Dear Diary escrita por Queen of Kansou
– Já que quer tanto ter uma reunião de família durante essa linda festa que estamos dando, irmã... Então teremos! - Klaus fechou a porta do escritório.
Elijah puxou uma cadeira para que a irmã pudesse sentar-se, agradecida ela sentou-se e encarou Klaus com fúria.
– Você me deixou trancada naquele maldito caixão durante um século inteiro, Nik!
– Você mereceu isso, Rebekah.
– Eu mereci? O único que merece ficar empalado dentro de um caixão é você, seu monstro. E essa jovem garota Katherine? Por que a transformou?
– Katherine não é de sua conta, Rebekah. A questão aqui não é ela e sim nossa família.
– Família? Como ousa pronunciar uma palavra na qual você não sabe o significado? - As lágrimas nos olhos de Rebekah começavam a cair. - Você não sabe o que é ter uma família. Você não sabe o valor de uma família.
– Tudo o que faço é para proteger você, irmã.
– Proteger? E quanto a Finn? Kol? Eles estão há muitos anos trancafiados naqueles malditos caixões, tudo por que fizeram algo contra o seu gosto. Elijah, diga algo, seu silencio irá me enlouquecer.
– Niklaus, Rebekah está certa. Já está na hora de dar liberdade aos nossos irmãos.
– Claro, Elijah... o irmão mais admirável, mais responsável e mais nobre. - Klaus gargalhou - Acham mesmo que preciso de vocês para tudo, não é? Se eu pudesse... - pausou.
– Se pudesse o que Niklaus? Nos colocaria novamente dentro de caixões durante séculos e mais séculos? Não temos medo de você, Nik. - Rebekah cuspia as palavras demonstrando a fúria. - Você não merece ninguém. Katherine foi esperta em deixá-lo. A única companhia que você merece, é a sua.
– Vocês me culpam por tudo, mas não enxergam tudo o que já fiz por vocês.
– Cala a boca Niklaus. Você nunca nos deixou ir para longe por sentir medo. Por que sabe que sem nós por perto, Mikael o mataria mais fácil. No final de tudo, você não passa de um covarde. - Disse Elijah virando as costas e saindo do escritório.
Klaus permaneceu parado, apenas observando o irmão sair e Rebekah em momento algum desviou o olhar do irmão. A vontade de voar no pescoço dele e arrancar a cabeça era quase que incontrolável. Mas apesar de tudo, ela ainda o amava. Ela odiava isso e odiava mais a si mesma por amá-lo tanto.
O juramento que fizeram assim que sua família foi destruída pelas atitudes de seus pais, "sempre e para sempre" não era o que realmente a prendia a Klaus. Ela desejava voltar a viver como uma família e sabia que Elijah compartilhava o mesmo sonho e era por isso que eles nunca o deixaram, mesmo sendo uma de suas vontades. A redenção de um filho que foi negado pelo homem que chamou de pai a vida toda, a tragédia de uma família que deveria ter deixado de existe há vários séculos atrás, a maldição de ter que ver os tempos mudarem e nunca envelhecer. A imortalidade deveria ser um dom, mas com o tempo tudo torna-se clichê.
– Elijah? - Katherine chamou a atenção.
– Katherine... - Ele a abraçou forte durante algum tempo. Cada músculo de seu corpo tremiam por causa do estresse. Presenciar mais uma briga entre irmãos o causava um grande desgosto. Provavelmente se fosse humano, já teria infartado.
– Eu preciso ir! - Disse ela o empurrando e desaparecendo.
Ela encostou-se em uma grande arvore e respirou fundo.
– Olá Katherine... acho que temos um acerto de contas! - Disse Mikael encostando uma adaga nas costas da garota na altura do coração.
– O que você quer?
– Você quebrou meu pescoço quando eu pretendia matar minha filha. Será que nunca lhe ensinaram a não se meter em briga de família? - Ele a virou com violência.
Os olhos dela continuavam insondáveis, era como se o medo não existisse. Mas algo estava acontecendo, Mikael aos poucos parecia perder as forças até que ajoelhou-se no chão. Agora uma nova pessoa aproximava-se e Katherine sem pensar duas vezes quebrou o pescoço de Mikael, novamente.
– Demorou a chegar, Emily.
– Tive um problema com a carruagem. - Ela sorria. - Onde está a irmã original?
– Resolvendo coisas do passado. Vamos?
– Claro!
Katherine arrastou Mikael até a carruagem e seguiram para a casa.
– Por que precisamos mantê-lo conosco? - Perguntou Katherine
– Precisamos ter uma vantagem, caso os Mikaelson venha a interferir em meus planos.
– E posso saber que planos são esses?
– Menina, negócios de bruxa. Vampiros não devem intrometer. Mas garanto que será totalmente vantajoso para você, minha querida. - Ela sorriu.
–Espero que sim! - Katherine subiu as escadas até seu quarto. Retirou o pesado vestido e as jóias. Sentou-se na cadeira da penteadeira e chorou silenciosamente.
A machucava saber que esteve tão próxima daqueles que ama e não pôde fazer nada além de afastar-se. Quando Klaus encostou seus lábios aos dela, a vontade de beijá-lo era tão grande que se não fosse por Rebekah, teria o feito. Uma brisa gelada entrou pela janela do quarto, então levantou-se e fechou. Lá em baixo na rua, havia uma figura pálida e tristonha observando-a pela janela. Era Klaus, ela fechou os olhos durante alguns segundos quando abriu novamente, ele já não estava mais.
A garota deitou-se na cama e logo adormeceu.
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