Capitulo 17

PDV Autora

A ruiva mais uma vês releu a carta, já era decima vês que a lia, ela estava tentando encontrar um ponto que fosse mentira.

Ela não estava gostando nem um pouco daquela brincadeira de mau gosto.

Olhou ao redor para ver se tinha alguma câmera escondida, ou alguém da família atrás das estantes.

Mas não tinha nada, e nem ninguém.

Mas no fundo, no fundo mesmo, ela sabia que era verdade, e agora parecia que tudo ia clareando na mente dela, tudo fazia sentido agora.

Releu mais uma vês a carta, e chorou, chorou por tudo o que tinha acontecido, e pelo o que estava acontecendo.

-Jake - conseguiu chamar através das lágrimas, e o moreno veio correndo ao seu encontro.

-O que esta escrito na carta?- ele perguntou assim que viu o estado dela.

Ela balançou a cabeça negativamente e abaixou os olhos cheios de lágrimas.

Uma dor profunda se encontrava no seu coração. Ela preferia nunca ter descoberto tal coisa como essa, aí talvez não estivesse sofrendo tanto.

Então ela entregou a carta para ele e o olhou mais apreensiva.

Ele logo pegou a carta da sua mão, um pouco temeroso e começou a passar os olhos por ela.

Ela respirou fundo e levou a sua mão até a barriga- que ainda estava lisa- e respirou fundo mais uma vês.

Agora tudo fazia sentido, agora ela entendia.

Ela queria sentir raiva, ódio de Isabella, por ter tirado ela de sua família, e ainda não ter dado o amor que ela merecia ter ganhado dês de criança, mas não conseguia sentir isso por ela.

E sentia mais ódio ainda dela mesma, por não conseguir odiar quem merecia.

Mas ela não conseguia, mesmo se ela quisesse, mas ela não conseguiria, pois seu coração era bom de mais para tal sentimento.

E ainda por cima, Isabella, mesmo não tendo a amado, ela tinha dado uma das pessoas mais preciosas para ela.

Seu pai - que na verdade era seu tio - que apesar de tudo que tinha descoberto, homem nenhum poderia preencher o que ela sentia por ele.

Sentia tristeza, de não ser filha de sangue dele, e também, dele ter falecido, pensando que ela era a sua filha de verdade. O que era uma pura mentira.

Contada por capricho de Isabella.

Tinha que admitir, a ruiva nunca tinha se dado bem com Isabella, mas nunca imaginava que ela poderia ter feito isso. E ainda mais ela fez tudo pensando nela mesma, não pensou em nenhuma consequência que poderia trazer no passar de sua vida.

A ruiva até pensava que a morte dela, era por ela ter feito tudo isso.

Deveria estar pagando tudo de ruim que já fez em sua vida.

O moreno a olhou com um semblante triste, e isso a fez ficar pior que já estava.

-Nessie...Eu nem sei o que dizer...- falou o moreno balançando a cabeça.

-Shi, não precisa dizer nada- sussurrou ela, então ele a abraçou com força.

-Querida, o policial que esta cuidando do caso dos seus pais chegou- falou Esme entrando no escritório, onde encontrava só os dois.

Ela levantou os olhos para a mais velha que se encontrava na porta, e se sentiu pior ainda. Passou a mão de leve no rosto, tentando fazer as lágrimas pararem de cair.

Mas a dor em seu coração ainda era grande.

-Já estou indo... Avó- ela falou a palavra com tristeza.

O moreno pegou na mão dela, e apertou, mostrando a ela, que ele estava com ela.

-Vamos- falou o moreno começando a andar.

A ida até a sala nunca tinha sido tão longa, e ao mesmo tempo triste, parecia uma eternidade, pois tudo que a ruiva tinha certeza na vida tinha sumido, agora, parecia que nada fazia sentido, pois ela estava ali ocupando um lugar que não pertencia a ela, pertencia à outra pessoa por direito.

-Eu estou aqui, por que acho que vocês mereciam saber- falou o policial Gomes.

-O que é de tão importante?- perguntou Calisle , tirando a pergunta da boca de todos.

-Primeiro, sabe, como eu acabei de sair da delegacia, não tive tempo de comer nada, será que não tem um bolinho?- perguntou o policial se sentando no sofá.

Suas palavras fez todos se assustarem, com tamanha cara de pau.

Emmett não conseguiu se segurar e soltou uma risada, fazendo todos olharem com um olhar reprovador. E recebeu um belo tapa de Rosalie, que também prendia a risada.

-Ho...er, claro, que falta de educação a minha- falou Esme, de uma forma meia embaraçada e correu para a cozinha,

A ruiva olhou a família, e sentiu um nó se formando em sua garganta.

Teria que contar para eles de uma vês por todas.

Mas hoje, literalmente, ela não estava nessa condição.

Ainda nem tinha conseguido digerir tudo.

Respirou fundo e se agarrou ainda mais no moreno.

De uma forma ou de outra, ela amava muito a família dela, mas sentia aquela necessidade de saber quem era a sua família biológica.

