Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 70
Capítulo 70: Últimos Momentos


Notas iniciais do capítulo

Yoo Leitoras Maravilhosas!
Postando rapidinho, estou com sono(acordei cedo para fazer alguns exames) mas a boa notícia é que eu estou de férias, aumentando o número de ones/capítulos andiantados possíveis
Uma imagem fofa:
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Sem mais, Enjoy



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Em uma situação totalmente inédita, Ultear estava incomodada com o silêncio.


Nos primeiros minutos, o mago que ela desenterrara ferido da lama fazia piadas, ria do esforço dela e daquela situação. Agora ele parecia mais adormecido do que acordado, e não fazia nenhum som além de ocasionais.


“Ele está morrendo” soube ela com uma sensação estranha no estômago. Ela não mentiria em dizer que já não imaginara a cena com contentamento, mas era diferente ver aquilo acontecendo.


– Fique acordado, pirralho - disse ela dando uma sacudida de leve nos ombros, fazendo ele levantar a cabeça.


– Estou com sono - mentiu ele, voltando a fechar os olhos, os pés tropeçando a cada passo guiado.


– Bom, eu não sou um berço nem a sua babá, então abra os olh... o olho - se corrigiu ela, enquanto escorregava por pisar em algumas pedras soltas. A mão mecânica dele apertou o ombro dela para não cair - Você podia começar contando como conseguiu essa coisa feia que está espetando meu ombro.


– É uma história comprida, mas se colocada em poucas palavras é: Em uma batalha que foi o meu ápice da estupidez, um adorável dragão negro arrancou uma bela metade de mim, e teria vaporizado o resto, mas um dragão menor interferiu.


– Outro dragão? Você já não viu em número suficiente para uma vida?


– São criaturas interessantes, e não digo isso como um completo elogio - contou o mago com um sorriso fraco - Eu diria que mesmo durante o meu último suspiro eu não vou esquecer aquilo, mas pareceria mais uma previsão que uma expressão.


– Esquecer do quê?


– De ver o dragão cinzento se atirar contra o pescoço de Acnologia, que bem... é enorme, ao ponto do dragão balançar com as mandíbulas presas em uma mordida e ser jogado para longe. Depois de quase me pisotear acidentalmente, ele parou na minha frente e rugiu. Meus ouvidos ainda doem quando eu lembro daquilo.


Ele pareceu começar a divagar


– E depois disso?


– Ele se virou para mim... e soprou. Eu pensei no momento que seria vaporizado, mas era apenas metal. Me deixou grudado no chão, mas pelo menos eu não sangrei até a morte. Enquanto eu estava grudado, escrevi o suficiente para dar forma daquela coisa feia que se grudou em mim.


Ela achou que ele estava omitindo mais do que apenas partes resumíveis, mas resolveu não entrar em um interrogatório.


O mago já começava a cabecear com os olhos fechados novamente.


– Droga Jereffer, eu por acaso me pareço com uma ovelinha? FIQUE ACORDADO! - ela deu uma sacudida nele, que o fez rir.


– Nah, eu contava cachorrinhos para dormir, mas não vou fazer uma comparação, em respeito a esses nobres animais -disse ele sorrindo divertido - Ultear, se você quer chegar ao pequeno barco onde uma pequena garota com muitas perguntas na ponta da língua te espera.


A expressão de Ultear se tornou sombria.


– E eu aposto que ela não gostará das respostas.


– Não apostemos coisas idiotas, ela vai odiar - disse o mago sorrindo cansado e com a face atormentada pela dor - Mas vai superar.


– Você sabe - disse ela subitamente ao notar, a boca se abrindo em surpresa.


– Eu sei de muita coisa sobre muitos assuntos. Sei que você destruiu a cidade dela... Mas não importa, por algum motivo que foge da minha capacidade de compreensão, ela ama você - disse o mago com um sorriso torto.


– E eu? Seria capaz de me perdoar e viver sabendo que ela sabe? - Ultear não soube porque abordar o tema que mais a incomodava logo com ele, mas se viu falando.


