Buried Alive escrita por Miss Haner


Capítulo 4
Waiting for my sun to shine


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar este capítulo amanhã, mas a recomendação da VitóriaCullen me animou e eu resolvi postá-lo hoje.
Então este capítulo é dedicado a VitóriaCullen, muito obrigada pela recomendação, eu fiquei muito feliz.
É isso, boa leitura.



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There's something in your eyes

A part of me that I recognize

I want to let you know

We'd be there if we could and it's alright

You taught me how to feel

It's no wonder I'd do anything

Tell me why'd you have to go

With the worst to come lost are the best I know

Time - seems like we lost it all

Caminhei ainda tomada pela frieza até onde meus tios estavam estendidos da mesma maneira que meus pais estavam seis anos atrás.

Abaixei-me entre eles e toquei o corpo de Thomas. O que havia acontecido ali? Eu estava tendo um pesadelo de novo?

Uma lágrima saiu de meus olhos e caiu sobre o corpo de meu tio. Esta lágrima foi seguida por outras e de repente eu estava no mesmo estado que a menina de dez anos que perdera seus pais no dia de se aniversário.

A dor me tomava, ela se agravava. Aquilo só podia ser punição, mais uma vez eu odiei a vida e o destino. Sempre me iludindo, tirando-me as pessoas que eu amo, me deixando sozinha igual a um cachorro abandonado. Segurei com força a camiseta de meu tio e gritei, chorei alto, levantei-me e taquei toda a mesa de jantar, que tinha apenas dois pratos intactos, no chão.

Me odiei mais ainda por não ficar com eles. Por ser mais uma vez livre da morte, por me permitir ficar assim. Eu deveria ter ficado ali, deveria ter sido uma boa menina quando Jane pediu. Deveria, deveria, mas não fui e agora é tarde demais. Eu estou sozinha e lamentar não vai fazer as coisas voltarem no tempo.

- Oh, não fique assim! – uma voz familiar disse atrás de mim.

Virei-me rapidamente e vi Damon com um sorriso torto no rosto. Eu estava atordoada.

- Damon! Meus tios, eles... – olhei novamente para o corpo dos meus tios e voltei a olhar para ele, chorando novamente.

- Eu sei. – o sorriso continuava em seu rosto. O olhei indignada.

- Como você pode sorrir? – o observei e vi um borrão de sangue perto de sua boca. – O que aconteceu? -cheguei mais perto dele, mas algo dentro de mim me fez afastar.

Damon me fitou e pensou no que ia dizer. Seu sorriso continuava o mesmo, seus olhos brilhavam assustadoramente.

- Bom, eu vim para o jantar e fiquei muito triste por você não me receber. – ele disse apontando para mim. Em minha cara era pura confusão. – Mas eu resolvi jantar com os seus tios – eu franzi a testa. -, ou eu devo dizer jantar OS seus tios?

Engoli em seco. O que ele quis dizer com aquilo? Olhei para o corpo dos meus tios e vi que o sangue esparramado vinha de seus pescoços. Damon se aproximava de mim e eu me afastava. Eu não conseguia pensar direito.

- Continuando – ele parou de andar. – Eu acho que todo jantar tem uma sobremesa, então eu resolvi esperar pela minha. – ele me olhou malicioso e se aproximou. Eu já não tinha para onde ir.

Em meio segundo, os olhos de Damon adquiriram um tom dourado escuro e a pele interna de seus olhos paravam pequenas veia saltadas. O meu medo aumentou, e por mais que isso fosse idiota eu precisava saber,

- O que você é?

Damon riu estrondoso e eu me encolhi.

- Não percebe Liza. – ele falou baixo e mostrou os dentes. Ele tinha presas enormes. O Olhei sem entender. – Eu sou vampiro Liza. –disse e me atacou.

