All My Hope escrita por Angel1006


Capítulo 41
Accident


Notas iniciais do capítulo

Oooi geeeente!! Espero que gostem do capítulo, e que não me matem caso não gostem! Por favor, esse é um capítulo bem decisivo, então não esqueçam dos reviews!!



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Ele ficou nervoso, parecia preocupado comigo. Me acalmou e me pôs na cama junto a ele. Ficamos conversando de besteiras até eu dormir, o que não demorou muito.

Acordei só na manhã seguinte. Jake já tinha levantado. Mas a carteira jogada no chão mostrava que ele ainda não tinha saído.

Levantei da cama e lembranças do meu sonho vieram a minha cabeça acompanhadas de lágrimas involuntárias. Fui até o banheiro e lavei o rosto. Em seguida fui até a sala procurar por Jake que estava comendo sucrilhos enquanto lia a última edição da Guitar World.

Assim que me olhou veio até mim e pôs sua mão sobre minha barriga, ao mesmo tempo que me beijava com gosto de leite e açucar.

Fomos almoçar com seus pais, como era de costume aos domingos. Resolvemos que hoje contaríamos a eles sobre a gravidez.

Chegando lá fomos direto para a mesa e eu não comi lasanha com bacon, a comida que sempre devorava quando ia lá. Quando minha sogra perguntou o motivo de eu ter recusado a comida, Jake interrompeu e fez um sinal pra mim como se indicasse que aquele era o momento.

Levantamos lado a lado, e meu sorriso se abriu mais do que o normal enquanto Jake falava:

- Pai, mãe, a Manu está esperando um filho meu.

Os olhos de Carolyn incharam instantâneamente. Já o pai de Jake sorriu maravilhado com a notícia.

- E vocês já decidiram o nome? Já sabem o sexo? Contem tudo.

-  Se for um menino, se chamará Luke. Caso seja uma menina... bom, a Manu te conta já que foi ela que deu a ideia.

- Se for uma menina, ela se chamará Carolyn. – A mãe de Jake ficou super feliz e emocionada. Não conseguiu parar de sorrir o resto do almoço.

- E o sexo?

- Só tem três meses, então vou esperar mais um pouco para fazer o ultrassom.

- Está certo, mas não esqueçam de me contar as novidades está bem?

- Claro. – Jake respondeu alegre.

Na saída de lá, fomos para casa e ficamos assistindo filmes até de madrugada.

No dia seguinte, Jake saiu cedo porque tinha uma reunião da banda.

Antes de sair, ele me deu um beijo na testa.

- Eu te amo. – Disse.

- Eu te amo mais. – Respondi sorrindo.

Eu estava com muito sono mas mesmo assim saí para comprar um remédio para dor de cabeça. Quando cheguei na rua e o sol forte bateu no meu rosto, percebi que havia me esquecido dos óculos escuros.

Fui até a farmácia e no caminho de volta, quando eu estava no meio da rua, a sacolinha com o remédio caiu da minha mão. Voltei e me abaixei para pegar o pacotinho branco. Olhei para o lado, mas o sol estava muito forte e ofuscava miha visão. Assim que levantei com a sacolinha em mãos, um carro veio por trás com um motorista com a visão provavelmente ofuscada pelo sol no rosto, e me pegou pelas costas. Fui arremessada para longe e algumas pessoas se amontoaram de mim. Só pude ver uma garota chegando perto e ela perguntou se eu a ouvia. Senti minhas forças se esvaindo. A única coisa que pensei ser importante o suficiente foi:

- Jake. – Ela fez uma cara estranha. – Jake Pitts. – Conesgui falar. - Carolyn. – Sussurrei como se falasse comigo mesma, com algo dentro de mim.

Era tudo o que conseguia pensar. Jake. Carolyn.

Pov Andy

Estava no meio de uma reunião com o nosso empresário quando o celular do Jake tocou. Ele fez menção de não atender e falou que não conhecia o número.

- Atende, cara. Pode ser a Manu. – Falei.

Ele atendeu o telefone, falou um sim bem curto e logo em seguida pareceu perder o chão. Seu rosto empalideceu e seus olhos marejaram. Era a primeira vez em vários anos que vi Jake chorar. Ele falou mais alguma coisa e desligou. Todos estávamos preocupados graças a sua reação.

- A Manu, porra. – Falou raivoso e triste ao mesmo tempo. – Ela tá no hospital.

- Como assim, Jake, o que aconteceu? – Perguntou Ashley.

- Ela foi atropelada. – Parou por cinco segundos e continuou. – Ela ta morrendo, caralho. A Manu tá morrendo.

Fomos todos até o hospital mais rápido que a luz. Jake chorava, gritava e esperneava. Ligamos para Laura e Sammi que começaram a chorar já no telefone.

Chegando na recepção peruntamos pra loirinha onde estava a Manoela Senna. Ela fez uma cara de pêsames e pediu que esperássemos enquanto chamava um médico.