– Eu não fui capaz de viver com o meu próprio crime, mas eu não sou uma pessoa muito normal, pode ser que você consiga - disse ele dando os ombros - Mas caso não, eu recomendaria usar anti-depressivos, não perigosas magias perdidas.


Ela riu daquilo.


– Certo, eu vou me lembrar disso - disse ela, enquanto notava que a bandagem improvisada vazava, e a lateral da sua roupa estava totalmente vermelha com o sangue dele - Tem certeza que não consegue aguentar? Eu até já consigo sentir o cheiro do mar.


– Ultear, estamos em uma maldita ilha, eu conseguiria cheirar o mar até através da sepultura - disse o mago revirando os olhos - É uma escolha simples, deixe-me aqui para morrer e viva ou morra também. Se aquela coisa rugir... não vai sobrar um pedacinho dessa área para contar história. Eu recomendaria você estar a umas milhas daqui caso isso ocorra.


– A Fairy Tail...


– Oh, eu sabia que era arriscado ter mandado o Fullbuster, eu esperava que ele te deixasse sentimental ao ponto de perder, mas não esperava tal nível de sedução, ao ponto de te deixar sentimental - ele gargalhou quando ela corou - Se o mestre Hades não os matar, é provável que eles cancelem o exame e vão para casa.


– Então eles estão mortos - disse ela tentando não lhe dar mais brechas para piadas.


– Possivelmente, mas você podia dar um empurrãozinho para evitar isso restaurando aquela feia árvore gigante que alimenta de energia magos com a marca da guilda deles.


– A lagartixa suprema do mal não vai soprar comigo aqui se eu fizer um desvio tão grande? - ela sabia que soaria covarde, mas Jereffer não parecia crer em tais virtudes.


– Só se você demorar - disse Jereffer com um sorriso cansado - Nesse exato momento, eu estou concentrando toda a minha rede mental em um raio de milhas da ilha, deixando o ar tão denso que até o tempo está letárgico. Não posso nada melhor que isso, mas quem sabe lhe dê o tempo necessário.


Ultear apertou os dentes, tomando a decisão e o ajudando a se sentar apoiado em uma árvore. Ela se viu subitamente sem palavras.


–Droga Jereffer! O que diabos uma pessoa diz quando está abandonando para morrer?


– Eu não sei, dancinha da vitória, quem sabe? - riu ele - Poderíamos ter sido amigos caso não estivéssemos enredados cada um na própria conspiração, mas não fomos. Então poupe-me de despedidas emocionais. Vá antes que eu me arrependa, roube a sua energia e fuja daqui.


Era uma ameaça vazia, mas ela assentiu.


– Isso é algo corajoso de se fazer.


– Coragem é tolice.Não ofenda uma pessoa morrendo, dá azar. - brincou ele - Você pode se apressar? A energia que me resta está ganhando tempo para batermos papo?


Ultear se apressou em direção as raízes da grande árvore Tenrou, olhando de relance pelo ombro depois de se afastar algumas centenas de metros. Ele ainda etsva na mesma posição em que ela o deixara, olhando sem interesse para o céu. Estava quase amanhecendo, mas ela nem mesmo notara a mudança para a noite. O clima chuvoso não deixava nenhuma amostra de céu, e aquela ilha parecia ter uma estranha iluminação própria.


“Afinal, acho que não era um insulto me comparar com você, Jereffer Rockheart” pensou ela enquanto começava a correr.



Jereffer podia parecer pacifico, mas estava tentando fazer outra coisa além de observar o céu.


– Vamos maldição, eu preciso de uma tela informativa - seus dedos realmente doíam onde Ultear os pisoteara, mas ele conseguiu executar um movimento de aproximação.


O que viu escrito ali o fez franzir o cenho. Quantos empurrões eram necessários para fazer os mocinhos vencerem?


– Morrer pacificamente é o caralho, eu ainda consigo mijar na sopa daquele velho louco - escorregando um pouco na grama e levando os dedos à têmpora, sua telepatia correndo veloz em busca de alguém.




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Em uma estalagem suja à beira do deserto, um mago bebia.


