“And consequences in the future/ The feeling is now/ And I can’t feel the future” (E as conseqüências no futuro/ O sentimento é agora/ E eu não posso sentir o futuro)

   Xena lutava contra Alti. Como isso era possível?A xamanesa estava morta...

  -Xena, você nunca se verá livre de mim. Você pode me matar quantas vezes você quiser, mas é impossível você me deter. Um dia, eu sei, eu serei tão poderosa que não haverá saída. Conquistarei o mundo.

    -Vai embora, demônio! Vá para o Tártaro, que é o seu lugar. Você está morta!

    -E logo você também estará... Permita-me lembrá-la disso.

    Uma imagem surgiu dentro da cabeça de Xena. Estava nevando, e o corpo dela era arrastado pelo chão.

    Perdeu toda a mobilidade do corpo; não estava apenas vendo a cena, estava vivendo.

    Colocaram-na na cruz. Gabrielle estava ao seu lado, também em uma cruz.

    -Eu te amo, Xena.

 Um martelo desceu em direção à mão de Xena, pregando-a na cruz. O mesmo acontecia a Gabrielle.

 Iam morrer, o fim estava próximo... Xena começou a sentir sua alma deixando o corpo para trás...

   Xena acordou sobressaltada. Sua mão doía um pouco, exatamente no lugar onde estaria o prego romano. Uma lágrima ameaçou rolar-lhe dos olhos. Ergueu a mão (ainda doía) para secar os olhos.

   -Gabrielle, eu não vou deixar isso acontecer, de jeito nenhum. – Murmurou.

   -Não vai deixar o que? – Gabrielle perguntou, para a surpresa de Xena.

   -Nada, pode voltar a dormir.

   Gabrielle se sentou, encarando Xena.

   -Eu estava acordada. Ouvi você murmurando durante o sono. Você estava sonhando com Alti, não foi?

   Não havia como mentir.

   -Durante o sono eu vi a nossa morte, de novo. Nós estávamos sendo crucificadas.

   -Xena, eu já te disse: isso foi um truque de Alti. Era para te fazer sofrer...

   -Gabrielle, você não viu o que eu vi.

   -Não, eu não vi. E mesmo que seja verdade, eu não me preocupo. Uma hora, teremos que morrer, não é?

   -Não brinque, Gabrielle, isso é sério. Se você morrer, eu serei a culpada.

   -De jeito nenhum. Xena, se você não se lembra, fui eu quem insistiu para você me deixar viajar com você. E, graças aos deuses, você aceitou, e eu me sinto completa ao seu lado.

   Gabrielle abraçou Xena.

   -Gabrielle...

“But I can be there for you now” (Mas eu posso estar com você agora)

   -Não diga nada, Xena. O que importa é que estamos juntas. E se tivermos de morrer juntas, nós vamos morrer. Até na morte, Xena, eu estarei sempre do seu lado. É assim que vai ser, porque eu te amo.

   -Eu também te amo, Gabby.

   Voltaram a se deitar; estavam de mãos dadas.

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Epílogo: “I only want what I can’t have/ I only need what I don’t want/ I only want what I can’t have/ I only need what I don’t want/ I only want what I can’t have/ I only want what I can’t have…”

   Logo que Xena começou a dormir, Gabrielle se levantou. Havia mais um texto para ser escrito no pergaminho secreto.

     Implorando

 Implorei para que você me levasse

 Implorei para que você me ensinasse

 Tudo o que você sabia

 Implorei para que você não me deixasse

 Implorei para que você voltasse

 Para que eu te tivesse todo dia

 Implorei para os deuses

 Não deixarem a sua luz se apagar

 E tudo o que implorei

 Foi por tanto te amar

 Se impossíveis são as coisas que quero

 Ou se preciso de coisas que nem sei

 É por que meu coração é sincero

 E desde o início eu te amei

 Imploro agora pelo nosso futuro;

 Se vamos morrer ou se viveremos

 Isso não importa para mim

 Porque você é o meu porto seguro

 E juntas sempre estaremos.

 O destino que peço é assim.