Mystic Falls escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 20
Rebelião na aula de química




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/194004/chapter/20

V

-ACORDAAAAAA! – eu ouvi a voz da Hayley me gritando, eu fingi não ouvir, e ela me jogou um travesseiro em minha cara. Eu vou matar aquela.... –DIA LINDO PRA ACORDAR NÃO É? – ela continuava a gritar, num tom de empolgação. Puxei o lençol e me escondi em baixo dele. Ela puxou o lençol de mim, me descobrindo. Abri os olhos com dificuldade. O quarto estava muito claro e ela parecia estar radiante.

-Me deixa dormir Hayley, - tentei puxar o lençol de novo, mas ela foi mais rápida e o jogou do outro lado do quarto. Me sentei indignada. – tá, me diz por que você tá tãaaaao feliz - revirei os olhos. Em outras situações eu estaria animada, mas nada justifica ela interromper meu sono sagrado.

-Nada ué... Só tô feliz. – ela mexia o corpo pondo os dedos dos pés no chão mexendo-os em movimento circulares. Seu sorriso era de vergonha. Cerrei os olhos.

-Você está apaixonada... É ISSO! – Eu estava rindo alto, ela também. – Foi por isso que quando eu cheguei ontem do cinema você não estava deitada – fiquei boquiaberta. – Você... Dormiu com esse cara?

-NÃO! Não desse jeito, mas eu dormi no quarto dele. Mas tipo, não rolou nada sabe? Eu o conheci ontem... – ela suspirou, mordendo os lábios. – eu fui andar por aí depois que você foi ao cinema, e o encontrei na praça, sentado no banco, tocando violão. E cara... Ele toca tão bem! – seus olhos estavam iluminados – Aí eu me aproximei, perguntando que música era aquela, eu tinha me apaixonado pela melodia. Daí ele disse que era uma composição própria. Eu fiquei surpresa, aquilo era lindo! Aí nós dois ficamos conversando sobre musica e tudo mais – ela sorria que nem uma boba – Aí ficou tarde, e a gente tinha que voltar pra dormir, aí eu disse que você tinha saído e eu tava sozinha, então ele perguntou se eu queria companhia eu aceitei é claro. A gente ficou lá no quarto dele, conversando, rindo, comendo, compondo. Lembra daquela música que eu te mostrei dizendo que era de você, Taylor e... – ela hesitou para falar o nome do Stefan. Eu apenas confirmei com a cabeça, dizendo que tinha entendido. – Enfim, ele me ajudou a compor a melodia da musica. Ficou simplesmente... UAU! – ela ria alto.

-Ele te beijou? – eu sorri esperançosa, abraçando o travesseiro que ela tinha jogado em mim.

-Não... Tipo, ontem a gente só tinha se conhecido cara! É claro que não rolou nada. – eu fiz cara de decepção, fazendo-a rir.

-Qual é o nome dele?

-Jeremy. – ela suspirou.

-E me fala! Como ele é? – ela suspirou de novo.

-Ele é... – suspiro - lindo. – mordeu os lábios. – Engraçado, inteligente, toca bem, sabe tudo de música, é muito fofo comigo, e faz o estilo rockeiro, o que eu amo. – mordeu os lábios novamente.- Ele é louro, tem uns olhos perfeitos, um cabelo incrivelmente bonito, ele é um pouquinho forte até! E ele se veste tão bem! Ele é simplesmente... PERFEITO!

Eu sorri. Eu to muito feliz por ela. Ver a Hayley assim, toda apaixonada, toda alegre me deixa alegre também. Ela ficou alguns minutos ainda falando sobre ele, então eu fui tomar banho. Ela me seguiu até ao banheiro enquanto eu tomava banho, ainda falando dele. Eu realmente não sei como em uma noite ela soube tudo isso sobre ele. Escovei os dentes. Ela ainda falava sobre ele. Pus minha roupa e arrumei meu cabelo e adivinha? A HAYLEY AINDA TAVA FALANDO DO CARA.  Me segurei pra não dizer o quando ela estava sendo chata.

Suspirei e a levei pra nossa sala de ciências.

Ela rabiscava o caderno fazendo coraçõezinhos em volta do nome Jeremy. Ela fez um monte de desenhos. Ele e ela na praia, ele e ela tomando sorvete, ele e ela rindo. Seria bonito, se ao menos ela soubesse desenhar. Os desenhos dela eram aqueles bonecos de palitos, que ao invés de românticos os desenhos ficaram cômicos.

 Eu não prestei nem um pouco de atenção nas duas aulas do professor. Só estava pensando como seria minha próxima aula no laboratório, só eu e Stefan.                

Respirei fundo. Senti um frio na barriga estranho. Não sei se era ansiedade de vê-lo, ou sei lá. Assim que o sinal tocou em me levantei, a Hayley do meu lado. Ela continuou me falando da viagem que o Jeremy fez uma vez no Egito, o como foi engraçado ele contando.  Parei na frente do laboratório, encarando a porta. Meu coração batia forte conta meu peito. Não conseguia segurar o seu ritmo acelerado. Me despedi da Hayley, que fez cara feia por eu ter interrompido a sua história. Depois ela foi pra natação, e eu ainda encarava a porta.

Até que eu ouvi alguém limpando a garganta atrás de mim.

-Pode me dar licença? – Stefan me disse, friamente olhando em meus olhos. Seu rosto não expressava sentimento algum. Assenti com a cabeça, deixando-o entrar primeiro, e logo depois entrando com ele. Sentamos a mesa, esperando o professor chegar. Ele não olhava em meu rosto em momento algum, e eu tentava não olha-lo também. Silêncio profundo entre nós dois, silêncio que me rasgava por dentro, silêncio que estava partindo meu coração. Até que ele suspirou alto, parecendo tomar coragem pra falar comigo. Deu um murro na mesa e se virou pra mim.

