No Fim Estarei No Início Com Você escrita por Samel Melpomene


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mudança de rotina


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me por essa demora, mas faltou-me inspiração.
Aproveitem.
obs: Eu ainda adoro a musica "At the beginning", mas sugestões estão dispostas.



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Capítulo 2 – Saída da rotina

Aparte a Melody:

Depois de ter voltado, resolvi ver a decoração do meu aniversário, as pessoas preocupadas com cada detalhe da minha festa, como se fosse uma coisa importante.

De qualquer maneira, estava realmente ficando incrível. Distraídas com a decoração, que nem minha mãe ou eu percebemos que meu irmãozinho que estava agitado no colo dela até ele gritar.

Olhamos para ver o que havia acontecido, ele apontava para minha bolsa, que brilhava e se mexia.

Abri-a, a flor artificial saiu voando em rotação ao próprio eixo. Iluminou-se ao chegar ao centro em relação a todos os lados do salão. Um feixe de luz escuro saia de seu núcleo. Todos em volta ficaram pasmados.

- Melody, onde encontrou essa flor? – Quase grita meu pai, que não sei quando ou de onde apareceu.

Antes que eu pudesse responder, minha mãe interrompeu:

- É uma flor da Liga de Lótus. – Disse impressionada, mas tentava manter a serenidade – Foi feita para mostrar o caminho de uma força desconhecida, que reza ser mais poderosa que o tridente.

Ficamos fitando aquela flor que continuava a rodar e soltar a iluminação. Mamãe pedira para Carlota levar Dastan na hora da demandada, por medo, dos empregados. Alguns ainda tiveram a coragem de ficar, se uniram aos guardas que vieram em proteção.

Depois de um tempo, a flor parou de girar e como de supetão, “cuspiu” algo escuro. Mal se conseguia ver uma forma exata, ele subiu e desceu a quase nossa altura.

Revelou ser uma sereia. Tinha a calda negra, cabelo liso e branco – Não grisalhos. Olhos com a esclera amarelada e íris vermelha. Numa pele morena, sem vida. De uma idade de aproximadamente 40.

Ela começou a encarar-me, como se eu já não tivesse sobressaltada o suficiente. Ela tinha um sorriso meio que sarcástico. Avaliou em volta, retornou o olhar para mim e indagou inexpressiva:

- Você é Melody, certo?

- Ah... – Não sei se deveria responder.

- Eu já sei que é. Também, é a escolhida. – Disse em uma malícia.

- Escolhida? – Minha mãe repetiu como para entender.

- Sim, a escolhida para recuperar um objeto muito mais poderoso que o tridente que minhas filhas quiseram ter. – Ela deu um suspiro alto – Sabia que eu as vigiava?

Ela não poderia ser...

- Sim, minhas filhas – O sorriso começou a desaparecer – As que vocês duas – Apontou já enfurecida para mim e minha mãe – Tiveram a audácia DE DESTRUIR!

Os olhos dela ficaram completamente vermelhos, estava emanando raiva. De repente, de suas unhas com pontas de garras saíram um espécie de fumaça negra, elas foram a muitas direções, duas foram a mim e tentaram me envolver, mas fugi de ré. Minha mãe não teve tanta sorte, já estava envolvida no ar. Meu pai lutava com sua espada que, nada adiantava. Os soldados lutavam com os outros rios de fumaças que os caçavam.

Estava distraída com relação aos dois tentáculos arrepiantes a minha frente, que nem percebi o que estava atrás de mim. Ele me envolveu e meu levitou até a altura da dona.

- Pois bem, essa medíocre foi escolhida. A flor é que escolhe – ela olhou para flor com desdém e ódio enquanto cuspia as palavras – Você não sabe como é ficar condenada a mais de 40 anos lá dentro.

- Quem é você? O que você quer? – Eu disse numa espécie de confusão, raiva e dor pelo aperto.

- Ah! Desculpe-me. – detestei o sarcasmo dela – Sou Romena. E o que eu quero você disse? Eu quero o báculo de Lótus, um bastão mitológico, perdido há muitos anos. E pelo jeito – disse como se me verificasse – é você quem trará para mim.

Estava imóvel, mas vi minha única saída. Em cima de uma mesa que estava logo abaixo de mim tinha uma pistola, provavelmente perdida por um dos soldados agarrados. Só precisava descer um pouco para no mínimo pegá-la com o pé. Então, com minha perna – ela só tinha me prendido pelo dorso juntado com os braços –, chutei o braço da bruxa.

Ela encolheu o braço e me soltou e a metades dos seus prisioneiros. Caí; impacto: primeiro de metade à mesa, depois inteira ao chão. Cheguei ao solo com a costela latejando. Quando me dei conta, ela me olhava realmente furiosa. Peguei a arma e apontei a ela. Ela sorriu como triunfo, afinal se fosse um ser com calda flutuando no ar como se nadasse, eu pensaria também que tinha ganhado.

Atirei em um ato desesperado no colo. Ela foi jogada para o canto e caiu imóvel (como todos que ela segurava com aquele poder). Estava confusa e amedrontada demais para poder cantar vitória. A decoração que estava ficando linda agora toda jogada no chão. Meu pai ajudava minha mãe a levantar que fora jogada ao tapete, os dois me olhavam com espanto, os guardas levantavam. Olhei para a costela que ainda doía e percebi que sangrava.

