favor, eu te imploro e se encontrar outro...hm, seja feliz, eu ficarei bem em qualquer lugar - e eu penso que seja no Campos Elísios - ou em qualquer lugar, vou torcer por você e por nosso filho. Te amo sempre.

Seja feliz,

Seu - e sempre seu - Cabeça de Algas

Abri a pequena janela com um pouco de força e me senti um idiota antes de colocar a mão para fora junto com o papel descentemente dobrado, senti o vento forte bater contra meu rosto e fechei meus olhos sentindo meus cabelos bagunçarem, era meio idiota, mas eu sabia que ia dar certo, as nuvens se mexeram mais rápido, eu acho e sorri pensando em como Zeus estava tentado a me matar em um avião, ele tinha dois motivos para não fazer isso: sua filha estava lá e eu ia salvar sua Era.

– Se você é uma mãe de verdade, - sussurrei para o nada - dê isso à ela. - soltei a carta vendo o vento levá-la furiosamente e a perdendo de vista em segundos

Um trovão preencheu o céu fazendo com que todos me olhassem assustados como se eu fosse um louco filho de Poseidon e idiota que queria morrer antes mesmo de chegar na guerra, menos Jess que abaixou os fones grandes verdes para o pescoço e sorriu malandra e Thalia, claro, que deu um sorriso de lado.

– Cuidado, Percy, você está no território dele. - ela murmurou

– Eu sei. - murmurei indiferente

– Às vezes me pergunto se não sou adotada. - Jess resmungou me lançando uma bala em minha perna, sorri

Ela receberá no momento certo, ouvi a voz de Atena cheia de poder, assenti milimetricamente

Encostei-me na poltrona tentando dormir, balançei os pés e fechei os olhos com força esperando chegar até mim.

– Eles não sabem seu ponto fraco

Eu estava na tão conhecida Sala de Tronos com os treze tronos enormes ao meu redor e todos os olhos estavam em mim cheios de compaixão.

– Sério? Uau. - revirei os olhos - Como se fizesse muita diferença. - disse presunçosa, se eles me matassem agora não faria diferença mesmo.

– Sei que deve estar se perguntando o porquê. - meu pai murmurou - Então, somos deuses. - ele tentou brincar com um sorriso triste/divertido

– Eu não tenho esperanças que saia vivo. - Atena disse fria

– Pare com isso, Atena! - meu pai gritou abruptamente se levantando do trono - Ele está nos salvando e você não tem nenhuma compaixão por ele, se fosse pela sua filhinha perfeita estaria aos prantos, estou certo? Cale a boca, sua imunda e deixe meu filho em paz pelo menos antes de... - meu pai começou mas ao fim sua voz falhou e ele voltou a desabar no trono com uma expressão raivosa

Atena estaava assustada, percebi, seus olhos cinzas estavam arregalados e as bochechas coradas, me lembrei de Annabeth e desviei o olhar mirando Héstia.

– Querida, acalme-se, todos estamos nervosos, mas vai passar, e não desconte em nosso pequeno herói. - Héstia falou com seu tom bondoso de sempre

– Se quer saber, Jackson, a aura da morte... Está te cercando. - Hades me olhou fixamente, um arrepio percorreu minha espinha, mas tentei parecer confiante

– O que é isso? O complô contra ele? - meu pai gritou novamente com a face vermelha

– Não importa, pai, acho que... Hm, já estava na hora de eu ir mesmo.

– Awn, não existe herói mais bonito, cavalheiro e apaixonado que ele. - Afrodite fungou alto e limpou as lágrimas que caiam em seu rosto - Eu faço questão de mandar-lhe para o Campos Elísios, você vai ficar em paz.

– Eu só quero que cuide do meu filho e da minha esposa. - dei de ombros cruzando as mãos

– Claro que cuidarei, herói. - Afrodite prometeu juntando as mãos

– Cuide de tudo assim que chegar. - Atena disse a contragosto

– Podem me fazer voltar? Isso tá parecendo um daqueles melodramas em que você tem que se despedir da sua família, e acho que já fiz isso e vocês não vão se importar com isso também. - fechei os olhos fazendo um movimento indiferente

Tudo ficou escuro por um minuto e eu fiquei decepcionado por ter sido tão grosseiro, mas assim que chegamos, tudo começou e eu suspirei antes de meu futuro previsto acontecer.

***

– Paris, volte aqui. - a mulher com um vestido longo correu puxando sua mala preta

Um garoto alto com cabelos louros e olhos verdes acizentados marcantes passou o braço por cima de seus ombros sorrindo, ele era muito alto e tinha ombros largos com uma pele muito bronzeada, ele levantou o dedo e uma massa de ar o rondou, ele começou a brincar com ela enquanto sua mãe reclamava.

