A Mensageira escrita por Becca Armstrong


Capítulo 11
Capítulo 11 -Avanços


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora!



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Fomos ao carro de Will, uma picape gigante. Chegando ao restaurante, demos de cara com uma fila imensa.

-Hora de usar nossos dons, Ellie. –Lizzie me puxou até o recepcionista e falou alguma coisa com ele. Só percebi que funcionou porque em menos de cinco minutos estávamos na mesa, passando mais de dez casais.

O jantar foi tranqüilo, até um garçom chegar até mim.

-Senhorita, o cavalheiro no bar me pediu para lhe trazer isso. –Ele me passou um drinque azul e uma folha, com o nome do cara (Matt) e um telefone.

Thiago já se levantou e foi ao bar.

-Idiota, não viu que ela já tem companhia? –Thiago pressionou-o contra o balcão. –Por acaso se parece com uma garota disponível?

Matt nem teve chance de falar antes que Thiago desferisse um soco em sua boca. Os dois começaram a lutar. A luta estava mais para nocaute, visto que Matt não acertou um soco em Thiago e, ainda por cima, não se desviou de nenhum.

Os garçons chegaram e pararam a briga.

-Senhor, pare. –Os garçons prenderam Thiago. –Esse homem é o DONO do estabelecimento.

-Tirem esse ogro da minha frente! –Matt disse. Depois ele veio até mim, como se nada tivesse acontecido. –Oi, quer vir comigo a um lugar mais... –Ele chegou mais perto. –Privado?

Não sabia o que dizer. Eu não queria, obviamente. Mas... Como se dá um fora em um cara? Eu nunca tive que fazer nada assim antes!

-Não, obrigada Matt. Mas eu já tenho companhia. –Olhei para meus amigos, procurando apoio.

-Então você namora aquele fracassado? Eu posso te oferecer mais, gata. –Ele chegou mais perto e eu me afastei. Thiago não era meu namorado!

-Matt, meu irmão te deu mais de dez socos e você não se desviou de um! Minha amiga prefere homem a um cartão de crédito. E, pro seu governo, meu irmão pode dar a ela tudo e muito mais do que você! –Lizzie falou, dando um soco nele. De soslaio, vi Matt perder a compostura ao ser batido por uma garota. -Vamos sair desse restaurante de boca de estrada, gente. –Disse Lizzie.

Quando todos saímos, Will disse:

-Pelo menos não tivemos que pagar a conta. –Todos rimos e fomos de volta a CCCM.


Lizzie e Will se despediram mais que depressa, e Thiago e eu ficamos a sós.

-Quer caminhar um pouco? –Ele sugere.

-Claro.

Terminamos na praia, Thiago com uma garrafa de vinho. Eu sei que eu não deveria beber, mas eu realmente precisava relaxar.

-Senta Ellie. Eu não mordo. –Thiago colocou sua jaqueta na areia para que eu não sujasse meu vestido. Quem ainda fazia isso hoje em dia? –Tudo bem?

-Tudo. –Sento-me rapidamente. O vento nessa praia é terrível à noite. O que é isso? Coloco minhas mãos sobre os braços, tentando afastar o frio.

-Vem cá. –Thiago não espera minha resposta e me puxa para seus braços. Ele abre a garrafa e toma um pouco. –Ellie, eu sei que você não pode beber, mas...

Puxo a garrafa de seus dedos e coloco minha boca no bico. Eu aprendi um pouco sobre vinhos na aula de etiqueta, e posso dizer que esse é bom. Para um vinho tinto está realmente muito bom (eu prefiro os brancos).

-Não exagera. –Thiago puxou a garrafa. –Não quero ser culpado por te embebedar.



Bom o fato é que ele embebedou. Nós dois ficamos razoavelmente embriagados. Contudo, Thiago estava mais acostumado a isso do que eu.

-Ellie, é melhor a gente voltar para a escola. Está quase amanhecendo. –Olho para o mar e vejo que ele tem razão. O sol já está nascendo. Pego a jaqueta dele, passo ao redor dos meus ombros e vou andando. Thiago vem para o meu lado e eu solto uma das frases mais bestas que eu já pensei.

-Por que você não age? –Pergunto.

-Como assim? –Thiago para e olha para mim.

-Tipo... –O vinho dificulta meus pensamentos. –Eu estou muito a fim de você, mas você não parece estar nem aí para mim, cara. –Ótimo! De dez palavras, nove foram gírias de surfistas! –E... Tipo... Eu gosto de você...

-Ellie... –Thiago vem mais para perto de mim. –Eu... Eu também gosto de você. –Ele afaga minhas bochechas. As mãos deles são quentes demais! Ou será que minhas bochechas estavam quentes demais? Thiago está com os lábios a um centímetro do meu.

-Thiago...

Meu celular toca. Olho no visor. Minha mãe? Que hora para ligar!

-Oi?

-Ellie, aproveite que está na Corporação e olhe a biblioteca, na seção famílias importantes, na parte de Clemendon. Boa sorte, meu bem. Sentimos sua falta. –Ela desligou depois. Que lindo telefonema, mãe! Nem um “Como está?”, “E seus sentimentos? Eu sei que varremos todos para baixo do tapete, mas você encontrou pelo menos metade, não é?”.

-O que foi? –Perguntou Thiago.

-O que sabe sobre os... –Tive alguma dificuldade para me lembrar do nome, mesmo tendo ouvido a menos de um minuto. Maldito vinho! –Clemendon? Minha mãe me mandou pesquisar sobre eles.

-São parte da realeza de caçadores. Tudo que tem relação com poder tem os Clemendon no meio. O último Clemendon foi Phillip, casado com Helena. Eles morreram há uns dezesseis anos. Eram importantes. Parte do conselho, dos Grandes... Por que será que sua mãe quer que pesquise sobre eles.

-Thiago, eu acho que eles podem ser meus pais. –O olhar de Thiago estava inexplicável... Surpresa, preocupação, receio... Nada diferente do meu.

-Pais? O quê? –Ele largou o vinho na areia.

-Pois é. De filha nerd a Grande, de Grande a órfã, de órfã a filha da realeza de Caçadores. Sabia de uma coisa Thiago? Minha vida não é fácil. –Sento-me na areia.

-Eu posso ajudar Ellie. –Ele segura minha cintura. –É só confiar em mim.

Olhos nos olhos verdes de Thiago e meio me perco, meio recupero a sobriedade que o vinho tirou. Ou meu corpo realmente dissolve substâncias mais rápido que o normal, ou Thiago me desperta. Ou os dois. Quem liga?

Seguro a cabeça de Thiago e me aproximo. Ele senta e me puxa para seu colo, e eu mal percebo o movimento. Ele roça o nariz no meu e toca meus lábios com os seus.

-Ellie, isso é um sim? –Ele me dá um selinho de leve.

-Claro. Você já está na minha vida, Thiago. E é uma parte muito importante dela. –Parece que a ousadia do álcool continua.

Thiago me beija. Seus lábios são quentes, macios e têm um gosto delicioso de vinho. Passo as mãos ao seu cabelo e puxo-o mais para mim. Ele prende minha cintura e me deita levemente sobre seu corpo. Levo meus lábios a seu pescoço, fazendo uma trilha de beijos.

Então sinto uma forte onda vir até mim. Só uma palavra preenche os pensamentos de Thiago.

Amor”.


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Notas finais do capítulo

Comentem meu povo!!!!!!



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