Agora ela tinha que tirar essa história a limpo de uma vês por todas.

Esme então voltou com uma bandeja cheias de muffins, e chá. E logo colocou a bandeja na frente do policial, que logo esticou as mãos para pegar os bolinhos.

-Então poderíamos continuar?- perguntou Jasper fazendo o policial voltar com sua atenção para todos.

-Sim, sim, claro rapaz- falou o policial enchendo a boca de bolinhos.

-Então continue- falou Rosalie de uma forma grossa que chega intimidou o policial, que começou a tossir, espalhando migalhas do bolinho no chão.

Esme logo mandou um olhar ameaçador para Rosalie, que deu de ombros.

-O meu carpete novo- sussurrou Esme fazendo uma careta, o que fez Rosalie prender a risada.

Se a ruiva não tivesse tão concentrada para saber o que o policial queria. A situação seria bem cômica.

-É que ontem eu deu a ultima vistoria no carro, antes de levarem ele, e olha o que eu encontrei- falou ele tirando um cabo de dentro do bolso.

-E esse cabo seria o que?- perguntou à ruiva se pronunciando pela primeira vês desde que entrou na sala.

O policial virou-se para ela e respirou fundo.

-Esse cabo é o cabo do freio, e pelo o que da para ver nas pontas dele, que estão ligeiramente tortas, isso quer dizer que alguém cortou o cabo do freio do carro - falou o policial erguendo o cabo para todos verem.

Essa noticia fez a ruiva ficar pálida, e sua cabeça rodar, o que fez ela se apoiar no moreno para não cair.

Eu queria lhe informar que foi eu quem cortei

Cortou o que sua louca, começou a delirar agora?

Há, me desculpe, você ainda não ficou sabendo né?

Sabendo do que?

Há Nessizinha, sua burrinha, não vai ser eu quem vou te falar, se não, não vai ter graça nenhuma quando você souber da noticia, mas fique sabendo que foi eu quem cortou

A conversa que ela tinha tido com a Mendy ecoava na mente dela, fazendo-a ficar mais pálida que o normal.

Aquela desgraçada não poderia ter feito isso- pensou a ruiva furiosa.

Pensava ela que nunca poderia sentir tal sentimento por uma pessoa.

Mas agora, ela conseguiu sentir uma coisa que ela nunca tinha sentido.

Ela sentiu ódio de Mendy, que fez tudo isso por causa de uma paixãozinha de merda.

E por um momento a única coisa que ela conseguiu pensar foi- ela vai se arrepender, por tudo.

A ruiva passou por todos que nem uma bala e foi direto para frente da casa, onde ela pegou o celular.

Sentia suas mãos tremendo de tamanha raiva.

(...)

Mendy andava para um lado, andava para o outro, mas isso já estava fazendo ela ficar com raiva.

Nossa como ela é lenta- pensou ela com raiva.

Pois uma coisa que ela nunca teve foi paciência.

Olhou mais uma vês no relógio e parecia que as horas nunca passavam.

Esse relógio só poderia estar zoando da cara dela.

-Eu acho que esse galpão está ótimo para o que sei lá o que você vai fazer- Falou Richard quebrando o silêncio.

Isso a fez revirar os olhos, pois ele tinha dito a mesma coisa há cinco minutos atrás.

-É- ela bufando- eu acho que já esta na hora de você ir.

-Por quê? O que você vai fazer com esse galpão?- ele perguntou preocupado.

O que a fez dar uma bela gargalhada.

-Está me perguntando isso agora papi? Acho que é tarde de mais, tchau.

Então ele saiu de lá, já estava cansando de sempre querer ajuda-la, e ela nunca agradecer a nada.

Mas ele saiu mesmo foi por outra coisa, pois hoje ele iria ter a notícia que ele sempre quis ter.

TRIM, TRIM.

Esse barulho fez Mendy abrir um grande sorriso.

Pegou o celular e colocou no ouvido.

-Quem deseja?- perguntou de uma forma sínica.

-É COM VOCÊ MESMO SUA CRETINA, SUA PIRANHA, SUA VADIA, COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM OS MEUS PAIS- gritou Renesmee com raiva.

Isso só fez a loira dar uma bela gargalhada e pender a cabeça para trás, maravilhada com as palavras que acabou de escutar.

-Quem é? Acho que você ligou para a pessoa errada- continuou ela com seu teatrinho cínico.

-VOCÊ É UMA CACHORRA, ASSASSINA, E AINDA SE FINGE DE BOA MOÇA, SUA DESGRAÇADA- a ruiva continuou gritando.

-Nessie? É você? Não estou te reconhecendo, e também não faço a mínima do que você esteja falando- a loira continuou com seu fingimento.

-VOCÊ É MESMO UMA VADIA, EU JÁ SEI O QUE VOCÊ FEZ.

-Há Nessizinha, pelo visto, eu acho que você já ficou sabendo da notícia- falou com um grande sorriso.

