Um Amor Do Passado escrita por FefePassoca


Capítulo 2
Capítulo 1




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POV Narrador

Ela caminhava graciosamente ao seu lado, os braços entrelaçados enquanto sua cabeça se encostava ao ombro largo de Edward Masen. Sua respiração era calma enquanto sorria e jogava conversa fora com aquele que logo casaria.


Quem olhasse de longe pensaria que eram apenas dois jovens amantes, que casariam por sua própria vontade, o que não passava de uma mera especulação, já que ambos apenas se suportavam, quando saiam, saiam apenas para dar alguns passeios a pedido de seus pais.


Por eles, nunca nem teriam se conhecido.


Estranho não é? Mas por que eles se casariam se não se amavam? A resposta é simples meus caros, Edward e Demetria já estavam na flor da idade de um casamento, 17 anos, e ainda não estavam noivos de ninguém era considerado algo não muito normal.


Pelo menos não para as pessoas da Igreja, engraçado como até naquela época eles ainda controlavam as pessoas nas suas decisões.


Edward suspirou e se afastou com delicadeza da morena, Demetria revirou seus olhos café, mas logo sorriu um pouco para ele, o ruivo agarrou suas mãos e com seus intensos olhos verdes encarou a pequena com doçura e um pouco de raiva contida.


Demetria o encarava do mesmo jeito, pois ele impedia a mesma de ir à guerra como enfermeira, ela adorava cuidar dos outros, mas ela sabia que ela também o impedia de ir à guerra e lutar.


E com esse pensamento, seu coração se apertou em seu peito imaginando o mesmo lutando e morrendo com um possível tiro em seu peito.


Balançou a cabeça veemente.


Por que raios seu coração se apertaria por causa do bastardo incompetente Edward Masen? Não fazia sentido. Seus olhos se fixaram mais uma vez nele e suspirou admitindo a si mesma, que mesmo ele sendo um idiota a seus olhos, Edward era lindo.


E Masen tinha os mesmo pensamentos relacionados à moça em sua frente.


– Vamos nos casar em breve, Bonnatti. – Falou, sua voz rouca pronunciava com sotaque o sobrenome italiano.


– Me diga uma coisa que eu já não saiba Masen. – Seu sotaque italiano vinha quase que imperceptível por causa de sua doce voz e domínio no idioma inglês.


Ele bufou e há puxou um pouco contra si, sua mão saindo das dela e indo em direção a fina cintura coberta pelos grossos panos do vestido nude.


A respiração da morena se acelerou pela aproximação recente, uma aproximação de corpos que só era permitida para se ver em um par já casado por causa dos corpos grudados, quem passava na rua olhava para eles com descrença.


– Não seja tão má educada, linda. – Sorriu charmoso, um de seus cabelos rebeldes foram para o seu rosto, Demetria levou uma mão automaticamente para sua testa e retirou o cabelo dali, se perguntando o porquê de ter feito tal ato.


– Eu sou do jeito que quiser meu caro companheiro. – Seus olhos se estreitaram, em sua direção enquanto apertava mais a cintura da mesma, um pequeno gemido escapou por seus lábios, um gemido de dor.


Edward sorriu e aproximou seu rosto do dela, irritando-a por sua ousadia quando os lábios dele tocaram a sua bochecha pálida. Demitria colocou as mãos nos largos ombros do homem e o empurrou, mas o mesmo não se moveu e ficou ali, com seus lábios grudados na pele dela por intermináveis segundos.


Ele logo se soltou dela, enlaçando sua cintura e voltou a caminhar com ela pelas ruas da antiga Chicago, quando cruzaram uma fonte Edward mais uma vez começara a falar.


– Você não quer se casar comigo, não é mesmo? – Perguntou, Demetria só suspirou e olhou para o rosto másculo e passivo do homem.


– Não. – Edward sorriu.


– Então... o que faremos, se ambos não queremos nos casar? – Perguntou mais para si mesmo.


– Gostaria de ter a resposta... – Suspirou vendo sua grande casa já próxima, mas logo desviou seus olhos para o homem sentado em um banco sozinho.


Demetria franziu o cenho enquanto via o loiro de pele pálida acompanhar cada movimento deles com seus olhos dourados. Ele era estranho e isso ela e Edward, que tinha acompanhado o olhar dela, afirmavam.