-Eu tenho que te falar que aquilo que acontec... – o professor abre a porta como um furacão, mandando todos nós abrirmos na página 74. Ele praticamente gritava com a gente. A garota que ficava atrás de mim murmurou ‘’ele deve ter pego a boneca inflável o traindo só pode ‘’ e riu alto. Me segurei pra não rir também. O professor Gomes tinha fama de ser o mais solitário e mal amado dos professores, por isso era tão ranzinza. Nesse dia ele estava mais irritado do que nunca.

-Qual a pagina mesmo professor?

-VOCÊ ESTÁ SURDA? 74. SE-TEN-TA E QUA-TRO. SE VOCÊ NÃO CONVERSASSE TANTO IRIA SABER DA PÁGINA. E QUER SABER? FORA DA MINHA AULA. EU NUNCA FUI COM SUA CARA MESMO. – o professor gritava com a menina, que parecia estar feliz por ter saído da sala.

-MAIS ALGUÉM? – ele nos olhava com um cara que estava prestes a explodir.  Um garoto moreno levantou.

-EU! EU NÃO OUVI A PÁGINA! – o professor cerrou os olhos.

-Você está tirando com minha cara? É isso? Está a fim de perturbar é isso não é? FORA! – o garoto arrumou a mochila rapidamente e saiu com um sorriso no rosto. Ainda fez uma dancinha atrás do professor enquanto ele anotava uma coisa no quadro.

-Se mais alguém disser um pi...

-PIU!

-PIU!

-PIU! – Era impossível não rir com aquilo tudo. Muito infantil é claro, porém engraçado.
-Esses três pintinhos aí podem sair. E vão se acertar comigo depois! – ele bufava de ódio.

-Professor. Eu quero dizer uma coisa. – uma ruiva se levantou olhando pra ele. Ele colocou o apagador na mesa, sentando.

-O que foi agora? – perguntou sem paciência.

-Bom – ela respirou fundo. – eu quero dizer que... QUE VOCÊ É O VELHO MAIS FOREVER ALONE QUE EXISTE! – ela gritou pra ele, apontando. A sala explodiu em risadas. Ele provavelmente não sabia o que era um forever alone, mas como todo mundo riu deduziu que não era boa coisa.

-EU QUERO QUE ELA E TODO MUNDO QUE RIU FORA DA MINHA SALA. AGOOOORA. – umas sete pessoas saíram.

-Mais alguém quer sair? – silêncio na sala. Ele respirou fundo, fazendo cara de vitória. Ele se virou pro quadro. E um garoto baixinho gritou do fundo da sala: ‘’ CALA A BOCA! ‘’ ele se virou com fogo nos olhos. – QUEM DISSE ISSO? QUEM? – e de repente todo mundo levantou a mão. Inclusive eu e o Stefan. Eu não tinha pena dele. Pena alguma! Ele é simplesmente e pior professor que alguém pode ter. –JÁ CHEGA. JÁ. CHEGAAAA! TODO MUNDO SAI. TODO MUNDO. EU NÃO VOU DAR MAIS AULA PARA ESSE ANO. JÁ CHEGA. CHEGA DE VOCÊS, CHEGA DE ALUNOS, CHEGA DE PROVAS, CHEGA DE TUDO. E QUEREM SABER? EU VOU EMBORA DESSE INTERNATO HOJE! – ele pegou a mochila e saiu da sala.

De repente todo mundo que estava lá fora entrou na sala. Comemorando, gritando, pulando, escrevendo no quadro, se beijando, dançando, eu ri com aquilo tudo, peguei minha bolsa e saí da sala, indo pro corredor vazia e silencioso. Já estava perto do pátio quando alguém me puxou pelo braço.

-O que foi dessa vez?

-Eu quero falar com você.

Revirei os olhos.

-Falar o quê? Falar que já arranjou outra garota pra enganar? Não! Melhor! Você agora vai dizer que está apaixonado de novo, e quer mais uma chance. É isso né? MUITO LEGAL STEFAN!  - virei as costas pra ele, ele puxou meu braço.

-Você tem que saber qu... – Blaine vem do outro lado do corredor como um foguete, ele corria e gritava meu nome. Podia sentir o rosto de Stefan queimando em fúria.

Ele chegou perto, de mim, ofegante, com as mãos no joelho, quase morrendo por correr tanto. Eu ri alto enquanto Stefan ainda permanecia ao meu lado.

-Que foi Blaine?

-Eu... – ele respirou – Eu queria que – respirou- ai meu Deus – ele pôs a mão no coração. Me fazendo rir. –Eu queria saber se você não quer passar lá no meu quarto hoje, a gente assiste um filme e repete o que a gente fez ontem. – ele sorri pra mim. Stefan estava com cara de assassino.

-Como assim repetir o que fizeram ontem? – ele perguntou. Certamente ele acha que eu dormi com o Blaine.

-Não te interess...

-Nós nos beijamos. – Blaine falou rispidamente, me interrompendo. Pude ver o fogo nos olhos do Stefan, aposto que ele queria matar o Blaine nesse momento. Ele me olhou com cara de decepção e saiu do corredor, praticamente correndo. Blaine me olhava com um cara de: ‘’ que é que deu nele?’’ eu simplesmente suspirei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

é, se vc tá pensando q o jeremy é na verdd Jeremy Davis do paramore vc tá certo. eu shippo mt eles dois UHWWAHHAWUHAW q é que acharam do cap? legal? :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mystic Falls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.