Distraída, não percebi uma presença atrás de mim. “Queridinha”, eu ouvi atrás com um sarcasmo tenebroso. Virei-me, o olhar que ela me deu era algo que realmente você temeria.

- Eu vou ser piedosa, porque preciso de você. Mas se você não fizer por bem, terá que fazer por mal.

Ela se afastou e estalou os dedos, num piscar de olhos, meu irmãozinho apareceu dormindo em sua mão ela embalou nos braços. Quis pegá-lo, mas ela levitou até mais alto de mim.

- Que lindinho. Coitado por não saber que a mãe a irmã são duas assassinas.

- Por que você mesma não pega o báculo? – Meu pai perguntou do meu lado num tom quase desesperado.

- Não é óbvio? – Argumentou – A flor mostra qual o destino ajudará a encontrar. E seria eu, mas me forçaram a não procurar. Falei para minhas filhas caçarem para mim, mas elas acharam que era o tridente – Disse em estilo melancólico.

Tentei raciocinar, mas comecei a ficar tonta e a dor no meu dorso estava insuportável, agora percebera o tamanho do ferimento. Ela olhou para mim e me envolveu e me levantou numa nuvem negra. Não evitei.

- Façamos o seguinte – ela começou – Eu poderia matar todos, mas como preciso do báculo para recuperar minhas filhas, vou fazer você pegá-lo e entrega-lo a mim. Caso não – disse em um sorriso amedrontador bem animado – eu torturarei toda a sua família até a morte.

Olhei para ela, nas mãos em que embalava meu irmão, saía vários daqueles tentáculos que imobilizava os que estavam atrás de mim. Romena tinha um sorriso triunfante. Eu não lutava, não pensava.

Ela pegou um de seus dedos da mão livre e criou um vórtice, parecia ser água, no momento não sabia. Ela me jogou lá, sem soltar-me. Era água salgada, tentei segurar meu broche e me transformar logo em sereia, mas não conseguia.


Depois de um tempo segurando o ar, comecei a sentir a água me infiltrando. Não conseguia resistir e ainda, sem me mover. Vi a flor de lótus roxa do meu lado. Desmaiei.


Aparte a Jim:

Aproximamos-nos, ela estava encharcada, e deu um lado das costas se alastrava uma trilha de sangue. Entreolhamos-nos pasmados.

Peguei a garota nos braços, Amália se adiantou para avisar Delbert e eu a seguia logo depois. Entrei, todos ficaram assustados. Delbert falou para subirmos e para alguém pegar seu kit de primeiros socorros. Coloquei-a em uma cama num dos quarto.

Ele entrou e ficamos do lado de fora esperando.

Será que sabem o quanto é difícil encontrar alguém ensopado assim pelo espaço. Ainda mais no cais.

Só sei que ninguém no corredor – Amélia, minha mãe e eu – tinha alguma conclusão, então o silêncio reinava.

O Sr. Delbert saiu, estava tudo bem com a moça. Ela tinha inspirado muita água e o ferimento era relativamente grave. Porém ela iria acordar no máximi amanhã.

Minha mãe trocou-a a roupa para uma delas mais secas. Depois fiquei de sentinela, comecei a observar-lhe. A pele um pouco morena, prova de que ela pega sol diário. As feições delicadas. Um cabelo preto vistoso, ondulado nas pontas, que chegava a final do dorso.

Depois de um tempo a apreciando, ela dá um grunhido e começa a se contorcer. Ela abre os olhos lentamente, revelando um par de profundos olhos azuis. Primeiro estava inexpressiva, depois se assusta, provavelmente comigo e com o lugar diferente.

-O que... Ai!- ela tinha percebido o ferimento já embalado na costela.

-Ei! – chamei-lhe a atenção – Relaxe, você está debilitada no momento.

-Quem é você? Onde estou? – estava realmente confusa.

-Sou Jim, você apareceu no cais dentro de um redemoinho que surgiu do nada. – Tentei explicar. – Mas de onde você é?

Ela segurou a cabeça e tentou se lembrar, pelo que parece, do que tinha acontecido. Quando se lembrou, deu um suspiro alto. – Sou a princesa da Dinamarca.

- Dinamarca?

- Sabe. Aquele país escandinavo que fica no topo da Europa.

- “País”? Não estou perguntando o planeta.

- Como? Planeta? Desculpe-me, mas acho que não é hora de gozação.

“Gozação” Será que ela não sabe que há vidas em outros planetas. Já ouvi falar que existem alguns mundos que não tem esse conhecimento. Mas é muito raro.

- Só me responda – disse em precaução – Por que estamos no planeta Monstressor.

Ela parou por um momento, tentava entender estupefata. Ela deveria pensar que, ou eu era maluco ou estava gozando com a cara dela.

- Moro no planeta Terra. – proferiu cautelosamente.

“Terra”? Agora alguém está zoando é comigo. Está sendo coincidência demais para meu gosto. Só falta ela decodificar aquela língua estranha.



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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço elogios?
O Romance e Ação começaram em breve.
Até a próxima ;D