Em questão de cinco minutos, que pareceram duas horas, um homem alto e moreno apareceu. Ele tinha uma expressão calma quando chamou pelos familiares da Manu e todos levantamos descabelados e com cara de choro. O homem parecia acostumado a dar péssimas notícias. Enquanto falava que o estado da menina era crítico com um jeito severo, seu olhar se compadecia por ele, seus olhos pareciam dizer que sentiam muito pelo que havia acontecido.

Pov Jake

A Manu, minha Manu, estava morrendo. Eu nunca me senti tão mal. Como isso pôde acontecer? Como eu pude deixar que ela fosse embora? Ela não podia ir, não agora. Eu estava certa de que teríamos uma filha.

Sim, no começo eu fiquei meio perdido, mas eu nunca me liguei tanto a alguem quanto eu sou ligado a ela. E também àquela pequena criatura crescendo dentro de sua barriga. Como pude deixar tudo isso escapar de uma vez?

Se eu perder a Manu, a garota que fugiu de casa e abandonou sua família por amor a mim? E ao nosso filho? Que eu tanto acreditava ser uma menina. E agora eu estava prestes a perder as duas pessoas que mais amei na minha vida inteira.

É estranho pensar como até hoje de manhã um sorriso maravilhoso iluminava seu rosto. As lágrimas que caíram de seus olhos ontem, ao lado da minha mãe, que praticamente a adotou como filha. Como isso pode parecer tão distante agora? Por quê isso teria que acontecer.

- Eu te amo. – Falei.

- Eu te amo mais. – Ela respondeu sorriu antes que eu saísse de casa.

- Não, Manu. Eu te amo mais. – Falei para mim mesmo na esperança de que ela ouvisse.

Pov Manu

Eu me via naquele mesmo banco, naquele mesmo gramado. Com tudo igual, inclusive a calma no olhar de Carolyn. Reparei nos seus brinquedos. Eram os mesmos do sonho, mas agora eu podia ver. Eram instrumentos musicais, notas musicais e em meio a eles um carrinho. Só de vê-lo, me arrepiei inteira. Aquilo tinha algum segnificado.

Em questão de segundos o tornado apareceu no horizonte.

Eu tive a mesma reação do primeiro sonho. Gritei, usei toda a minha força para me levantar, para ir até ela e protegê-la, mas de nada adiantava. Minhas forças foram diminuindo. A cada vez que eu tentava gritar, ficava mais difícil, com menos ar.

Mas algo mudou. A expressão dela não era de total serenidade como antes. Dessa vez ela começou a chorar. O meu bebê, chorando. Isso tudo cortava meu coração. Ela chorava e tentava vir até mim, do mesmo modo que eu tentava ir até ela. Mas nenhuma de nós conseguia.

O tornado se aproximava mais e mais. Eu pude sentir todo o medo dela, toda a dor, todo o desespero. Todas as sensações que ela sentia me inundavam. Eu não desistiria, não agora. Eu tenho que salvá-la, eu falhei uma vez, mas não vou cometer o mesmo erro de novo.

A cada vez que ela fungava em meio aos gritos eu aumentava minha força para ir até ela. Eu tentava mais e mais alcançá-la, mas eu simplesmente não conseguia me mover.

O tornado se aproximava dela, mas não de mim. Nada poderia me atingir fisicamente, eu podia sentir isso, mas ela estava vulnerável. O vento continuou indo em sua direção. A última coisa que vi antes do vendaval levá-la foi seu olhar de decepção, repleto de medo, tristeza, angústia. Mas principalmente a decepção em relação a mim, que mesmo estando ali, ao seu lado, não pude salvá-la.

Nesse momento consegui abrir meus olhos inundados por lágrimas.

- CAROLYN. – Pus a mão na barriga. Eu não podia senti-la. Não conseguia. Ela não estava lá. Cadê a minha filha?

Nesse momento um homem entrou no quarto. Completamente vestido de branco e impecavelmente limpo. Olhei para os lados e percebi que estava em um hospital. Aquele quarto inteiro branco e azul clarinho me deixava desesperada. O que era para me deixar em paz, só me deixava mais angustiada.

Seguido do médico, entrou Jake. Sua pele completamente branca e as olheiras fundas contrastando com os olhos sem a maquiagem habitual completamente inchados me disseram que algo estava errado. Algo estava muito errado.

Pov Jake

Eu vi a Manu acordando. Depois de três dias sem sair do hospital nem pra tomar banho, eu vejo ela acordar gritando. Gritando pela nossa filha que...

Tentei ir até ela, mas o segurança me tirou de lá contra minha vontade. O médico queria falar com ela a sós.

Eu precisaria ser forte por mim e por ela. Precisaria aguentar por nós dois.

Passaria por tudo de novo mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam dos reviews...
Bjoo



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