Mas nem o calor, nem os enormes pumas do deserto, nem a espessa e terrivelmente forte bebida em sua caneca tirava de seus pensamentos de uma pequena e estranha ilha no mar, na verdade nem muito longe dali. A costa pedregosa do deserto acabava no oceano.


– Exame estúpido - murmurou Laxus consigo mesmo. Ele já estava até parcialmente aceito de volta, mas aquela porcaria havia acabado por chamar a atenção para si, e lembrar que ele não podia ser um avaliador... na verdade, não podia nem mesmo ficar na guilda.


E ele havia bebido muito e rápido demais, e agora um terrível zunido atormentava a sua cabeça.


“Vá até Tenroujima” parecia dizer o lado mais imprudente do seu cérebro.


– E maldito seja aquele solo sagrado - resmungou ele. Ele sabia que não poderia pisar em solo sagrado da Fairy Tail banido, seria algo realmente ruim.


“Mas vai ser só alguns minutos, você vai poder prestar suas homenagens no túmulo da mestra-fundadora, isso justificará tudo... e você vai poder ver a Mirajane. Não quer rever aqueles peitos...”


– Espera, desde quando o lado ruim da minha consciência argumenta? - subitamente aquele zunido irritante sumiu, e sua consciência não se manifestou.


Aquilo o deixou incomodado. Ele decidiu ir a Tenroujima, quase em partes iguais para cumprir tudo aquilo e de descobrir o que diabos acontecera.


Muito longe dali, em uma ilha que em que a pouco tinha uma árvore gigante, um mago ensanguentado ria de como era fácil manipular uma pessoa tentada.


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Depois de fazer um mínimo esforço em lutar a sério, Mestre Hades facilmente acabou com aquela patética resistência.


A última a cair foi a maga que lutava com espadas, e tinha uma determinação mais febril que o natural.


Mestre Hades resolveu terminar com aquela pantomima de luta.


– As fadas têm cauda ou não? Uma charada eterna, em outras palavras, uma jornada eterna - disse ele enquanto se aproximava - Acho que foi essa a razão de nomearem assim a guilda, se me lembro bem.


O Dragon Slayer começou a se levantar.


– Mas a jornada de Vocês termina aqui, hoje - ele colocou a bota em cima da cabeça do mago antes que ele pudesse realmente se levantar e começou a pisar.


– A determinação de Mavis foi confiada a mim, e a minha foi confiada a Makarov... Porém agora eu vejo que isso foi um erro. Ele mudou a guilda.


Natsu deu um impulso para cima com o pescoço, levantando a cabeça um pouco.


– O que há de errado com mudar?


– Ele expôs a magia a muitos, a fracos, crianças abandonadas e perturbadas - disse ele pressionando mais o pé.


– Essa é a nossa Fairy Tail - rosnou Natsu - Tudo vivo muda, e nós somos apenas um corpo ambulante como você.


– Abaixe o tom, fedelho - disse o velho irrtado, os dedos liberando pequenas explosões mágicas, que começaram a o acertar sucessivamente - E se quiser culpar alguém por isso, culpe o Makarov.


– Pare! - soluçou Lucy, enquanto Natsu sofria uma verdadeira saraivada de golpes contra o seu corpo quase sem magia.


– Por culpa dele, você vai morrer sofrendo - continuou ele, enquanto Wendy abaixava os olhos turvos pelas lágrimas e Erza gritava “Pare!” mas já não tinha energia para se por de pé.


– Vingança... pelo Velhote - disse Natsu com um rosnado, enquanto voltava a tentar se colocar de pé.


– Já chega. Morra! - um acúmulo de energia maior se juntou em seus dedos que faziam um sinal de “pistola” mas quando ele os levantou para atirar...


Um raio seguido de um trovão esmagador rachou o caso da nave voadora, e o convés ficou cheio de brilho.


– Então esse cara machucou o velho, Natsu? - disse Laxus, enquanto a energia fervilhava em volta dele - No meu tempo, a Fairy Tail pagava as coisas na mesma moeda.





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Notas finais do capítulo

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