Ele sorriu para eles, balançando levemente sua mão acima da cabeça para o jovem casal que tinha ouvido a conversa. Eles eram ótimos juntos e isso Carlisle conseguia admitir para si próprio.


Quando Edward parou com Demetria na porta da casa dela, se virou para ela, sorrindo nervoso.


– Então... até algum dia. – Falou já se virando.


– Edward. – Chamou o garoto que já descia as escadas da varanda de madeira branca. Ele virou sua cabeça para encarar a garota com as bochechas rosadas. – Gostaria de entrar? – Mordeu o lábio inferior.


O mesmo só deu de ombros, assentindo em seguida com um sorriso torto em seus lábios avermelhados. Demetria sorriu abrindo a porta logo em seguida, dando espaço para o garoto entrar.


Ele só suspirou quando pôs seus pés dentro da casa familiar dos Bonnatti’s, a qual ele ia desde pequeno para brincar com Gregory Bonnatti, irmão de sua noiva ou apenas, quando tinha 13 anos, roubar doces beijos de Melisse Bonnatti, cuja também era irmã de sua noiva.


Ou apenas comer biscoitos frescos feitos pela governanta da casa, Madeleine Crusiér ou que de vez em quando eram feitos pela ex-mulher da casa, Cecília Bonnatti, cuja morrera tem quatro anos por uma causa totalmente desconhecida e que abalara aquela família e sua mãe, Elizabeth Masen, pois eram amigas desde que se conheciam.


Pietro Bonnatti, já não era de grande confiança de Edward e nem de seu pai, também chamado Edward, algo nele não lhes dava confiança, principalmente com seus olhos de tom café dirigidos a Demetria por todos esses anos com um tom estranho.


E então veio a sua mente a primeira vez que tinha visto Demetria e sorriu um pouco colocando sua mão direita no corrimão de madeira.


Ambos tinham cinco anos, ele tinha acabado de chegar naquela casa, mas isso não lhe importava, só o fato de poder brincar com o seu melhor amigo e roubar alguns de seus biscoitos favoritos.


Edward saíra correndo atrás de Gregory pela casa enquanto sua mãe conversava animadamente com Cecília, o acompanhante de sua mãe já encantava Madeleine com suas leves cantadas.


Enquanto corria escada acima para o quarto de seu amigo, mas acabara por bater em algo, ou melhor dizendo, em alguém e esse alguém tinha caído em cima dele por causa do grande impacto gerado pelos pequenos corpos.


As mãos em concha do garoto foram para a fina cintura da pessoa, sua cabeça rodava, mesmo de olhos fechados, mas apenas suspirou os abrindo e se dando de cara com olhos grandes castanhos e escuros olhando para ele.


Seu coração parecia que iria sair pelo peito, mas tentou se acalmar vendo a menina tentando se soltar dele, o que tinha deixado de bom grado, fazendo ela se distanciar dele sentando-se no chão de madeira, suas madeixas castanhas caiam em cascatas até o meio de suas costas enquanto bufava com uma mexa na frente de seu delicado rosto, os braços gorduchos cruzados em seu peito enquanto encarava o ruivo de olhos verdes.


– Quem é você? – Perguntou, o sotaque italiano não passara despercebido por Edward, e por isso sorrira mostrando a pequena janela em seus dentes brancos. Ela sorrira um pouco ao perceber aquilo.


– Edward, e você? – Perguntou de volta, sua cabeça tombando para o lado cruzando as curtas pernas, fazendo posição de índio enquanto encarava com interesse a garota de vestido amarelo.


– Demetria. – Fez careta ao pronunciar o nome, o garoto sorriu se levantando e estendeu sua mão a ela que pegou de bom grado, ambos sentiram com aquele toque o coração acelerar enquanto suas bochechas atingiam um leve rubor.


Quando a pequena se levantou, sorriu agradecida.


– Seu nome é estranho. – Edward comentou encarando ela com um pequeno sorriso. Demetria franziu a testa, ficando um pouco brava.


– O seu também. – Cruzou os braços com um pequeno beiço nos lábios avermelhados.


O ruivo estreitou os olhos na direção da pequena morena.