I ain't waiting for a miracle

I ain't waiting for the world to change

Under my skin lives the reason

Under my armor I've lost it all

Fechei os olhos e esperei pela morte. Imaginei como ela seria Talvez eu encontrasse os meus pais e meus tios e a morte não seria tão ruim assim. Será que existia céu e inferno mesmo? Como seriam esses dois? Eu iria sentir dor? Desejei que não, nunca me dei muito bem com a dor.

Dois segundo se passaram e nada. Meus olhos continuavam fechados, algo em meu pescoço pesou. Abri os olhos delicadamente e me deparei com Damon agonizando no chão.

- O que é isso?  - ele grunhia e seu corpo se contraía.

Sua expressão de dor me dava uma felicidade estranha. Pensei no que ele me disse antes de atacar. Vampiro. E de repente tudo fez sentido. O fato de eu achar que conhecia Damon, o motivo pelo qual meus tios me treinaram durante os meus três primeiros anos aqui, tudo fez sentido. A culpa não era do destino. A culpa era dele, Damon Salvatore.

- O colar! – ele gemeu para si próprio e eu olhei para meu colar.

Ele pesava em meu pescoço e tinha uma forte luz que não ofuscava os meus olhos, mas pareciam ter um efeito muito ruim sobre Damon.

As lembranças invadiram minha mente e eu me lembrei de mais coisa. Não havia duas pessoas na minha casa, era tudo ilusão, meus pais foram mortos por Damon. Ele destruiu tudo o que eu tinha sem motivo algum. E sem nem saber como, era a minha hora de me vingar.

O olhei se contorcer no chão por mais uma vez e  vê-lo sentir dor me deu sensações incríveis. Era bom, delicioso, me dava felicidade.

Aproximei-me dele, Damon arregalou os olhos, ainda com a face do monstro. Parecia sem ar, como se um vampiro precisasse disso. Suas mãos cercaram seu pescoço e em meio segundo ele estava do outro lado da sala.

- E agora Damon? O que você vai fazer? – meu sorriso era enorme. – Como um vampiro mata uma pessoa sem ao menos tocá-la? – Damon me olhou com ódio, foi a minha vez de sorrir estrondosamente.

- O que você é? - ele perguntou voltando para a face sedutora.

Pensei em sua pergunta. Nem eu sabia o que eu sou, talvez eu não seja nada além de uma garota normal e mesquinha. Talvez não, eu não passava disso. Era tudo culpa do colar, de alguma maneira ele me protegeu e está protegendo. Mas para respondê-lo, talvez mais uma dose de mesquinharia não fosse tão ruim.

- O seu pior pesadelo. – ri novamente.

Aproximei-me de Damon, ele se esquivou. Brincávamos de gato e rato, mas como na maioria dos desenhos deste tipo, o rato foge e o gato fica com fome. Digamos que aconteceu exatamente isto.

Damon foi embora. Minha dor já tinha passado. Eu iria vingar a morte de meus tios e de meus pais. Eu iria me vingar de Damon por todos esses anos de ilusão. Liguei para a polícia e eles chegaram rapidamente. Eu inventei respostas para as perguntas deles e logo meus tios forma levados.

[...]

Uma semana passou rapidamente. Damon sumiu, as meninas me disseram que ele resolveu voltar para sua cidade. Covarde! Agora os meus planos de vingança ficaram complicados de serem realizados.

Mais um dia de aula, monótono, irritante. Voltei para casa e pela primeira vez entrei no quarto de meus tios depois da morte deles. Estava organizado, tinha uma estante de livros, passei os olhos por ela e um livro com capa velha e com folhas igualmente acabadas me chamou atenção.

O peguei, o livro era na verdade um diário. O abri e o restante do meu dia passou a ser interessante.

Então Damon era um vampiro, isso eu já sabia. Não que o livro falasse sobre ele, mas falava sobre o meu colar e seres sobrenaturais. Meu colar me protegia de tudo isso, nada que indicasse perigo a mim poderia se aproximar. Você deve estar se perguntando, como Damon se aproximou de você? Ele até te beijou (Arg, beijar um vampiro é nojento).