–... você tem dezesseis anos, mas não pode sair correndo do nada, Paris! - ela reclamou suspirando ao chegar ao chalé

– Mãe, dá um tempo, eu finalmente estou no acampamento e você fica enchendo... Tia Jess! - ele gritou abrindo os braços para uma pequena fada que corria em sua direção

Ela tinha os cabelos longos demais negros e os olhos eram muito verdes, ela abraçou o garoto forte e suspirou passando as mãos pelos cabelos dele.

– Awn, meu pequeno, quanto tempo não o vejo, meus deuses. - ela murmurou passando as mãos pelos ombros largos

– Tia, você ainda continua baixinha. - ele murmurou feliz

– Querido, pode levar minha mala para dentro? - Annabeth pediu apontando para a mala, ele revirou os olhos e puxou entrando

– E ai, está bem? - Jess perguntou enlaçando o braço de Annabeth

– Como sempre, Jess. - ela sussurrou feliz - Eu ainda penso nele sempre, na verdade. Eu estou pensando...

– E o Paris?! Annabeth, você está louca?

– Paris, está criado e tem a benção de todos os deuses! - ela exclamou ao chegar na arena, puxou um pouco o seu vestido antes de descer as poucas escadas

– Annabeth, eu sei que é difícil..

– Ninguém sabe.

– Annabeth, ele te pediu, todos te pedimos isso todo dia.

Ela sorriu enrolando um dos cachos loiros no dedo.

– Sabe, Paris tem a mania de babar sempre que dorme. - Annabeth olhou para o nada

Jess sorriu, embora já tivesse ouvido aquilo desde que seu pequeno nascera, Annabeth fazia questão de repetir sempre isso para que todos soubessem que ele puxara mais ao pai que dela mesma.

– Ele está tão alto, Jess, ele me lembra muito Percy, ele tem aquela teimosia - ela riu baixinho -, e ele está afim de uma garota chamada Mary do acampamento, filha de Afrodite. - ela terminou

– Annie, me prometa que não vai entrar em depressão novamente. - Jess quase implorou

– E ele sempre me pergunta como ele era e o que ele fazia, Paris foi para o palácio de Poseidon e ele voltou feliz. Ah, Jess, Perc...

– Céus, Annie, eu sei que ele está bem! - Jess repetiu

– Annabeth! - Nico gritou correndo até ela que abriu os braços contente

– Como ele está, Nico? - ela perguntou com os olhos brilhando

– Annabeth... - ele murmurou bagunçando seu cabelo - Percebeu que seu filho está dando em cima das filhas de Afrodite? - ele apontou

– Aham. - ela murmurou olhando por cima de seu ombro

– E já foi para a sua sala? Fiquei sabendo que agora é a diretora do acampamento, vai ter que ficar sempre aqui. - Nico relembrou-a

– Nico, não mude de assunto.

– E Jess, pensei que não viesse tão cedo do Havaí. - ele continuou

– Di Ângelo! - Annabeth chamou sua atenção

Ele suspirou pesadamente.

– Ele pediu para você esquecê-lo de uma vez, Annie, venhamos e convenhamos que isso é o melhor para você. - ele avisou

Annabeth suspirou e se levantou com um sorriso triste.

– Vou ver o que farei na sala de Dionísio. - ela acenou para um filho de Ares antes de ir para a Casa Grande

Pelo menos, seu filho estava feliz, ela se lembrou tentando sorrir, logo estaria com ele pela eternidade, Paris estava encostado na soleira da porta do chalé de Poseidon mostrando os músculos bronzeados para uma garota ruiva, a tal Mary que piscava os grandes olhos azuis e enlaçava um cacho grande em seus dedos olhando para Paris, Maily acenou para Annabeth do chalé de Afrodite lhe mandando um beijo, ela chegou a Casa Grande e se jogou no sofá, Quíron tirara férias e ela ficara sozinha, ela suspirou e esticou os braços.

Ela procurou a foto de Percy com Contracorrente na parede central e caminhou lentamente até ela, Annabeth mordeu os lábios e passou o dedo indicador pela bochecha até pelo pescoço e depois pelo o peito.

– Eu te amo, Cabeça de Algas.



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Notas finais do capítulo

eu malefica, parei saçlksçkalçkslça desculpa, ok... bem, eu fiz escutando adios de RBD, então escutem se quiser, n faz sentindo mesmo. bj bj p vcs