– Pelo menos o meu não lembla pleda. – Nervoso pronunciou as palavras errado. Ela começou a rir por causa disso.


– Você não sabe falar! – Riu mais ainda, o seu sotaque se destacando mais ainda, e o ruivo corava de nervoso.


– Pode até ser, mas não tenho jeito estlanho pala falar. – Debochou do sotaque italiano, com suas mãos em punho olhando raivoso para ela.


Demetria estreitou seus olhos café para ele.


– Seu... – Mas antes de terminar, uma lágrima tinha deslizado por sua bochecha vermelha, suspirou e saiu correndo do local, fazendo Edward se sentir péssimo, mas ao mesmo tempo... bem pela vingança que tinha aplicado.


E ele soube naquele momento que tinha conseguido uma inimiga para si.


Conforme os anos foram se passando então, as brigas tornaram-se freqüentes, principalmente no último ano quando Edward tinha aprontado com a morena diversas vezes e em uma dessas vezes ocasionando um grande constrangimento para as duas famílias.


Quem diria que colocar uma lagartixa no prato de Demetria acabasse que ela trocaria o prato com o Barão da cidade... acho que não seria uma lembrança tão... apropriada.


Edward balançou a cabeça, voltando ao mundo real e encarou Demetria que estava na frente do espelho do corredor, passando seus dedos brancos nos cabelos para retirar a trança presa no topo de sua cabeça, os fazendo caírem cordialmente até um pouco acima de sua cintura.


Ele suspirou e caminhou até atrás dela, passando junto com ela os dedos nos cabelos sedosos. Ela sorriu para o espelho com os olhos mirando no reflexo do rapaz ruivo, o mesmo ao perceber isso olhou e também sorriu minimamente.


Suspirando a morena se virou para encará-lo, mas Edward desviava seus olhos para os longos cabelos enquanto passava os dedos por entre as madeixas. O rubor crescia nas bochechas de ambos.


Demetria suspirou e colocou sua mão na bochecha do rapaz de 17 anos, ele automaticamente olhou para a garota, suas mãos se repousando na cintura dela.


– Por que nós não podemos nos dar bem o tempo todo como agora? – Perguntou, Edward apenas deu de ombros.


– Não sei. – Respondeu acariciando a cintura dela com os polegares, fazendo a suspirar com os olhos, agora, fechados enquanto colocava suas mãos ao redor do pescoço dele.


Edward tremeu enquanto a puxava para perto de si, parecia como se fossem puxados um para o outro, como se aquilo fosse o certo, e o que ambos não sabiam era que aquilo era simplesmente... certo.


O garoto sorriu se inclinando para frente e deixando sua testa grudar na dela, quando eles tinham esses momentos de paz parecia ser uma coisa... mágica. Pois quando eles se encaravam era como se uma bolha os prendesse em seu próprio mundo, como se não tivessem preocupações.


Como se só tivessem um ao outro.


E respirando fundo, Edward se inclinou para frente querendo sentir os seus lábios grudados nos dela, queria sentir o gosto dos seus lábios... Sua respiração estava acelerada junto com a dela, os corações descompassados enquanto deslizava sua mão para a nuca dela a puxando para mais perto, seus narizes roçaram-se enquanto se aproximavam mais ainda.


Um leve tocar de lábios como já fizeram outras vezes em momentos de paz, ou de raiva, estavam tendo agora. Um leve tocar, um leve... roçar...


Mas logo pararam com o ato quando Edward sentiu seus ombros sendo puxados para trás com violência, um gemido de surpresa e dor tinha ecoado por sua garganta e um baque surdo tinha acontecido, e então olhou para Demetria que estava caída no chão olhando para ele atordoada.


Para ele e para o seu... pai.



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Notas finais do capítulo

O pai da Demetria é um put* mal comido u.u (desculpe o palavreado, mas quem leu a versão anterior sabe do que eu estou falando u.u)
Mas bem... o capitulo foi curto, bem eu achei isso, mas não sei quanto a vocês. Porém espero que tenham gostado, a fanfic tem 16 capitulos mais ou menos e espero terminá-la né g.g . Não esqueçam de dar reviews para o próximo capitulo sair, okey?
Beijos e até a próxima ^-^



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