A resposta está na trigésima sétima página. O colar sente as intenções de cada pessoa, então é provável que Damon não queria me atacar naquele dia.

Terminei de ler o diário. Fui tomar banho. Durante o banho eu tive mais uma idéia, não faz mais sentido eu ficar aqui nesta cidade, minha vingança nunca vai se realizar se eu ficar aqui. Damon não vai voltar. Então jeito é eu ir até ele.

[...]

- Tem certeza que vai embora? – Melissa me perguntava manhosa. Até parece que ela se importa.

- Sim. Vai ser melhor, eu quero recomeçar. – respondi enquanto me aproximava do meu carro.

- Eu vou sentir sua falta. – ela disse ainda manhosa. Eu também sentiria falta dela. Como eu disse apesar de você querer jogá-la de um precipício, às vezes é bom tê-la por perto, pra tirar os pensamentos ruins.

Não respondi nada, apenas sorri e ela me abraçou. Abracei-a também e entrei em meu carro. As malas já estavam dentro dele, junto com o diário e dinheiro que eu encontrei no quarto de meus tios.

Peguei a estrada e dirigi pensando no que Damon pensaria quando me visse. Será que ele fugiria novamente? Eu não tenho muito dinheiro para ficar procurando por ele, então eu tinha que agir antes dele fugir. Mas para agir eu tenho que encontrá-lo.

[...]

Quase onze horas de viagem depois eu estava em Mystic Falls. Não era uma cidade grande. É, eu dei uma volta pela cidade inteira.

Apesar do cansaço, eu só queria encontrar Damon. Tinham algumas pessoas pela cidade. Parei meu carro, arrumei meu cabelo e saí dele.

Aproximei-me de dois meninos que estavam parados perto de um bar. Eles me olharam e eu dei um pequeno sorriso.

- Oi.

- Precisa de alguma coisa? – perguntou o mais alto.

- Pra falar verdade, preciso sim. – eles arquearam as sobrancelhas. – Vocês sabem onde mora Damon Salvatore?

Eles se entreolharam e o mais baixo acenou que sim com a cabeça.

- Pra que você quer saber onde ele mora?  - o mais alto perguntou.

Droga! Que desculpa eu iria dar a eles. Curiosos idiotas. Molhei meus lábios e os respondi.

- Sou uma amiga dele.

- Eu sou Jeremy Gilbert, “amigo” dele também. – o mais baixo sorriu e eu sorri falsamente.

“Logo, logo, você perderá seu amiguinho, querido”. Pensei.

- Eu sou Tyler Lockwood. – o mais alto disse apenas.

- Eu sou Liza Grunger. – apertei a mão de cada um deles e eles me indicaram onde era a casa dos Salvatore.

Agradeci e pedi para não contarem a Damon que eu estava ali. Eu queria fazer uma “surpresinha.”

Dirigi até a casa deles e coloquei meu carro um pouco distante da casa. Fui até a porta e ela estava entreaberta. Entrei e procurei por toda a casa, estava vazia. Fechei a porta e resolvi deixar minha surpresinha pra depois. Primeiro eu iria dormir. Subi as escadas e entrei em um dos quartos.

Sorri ao ver a cama. Aproximei-me e caí nela, me deixando ser tomada pelo sono.

[...]

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – nunca pensei que alguém pudesse ser mais irritante que o meu despertador. Pois é, me enganei.

Cocei os olhos e os abri. Damon estava parado na porta com os olhos arregalados e com o rosto inflexível.

- Vim fazer uma surpresa pra você, Damon. – disse me sentando na cama e arrumando o meu short. – Estava com saudades. – eu ri.  Damon me fuzilou com os olhos.

- Sai da minha casa! – ele disse calmamente. Eu revirei os olhos.

