var Nayume = prompt(“Qual o seu nome?”,”")

(document.write(Nayume) POV)

Abri os olhos, e os raios de sol que atravessavam a cortina me revigoravam. A única coisa que me manteve forte durante meses, e me fez agüentar todas as enfermidades que a vida colocou pelo meu caminho. Crescer sem minha mãe, é algo muito difícil e tudo se torna pior, quando seu pai viaja constantemente à trabalho. Nunca fui de reclamar da minha vida, porque nunca passei necessidade... mas essa estrada pode ser bem solitária.

Em meados de 2010, descobri algo, ou melhor, pessoas que mudaram minha vida e elas tinham nome: Louis Tomlinson, Harry Styles, Liam Payne, Zayn Malik e Niall Horan. Eles formavam a banda britânica One Direction, e depois que comecei a acompanhá-los, tudo ficou mais “suportável”. Meses atrás anunciaram que em sua turnê mundial, o último país a ser visitado seria o Brasil, porque iriam aproveitar e descansar nesse lugar tropical em suas merecidas férias. Me lembro bem... Passei uma noite em claro, esperando os ingressos ficarem disponíveis à compra online e logo que pude, adquiri o meu. No dia seguinte à isso, meu pai me surpreendeu comprando o passe livre, o qual eu poderia conhecer os garotos. Desde então, venho contando ansiosamente pelo momento de minha vida. E esse momento havia chegado.

Na madrugada de hoje, iria pegar um ônibus até São Paulo, com a Amanda, Jaque, Isadora e Bianca. Essas eram minhas melhores amigas, qual eu compartilhava todos os meus segredos e aflições. Estava tão absorta em meus pensamentos que só ouvi meu celular tocar quando estava no final da canção. Na hora em que atendi, já pude ouvir os gritos:

– CELULAR É ENFEITE, NÉ? Porque pelo visto, você não curte atender o seu! – berrou Bi com aquela sua voz profunda.

– Oi Bianca! Sim, eu estou bem, obrigada por perguntar – respondi num tom casual

– Você já terminou de arrumar suas malas? Lembra, tínhamos combinado de passar o dia juntas! Espero que você esteja à caminho. OPA, a campainha tá tocando! Até daqui a pouco, tchau!

Desliguei o telefone, com um esboço de sorriso em meu rosto. “Essas meninas são mesmo ótimas amigas” pensei. Tudo estava pronto, então desci às escadas com as malas. Encontrei meu pai à minha espera, pronto para me dar instruções, como de costume:

– Ligue na hora que chegar, se precisar de algo, e toda noite antes de dormir. Não converse com estranhos, não aceite carona de tais, e seja muito cuidadosa!

– Tudo bem, ligarei assim que chegar – ouvi a buzina do motorista à minha espera – Tenho que ir papai, te amo.

Disse, dei-lhe um beijo rápido na bochecha e corri porta afora. Entrei no carro, afobada. Daqui dois dias estaria cara à cara com as pessoas mais importantes da minha vida. Na hora em que me dei conta, estava na porta da casa de Bianca. Dei um tchau rápido ao motorista, peguei minhas malas e corri até a porta. Bi abriu antes mesmo de eu tocar a campainha e me recebeu com um abraço apertado:

– Ainda bem que você chegou, estávamos esperando você.

E atrás dela, estavam todas as meninas. Conversamos a tarde inteira, e à meia noite, a mãe dela nos levou até a rodoviária. No ônibus, passamos a maior parte do tempo dormindo, e ao chegarmos à grande São Paulo ficamos maravilhadas. Naquela cidade tudo era lindo! Chegamos ao hotel e fomos tomar um banho, que revigorou nossas energias.

Mands, sendo a mais gulosa estava faminta, e queria ir comer algo. Fomos ao shopping, comemos, voltamos ao hotel e ficamos lá até o sono bater. Fomos dormir com uma certeza: o dia seguinte seria inesquecível.

(Mands’ POV)

O relógio parecia voar, e eu não conseguia pregar os olhos. Todas as meninas já estavam dormindo, e provavelmente sonhando em como seria o show, mas eu simplesmente não conseguia! Comecei a pensar em tudo, em meus irmãos, em meus pais e até no meu cachorro. Eu de todas era a mais ansiosa, não conseguia controlar minhas emoções, e deixei o mais fundamental em casa: meu remédio. Fechei os olhos e pensei: “vou deixá-los fechados só um pouco”. E quando percebi, meu despertador estava tocando.

(Isa’s POV)
Era quase dez horas da manhã quando o despertador de Mands começou a tocar. Todas acordamos exaltadas, e nos demos conta de aquele seria o melhor dia de nossas vidas. Tudo parecia mais vívido, e mais emocionante. Descemos, almoçamos e quando nos demos conta, era hora de irmos para o show. Pegamos tudo aquilo que era necessário, e mal trocávamos palavras. Todas estávamos nervosas, e ao entramos no taxi, sentia meu coração disparar.

Ao chegar na porta do estádio, vimos aquela multidão, e percebemos que para ingressos VIP’s eram poucas. Nós e mais 4 meninas. Sentamos em nossos locais destinados e nesse momento Mands começou a despejar:

– Deus, como estou nervosa! Não vejo a hora de o show começar, e podermos ir lá conhecer eles! Ai, como estou ansiosa!

– Nossa, por favor Amanda! Para de falar! – disse Nayume, com sua voz meiga tentando soar autoritária

– Você teve o caminho todo para falar e resolve fazer isso agora? – falei, tentando ficar brava, mas soltando uma leve risada.

Todas nós começamos a nos distrair, quando todas as luzes se apagaram e um silencio tomou conta do local. Minhas mãos suavam, e eu poderia ter um ataque cardíaco a qualquer momento quando o estádio todo começou a gritar:

– ONE DIRECTION, ONE DIRECTION, ONE DIRECTION!

E nesse momento, as cortinas começaram a subir.