-COMO VOCÊ TEVE CORAGEM, COMO VOCÊ PODE SER TÃO BAIXA, MATAR PESSOAS INOCENTES SÓ PARA ME ATINGIR- gritou mais uma vês.

A loira deu um sorrisinho de lado, estava amando tudo isso.

-Eu te avisei, e eu faria de novo só para ver o seu desespero, a sua dor, eu faria isso de novo, só para ter o Jacob comigo- falou ela de uma forma assassina.

-Pois saiba que você nunca vai ter ele NUNCA.

-Há querida, primeiro nós vamos ter que perguntar para ele, por que se ele me escolher, você será só mais uma mãe solteira com um filho nas costas.

-Ele nem ao menos te ama, nossa, e você vive se humilhando para ele, já parou para pensar que tudo isso que você esta fazendo não vai adiantar de nada?

-Isso é o que vamos ver, então acho melhor você se adiantar, pois o tempo esta acabando só escute o TIC-TAC.

Então ela desligou.

Pegou o celular novamente e discou o número de Mika.

-Alô- falou a voz da menina.

-Alô, Micaela?

-Oi Mendy, o que manda?

-Micaela vem pra cá agora- falou Mendy desesperada.

-Mas por que?

-Por que eles já devem estarem indo para ir agora, e se te encontrarem aí não vai dar certo.

-Tudo bem, já estou indo, mas é pra levar ela?

-Claro, eu quero ela aqui comigo.

-Tudo bem, já estou chegando.

Suspirou fundo e sentiu um sorriso se formando em seus lábios.

Sim, isso ainda não acabou Nessizinha-pensou ela divertida. -E você Jacob, ainda vai comer na minha mão.

(...)

EU VOU MATAR ELA- isso era tudo o que a ruiva conseguia pensar.

-O que aconteceu? Por que você saiu correndo de lá?- perguntou o moreno chegando perto.

-Jacob, ainda vai acontecer alguma coisa, eu sei que aquela desgraçada ainda vai aprontar alguma- falou a ruiva andando de um lado pro outro.

-O que, quem?

-Foi ela, a Mendy, e eu quero ver a minha filha, eu preciso dela.

-A Mendy? O que ela fez dessa vês? E agora me conte isso direito, e não se preocupe pois a Annie esta bem com a sua babá- ele falou não entendendo nada do desespero da ruiva.

Mas uma coisa que ele falou não passou despercebida pela ruiva que logo encarou o moreno.

-Como assim minha babá, ela é sua amiga- falou a ruiva com raiva.

Isso fez o moreno gargalha.

-Do que você esta rindo Jacob?

-De você e seu ciúme, não é só por que eu vi a menina, que quer dizer que a conheço, e eu ainda quero saber o que esta acontecendo, epa, minha amiga?- ele falou balançando a cabeça o que fez a ruiva ficar com mais raiva ainda.

-Não se faça de idiota, sei que a babá que esta com a Annie é a sua amiga- ela falou com mais raiva ainda.

-Que amiga?

-A que você contratou para ficar com ela.

SILÊNCIO

-Nessie... eu não contratei ninguém, achei que fosse sua amiga- ele falou com raiva mexendo nos cabelos.

SILÊNCIO

-Mas eu também não contratei ninguém para ficar com a minha menina. - sussurrou a ruiva balançando a cabeça.

E de repente um lampejo passou pelos seus olhos.

E isso foi à gota d’água.

-Eu vou matar a Mendy- falou a ruiva correndo em direção do carro.

-Eu é que vou mata-la se ela encostar um dedo na minha filha- falou o moreno com mais raiva ainda.

Mas o que eles não sabiam é que já era tarde de mais para se preocupar com isso.

(...)

PDV Desconhecido

Olhei mais uma vez para a porta, mas ela ainda se encontrava fechada, suspirei mais uma vês.

Já estava ficando inquieta de mais com a sua demora.

E de repente um estrondo foi se ouvido, o que me fez automaticamente olhar para a porta.

-Desculpe a demora querida- Falou Rich me olhando.

-Tudo bem querido- sussurrei, mais eu não estava conseguindo esconder o sorriso nos lábios.

-Pelo visto não é só eu que demorei de mais- ele falou com os lábios em cima do meu, o que me fez dar uma risada.

-Sim querido, não vejo a hora dele chegar logo, estou muito curiosa para ver como ela é.

-Eu também meu amor, eu também, mas temos que ter paciência - sussurrou ele.

-Eu sei, mas nós perdemos tanto tempo, não sei se consigo esperar mais, meu coração não esta cabendo mais no peito.

-Eu sei querida, pois o meu também, mas pelo visto, já está um pouco tarde, não acho que ele venha chegar ainda hoje- ele falou se sentando na minha frente.

-Não fale isso Richard, nem brincando, pois ele vai chegar, ele precisa chegar, eu preciso que ele chegue- falei com os olhos cheios de lágrimas.

-Não chore querida, ele vai chegar...só tenha paciência e nós vamos rever a nossa menininha...

(...)