- Sua casa? Agora ela é nossa casa. – me levantei e me aproximei. – Sabe, eu não gosto de ficar sozinha e como eu não tenho mais família – foi a minha vez de fuzilá-lo com os olhos -, eu resolvi vir morar com você.

- Você está ficando doida. – ele riu e entrou no quarto.

- DOIDA? EU ESTOU FICANDO DOIDA? – gritei, mas Damon permaneceu com a mesma expressão. – Isso não é loucura, Damon. É o início da minha vingança.

Damon fez uma careta. O observei melhor, ele parecia cansado. Alguma coisa estava errada, ele não era o Damon de Glens Falls. Não tem graça em matar um vampiro sem ele tentar se defender. Eu quero o ver sofrendo.

- Quer vingança? – ele fez uma curta pausa. – Pois se vingue logo! – abriu os braços e fechou os olhos.

Fiz uma careta e me aproximei dele. Abaixei minha cabeça e senti cheiro de bebida. Não é possível!! Sentei-me do seu lado em posição de índio. Damon abriu um dos olhos e me olhou. Fez outra careta e ficou de frente para mim.

- Não vai me matar? – arqueou a sobrancelhas.

- Não tem graça em matar um vampiro bêbado. – dei de ombros.

Damon jogou-se na cama e passou os braços sob a cabeça. Ele parecia cansado e derrotado. Que droga! Desde quando o “senhor gostosão debochado” Salvatore virou o “mate-me mundo cruel” Salvatore?

- O que aconteceu? – perguntei enquanto me levantava e passeava pelo quarto.

Damon nada respondeu. Suspirei e peguei alguns livros em cima de uma escrivaninha. Também tinha um CD, é, Damon gostava mesmo de Taylor Swift. Ri pelo nariz.

Um barulho soou pela casa. Parecia uma porta sendo aberta grotescamente. Olhei para Damon e ele já estava na minha frente. Pegou-me pelo braço e me levou até um quarto escondido. O olhei confusa e me soltei dele.

- Por favor, fique aqui e não saia.

- Você não manda em mim! – eu disse saindo de lá, mas Damon me segurou pelos braços.

- Então eu sinto muito em fazer isto. – ele disse e trancou a porta. Dei um soco e um chute para tentar abri-la, mas não adiantou.

Aproximei meu ouvido da porta para tentar ouvir quem tinha chegado daquela forma.

- É falta de educação demorar a atender as pessoas, Damon. – uma voz rouca e fascinante disse.

- Está aqui o que você quer. – ouvi um barulho parecido com prata batendo uma na outra.

Mais um pouco do barulho e o homem com voz sedutora falou novamente.

- Só tem dois anéis aqui. – sua voz aumentou. – Cadê o anel da garota?

Damon respondeu:

- A garota está morta. – do que eles estavam falando? – ela não estava em Glens Falls. – Damon disse com desdém. Eles estavam falando de mim, mas o que anéis têm a ver com isso?

- Morta? Bom, então nós não precisamos do anel, não é? – ouvi um riso vindo do homem com voz rouca.

- Eu não sei, mas eu fiz o que você pediu. Agora devolve o meu irmão! -  Damon disse nervoso.

- Mas é claro. Percebeu como é bom estar sem a família, Damon? – o homem disse provocador.

- Não lhe interessa Klaus. Devolve o meu irmão e vamos acabar com isto.

- Terei prazer em cumprir a minha promessa, mas antes eu tenho que verificar se o feitiço vai dar certo.

- ISSO NÃO ESTAVA NO NOSSO ACORDO! – Damon gritou e eu ouvi uma risada do homem.

- Até mais, Damon.


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Notas finais do capítulo

Ficou meio dramático, não ficou? Bom, quero saber o que vocês acharam, então por favor mandem reviews. Quem escreve sabe o quanto é importante.
Espero que vocês tenham gostado do capítulo e eu quero agradecer Mr Winchester Salvatore e a hellen pelos reviews. eu fico muito feliz em estar agradando vocês.
Bjos, até o próximo capítulo.



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